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Técnicas de Processamento de
        Imagens em Diagnóstico
        Auxiliado por Computador

Rodrigo M. S. Veras1, Iális C. Paula Jr.2 e Fátima N. S. Medeiros2

                Universidade Federal do Piauí (UFPI)1
                Universidade Federal do Ceará (UFC)2
Roteiro
• Introdução
• Diagnóstico Auxiliado por Computador
• Conhecimentos Envolvidos
  – Processamento Digital de Imagens
  – Reconhecimento de Padrões
• Aplicações
  – Identificação de Estruturas da Retina
  – Análise de Postura
• Conclusão
Introdução
Introdução
• Conceito de CAD:
  – Diagnóstico feito por especialista que utiliza a
    saída de uma análise computadorizada de
    imagens como “segunda opinião'' no processo
    de detecção de lesões e tomadas de decisões
    diagnósticas.
Introdução
• Importância dos Sistemas CAD
  – Os sistemas CAD ajudam a equipe médica na
    interpretação de imagens médicas e,
    consequentemente, proporcionam um “pré-
    diagnóstico”.
  – Eles são de grande ajuda pois aliviam em
    muito as limitações do olho e do cérebro
    humano como fadiga e distração,
    respectivamente.
Diagnóstico Auxiliado por
Computador
Auxílio à Detecção
• Localização de regiões suspeitas;
• A classificação da lesão é feita
  exclusivamente pelo especialista;
• Principais aplicações:
  – Imagens radiológicas de tórax e mama
Auxílio ao Diagnóstico
• Classificação dos achados;
  – Extração de informações pelo computador;
     • Objetiva e de fácil reprodução.
  – Extração de informações pelo especialista;
     • Experiência e subjetividade.
• Exemplo:
  – Câncer: diferenciar tumores malignos e
    benignos
Principais Áreas de Atuação
Mamografia
• Detecção de agrupamentos de
  calcificações;
• Detecção de nódulos;
• Medidas de densidade
• Detecção de assimetrias;
• Caracterização de lesões
  mamográficas.
Radiografia de Tórax
• Detecção de nódulos
  pulmonares;
• Diagnóstico diferencial de
  lesões intersticiais;
• Detecção de anormalidades
  (pneumotórax, tamanho do
  coração, assimetrias, outras).
Angiografia
• Detecção e avaliação de
  aneurismas;
• Detecção e avaliação de
  estenoses;
• Quantificação de fluxos.
Neurologia
• Morfometria de estruturas cerebrais;
• Fusão de imagens multimodais;
• Avaliação de assimetrias.
Estratégias dos Sistemas CAD
Estratégias dos Sistemas CAD
• Análise comparativa de imagens do
  mesmo paciente, obtidas pelo mesmo
  equipamento, com os mesmos parâmetros
  de escaneamento, mas em diferentes
  instantes de tempo.
Estratégias dos Sistemas CAD
• Análise comparativa de imagens do
  mesmo paciente, obtidas pelo mesmo
  equipamento, no mesmo instante, mas
  com parâmetros de escaneamento
  diferentes.
  – Este tipo de análise é denominado análise
    multi-espectral.
Estratégias dos Sistemas CAD
• Análise comparativa de imagens do
  mesmo paciente, mas obtidas através de
  diferentes tecnologias de escaneamento,
  tais como:
  – tomografia computadorizada;
  – ressonância magnética;
  – PET e SPECT.
Estratégias dos Sistemas CAD
• Análise comparativa da imagem do
  paciente com um padrão obtido de
  pessoas saudáveis, denominado atlas
  anatômico.
  – Na prática, esta técnica não mostrou muita
    eficiência dado sua complexidade e
    dificuldade de estabelecer um padrão
    anatômico.
Estratégias dos Sistemas CAD
• Comparação de duas imagens do mesmo
  paciente, mas obtida em diferentes partes
  do corpo.
  – Essa a metodologia desenvolvida para
    detecção de nódulos em mamogramas, por
    exemplo.
  – Se baseia na simetria de arquitetura entre as
    mamas esquerda e direita, com as assimetrias
    indicando possíveis nódulos
Conhecimentos Envolvidos
Processamento de Imagens
• Responsável pela extração dos atributos
  (características) das imagens;
• Principais tarefas:
  – Pré-processamento;
  – Segmentação;
  – Quantificação de atributos.
Reconhecimento de Padrões
• Responsável pela classificação de padrões
  – Seleção de atributos;
  – Classificação (padrões normais e anormais);
  – Principais técnicas:
    •   distribuições de probabilidade de classe;
    •   análise de discriminante;
    •   métodos estatísticos;
    •    redes neurais.
Processamento de Imagens
Comparativo



  Imagem                                         Imagem
                 Processamento de Imagens




                            Dado



Computação Gráfica                      Visão Computacional
Definição de uma Imagem
Definição de uma Imagem
Negativo de uma Imagem
• Realce com processamento ponto-a-ponto
• Reverter a ordem do preto para o branco
  – Intensidade da imagem de saída diminui
  – Intensidade da entrada aumenta
Negativo de uma Imagem
s = T(r)
Claro




                     T(r)
Escuro




                                        Imagem Original


                                   r
            Escuro      Claro
         Função de Transformação


               s=L–1–r



                                       Imagem Processada
Ruído em Imagens




Imagem Original   Imagem Ruidosa     Imagem Ruidosa
                   “Sal e Pimenta”      Speckle
Ruído em Imagens




Imagem Original   Imagem Ruidosa     Imagem Ruidosa
                   “Sal e Pimenta”      Speckle
Detectores de Bordas (Gradiente – Passa-Alta)




Imagem Original                     Filtro de Prewitt




                  Filtro de Sobel                       Filtro de Roberts
Definição de Gradiente




      (a)                      (b)         s = [1 2 1; 0 0 0; -1 -2 -1];
                                           A = zeros(10);
Figura – (a) Imagem original; (b) Imagem
                                           A(3:7,3:7) = ones(5);
após aplicação do filtro de Sobel.
                                           H = conv2(A,s);
                                           mesh(H)
Filtro de Suavização (passa-baixa)
• São úteis para redução de ruído e borramento de
  imagens
  – Detalhes são perdidos
      • O tamanho da máscara (ou seja, vizinhança) determina o grau
        de suavização e perda de detalhes.
  – Os elementos da máscara devem ser números positivos
  – Exemplo: Média Local




  – R = 1/9 (1z1 + 1z2 + ... +1z9)     normalizado: dividido por 9
Filtro por mediana (não-linear)
• Substitua f(x,y) pela mediana [f(x’,y’)] onde (x’,y’)
  pertence a vizinhança
• Muito efetivo na remoção do ruído com componentes do
  tipo espigada (“spike”, ocorrências aleatórias de valores
  brancos e pretos)
• Preserva melhor as bordas
• Exemplo:
                 10   20   20
                                              Ordenar
                 20   15   20      (10,15,20,20,20,20,20,25,100)

                 25   20   100


   – Mediana = 20, então substitua (15) por (20)
Filtragem da Mediana



Imagem Ruidosa                   Filtragem com Janela 3x3
 “Sal e Pimenta”




            Filtragem com Janela 5x5            Filtragem com Janela 7x7
Equalização de Histograma
• O histograma de uma imagem corresponde a
  uma estimativa da probabilidade de
  ocorrência dos seus níveis de cinza.
• A equalização produz uma imagem cujos níveis
  de cinza possuem uma densidade uniforme.
Limiarização
• Comprime a faixa de nível de cinza de pouco
  interesse
   – Inclinação da linha entre [0,1]
• Alargamento da faixa de nível de cinza de maior
  interesse
   – Inclinação da linha monotonicamente crescente


– r1 = r2
– s1 = 0 e s2 = L – 1
Limiarização
s = T(r)
Claro




            T(r)                  Imagem Original
Escuro




                           r
     Escuro      Claro
 Função de Transformação




                               Imagem Processada
Limiarização




Imagem Original     Limiar de 130




                       Limiar de 140   Limiar de 150
Segmentação
• O processo de segmentação visa à
  separação dos pixels pertencentes a
  cada objeto presente na imagem:
  – separação de regiões de interesse.
Processamento de Imagens em
          Pseudo-Cores
• Abordagens para atribuição de cores para
  imagens monocromáticas:
  – Fatiamento por intensidades;
  – Níveis de Cinza para Transformação de Cores;
  – Filtragem.
Processamento de Imagens em
                 Pseudo-Cores




                     (a)                                      (b)
Figura – (a) Imagem monocromática do Fantasma de tireóide de Picker. (b) Fatiamento
          de intensidades da imagem em 8 (oito) intervalos de intensidades.
Processamento de Imagens em
          Pseudo-Cores
                                                    (a)(b)
                                                    (c)(d)




Figura – (a) Imagem em nível de cinza em que a intensidade corresponde
   Ao índice pluviométrico mensal médio. (b) Cores correspondentes aos
  Valores de intensidade. (c) Imagem codificada em cores. (d) Zoom da
                         região da América do Sul.
Representação de Formas
Representação de Formas
Descrição de Formas
Reconhecimento de Padrões
O que é inteligência?
• Resolver um problema específico com
  exatidão?
• Resolver problemas genéricos de modo
  aproximado?
• Ter conhecimento enciclopédico?
• Tocar um instrumento?
• Falar outras línguas?
Inteligência e o RP
• Seres vivos são bastante habilidosos em
  reconhecer padrões:
  – Comportamentais: fulano se comporta sempre
    assim!
  – Sonoros: Este barulho não é normal!
  – Táteis: Este tecido é parecido, mas a textura
    é diferente!
  – Visuais: Parece que vai chover hoje!
  – Olfativos: Você trocou de perfume?
  – Lógico-Matemáticos :“Uma Mente Brilhante”
Inteligência e o RP
• Reconhecer padrões equivale a classificar
  determinado objeto físico ou situação
  como pertencente ou não a um certo
  número de categorias previamente
  estabelecidas.
Reconhecimento de Padrões


   Conhecimento                   Cibernética
      Pericial


                                                 Ciência da
                                                Computação
                  Reconhecimento
                    de Padrões

 Processamento                                  Inteligência
    de Sinais                                     Artificial
                    Estatística
Conceito Intuitivo de RP
• Dados os grupos abaixo:




• O objeto abaixo pertence a qual dos
  grupos?
Conceito Intuitivo de RP
• Dados os grupos abaixo:




• O objeto abaixo pertence a qual dos
  grupos?
Conceito Intuitivo de RP
• Dados os grupos abaixo:




• O objeto abaixo pertence a qual dos
  grupos?
Conceito Intuitivo de RP
• Dados os grupos abaixo:




• O objeto abaixo pertence a qual dos
  grupos?
Um Computador Pode
       Reconhecer Padrões?
• Certamente, a sua decisão é tomada com
  base no grau de similaridade entre a fruta
  desconhecida e as frutas conhecidas.
  – Que mecanismo seu cérebro usa para realizar
    esta tarefa?
  – Será que implementa uma comparação entre
    o objeto novo e objetos armazenados?
• Pode-se “replicar” este mecanismo em
  uma máquina?
Um Computador Pode
       Reconhecer Padrões?
• Para comparar objetos precisamos de:
  – Uma representação do atributos físicos das
    frutas;
  – Um aprendizado:
    • aprender o conceito laranja/maçã;
  – Uma memória para armazenar as frutas
    aprendidas;
  – Uma regra de decisão para classificar a
    nova fruta;
Definição Formal de RP
• Para definir um problema de RP, precisamos:
  – Um número finito de K classes: C_1, C_2, ..., C_K;
  – Um número finito de N_i objetos por classe C_i;
  – Um número finito de n atributos (features) para
    representar numericamente cada objeto físico;
  – Mecanismos de memória e/ou aprendizado;
  – Uma regra de decisão para classificar novos objetos;
  – Critérios de avaliação do classificador.
Representação dos Atributos
• Quais atributos que descrevem uma
  tangerina?
  – Formato?
  – Fruta cítrica?
  – Cor?
  – Casca lisa ou rugosa?
  – Cheiro ativo?
Representação dos Atributos
• O computador só entende números!
• Como transformar os atributos em
  números?
  – Basta representar cada objeto como um vetor
    de atributos:
  – X = [X1;X2; ...;Xn]
Vetor de Atributos

• X1: {esférico, oval, alongado} = {0, 1, 2}
• X2: {não, sim} = {0, 1}
• X3: {amarelo, vermelho, alaranjado, verde} =
  {1, 2, 3, 4}
• X4: {lisa, rugosa} = {0, 1}
• X5: {não, sim} = {0, 1}
Vetor de Atributos
• Dessa forma, teríamos as seguintes
  representações?
  – Objeto Laranja: X = [0 1 2 1 0]
  – Objeto Maçã: Y = [0 0 1 0 0]
  – Objeto Tangerina: Z = [0 1 2 1 1]
  – O vetor Z é mais parecido com o vetor X ou
    com o vetor Y?
Distância entre Vetores
• Calcular quão “parecidos” são dois vetores
  equivale a calcular a distância entre eles;
• Exemplo:
  – Distância Euclidiana:
   De ( X , Y ) =   ( X 1 − Y1 )   2
                                       + ( X 2 − Y2 ) + ... + ( X n − Yn )
                                                     2                       2
Distância entre Vetores
• Calculando as distâncias:
    – Objeto Laranja: X = [0 1 2 1 0]
    – Objeto Maçã: Y = [0 0 1 0 0]
    – Objeto Tangerina: Z = [0 1 2 1 1]

De ( X , Z ) =    ( 0 − 0) 2 + (1 − 1) 2 + ( 2 − 2) 2 + (1 − 1) 2 + ( 0 − 1) 2   =1

De (Y , Z ) =    ( 0 − 0)   2
                                + ( 0 − 1) + (1 − 2 ) + ( 0 − 1) + ( 0 − 1) = 2
                                         2         2           2            2



   Assim, concluímos que uma Tangerina é mais parecida com uma laranja
                          do que com uma maçã
Principais Classificadores
• K-Nearest Neighbor (KNN): K vizinhos
  mais próximos;
• DMC: Distância mínima ao centróide;
• Árvores de Decisão;
• Algoritmos de Agrupamento: K-médias e
  SOM;
• Redes Neurais Artificiais;
• SVM: Máquinas de Vetores de Suporte;
• Comitê de Classificadores;
Aplicação de Sistemas CAD
em Doenças Oculares
Estrutura Externa do Olho Humano
Secção do Olho Humano
A Retina
• A retina constitui a membrana mais interna
  do olho, situando-se na parede posterior do
  olho;
  – Quando o olho focaliza uma cena, a imagem
    correspondente é projetada sobre a retina;
• Imagens digitais de retina, podem prover
  informações sobre mudanças patológicas
  causadas por doenças oculares locais e sinais
  recentes de doenças sistemáticas como:
  – Hipertensão;
  – Arterioesclerose;
  – Diabetes Mellitus.
A Retina
Doenças na Retina
• Retinopatia Diabética
• Glaucoma
• Edema Macular
Retinopatia Diabética
• Um material anormal é depositado nas
  paredes dos vasos sanguíneos da retina;
• Causa um estreitamento e/ou bloqueio do
  vaso sanguíneo;
• Causa o enfraquecimento da parede dos
  vasos;
• Ocasiona deformidades conhecidas como
  microaneurismas
Retinopatia Diabética
• Estes microaneurismas frequentemente
  rompem ou extravasam sangue:
  – Hemorragia;
  – Infiltração de gordura na retina.
• Pode levar a uma perda parcial ou total da
  visão.
Retinopatia Diabética
• Tipos de Retinopatia:
  – Retinopatia Diabética Exsudativa:
     • ocorre quando as hemorragias e as gorduras
       afetam a mácula;
  – Retinopatia Diabética Proliferativa:
     • surge quando a doença dos vasos sanguíneos da
       retina progride, o que ocasiona a proliferação de
       novos vasos anormais que são chamados
       “neovasos”.
Retinopatia Diabética
• Grupos de Risco:
  – As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de
    perder a visão 25 vezes maior do que as que não
    portam a doença.
  – A Retinopatia Diabética atinge mais de 75% das
    pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos.
• Prevenção:
  – O controle cuidadoso da diabetes com uma dieta
    adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina;
  – Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem
    detectar anormalidades em estágios primários;
• Tratamentos: Fotocoagulação por raios laser;
Principais Sintomas da RD

•   Microaneurismas;
•   Hemorragias;
•   Exsudatos
•   Neovascularização.
Detecção dos Vasos da Retina
Detecção de Microaneurismas
Detecção de Microaneurismas
Exemplo de Exsudatos
Detecção de Exsudatos
Glaucoma
• Glaucoma é a designação genérica de um
  grupo de doenças que atingem o nervo
  óptico;
• O glaucoma é causado por diferentes
  enfermidades que, na maioria dos casos,
  levam a um aumento da PIO;
• O aumento da pressão é causado por um
  bloqueio ao fluído no interior do olho;
• Com o tempo isto causa dano ao disco
  óptico.
Diagnosticando o Glaucoma
• Existem basicamente três ferramentas de
  diagnóstico:
  – O tonômetro: aparelho que mede a pressão intra-
    ocular;
  – A campimetria: permite avaliar como e se o
    glaucoma afetou o campo de visão;
  – A oftalmoscopia:
     • Popularmente chamado de exame de fundo de olho;
     • Permite a visualização direta, através da pupila, do
       aspecto do disco óptico;
     • A sua coloração e aparência podem indicar se há ou
       não dano relacionado ao glaucoma e qual a extensão
       deste.
Exemplo de Glaucoma
Grupos de Risco e Tratamento
• Grupos de Risco:
  – Pessoas que possuem: diabetes, miopia, uso
    prolongado de esteróides (corticóides) ou alguma
    lesão ocular prévia;
  – Pessoas com descendência africana ou asiática;
  – Pessoas com história familiar de glaucoma.
• Tratamento
  – O glaucoma pode ser tratado utilizando-se
    colírios, medicamentos orais, cirurgia a laser,
    cirurgias convencionais e, uma combinação
    desses métodos.
Exemplo de Detecção do Disco Óptico
Detecção do Contorno do DO
Edema Macular
• Um edema macular ocorre quando
  depósitos de fluidos e proteínas se
  acumulam sobre ou sob a mácula;
  – Ponto ovalado de cor amarela junto ao centro
    da retina do olho humano;
  – Possui cerca de 1,5 mm de diâmetro;
  – Apresenta uma pigmentação escura;
  – Sua região central é chamada fóvea.
A Mácula
Exemplo de Detecção da Mácula
Aplicações em Análise de
Postura
Postura
• Postura é geralmente definida como o
  arranjo relativo das partes do corpo.
  – A postura correta traduz o estado de
    equilíbrio muscular e esquelético que
    protege as estruturas de suporte do corpo
    contra lesão ou deformidade progressiva.
  – Independente da atitude assumida pelo
    paciente (agachada, ereta, deitada), estas
    estruturas estão trabalhando ou repousando.
Postura
• Em uma boa postura
  – os órgãos torácicos e abdominais mantêm-se
    em posições ideais
  – os músculos funcionam com mais eficiência
    sob tais condições.
• Com a má postura há uma relação
  defeituosa entre várias partes do corpo.
  – Isso produz uma maior tensão sobre
    estruturas de suporte e onde ocorre um
    equilíbrio menos eficiente do corpo.
Ângulo de Cobb


      Lordose




      Cifose
Ângulo de Cobb
• Classificação da Escoliose (por angulação ω):
  – ω < 10º - normal
     • Não precisa tratamento
  – ω <20º - Leve
  – 20º< ω < 40º
     • Moderada
  – Ω > 40º - Grave
Ângulo de Cobb

• Tendências
  – Cálculo de angulação em cifose e
  lordose
  – Busca do padrão de desvio por
  regiões da coluna
  – Detecção de vértebras
  – Cálculo da angulação
    • Semelhança de triângulos
Biofotogrametria
• Oriunda da Fotogrametria
  – Extração de forma, dimensão e posições de
    objetos em fotografias métricas
  – Biomecânica
Biofotogrametria
•   Acidentes Anatômicos
    – Face ventral: Glabela, Sulco mentoniano, Furcula esternal, ângulo de
      charpy,Nível dos Acrômios, ângulos Costofrênicos, EIAS, Cicatriz
      Umbilical, Linha Alba, Bordo Inferior da Patela, Maléolos Internos
    – Face Posterior: Cintura Escapular, Triangulo de Talhe, EIPS, , Quinta
      vértebra Lombar, Eminência Fibrótica, Sulco Interglúteo Prega Glútea,
      Prega do Joelho, Maléolos externos.
    – Flexão Anterior: Ápice da curvatura dorsal direita e esquerda para
      verificação de Gibosidade;
    – Flexão Anterior Vista Perfil: Angulação da flexão de quadril, para
      verificação das retrações dos músculos da cadeia posterior do corpo;

    – Face Perfil Direito e esquerdo: Pavilhão Auditivo, Depressão entre
      Trocanter Maior e Trocanter Menor, Linha Média entre face anterior e
      posterior de joelho, Maléolo externo.
Biofotogrametria
• Origem: vídeo de marcha de amputados
• Leituras lineares e angulares de
  movimentos corporais

• Desvantagens:
  – Inviabilidade da análise tridimensional –
    operacional;
  – Transportabilidade do ambiente de captação
    de imagens.
Biofotogrametria
• Vantagens:
  – Recurso não-invasivo de análise do
    movimento;
  – Baixo custo de implementação;
  – Precisão, reprodutibilidade, arquivamento de
    registros, feedback ao paciente;
  – Comparação de evolução da síndrome motora.


• Software SAPO [Ferreira et al. 2011]
Biofotogrametria
Biofotogrametria
Biofotogrametria
           Variáveis (°) *                Média (desvio    Mínimo   Máximo
                                            padrão)
   Alinhamento horizontal da cabeça          47,1 (4,8)     31,2     58,4
    Alinhamento horizontal da pélvis         172,6 (4,8)   158,6     182,4
Alinhamento sagital do membro inferior       177,9 (4,8)   166,7     190,6
      Ângulo de junção do quadril            149,8 (8,0)   129,7     176,2
     Ângulo de junção do maléolo             86,2 (2,6)     79,9     91,6
     Alinhamento vertical do torso           182,4 (2,1)   177,6     187,0
     Alinhamento vertical do corpo           178,2 (0,9)   175,8     180,0
   Alinhamento do membro superior            155,8 (5,1)   145,7     170,7
     Alinhamento sagital do corpo            186,8 (3,6)   176,4     198,5
       Ângulo da cifose torácica             55,4 (7,4)     39,3     68,2
       Ângulo da lordose lombar              47,7 (15,4)    23,3     96,4


*Dados obtidos de 122 pacientes submetidos à pesquisa.
Similaridade de Formas
• Recuperação de informações em base de
  imagens
  – Similaridade e correspondência de formas
  – Medidas de distâncias ou similaridade
• Meta: métrica robusta de similaridade
  – Mais eficiente que as presentes na literatura
Sinal de Curvatura
• Requer o contorno parametrizado – c
  – c(i) = {x(i),y(i)}, i = 1,...,N;
  – N – número de pontos do contorno;
• Amplitude do sinal gerado: variação da
  curva do contorno (mudança de direção)
  – Pontos de máximo e mínimo – cantos;
  – Intervalos de valor zero – linha reta;
  – Intervalos de valor constante não-nulo –
    arcos, círculos, semicírculos.
Sinal de Curvatura

Definição – a partir das derivadas primeira e
 segunda de x e y

              xy − yx
              &&& &&&
        k= 2                   35


          ( x + y 2 )3 2
            &     &            30


                               25


                               20


                               15
                           k
                           (
                           )
                           t

                               10


                               5


                               0


                               -5
                                    0   100   200   300   400   500   600   700   800
                                                          t
     Forma original                            Sinal de Curvatura
RPG
• Reeducação Postural Global (RPG)
• Técnica desenvolvida na França
  – Philippe Emmanuel Souchard
• Ajustamentos posturais para reorganização dos
  segmentos do corpo humano, através do
  alongamento do tecido muscular retraído
  – A fim de permitir a reorganização das miofibrilas e o
    reequilíbrio dos músculos que mantêm a postura;
• Produz também a liberação das fáscias, tecido
  conjuntivo, pela aplicação do princípio de
  "fluagem".
RPG
• Possui várias indicações terapêuticas
  – desconforto e dor causados por desvios e alterações
    posturais
• Benefícios
  – Sua aplicação fortalece e melhora o sistema
    respiratório
  – Realinha a coluna e proporcionando liberdade e leveza
    de movimento
• Tecnologia
  – Proposta de auxílio ao pré-diagnóstico e avaliação do
    tratamento fisioterapêutico a partir de imagens dos
    pacientes [Passarinho et al 2006]
RPG




Segmentação e Extração da Forma [Paula et al. 2010]
RPG
Baropodometria
• Estudo da pisada e por consequência da
  postura;
• Estudo estático e dinâmico de cargas nos pés;
• Sensoriamento da região plantar dos pés;
• Análise biomecânica e estrutural das possíveis
  anomalias na marcha e na postura;
• Criação de palmilhas.
Baropodometria
Baropodômetro




     • Informação das pressões
       (estática, dinâmica e postural)
     • Diagnóstico clínico
        – Avaliar áreas de sub e sobre
          cargas.
Baropodômetro
Baropodômetro
Considerações Finais
Conclusão
• Foram desenvolvidos um grande número de
  sistemas CAD para o diagnóstico de vários tipos
  de doenças oculares;
• A maioria desses sistemas ainda estão em fase
  de investigação e não podem ser colocados em
  uso prático nas clínicas devido a várias razões.
  – Uma dessas é a diversidade de imagens.
  – Imagens de retina podem ter qualidades muito
    diferentes devido a vários tipos de lesões e artefatos.
Conclusão
• Apresentou-se, com base em publicações
  científicas, a utilização de algoritmos
  computacionais para auxílio à análise de
  imagens médicas
  – Têm-se alcançado eficiência na melhoria da detecção
    e classificação de lesões e/ou patologias humanas.
• O sistema CAD não pode ser definido para
  substituir o especialista em saúde:
  – Deve-se obter desempenho próximo ao do
    especialista
  – Cria-se apenas uma ferramenta de auxílio ao mesmo.
Dúvidas?
Contatos
• E-mails
  – rveras@ufpi.edu.br
  – ialis@ufc.br
• Links
  – http://www.ec.ufc.br/professores/ialis/
  – http://www.slideshare.net/ialis

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Minicurso Ercemapi 2011

  • 1. Técnicas de Processamento de Imagens em Diagnóstico Auxiliado por Computador Rodrigo M. S. Veras1, Iális C. Paula Jr.2 e Fátima N. S. Medeiros2 Universidade Federal do Piauí (UFPI)1 Universidade Federal do Ceará (UFC)2
  • 2. Roteiro • Introdução • Diagnóstico Auxiliado por Computador • Conhecimentos Envolvidos – Processamento Digital de Imagens – Reconhecimento de Padrões • Aplicações – Identificação de Estruturas da Retina – Análise de Postura • Conclusão
  • 4. Introdução • Conceito de CAD: – Diagnóstico feito por especialista que utiliza a saída de uma análise computadorizada de imagens como “segunda opinião'' no processo de detecção de lesões e tomadas de decisões diagnósticas.
  • 5. Introdução • Importância dos Sistemas CAD – Os sistemas CAD ajudam a equipe médica na interpretação de imagens médicas e, consequentemente, proporcionam um “pré- diagnóstico”. – Eles são de grande ajuda pois aliviam em muito as limitações do olho e do cérebro humano como fadiga e distração, respectivamente.
  • 7. Auxílio à Detecção • Localização de regiões suspeitas; • A classificação da lesão é feita exclusivamente pelo especialista; • Principais aplicações: – Imagens radiológicas de tórax e mama
  • 8. Auxílio ao Diagnóstico • Classificação dos achados; – Extração de informações pelo computador; • Objetiva e de fácil reprodução. – Extração de informações pelo especialista; • Experiência e subjetividade. • Exemplo: – Câncer: diferenciar tumores malignos e benignos
  • 10. Mamografia • Detecção de agrupamentos de calcificações; • Detecção de nódulos; • Medidas de densidade • Detecção de assimetrias; • Caracterização de lesões mamográficas.
  • 11. Radiografia de Tórax • Detecção de nódulos pulmonares; • Diagnóstico diferencial de lesões intersticiais; • Detecção de anormalidades (pneumotórax, tamanho do coração, assimetrias, outras).
  • 12. Angiografia • Detecção e avaliação de aneurismas; • Detecção e avaliação de estenoses; • Quantificação de fluxos.
  • 13. Neurologia • Morfometria de estruturas cerebrais; • Fusão de imagens multimodais; • Avaliação de assimetrias.
  • 15. Estratégias dos Sistemas CAD • Análise comparativa de imagens do mesmo paciente, obtidas pelo mesmo equipamento, com os mesmos parâmetros de escaneamento, mas em diferentes instantes de tempo.
  • 16. Estratégias dos Sistemas CAD • Análise comparativa de imagens do mesmo paciente, obtidas pelo mesmo equipamento, no mesmo instante, mas com parâmetros de escaneamento diferentes. – Este tipo de análise é denominado análise multi-espectral.
  • 17. Estratégias dos Sistemas CAD • Análise comparativa de imagens do mesmo paciente, mas obtidas através de diferentes tecnologias de escaneamento, tais como: – tomografia computadorizada; – ressonância magnética; – PET e SPECT.
  • 18. Estratégias dos Sistemas CAD • Análise comparativa da imagem do paciente com um padrão obtido de pessoas saudáveis, denominado atlas anatômico. – Na prática, esta técnica não mostrou muita eficiência dado sua complexidade e dificuldade de estabelecer um padrão anatômico.
  • 19. Estratégias dos Sistemas CAD • Comparação de duas imagens do mesmo paciente, mas obtida em diferentes partes do corpo. – Essa a metodologia desenvolvida para detecção de nódulos em mamogramas, por exemplo. – Se baseia na simetria de arquitetura entre as mamas esquerda e direita, com as assimetrias indicando possíveis nódulos
  • 21. Processamento de Imagens • Responsável pela extração dos atributos (características) das imagens; • Principais tarefas: – Pré-processamento; – Segmentação; – Quantificação de atributos.
  • 22. Reconhecimento de Padrões • Responsável pela classificação de padrões – Seleção de atributos; – Classificação (padrões normais e anormais); – Principais técnicas: • distribuições de probabilidade de classe; • análise de discriminante; • métodos estatísticos; • redes neurais.
  • 24. Comparativo Imagem Imagem Processamento de Imagens Dado Computação Gráfica Visão Computacional
  • 27. Negativo de uma Imagem • Realce com processamento ponto-a-ponto • Reverter a ordem do preto para o branco – Intensidade da imagem de saída diminui – Intensidade da entrada aumenta
  • 28. Negativo de uma Imagem s = T(r) Claro T(r) Escuro Imagem Original r Escuro Claro Função de Transformação s=L–1–r Imagem Processada
  • 29. Ruído em Imagens Imagem Original Imagem Ruidosa Imagem Ruidosa “Sal e Pimenta” Speckle
  • 30. Ruído em Imagens Imagem Original Imagem Ruidosa Imagem Ruidosa “Sal e Pimenta” Speckle
  • 31. Detectores de Bordas (Gradiente – Passa-Alta) Imagem Original Filtro de Prewitt Filtro de Sobel Filtro de Roberts
  • 32. Definição de Gradiente (a) (b) s = [1 2 1; 0 0 0; -1 -2 -1]; A = zeros(10); Figura – (a) Imagem original; (b) Imagem A(3:7,3:7) = ones(5); após aplicação do filtro de Sobel. H = conv2(A,s); mesh(H)
  • 33. Filtro de Suavização (passa-baixa) • São úteis para redução de ruído e borramento de imagens – Detalhes são perdidos • O tamanho da máscara (ou seja, vizinhança) determina o grau de suavização e perda de detalhes. – Os elementos da máscara devem ser números positivos – Exemplo: Média Local – R = 1/9 (1z1 + 1z2 + ... +1z9) normalizado: dividido por 9
  • 34. Filtro por mediana (não-linear) • Substitua f(x,y) pela mediana [f(x’,y’)] onde (x’,y’) pertence a vizinhança • Muito efetivo na remoção do ruído com componentes do tipo espigada (“spike”, ocorrências aleatórias de valores brancos e pretos) • Preserva melhor as bordas • Exemplo: 10 20 20 Ordenar 20 15 20 (10,15,20,20,20,20,20,25,100) 25 20 100 – Mediana = 20, então substitua (15) por (20)
  • 35. Filtragem da Mediana Imagem Ruidosa Filtragem com Janela 3x3 “Sal e Pimenta” Filtragem com Janela 5x5 Filtragem com Janela 7x7
  • 36. Equalização de Histograma • O histograma de uma imagem corresponde a uma estimativa da probabilidade de ocorrência dos seus níveis de cinza. • A equalização produz uma imagem cujos níveis de cinza possuem uma densidade uniforme.
  • 37.
  • 38. Limiarização • Comprime a faixa de nível de cinza de pouco interesse – Inclinação da linha entre [0,1] • Alargamento da faixa de nível de cinza de maior interesse – Inclinação da linha monotonicamente crescente – r1 = r2 – s1 = 0 e s2 = L – 1
  • 39. Limiarização s = T(r) Claro T(r) Imagem Original Escuro r Escuro Claro Função de Transformação Imagem Processada
  • 40. Limiarização Imagem Original Limiar de 130 Limiar de 140 Limiar de 150
  • 41. Segmentação • O processo de segmentação visa à separação dos pixels pertencentes a cada objeto presente na imagem: – separação de regiões de interesse.
  • 42. Processamento de Imagens em Pseudo-Cores • Abordagens para atribuição de cores para imagens monocromáticas: – Fatiamento por intensidades; – Níveis de Cinza para Transformação de Cores; – Filtragem.
  • 43. Processamento de Imagens em Pseudo-Cores (a) (b) Figura – (a) Imagem monocromática do Fantasma de tireóide de Picker. (b) Fatiamento de intensidades da imagem em 8 (oito) intervalos de intensidades.
  • 44. Processamento de Imagens em Pseudo-Cores (a)(b) (c)(d) Figura – (a) Imagem em nível de cinza em que a intensidade corresponde Ao índice pluviométrico mensal médio. (b) Cores correspondentes aos Valores de intensidade. (c) Imagem codificada em cores. (d) Zoom da região da América do Sul.
  • 49. O que é inteligência? • Resolver um problema específico com exatidão? • Resolver problemas genéricos de modo aproximado? • Ter conhecimento enciclopédico? • Tocar um instrumento? • Falar outras línguas?
  • 50. Inteligência e o RP • Seres vivos são bastante habilidosos em reconhecer padrões: – Comportamentais: fulano se comporta sempre assim! – Sonoros: Este barulho não é normal! – Táteis: Este tecido é parecido, mas a textura é diferente! – Visuais: Parece que vai chover hoje! – Olfativos: Você trocou de perfume? – Lógico-Matemáticos :“Uma Mente Brilhante”
  • 51. Inteligência e o RP • Reconhecer padrões equivale a classificar determinado objeto físico ou situação como pertencente ou não a um certo número de categorias previamente estabelecidas.
  • 52. Reconhecimento de Padrões Conhecimento Cibernética Pericial Ciência da Computação Reconhecimento de Padrões Processamento Inteligência de Sinais Artificial Estatística
  • 53. Conceito Intuitivo de RP • Dados os grupos abaixo: • O objeto abaixo pertence a qual dos grupos?
  • 54. Conceito Intuitivo de RP • Dados os grupos abaixo: • O objeto abaixo pertence a qual dos grupos?
  • 55. Conceito Intuitivo de RP • Dados os grupos abaixo: • O objeto abaixo pertence a qual dos grupos?
  • 56. Conceito Intuitivo de RP • Dados os grupos abaixo: • O objeto abaixo pertence a qual dos grupos?
  • 57. Um Computador Pode Reconhecer Padrões? • Certamente, a sua decisão é tomada com base no grau de similaridade entre a fruta desconhecida e as frutas conhecidas. – Que mecanismo seu cérebro usa para realizar esta tarefa? – Será que implementa uma comparação entre o objeto novo e objetos armazenados? • Pode-se “replicar” este mecanismo em uma máquina?
  • 58. Um Computador Pode Reconhecer Padrões? • Para comparar objetos precisamos de: – Uma representação do atributos físicos das frutas; – Um aprendizado: • aprender o conceito laranja/maçã; – Uma memória para armazenar as frutas aprendidas; – Uma regra de decisão para classificar a nova fruta;
  • 59. Definição Formal de RP • Para definir um problema de RP, precisamos: – Um número finito de K classes: C_1, C_2, ..., C_K; – Um número finito de N_i objetos por classe C_i; – Um número finito de n atributos (features) para representar numericamente cada objeto físico; – Mecanismos de memória e/ou aprendizado; – Uma regra de decisão para classificar novos objetos; – Critérios de avaliação do classificador.
  • 60. Representação dos Atributos • Quais atributos que descrevem uma tangerina? – Formato? – Fruta cítrica? – Cor? – Casca lisa ou rugosa? – Cheiro ativo?
  • 61. Representação dos Atributos • O computador só entende números! • Como transformar os atributos em números? – Basta representar cada objeto como um vetor de atributos: – X = [X1;X2; ...;Xn]
  • 62. Vetor de Atributos • X1: {esférico, oval, alongado} = {0, 1, 2} • X2: {não, sim} = {0, 1} • X3: {amarelo, vermelho, alaranjado, verde} = {1, 2, 3, 4} • X4: {lisa, rugosa} = {0, 1} • X5: {não, sim} = {0, 1}
  • 63. Vetor de Atributos • Dessa forma, teríamos as seguintes representações? – Objeto Laranja: X = [0 1 2 1 0] – Objeto Maçã: Y = [0 0 1 0 0] – Objeto Tangerina: Z = [0 1 2 1 1] – O vetor Z é mais parecido com o vetor X ou com o vetor Y?
  • 64. Distância entre Vetores • Calcular quão “parecidos” são dois vetores equivale a calcular a distância entre eles; • Exemplo: – Distância Euclidiana: De ( X , Y ) = ( X 1 − Y1 ) 2 + ( X 2 − Y2 ) + ... + ( X n − Yn ) 2 2
  • 65. Distância entre Vetores • Calculando as distâncias: – Objeto Laranja: X = [0 1 2 1 0] – Objeto Maçã: Y = [0 0 1 0 0] – Objeto Tangerina: Z = [0 1 2 1 1] De ( X , Z ) = ( 0 − 0) 2 + (1 − 1) 2 + ( 2 − 2) 2 + (1 − 1) 2 + ( 0 − 1) 2 =1 De (Y , Z ) = ( 0 − 0) 2 + ( 0 − 1) + (1 − 2 ) + ( 0 − 1) + ( 0 − 1) = 2 2 2 2 2 Assim, concluímos que uma Tangerina é mais parecida com uma laranja do que com uma maçã
  • 66. Principais Classificadores • K-Nearest Neighbor (KNN): K vizinhos mais próximos; • DMC: Distância mínima ao centróide; • Árvores de Decisão; • Algoritmos de Agrupamento: K-médias e SOM; • Redes Neurais Artificiais; • SVM: Máquinas de Vetores de Suporte; • Comitê de Classificadores;
  • 67. Aplicação de Sistemas CAD em Doenças Oculares
  • 68. Estrutura Externa do Olho Humano
  • 70. A Retina • A retina constitui a membrana mais interna do olho, situando-se na parede posterior do olho; – Quando o olho focaliza uma cena, a imagem correspondente é projetada sobre a retina; • Imagens digitais de retina, podem prover informações sobre mudanças patológicas causadas por doenças oculares locais e sinais recentes de doenças sistemáticas como: – Hipertensão; – Arterioesclerose; – Diabetes Mellitus.
  • 72. Doenças na Retina • Retinopatia Diabética • Glaucoma • Edema Macular
  • 73. Retinopatia Diabética • Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina; • Causa um estreitamento e/ou bloqueio do vaso sanguíneo; • Causa o enfraquecimento da parede dos vasos; • Ocasiona deformidades conhecidas como microaneurismas
  • 74. Retinopatia Diabética • Estes microaneurismas frequentemente rompem ou extravasam sangue: – Hemorragia; – Infiltração de gordura na retina. • Pode levar a uma perda parcial ou total da visão.
  • 75. Retinopatia Diabética • Tipos de Retinopatia: – Retinopatia Diabética Exsudativa: • ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula; – Retinopatia Diabética Proliferativa: • surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados “neovasos”.
  • 76. Retinopatia Diabética • Grupos de Risco: – As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as que não portam a doença. – A Retinopatia Diabética atinge mais de 75% das pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos. • Prevenção: – O controle cuidadoso da diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina; – Exames de rotina (como o “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários; • Tratamentos: Fotocoagulação por raios laser;
  • 77. Principais Sintomas da RD • Microaneurismas; • Hemorragias; • Exsudatos • Neovascularização.
  • 78. Detecção dos Vasos da Retina
  • 83. Glaucoma • Glaucoma é a designação genérica de um grupo de doenças que atingem o nervo óptico; • O glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da PIO; • O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluído no interior do olho; • Com o tempo isto causa dano ao disco óptico.
  • 84. Diagnosticando o Glaucoma • Existem basicamente três ferramentas de diagnóstico: – O tonômetro: aparelho que mede a pressão intra- ocular; – A campimetria: permite avaliar como e se o glaucoma afetou o campo de visão; – A oftalmoscopia: • Popularmente chamado de exame de fundo de olho; • Permite a visualização direta, através da pupila, do aspecto do disco óptico; • A sua coloração e aparência podem indicar se há ou não dano relacionado ao glaucoma e qual a extensão deste.
  • 86. Grupos de Risco e Tratamento • Grupos de Risco: – Pessoas que possuem: diabetes, miopia, uso prolongado de esteróides (corticóides) ou alguma lesão ocular prévia; – Pessoas com descendência africana ou asiática; – Pessoas com história familiar de glaucoma. • Tratamento – O glaucoma pode ser tratado utilizando-se colírios, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgias convencionais e, uma combinação desses métodos.
  • 87. Exemplo de Detecção do Disco Óptico
  • 89. Edema Macular • Um edema macular ocorre quando depósitos de fluidos e proteínas se acumulam sobre ou sob a mácula; – Ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano; – Possui cerca de 1,5 mm de diâmetro; – Apresenta uma pigmentação escura; – Sua região central é chamada fóvea.
  • 91. Exemplo de Detecção da Mácula
  • 93. Postura • Postura é geralmente definida como o arranjo relativo das partes do corpo. – A postura correta traduz o estado de equilíbrio muscular e esquelético que protege as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou deformidade progressiva. – Independente da atitude assumida pelo paciente (agachada, ereta, deitada), estas estruturas estão trabalhando ou repousando.
  • 94. Postura • Em uma boa postura – os órgãos torácicos e abdominais mantêm-se em posições ideais – os músculos funcionam com mais eficiência sob tais condições. • Com a má postura há uma relação defeituosa entre várias partes do corpo. – Isso produz uma maior tensão sobre estruturas de suporte e onde ocorre um equilíbrio menos eficiente do corpo.
  • 95. Ângulo de Cobb Lordose Cifose
  • 96. Ângulo de Cobb • Classificação da Escoliose (por angulação ω): – ω < 10º - normal • Não precisa tratamento – ω <20º - Leve – 20º< ω < 40º • Moderada – Ω > 40º - Grave
  • 97. Ângulo de Cobb • Tendências – Cálculo de angulação em cifose e lordose – Busca do padrão de desvio por regiões da coluna – Detecção de vértebras – Cálculo da angulação • Semelhança de triângulos
  • 98. Biofotogrametria • Oriunda da Fotogrametria – Extração de forma, dimensão e posições de objetos em fotografias métricas – Biomecânica
  • 99. Biofotogrametria • Acidentes Anatômicos – Face ventral: Glabela, Sulco mentoniano, Furcula esternal, ângulo de charpy,Nível dos Acrômios, ângulos Costofrênicos, EIAS, Cicatriz Umbilical, Linha Alba, Bordo Inferior da Patela, Maléolos Internos – Face Posterior: Cintura Escapular, Triangulo de Talhe, EIPS, , Quinta vértebra Lombar, Eminência Fibrótica, Sulco Interglúteo Prega Glútea, Prega do Joelho, Maléolos externos. – Flexão Anterior: Ápice da curvatura dorsal direita e esquerda para verificação de Gibosidade; – Flexão Anterior Vista Perfil: Angulação da flexão de quadril, para verificação das retrações dos músculos da cadeia posterior do corpo; – Face Perfil Direito e esquerdo: Pavilhão Auditivo, Depressão entre Trocanter Maior e Trocanter Menor, Linha Média entre face anterior e posterior de joelho, Maléolo externo.
  • 100. Biofotogrametria • Origem: vídeo de marcha de amputados • Leituras lineares e angulares de movimentos corporais • Desvantagens: – Inviabilidade da análise tridimensional – operacional; – Transportabilidade do ambiente de captação de imagens.
  • 101. Biofotogrametria • Vantagens: – Recurso não-invasivo de análise do movimento; – Baixo custo de implementação; – Precisão, reprodutibilidade, arquivamento de registros, feedback ao paciente; – Comparação de evolução da síndrome motora. • Software SAPO [Ferreira et al. 2011]
  • 104. Biofotogrametria Variáveis (°) * Média (desvio Mínimo Máximo padrão) Alinhamento horizontal da cabeça 47,1 (4,8) 31,2 58,4 Alinhamento horizontal da pélvis 172,6 (4,8) 158,6 182,4 Alinhamento sagital do membro inferior 177,9 (4,8) 166,7 190,6 Ângulo de junção do quadril 149,8 (8,0) 129,7 176,2 Ângulo de junção do maléolo 86,2 (2,6) 79,9 91,6 Alinhamento vertical do torso 182,4 (2,1) 177,6 187,0 Alinhamento vertical do corpo 178,2 (0,9) 175,8 180,0 Alinhamento do membro superior 155,8 (5,1) 145,7 170,7 Alinhamento sagital do corpo 186,8 (3,6) 176,4 198,5 Ângulo da cifose torácica 55,4 (7,4) 39,3 68,2 Ângulo da lordose lombar 47,7 (15,4) 23,3 96,4 *Dados obtidos de 122 pacientes submetidos à pesquisa.
  • 105. Similaridade de Formas • Recuperação de informações em base de imagens – Similaridade e correspondência de formas – Medidas de distâncias ou similaridade • Meta: métrica robusta de similaridade – Mais eficiente que as presentes na literatura
  • 106. Sinal de Curvatura • Requer o contorno parametrizado – c – c(i) = {x(i),y(i)}, i = 1,...,N; – N – número de pontos do contorno; • Amplitude do sinal gerado: variação da curva do contorno (mudança de direção) – Pontos de máximo e mínimo – cantos; – Intervalos de valor zero – linha reta; – Intervalos de valor constante não-nulo – arcos, círculos, semicírculos.
  • 107. Sinal de Curvatura Definição – a partir das derivadas primeira e segunda de x e y xy − yx &&& &&& k= 2 35 ( x + y 2 )3 2 & & 30 25 20 15 k ( ) t 10 5 0 -5 0 100 200 300 400 500 600 700 800 t Forma original Sinal de Curvatura
  • 108. RPG • Reeducação Postural Global (RPG) • Técnica desenvolvida na França – Philippe Emmanuel Souchard • Ajustamentos posturais para reorganização dos segmentos do corpo humano, através do alongamento do tecido muscular retraído – A fim de permitir a reorganização das miofibrilas e o reequilíbrio dos músculos que mantêm a postura; • Produz também a liberação das fáscias, tecido conjuntivo, pela aplicação do princípio de "fluagem".
  • 109. RPG • Possui várias indicações terapêuticas – desconforto e dor causados por desvios e alterações posturais • Benefícios – Sua aplicação fortalece e melhora o sistema respiratório – Realinha a coluna e proporcionando liberdade e leveza de movimento • Tecnologia – Proposta de auxílio ao pré-diagnóstico e avaliação do tratamento fisioterapêutico a partir de imagens dos pacientes [Passarinho et al 2006]
  • 110. RPG Segmentação e Extração da Forma [Paula et al. 2010]
  • 111. RPG
  • 112. Baropodometria • Estudo da pisada e por consequência da postura; • Estudo estático e dinâmico de cargas nos pés; • Sensoriamento da região plantar dos pés; • Análise biomecânica e estrutural das possíveis anomalias na marcha e na postura; • Criação de palmilhas.
  • 114. Baropodômetro • Informação das pressões (estática, dinâmica e postural) • Diagnóstico clínico – Avaliar áreas de sub e sobre cargas.
  • 118. Conclusão • Foram desenvolvidos um grande número de sistemas CAD para o diagnóstico de vários tipos de doenças oculares; • A maioria desses sistemas ainda estão em fase de investigação e não podem ser colocados em uso prático nas clínicas devido a várias razões. – Uma dessas é a diversidade de imagens. – Imagens de retina podem ter qualidades muito diferentes devido a vários tipos de lesões e artefatos.
  • 119. Conclusão • Apresentou-se, com base em publicações científicas, a utilização de algoritmos computacionais para auxílio à análise de imagens médicas – Têm-se alcançado eficiência na melhoria da detecção e classificação de lesões e/ou patologias humanas. • O sistema CAD não pode ser definido para substituir o especialista em saúde: – Deve-se obter desempenho próximo ao do especialista – Cria-se apenas uma ferramenta de auxílio ao mesmo.
  • 121. Contatos • E-mails – rveras@ufpi.edu.br – ialis@ufc.br • Links – http://www.ec.ufc.br/professores/ialis/ – http://www.slideshare.net/ialis