3. Introdução
• O livro descreve uma série de quedas do
povo de Deus na idolatria, seguidas por
invasões da Terra Prometida e servidões a
seus inimigos. Tendo como centro a
personalidade dos juízes levantados como
libertadores de Israel, a narrativa ressalta
especialmente o lado obscuro do panorama.
Um estudo das datas parece mostrar que o
povo manteve uma lealdade exterior ao
Senhor durante um período de tempo maior
do que poderia indicar uma leitura casual do
livro.
4. • o livro é um registro
do fracasso de Israel
durante o governo dos
juízes. Ele registra
nove apostasias, seis
servidões, 14 Juízes e
suas façanhas (não
incluindo as de Eli e
de Samuel, o 15º e
16º juízes, cujos fatos
estão em I Sm) e 5
guerras civis.
• Autor: Desconhecido;
a tradição atribui o
livro a Samuel.
• TEMA PRINCIPAL: A
história de Israel
durante os tempos
dos quatorze juízes
5. • Lugar: escrito na Palestina
• Data: aprox. 1126 a. C.
• Esboço:
1. Três períodos em que se pode
dividir o livro
a) O período imediatamente após a
morte de Josué, 1.1-2:10.
b) O período das sete apostasias, das
seis servidões e da guerra civil,
caps. 3-16.
• A primeira servidão, à Mesopotâmia
juiz, Otoniel, 3.5-9.
• A segunda servidão, a Moabe juízes,
Eúde e Sangar, 3.12-31.
6. • A terceira servidão, a Jabim e
Sísera juízes, Débora e Baraque
4.1-23.
• A quarta servidão, aos midianitas
juiz Gideão, caps. 6-7.
• A guerra civil juízes, Abimeleque,
Tola e Jair, 8.33-10.5
• A quinta servidão, aos filisteus e
aos amonitas juízes Jefté, Ibsã,
Elom, e Abdom, caps. 10-12.
• A sexta servidão, aos filisteus - juiz
Sansão, capo 13-16.
c) O período de confusão e
anarquia, caps. 17-21.
7. 2. Mensagens Espirituais
a) O fracasso humano, a misericórdia e
a libertação divina.
b) O poder da oração que, nas
emergências, se converte num
verdadeiro clamor a Deus.
OBS.: "Note no livro a repetida declaração de que
Israel clamou ao Senhor.“
3. Personagens de Destaque
•
•
•
•
Débora, a patriota.
Gideão, o valente poderoso.
Jefté, o homem do voto precipitado.
Sansão, o forte fraco.
8. Propósito
Historicamente, Juízes fornece o relato
principal da história de Israel na terra
prometida, da morte de Josué aos tem
os de Samuel. Teologicamente, revela
o declínio espiritual e moral das tribos,
após se estabelecerem na terra
prometida. Esse registro deixa claro os
infortúnios que sempre ocorriam a
Israel quando ele se esquecia do seu
concerto com o Senhor e escolhia a
senda da idolatria e da devassidão.
9.
Curiosidade dos 40 anos
Otoniel, Débora e Baraque, e Gideão, cada
um, conforme se diz, julgou Israel durante
40 anos; e Eúde duas vezes 40. Mais
adiante Eli julgou 40 anos; Saul, Davi e
Salomão cada qual reinou 40 anos. "40
anos" parece ser um número redondo,
indicando uma geração. Notem-se as vezes
que o número 40 ocorre em toda a Bíblia:
no dilúvio choveu 40 dias; Moisés fugiu aos
40; esteve em Midiã 40 anos; no monte, 40
dias. Israel peregrinou 40 anos no deserto.
Os espias estiveram 40 dias em Canaã. Elias
jejuou 40 dias. Um prazo de 40 dias foi
dado a Nínive. Jesus jejuou 40 dias e ainda
permaneceu aa terra 40 dias após
10.
11. Seis características especiais relevam o livro de
Juízes.
1. Registra eventos da história turbulenta de
Israel, da conquista da Palestina ao início da
monarquia.
2. Ressalta três verdades simples, porém
profundas:
a) um povo que pertence a Deus deve ter a Deus
como seu Rei e Senhor;
b) o pecado é sempre destruidor para o povo de
Deus;
c) sempre que o povo de Deus se humilha, ora, e
deixa seus caminhos ímpios, Deus ouve do céu
e sara a sua terra (2 Cr 7.14).
12. 3. Salienta que quando Israel perdia de vista a
sua identidade como o povo do concerto,
tendo Deus como seu Rei, a nação afundava
em ciclos repetidos de caos espiritual, moral e
social, e então "cada um fazia o que parecia
reto aos seus olhos" (21.25; cf. 17.6).
4. Revela
vários
casos
que
ocorrem
repetidamente na história do povo de Deus,
dos dois concertos:
a) a não ser que o povo de Deus ame e dediquese a Deus de todo coração e mantenha uma
constante vigilância espiritual, esse povo
endurecerá o coração, deixará de buscar a
Deus, se desviará e acabará na apostasia;
13. b) Deus é longânimo, e sempre que os seus
clamam arrependidos, Ele é misericordioso
para restaurá-los, por meio de homens que Ele
levanta, com dons e revestimento do Espírito
Santo, para livrá-los do juízo opressivo do
pecado;
b) Constantemente, os próprios líderes ungidos,
que Deus usa para livrar o seu povo, entram
pelo caminho da corrupção, por falta de
humildade, de caráter ou de retidão.
14. Juízes 10. 13-16
Contudo vós me deixastes a mim e
servistes a outros deuses, pelo que
não vos livrarei mais. Ide e clamai
aos deuses que escolhestes; que
eles vos livrem no tempo da vossa
angústia. Mas os filhos de Israel
disseram ao Senhor: Pecamos;
fazes-nos conforme tudo quanto te
parecer bem; tão-somente te
rogamos que nos livres hoje. E
tiraram os deuses alheios do meio
de si, e serviram ao Senhor, que se
moveu de compaixão por causa da
desgraça de Israel.
15. Quem era os povos que atacaram Israel
Amalequitas: descendiam de Esaú; eram uma tribo
nômade, centralizada principalmente na parte norte
da península do Sinai, mas vagavam em círculos cada
vez mais amplos chegando até mesmo a Judá e a uma
distancia considerável para o oriente. Foram os
primeiros a atacar Israel quando este saía do Egito.
Moisés autorizou a extinção deles (Ex 17.8-16). Eles
desapareceram da História.
Filisteus: eram descendentes de Cão. Ocupavam a
planície costeira da fronteira sudoeste de Canaã. A
palavra “Palestina” deriva-se de seu nome. Mais
adiante, nos dias de Sansão, reaparecem como
opressores de Israel.
16. Moabitas:
descendiam de Ló. Ocupavam o
planalto ao oriente do Mar Morto. Seu deus,
chamado Camos, era adorado com sacrifícios
humanos. Tiveram repetidas guerras com Israel.
Rute era moabita.
Amonitas: descendiam de Ló. Seu território ficava
imediatamente a ao norte de Moabe,
começando cerca de
Maloque
48 km a leste do
Jordão. Seu deus,
Maloque, era adorado
mediante a queima de
criancinhas
17. Midianitas: eram nômades descendentes de Abraão
e de Quetura (Gn 25.1-6). Seu centro principal ficava
na Arábia, imediatamente a leste do mar vermelho,
mas percorriam grandes áreas em todas as direções.
Moisés vivera entre eles durante 40 anos se se casara
com uma midianita (Ex 2.15-21). Foram
paulatinamente incorporados aos árabes.
Arábes: eram descendentes de Ismael (Gn 16). A
Arábia era uma península grande (2.413 Km de norte
a sul, 1 287 Km de leste a oeste) que hoje se
compõem da Arábia Saudita e do Iêmen. Era um
planalto elevado, 150 vezes maior que a Palestina,
que descia na direção norte para o deserto da Síria.
Era habitada esparsamente por tribos nômades.
18. OPRESSÃO PELOS JUÍZES OU PERÍODO DE DESCANSO
Opressores
Mesopotâmios
Moabitas – Amonitas Amalequitas
Filisteus
Anos de
Opressão
08
Otoniel de Debir em Judá
Anos de
Paz
40
18
Eúde de Benjamim
80
Cananeus
20
Midianitas - Amalequitas
07
Amonitas
Filisteus
Total
18
40
111
Juiz
Sangar
Débora de Efraim, Baraque de
Naftali
Gideão de Manassés
Abimeleque (usurpador) de
Manassés
Tola de Issacar
Jair de Gileade em Manassés
Oriental
Jefté de Gileade em Manassés
Oriental
Ibsã de Belém de Judá
Elom de Zebulom
Abdom de Efraim
Sansão de Dã
40
40
03
23
22
06
07
10
08
20
299
19. Personagens de Destaque
Débora, a patriota.
Gideão, o valente poderoso.
Jefté, o homem do voto precipitado.
Sansão, o forte fraco.
20. DÉBORA,
patriota
que,
associada a Baraque, julgava
Israel
Referências gerais: Jz 4.4,14; 5.1.
Fatos de sua vida
• Juíza e profetisa, Jz 4.4.
• Convoca Baraque para libertar
Israel, Jz 4.6.
• Concorda em acompanhá-lo à
batalha, Jz 4.9.
• Anima-o à ação, Jz 4.14.
• Canta um hino de vitória, Jz 5.1-31.
• Repreende a indiferença das tribos,
Jz 5.16,17,23.
21.
JEFTÉ, filho de Gileade com uma
prostituta, libertador e juiz de
Israel: Jz 11.1,5,14,30,34,40;
12.2,7; 1Sm 12:11.
Resumo de sua vida
• Banido, Jz 11.1,2.
• Chega à liderança, Jz 11.4-10.
• Às vezes movido pelo Espírito de
Deus, Jz 11.29.
• Fez um voto precipitado, Jz
11.30,31.
• Libertou Israel dos seus inimigos, Jz
11.33.
• Cumpriu seu voto, Jz 11.39.
22. SANSÃO, filho de Manoá e um dos juízes: Jz
13.24; 14.1; 15.7; 16.20,30.
• Despedaça um leão, Jz 14.6.
• Mata filisteus, Jz 14.19.
• Arranca e carrega as portas da cidade, Jz
16.3.
• Derruba o templo de Dagom, Jz 16.30.
Vida de contrastes
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Separado como nazireu, Jz 13.5; 16.17.
Enredado em associações más, Jz 14.1-3.
Espiritual algumas vezes, Jz 13.25; 15.14.
Dominado por apetites carnais, Jz 16.1-4.
Infantil em seus planos, Jz 15.4.
Valoroso na batalha, Jz 15.11-14.
Poderoso em força física, Jz 16.3,9,12,14.
Fraco para resistir a tentação, Jz 16.15-17.
Seu triste fim, Jz 16.30.
23.
I.
GIDEÃO, o guerreiro poderoso
Parte inicial da vida e contexto histórico
1. Era filho de Joás, da tribo de Manassés,
Jz 6.11
2. Em seus dias, Israel abandonara a Deus e
estava em condição muito debilitada,
atemorizado pelos midianitas, que
saqueavam o país, tornando a vida
intolerável, Jz 6.1-5
3. Às vezes, em tempos de aflição, Israel
arrependia-se e “clamavam ao Senhor”,
Jz 6.1-5
4. Um profeta foi enviado para repreender
o povo pecador, Jz 6.7-10
24. II. O chamado de Gideão para
libertar a nação Um anjo aparece
e convoca-o à liderança, Jz 6.11,12
1. Um anjo aparece e convoca-o à
liderança, Jz 6.11,12
2. Suas desculpas
a) O Senhor havia abandonado Israel,
Jz 6:13
b) Sua inaptidão para a tarefa, Jz 6:15
3. Afirmação de que a presença
divina está com ele, dando-lhe a
certeza do êxito e também um sinal
sobrenatural para aumentar-lhe a
fé, Jz 6:16-21
25. III. Batalha contra os midianitas, o
acontecimento mais importante da vida
de Gideão
1. Acontecimentos
batalha
que
conduziram
à
a) Gideão destrói o altar de Baal e a imagem
de Aserá e constrói um altar a Deus, Jz
6:24-28
b) É ameaçado de morte pelos idólatras,
mas é salvo por seu pai, Jz 6:29-32
c) Depois que os inimigos se reúnem,
Gideão toca a trombeta e convoca Israel,
Jz 6:33-35
26. 2. Gideão é animado duas vezes e passa
por severa prova antes de atacar o
inimigo
a) Sua fé é fortalecida pelo sinal da lã, Jz
6.36-40
b) Sua fé é duramente provada com a
redução de seu exército de 32 mil para
trezentos homens, Jz 7.2-8
c) Visita o acampamento inimigo e
anima-se ao ouvir um midianita
relatar um sonho ao companheiro, Jz
7.9-14
27. IV. A Vitória
1. O singular plano
ataque, Jz 7.15-18
de
2. A vergonhosa derrota
dos midianitas, Jz 7.19;
8.21
28. IV. Eventos subsequentes na vida de
Gideão
1. É-lhe oferecida a coroa de Israel,
porém ele recusa, Jz 8.22,23
2. Imprudentemente, faz um manto
sacerdotal de ouro, o qual
converte-se em tropeço para
Israel, Jz 8:24-27
3. Julga Israel quarenta anos, Jz 8.28
4. Morre em idade avançada, Jz 8.32