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FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO
• PROFESSOR ALAN APARECIDO
• SISTEMA DE NOTAS
• 2 BLOCOS DE 10 PONTOS.
• ATIVIDADES E AVALIAÇÕES EM SALA.
• ATIVIDADES E AVALIAÇÕES ON LINE
• KAITEOS.BLOGSPOT.COM.BR
Pré Socráticos aos Medievais 1
Pré Socráticos aos Medievais 2
O Filósofo
• Não é movido por interesses comerciais ou
financeiros;
• Não coloca o saber como propriedade sua;
• Não é movido pelo desejo de competir;
• Não faz das ideias e dos conhecimentos uma
habilidade para vencer competidores;
O Filósofo
• É movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar a vida;
• É movido pelo desejo de saber.
A Verdade
• Não pertence a ninguém;
• Não é um prêmio conquistado por
competição;
• Está diante de todos nós;
• É algo a ser procurado;
• É encontrada por todos aqueles que a
desejarem, que tiverem olhos para vê-la e
coragem para buscá-la.
O surgimento da
Filosofia
• Gregos
– Começaram a fazer perguntas e buscar respostas para
a realidade;
Mundo
Natureza
Ser humano
Podem ser conhecidos pela razão humana
A questão do Mito
• Um mito é um relato em forma de narrativa com
carácter explicativo e/ou simbólico,
profundamente relacionado com uma dada
cultura e/ou religião.
• O termo é, por vezes, utilizado de forma
pejorativa para se referir às crenças comuns
(consideradas sem fundamento objetivo ou
científico, e vistas apenas como histórias de um
universo puramente maravilhoso) de diversas
comunidades.
Pré Socráticos aos Medievais 7
• Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais
são expressões particulares de arquétipos comuns a
toda a humanidade.
• Por exemplo, os mitos sobre a criação do mundo
repetem alguns temas, como o ovo cósmico, ou o
deus assassinado e esquartejado cujas partes vão
formar tudo que existe.
• Mito NÃO é o mesmo que fábula, conto
de fadas, lenda ou saga.
Pré Socráticos aos Medievais 8
Pré Socráticos aos Medievais 9
GENEALOGIA DOS DEUSES GREGOS:
• 1ª geração – Eram entidades que haviam gerado o
mundo. Eram forças primitivas e poderosas forças da
natureza.
• CRONOS
• Deus do tempo, filho de Urano (céu) e Gaia (terra),
esse titã tinha o péssimo hábito de comer seus filhos
assim que nascessem. Casou-se com...
• RÉIA
• Irmã de Cronos, ela conseguiu salvar um dos seus
filhos de ser comido pelo marido. Era o pequeno
Zeus.
Pré Socráticos aos Medievais 10
GENEALOGIA DOS DEUSES GREGOS
Três gerações do Olimpo :
• 2ª geração – Os Titãs, descendia da primeira, transmitia
uma visão agitada e indomada da natureza. Deuses de
aparência semelhante à humana.
• POSEIDON - Deus dos mares, era muito popular entre os
gregos.
• ZEUS - Deus dos deuses do monte Olimpo, comandava o
mundo com seu raio. Mesmo tendo a árdua tarefa de
dominar a Terra, tinha tempo de fazer um monte de filhos.
• HERA - Irmã gêmea e, como isso não era nenhum estorvo
entre os deuses, mulher de Zeus. Era a protetora do,
imagine só, casamento.
• HADES - Deus do mundo inferior, raptou Perséfone, filha de
sua irmã Deméter.
Pré Socráticos aos Medievais 11
• 3ª geração – Com o desaparecimento da potência
criadora e selvagem das duas primeiras gerações, surge
uma acomodação cada um em seu domínio.
• DEUSES OLÍMPICOS DE FORMA TOTALMENTE HUMANA.
• HEFESTO - Protetor do fogo e dos metais, era deficiente,
o que não o impediu de se casar com...
• AFRODITE - A deusa da beleza e do amor nasceu da
espuma do mar depois que Cronos jogou na água os
testículos de Urano. Traiu Hefesto várias vezes.
• ARES - Deus da guerra e um dos amantes de Afrodite.
Representava a fúria do espírito guerreiro.
Pré Socráticos aos Medievais 12
Adendos
•Cosmogonia - κοσμογονία (de κόσμος "Cosmos, Universo”)
(γονία “Nascimento”) Abrange lendas e teorias sobre o Nascimento
do universo.
•Teogonia - (em grego: Θεογονία [theos, deus + gonia,
nascimento]
•Cosmologia - (do grego κοσμολογία, κόσμος
="cosmos"/"ordem"/"mundo" + λογία="discurso"/"estudo") é o
ramo da astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução
do Universo a partir da aplicação de métodos científicos.
•Teofania - é um conceito de cunho teológico que significa a
manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem
sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou
"theophanía".
Pré Socráticos aos Medievais 13
Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
• 1) No começo há o Caos, isto é, um estado de
indeterminação ou de indistinção em que
nada aparece (vazio primordial);
Pré Socráticos aos Medievais 14
• 2) dessa unidade primordial vão surgindo, por
segregação e separação, pares de opostos –
quente-frio, seco-umido - que diferenciarão as
quatro regiões principais do mundo ordenado
(cosmos), isto é, o céu de fogo, o ar frio, a
terra seca e o mar úmido;
Pré Socráticos aos Medievais 15
Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
• 3) os opostos começaram a se reunir, a se
mesclar, a se combinar, mas, em cada caso,
um deles é mais forte que os outros e triunfa
sobre eles, sendo o elemento predominante
da combinação realizada; desta combinação e
mescla nascem todas as coisas, que seguem
um ciclo de repetição interminável.
Pré Socráticos aos Medievais 16
Modelo geral seguido pelas cosmogonias
dos primeiros filósofos:
Filme – Confronto do Deuses
Pré Socráticos aos Medievais 17
O surgimento da
Filosofia
• Pensadores gregos:
– Verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso;
– Verdade podia ser conhecida por todos por meio
das operações mentais de raciocínio;
– Linguagem respeita as exigências do pensamento;
– Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos
e ensinados a todos.
• A pergunta feita pelas cosmogonias é sempre
a mesma: como do caos surgiu o mundo
ordenado (cosmos)?
• As cosmogonias respondem a essa pergunta
fazendo uma genealogia dos seres, isto é, por
meio da personificação dos elementos ( água,
ar, terra, fogo) e de relações sexuais entre eles
explicam a origem de todas as coisas e a
ordem do mundo.Pré Socráticos aos Medievais 19
O surgimento da
Filosofia
os primeiros
filósofos
Não fazem
cosmogonias e sim
cosmologias.
Pré Socráticos aos Medievais 20
Características
• Tendência à racionalidade
• Recusa de explicações preestabelecidas
• Tendência à argumentação
• Capacidade de generalização
• Capacidade de diferenciação = análise
Legado filosófico
grego
• Conhecimento = leis e princípios universais
– Verdade = provas ou argumentos racionais
– Conhecimento não se impõe aos outros
– Conhecimento deve ser compreendido por todos
– Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os
seres humanos
– Conhecimento só é verdadeiro quando explica
racionalmente seus objetos
• Natureza segue uma ordem necessária
– Opera obedecendo a leis e princípios necessários e
universais;
– Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo
nosso pensamento.
• Surgimento da cosmologia
• Surgimento da física
Legado filosófico
grego
• A razão (ou o nosso pensamento) também opera
obedecendo a princípios, leis, regras e normas
universais e necessários.
– Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso;
– Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da
contradição e da alternativa.
Legado filosófico
grego
• O agir humano exprime a conduta de um ser
racional dotado de vontade e de liberdade
– As práticas humanas não se realizam por imposições
misteriosas e incompreensíveis (forças secretas,
invisíveis, divinas e impossíveis de serem
conhecidas)
Legado filosófico
grego
• Seres humanos naturalmente aspiram:
– Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres
racionais)
– À justiça (pois são seres dotados de vontade livre)
– À felicidade (pois são seres dotados de emoções e
desejos)
Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas vidas e
às suas ações.
Legado filosófico
grego
Dos
Pré-Socráticos
aos Medievais
27Pré Socráticos aos Medievais
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...??
• O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido
no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se
para o que era antes que tudo existisse tal como existe no
presente.
• O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido
como verdadeiro.
• A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por
que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na
totalidade do tempo), as coisas são como são;
• Não admite contradições – exige explicação
coerente e racional.
28Pré Socráticos aos Medievais
• A Ciência Moderna não mostra a verdade das
coisas em si mesmas; a ciência apresenta
apenas modelos teóricos provisórios que
tentam explicar a realidade. Essas ‘verdades’
que a ciência apresenta duram enquanto não
surgirem outros modelos teóricos melhores
Pré Socráticos aos Medievais 29
Os Pré-socráticos
30Pré Socráticos aos Medievais
Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos da
Natureza. Cerca de 550 a.C..
Interesse:
Desvendar os fenômenos da natureza, as transformações
da natureza.
Estudar o Cosmos e o surgimento da vida.
Tales de Mileto,
Pitágoras de Samos,
Anaximandro de Mileto
Anaxímenes de Mileto
Heráclito de Éfeso
Parmênides
Demócrito
31Pré Socráticos aos Medievais
> Investigação cosmológicas (racionais)
>Investigavam a natureza e os processos naturais
>perceberam o dinamismo das mudanças que
ocorrem na physis - realidade primeira, originária
e fundamental (natureza).
>procuravam uma substância básica, um
princípio primordial (arché) causa de todas as
transformações da natureza
OS PRÉ-SOCRÁTICOS FILÓSOFOS DA NATUREZA
(NATURALISTAS) OU FISICISTAS
32Pré Socráticos aos Medievais
• Encontraram respostas diversas.
• Não queriam recorrer ao mito.
• Os primeiros a dar um passo na forma
científica de pensar.
33Pré Socráticos aos Medievais
• A palavra grega Physis pode ser traduzida
por natureza, mas seu significado é mais
amplo. Refere-se também à realidade, não
aquela pronta e acabada, mas a que se
encontra em movimento e transformação, a
que nasce e se desenvolve, o fundo eterno,
perene, imortal e imperecível de onde tudo
brota e para onde tudo retorna.
34Pré Socráticos aos Medievais
• Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou
arqué (ἀρχή; origem), seria um princípio que
deveria estar presente em todos os momentos
da existência de todas as coisas; no início, no
desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio
pelo qual tudo vem a ser.
35Pré Socráticos aos Medievais
Os três primeiros
filósofos que
surgiram foram da
cidade de Mileto
36Pré Socráticos aos Medievais
Tales de Mileto
(624 – 546 a.C)
Queria descobrir um elemento físico que
fosse constante em todas as coisas.
37Pré Socráticos aos Medievais
Água
• Observando a vida animal e vegetal concluiu
que a água, ou o úmido, é o princípio de
todas as coisas.
• somente a água permanece basicamente a
mesma, em todas as transformações dos
corpos, apesar de assumir diferentes
estados.
38Pré Socráticos aos Medievais
Anaximandro de Mileto
(610-547 a.C.)
39Pré Socráticos aos Medievais
• Introduziu o conceito de arché para designar o
primum, a realidade primeira e última das coisas.
• A arché para ele é algo que transcende os limites
do observável.
• Denominou-o apeíron, termo grego que significa
“indeterminado”, “o infinito”
• O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres,
contendo em si todos os elementos contrários.
40Pré Socráticos aos Medievais
Anaxímenes de Mileto
(588-524 a.C)
41Pré Socráticos aos Medievais
• Admitia que a origem é indeterminada, mas não
acreditava em seu caráter oculto.
• Tentou uma possível conciliação entre as
concepções de Tales e as de Anaximandro.
• concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.
42Pré Socráticos aos Medievais
O Ar
• o ar é a própria vida, a força vital, a divindade
que “anima” o mundo, aquilo que dá
testemunho à respiração.
43Pré Socráticos aos Medievais
Heráclito de Éfeso
544-484 a.C
• Concebia a realidade do
mundo como algo dinâmico,
em permanente
transformação.
• A vida era impulsionada
pela luta das forças
contrárias.
• É pela luta dessas forças
que o mundo se modifica e
evolui.
44Pré Socráticos aos Medievais
Origem do Cosmos:
• FOGO
• O fogo é um elemento natural que gera
transformações nos seres, nesse sentido, o
fogo está presente em todo o cosmos pois
tudo está em constante transformação.
45Pré Socráticos aos Medievais
O SER É e NÃO É
• Tudo está numa infinita transformação. Por
isso, não podemos entrar em um rio duas
vezes, o rio muda no passar de um
segundo, assim como nós mesmos.
• O ser é e não é.
• Devir: Eterna Transformação.
46Pré Socráticos aos Medievais
“Devir” - vir a ser
• “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo
rio”, pois na segunda vez não somos os
mesmo, e também o rio mudou.
47Pré Socráticos aos Medievais
Luta dos contrários
• Belo e feio Alegria e a tristeza
• Bem e mal
48Pré Socráticos aos Medievais
• só a mudança e o movimento são reais
• identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória
• Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é
harmonia entre os contrários
• O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos
contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”
49Pré Socráticos aos Medievais
Doutrina dos contrários
• O ser é múltiplo, por estar constituído de
oposições internas.
• a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas
são sujeitas ao tempo e à sua relativa
transformação
• Heráclito chamou seu princípio de logos, que
significa regra segunda a qual todas as coisas se
realizam e lei comum que a todos governa –
incluiu racionalidade e inteligência.
50Pré Socráticos aos Medievais
Escola itálica
• Pitágoras de Samos
• Filolau
• Arquitas de Tarento.
51Pré Socráticos aos Medievais
Pitágoras de Samos
(570-490 a.C.)
• Fundador de poderosa
sociedade de caráter religioso
e filosófico - Sociedade
pitagórica
• As contribuições da escola
pitagórica são encontradas
matemática, música e
astronomia.
52Pré Socráticos aos Medievais
Πυθαγόρας
53Pré Socráticos aos Medievais
Número
• a essência de todas as
coisas reside nos
números, os quais
representam a simetria
ordem, harmonia,
limitado e ilimitado.
54Pré Socráticos aos Medievais
Fundamento de tudo é o NÚMERO !!!
# não abstrato,
# elemento essencial da realidade,
# dimensão espacial,
# par, ímpar e par-ímpar,
# harmonia.
55Pré Socráticos aos Medievais
• Acreditava na divindade do número.
• O um é o ponto, o dois determina a linha, o
três gera a superfície e o quatro produz o
volume.
• Os números constituem a essência de todas as
coisas segundo sua doutrina, e são a verdade
eterna.
56Pré Socráticos aos Medievais
Filolau
• Discípulo de Pitágoras, segue a
doutrina pitagórica.
57Pré Socráticos aos Medievais
Arquitas de Tarento
• Representante da escola
pitagórica de grande destaque
• um dos responsáveis por
mudanças fundamentais na
matemática do quinto século
antes de Cristo.
58Pré Socráticos aos Medievais
Escola Eleata
• Parmênides de Eléia
• Zenão.
59Pré Socráticos aos Medievais
Parmênides de Eléia: o ser é imóvel
(540-470 a.C.)
• o principal expoente da
chamada escola eleática.
• critica a filosofia
heraclitiana.
• ao “tudo flui”, contrapõe
a imobilidade do ser.
• Arché- “o ser é”
60Pré Socráticos aos Medievais
Defendia a existência de dois caminhos para a
compreensão da realidade – expressou esse
pensamento no poema Sobre a Natureza.
• caminho da razão, que permite encontrar a
Verdade, imutável e perfeita (épistêmê)
• o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só
nos permite conhecer as aparências das
coisas, confusas e contraditórias
61Pré Socráticos aos Medievais
O ser e o não ser
O caminho da verdade nos leva a
compreender que:
• “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não
pode ser conhecido.
• O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-
ser não é e deve ser negado, e esta é a
verdade
• o ser é a única coisa pensável e exprimível
• o ser é único, imutável, incriado e eterno.
62Pré Socráticos aos Medievais
Mundo sensível e mundo
inteligível
• o movimento existe apenas no mundo
sensível, e a percepção pelos sentidos é
ilusória.
• Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está
submetido ao princípio que hoje chamamos
de identidade e de não-contradição.
63Pré Socráticos aos Medievais
• Uma das conseqüências dessa teoria é a
identidade entre o ser e o pensar:
o que não conseguir pensar não pode ser na
realidade.
Penso, logo sou!
Descartes
64Pré Socráticos aos Medievais
Adendo
• Pode-se também pensar que a filosofia de Parmênides, isto é, a do
imobilismo universal ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas
tradições religiosas (principalmente a cristã) para descrever Deus e o
céu. Notem que, em geral, os mortos são enterrados com máximas que
dizem: “Aqui jaz (repousa) fulano...”. Deus seria esse princípio Uno e
Todo sem partes divididas ou vazias que deveria ser compreendido,
através do pensamento, como princípio de todo o conhecimento. É
também interessante notar como a identidade entre SER e
PENSAMENTO e LINGUAGEM, de Parmênides também associa-se com a
tradição do Antigo Testamento. Neste, Deus se revela como o VERBO.
Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra, discurso e razão. E se para
Parmênides o lógos é também o pensar e o ser, então é a divindade que
fala e que fornece a base para conhecermos, isto é, a via da verdade é a
razão, o lógosdivino. Por isso, Parmênides concebe o ser de forma
circular, pois é, entre os gregos, a forma da perfeição.
65Pré Socráticos aos Medievais
Zenão
• o que se move sempre está no
mesmo agora
• Tenta demonstrar que a própria
noção de movimento era inviável
e contraditória
• paradoxo de Zenão, que se refere
à corrida de Aquiles com uma
tartaruga
66Pré Socráticos aos Medievais
Aquiles e a tartaruga
• Zenão sabia que Aquiles
pode alcançar a tartaruga
ele pretendia demonstrar
as conseqüências
paradoxais de encarar o
tempo e o espaço como
constituídos por uma
sucessão infinita de
pontos e instantes
individuais consecutivos
67Pré Socráticos aos Medievais
Isso demonstram as dificuldades por que
passou o pensamento racional para
compreender conceitos como :
• movimento, espaço, tempo e infinito
68Pré Socráticos aos Medievais
Escola pluralista
• Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e
terra.
• Anaxágoras de Clazómena
• Leucipo de Abdera
• Demócrito de Abdera
69Pré Socráticos aos Medievais
Empédoclis de Agrigento
• arché: água, fogo, ar e terra.
• elementos são movidos e
misturados de diferentes
maneiras em função de dois
princípios universais opostos
70Pré Socráticos aos Medievais
• Amor (philia, em grego) – responsável pela
força de atração e união e pelo movimento de
crescente harmonização das coisas;
• ódio (neikos, em grego) – responsável pela
força de repulsão e desagregação e pelo
movimento de decadência, dissolução e
separação das coisas.
71Pré Socráticos aos Medievais
• Aceitava de Parmênides a racionalidade que
afirma a existência e permanência do ser
• procurava encontrar uma maneira de tornar
racional os dados captados por nossos
sentidos.
72Pré Socráticos aos Medievais
Anaxágoras de Clazómena
• propôs, um princípio que
atendesse tanto às exigências
teóricas do "ser" imutável, quanto
à contestação da existência das
múltiplas manifestações da
realidade.
• faz da multiplicidade o principal
objeto do seu pensamento,
• manifestando-se acerca da
natureza do múltiplo:
73Pré Socráticos aos Medievais
Arché: nous
• Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do
caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
 é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,
 age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e
constituindo o mundo sensível
• Homeomerias: sementes que dão origem a realidade
na pluralidade de manifestações
74Pré Socráticos aos Medievais
Leucipo de Abdera
• Primeiro professor da
escola atomista.
• Não se tem muito
informação sobre ele.
75Pré Socráticos aos Medievais
Demócrito de Abdera
(430-370)
• Responsável pelo desenvolvimento
do atomismo
• todas as coisas que formam a
realidade são constituídas por
partículas invisíveis e indivisíveis
(Δημόκριτος)
76Pré Socráticos aos Medievais
"Tudo que existe no universo é fruto do acaso e
da necessidade"
Tudo o que existe é composto por
elementos indivisíveis chamados Átomos
Demócrito avançou também com o conceito de um
Universo Infinito, onde existem muito outros mundos
como o nosso.
Uma coisa nasce quando se produz um
certo agrupamento de átomos; desaparece
quando esse grupo se desfaz, muda
quando muda a situação ou a disposição
desse grupo ou quando uma parte é
substituída por outra. Cresce quando Ihe
são acrescentados novos átomos. Toda
ação de uma coisa sobre outra se produz
pelo choque dos átomos.
77Pré Socráticos aos Medievais
• Para ele, o átomo seria o equivalente ao
conceito de ser em Parmênides.
• Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa
última do mundo.
78Pré Socráticos aos Medievais
Os SOFISTAS
Os mestres da
argumentação
79Pré Socráticos aos Medievais
• NOVA FASE FILOSÓFICA
caracterizada pelo interesse no próprio homem
e nas relações políticas do homem com a
sociedade.
80Pré Socráticos aos Medievais
• Eram professores viajantes que, por
determinado preço, vendiam ensinamentos
práticos de filosofia.
81Pré Socráticos aos Medievais
• Levando em consideração os interesses dos
alunos, ensinavam:
ELOQÜÊNCIA E SAGACIDADE MENTAL,
HABILIDADE RETÓRICA..
Ensinavam conhecimentos
úteis para o sucesso nos negócios públicos e
privados.
82Pré Socráticos aos Medievais
Objetivo:
desenvolvimento da argumentação,
da habilidade retórica,
83Pré Socráticos aos Medievais
• Era uma época de lutas políticas e intenso
conflito de opiniões nas assembleias
democráticas. Por isso, os cidadãos mais
ambiciosos sentiam necessidade de aprender
a arte de argumentar em público para
conseguir persuadir em assembleias e, muitas
vezes, fazer prevalecer seus interesses
individuais e de classe.
84Pré Socráticos aos Medievais
mundodafilosofia.com
85Pré Socráticos aos Medievais
Protágoras de Abdera: o homem
como medida de todas as coisas;
• Aprofundou o subjetivismo relativista de
Protágoras a ponto de defender o ceticismo
absoluto.
• Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo
como principio básico de sua doutrina a idéia
de que o homem é a medida de tudo que
existe. 86Pré Socráticos aos Medievais
• Todas as , coisas são relativas aos homem, isto
é, o mundo é o que o homem constrói e
destrói.
• Por isso não haveria verdades absolutas. A
verdade seria relativa a determinada pessoa,
grupo ou cultura.
87Pré Socráticos aos Medievais
Protágoras de Abdera
Górgias
88Pré Socráticos aos Medievais
Górgias de Leontini: o grande
Orador
• Aprofundou o subjetivismo relativista de
Protágoras a ponto de defender o ceticismo
absoluto.
• Afirma que:
a) nada existe;
b) se existisse, não poderia ser conhecido;
c) mesmo que fosse conhecido, não poderia
ser comunicado a ninguém.
89Pré Socráticos aos Medievais
• Essas características dos ensinamentos dos sofistas
favoreceram o surgimento de concepções filosóficas
relativistas sobre as coisas.
• o relativismo de suas teses fundamenta-se numa
concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a
compreensão do real.
• Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis,
diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade.
Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.
90Pré Socráticos aos Medievais
• o termo sofista significa “sábio”.
Entretanto, com o decorrer do tempo,
ganhou o sentido de “impostor”, devido às
críticas de Platão.
91Pré Socráticos aos Medievais
• Considerou-se a sofística - a arte dos
sofistas - apenas uma atitude viciosa do
espírito, uma arte de manipular
raciocínios, de produzir o falso, de iludir
os ouvintes, sem qualquer amor pela
verdade.
92Pré Socráticos aos Medievais
•A verdade, em grego – aletheia - a
manifestação daquilo que é, o não-oculto, se
opõe a pseudos que significa o falso, aquilo
que se esconde, que ilude.
Os sofistas parecem não buscar a aletheia,
se contentam com pseudos. Tanto assim, que se
usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para
designar um raciocínio aparentemente correio,
mas que na verdade é falso ou inconclusivo,
geralmente formulado com o objetivo de
enganar alguém.
93Pré Socráticos aos Medievais
Quem foi Sócrates?
• Local:
Atenas.
• Nascimento:
470 a.C.
• Falecimento:
339 a.C.
• Escola/tradição:
Filosofia Grega.
• Principais interesses:
Ética, Epistemologia, Virtude.
Sócrates
94Pré Socráticos aos Medievais
Quem foi Sócrates?
• Idéias notáveis:
Ironia, Método Socrático.
• Influências:
Anaxágoras, Parmênides,
Pródigo.
• Influenciados:
Platão, Aristóteles, Aristipo
de Cirene, Antístenes,
Filosofia Ocidental.
95Pré Socráticos aos Medievais
Método Socrático
• Sócrates é considerado o “Pai da
Filosofia” por procurar atingir a
verdade a partir da prática filosófica
do diálogo.
• Para ele a busca pelo conhecimento
verdadeiro passava pelas questões
humanas, pela reflexão sobre o
Homem.
• Diferencia-se dos filósofos anteriores
que procuravam refletir sobre a
natureza ou praticar a retórica.
96Pré Socráticos aos Medievais
Método Socrático
Diálogo Teeteto de Platão:
Filósofo como sendo uma parteira:
seu objetivo era dar à luz
Idéias!
MAIÊUTICA:
A verdade é acessível a todos e o
filósofo (como a parteira) auxilia o
encontro com a verdade, por meio
das perguntas, do diálogo!
97Pré Socráticos aos Medievais
Sócratese a Maiêutica
• Quando se diz que a maiêutica é a
arte de dar à luz as idéias, está se
subentendendo que o conhecimento
está dentro da pessoa e por meio
maiêutica ela vai “parir” o
conhecimento.
98Pré Socráticos aos Medievais
Método SocráticoO primeiro passo para se
chegar a verdade era
reconhecer a própria
ignorância!
Só sei que nada sei!
Conhece-te a ti mesmo!
Usava a Ironia nos diálogos
para abalar as crenças e
expor a fragilidade das
argumentações.
99Pré Socráticos aos Medievais
Sócratese a Maiêutica
• Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.
• Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as
pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou
a maiêutica.
• Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu
interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a
perceber por si só sua própria ignorância sobre os
assuntos tratados.
100Pré Socráticos aos Medievais
Sócrates
• Seus primeiros estudos e
pensamentos discorrem sobre a
essência da natureza da alma
humana.
101Pré Socráticos aos Medievais
Sócrates
• Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio.
• Como atingir a sabedoria?
• Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa
pelo conhecimento de si mesmo.
• Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo:
conhece-te a ti mesmo.
• À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de
que não sabe nada.
• Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria
ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.
102Pré Socráticos aos Medievais
• Por meio da ironia, fazendo perguntas e
respondendo as perguntas com outras
perguntas, levava o interlocutor a cair em
contradição, Sócrates o conduzia a
confessar a própria ignorância.
• Uma vez confessada a ignorância, o
interlocutor estaria disposto a percorrer o
caminho da verdade.
103Pré Socráticos aos Medievais
• A ironia pode ter um significado
depreciativo, sarcástico ou de zombaria,
mas no grego, quer dizer “interrogação”, e
Sócrates fazia isso e no decorrer do
dialogo
104Pré Socráticos aos Medievais
O Destino de Sócrates
• A maior arte de Sócrates era a
investigação, feita com o auxílio de
seus interlocutores. Aquele que
investiga, questiona. Aquele que
questiona, perturba a ordem
estabelecida. Isso faz surgir muitos
inimigos de Sócrates.
105Pré Socráticos aos Medievais
• Sócrates é acusado de corromper a
juventude e de desprezar os deuses da
cidade. Com base nessas acusações
ele é condenado a beber cicuta (veneno
extraído de uma planta do mesmo
nome). Segundo testemunho de Platão
em Apologia de Sócrates, ele ficou
imperturbável durante o julgamento e,
no final, ao se despedir de seus
discípulos, ele diz:
Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para
viverdes. Quanto a quem vai para um lugar
melhor, só deus sabe. 106Pré Socráticos aos Medievais
Platão
107Pré Socráticos aos Medievais
Platão
• É filho de uma nobre família ateniense e seu nome
verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à
sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele
foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas
viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões.
• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola
de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo
Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É
uma das primeiras instituições de ensino superior do
mundo ocidental.
108Pré Socráticos aos Medievais
• Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de
escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa
parte do pensamento de seu mestre Sócrates.
• Platão não andava promovendo debates pelos locais
públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma
academia de filosofia.
• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a
ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja,
os filhos dos aristocratas da época.
109Pré Socráticos aos Medievais
Platão
• Do mundo sensível das opiniões ao mundo
inteligível das idéias.
• Segundo Platão, os sentidos só podem nos
fornecer o conhecimento das sombras da
verdadeira realidade, e através deles só
conseguimos ter opiniões.
• O conhecimento verdadeiro se consegue através
da dialética, que é a arte de colocar à prova todo
conhecimento adquirido, purificando-o de toda
imperfeição para atingir a verdade.
110Pré Socráticos aos Medievais
Platão e a
Teoria das ideias
• Ele procura explicar como se desenvolve o
conhecimento humano. O processo de
conhecimento se desenvolve por meio da
passagem progressiva do mundo das sombras
e aparências para o mundo das idéias e
essências.
111Pré Socráticos aos Medievais
• Para atingir esse mundo, o
homem não pode ter apenas
“amor às opiniões”, precisa
possuir um “amor ao saber”.
112Pré Socráticos aos Medievais
• Platão, assim como seu mestre Sócrates,
acreditava que o conhecimento era inato ao ser
humano, ou seja, todo o conhecimento estava
na pessoa, bastava exercitar ou refletir para
“relembrar” as respostas dos questionamentos.
113Pré Socráticos aos Medievais
Mito da Caverna
114Pré Socráticos aos Medievais
Mito da Caverna
Explicação:
• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna
representam as aparências da realidade e não a realidade em
si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância,
acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não
podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.
• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e
tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as
projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a
realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende
que sempre foi enganado pelas sombras. 115Pré Socráticos aos Medievais
O mito da caverna representa as etapas da
educação de um filósofo, ao sair do mundo das
sombras (das aparências) para alcançar o
conhecimento verdadeiro.
Após essa experiência ele deve voltar à caverna
e para orientar os demais e assumir o governo
da cidade.
116Pré Socráticos aos Medievais
Dois pontos de vista a analise da caverna:
• O político: com retorno do filósofo-político
que conhece a arte de governar;
• Epistemológico: quando o filósofo volta para
despertar nos outros o verdadeiro.
117Pré Socráticos aos Medievais
118Pré Socráticos aos Medievais
119Pré Socráticos aos Medievais
120Pré Socráticos aos Medievais
121Pré Socráticos aos Medievais
Platão distingue dois tipos de conhecimento:
O sensível e o inteligível.
• Na ilustração da caverna vemos:
1. As sombras: a aparência sensível das coisas;
2. As marionetes: a representação de animais,
plantas...;
3. O exterior da cave;rna: a realidade das ideias;
4. O Sol: suprema ideia do bem.
122Pré Socráticos aos Medievais
O muro representa a separação de
dois tipos de conhecimento:
O sensível
As duas primeiras realidades
O inteligível
As duas últimas
123Pré Socráticos aos Medievais
Platão e o Mundo das Ideias- Idealismo
• Explicou o mundo das idéias através do Mito
da Caverna contido em A República.
Mundo dos Idéias
Mundo Sensível
Real; supra-sensível; causa o
mundo sensível; contém idéias,
o verdadeiro ser das coisas;
possui hierarquia; a idéia de
Bem e Uno ocupa o ápice.
Participado
Não se explica a si mesmo; cópia
imperfeita do mundo das idéias;
existe por participação.
Cf. Mito da Caverna.
124Pré Socráticos aos Medievais
Platão e a Alma
A alma é composta de 3 partes;
*Vegetativa ou apetitiva: desejo de prazer
sensível.
*Irascível: superação do prazer sensível para
obter o bem árduo.
*Racional: corresponde ao cérebro: superior
deve subjugar todas as outras.
125Pré Socráticos aos Medievais
Platão: Sociedade, Política e Arte
Constrói um modelo de sociedade Justa.
Conceito de justiça para Platão:
“a cada um faça o que lhe compete fazer”
A justiça só existe exteriormente se existir antes
interiormente na alma.
O Estado deve ser governado por Filósofos, que
seriam as pessoas mais prudentes e honestas para
alcançar o bem da cidade.
126Pré Socráticos aos Medievais
Platão: Sociedade, Política e Arte
Modelo da Sociedade Justa, onde cada um deveria desempenhar
uma função social.
Filósofos: mente do Estado. Deveriam possuir a
virtude da sabedoria.
Guerreiros : o peito, o coração da sociedade;
encarregados da defesa; não teriam direitos
políticos. Deveriam possuir a virtude da
fortaleza
Trabalhadores ou operários: encarregados
da subsistência, não teriam nenhum direito
político. Exercitariam a virtude da
temperança.
127Pré Socráticos aos Medievais
Aristóteles
128Pré Socráticos aos Medievais
Ἀριστοτέλης
129Pré Socráticos aos Medievais
“Aristóteles representa o apogeu do
pensamento filosófico grego, e o mesmo se
pode dizer para a filosofia do direito.
Após sua morte, durante toda a Antiguidade e
a Idade Média, suas reflexões jusfilosóficas
foram tidas como o mais alto patamar de
ideias sobre o direito e o justo já construídas”.
130Pré Socráticos aos Medievais
ALUNO DE PLATÃO.
131Pré Socráticos aos Medievais
A acentuada tendência platônica a uma
construção filosófica ideal passa a ser amenizada
no pensamento de Aristóteles, na medida em que
a experiência é elemento fundamental de sua
reflexão.
Filho de médico, desde a infância em contato com
a empiria nos casos clínicos, Aristóteles construiu
sua filosofia tendo por base as realidade que se
apresentavam ao seu estudo”.
132Pré Socráticos aos Medievais
Professor de Alexandre – o Grande.
133Pré Socráticos aos Medievais
Foi ao mesmo tempo......
- Filósofo;
- Físico;
- Biólogo;
- Músico;
- Professor;
- Político;
134Pré Socráticos aos Medievais
CONHECIMENTO
• Aristóteles discorda de Platão e procura uma
outra forma de definir o conhecimento.
• Antes de qualquer coisa, ele rejeita a
proposta de que existem dois mundos, o
sensível e o inteligível.
• Para ele podemos obter o conhecimento
através de observações concretas, feitas no
mundo real.
135Pré Socráticos aos Medievais
Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento
é o conhecimento das causas, que pode
superar o engano e explicar as mutações que
ocorrem no mundo.
Ele utiliza a noção de substância como o
suporte de todos os atributos, como “aquilo
que é em si mesmo”.
136Pré Socráticos aos Medievais
O SER E A SUBSTÂNCIA
O conceito de ser não pode ser reduzido a um
gênero, menos ainda a uma espécie.
As várias coisas que são ditas exprimem significados
diversos do ser, mas, ao mesmo tempo, todas elas
implicam a referência a algo uno, que é a
substância.
Portanto, o centro unificador dos significados do ser
é a substância (ousía). A substância, é o princípio
em relação ao qual todos os outros significados
subsistem.
137Pré Socráticos aos Medievais
 Dentre os atributos que compõem uma
substância, podemos destacar:
a) aquilo que é ESSENCIAL;
b) aquilo que é ACIDENTAL.
 Se tomarmos o homem como exemplo,
veremos que ele tem propriedades que são
acidentais, isto é, que podem variar (altura,
peso, idade, aparência) e uma propriedade
que não varia, ou seja, que é essencial: o
homem é um ser racional.
138Pré Socráticos aos Medievais
Ainda para explicar a questão do movimento,
Aristóteles propõe os conceitos de
ATO e POTÊNCIA.
Potência significa ausência de perfeição, a
capacidade de se tornar alguma coisa.
Por exemplo:
- A semente de laranja lançada na terra tem a
potência de tornar-se uma laranjeira.
- O filhote de gato guarda em si a capacidade de
tornar-se adulto e procriar.
139Pré Socráticos aos Medievais
Os ciclos que compõem a vida de cada ser vão
se atualizando, isto é, a potência dentro deles
vai se realizando.
O que Aristóteles chama de ATO constitui cada
uma das etapas pelas quais a potência vai se
atualizando.
Todo ser tende a tornar atual a forma que tem
em si mesmo como potência.
Portanto, o movimento é a passagem da
potência para o ato.
140Pré Socráticos aos Medievais
• As Quatro Causas
•
• Segundo Aristóteles, há quatro causas
implicadas na existência de algo:
• - Causa material: daquilo que a coisa é feita
como, por exemplo, o ferro.
• - Causa formal: é a coisa em si como, por
exemplo, uma faca de ferro.
• - Causa eficiente: aquilo que dá origem a coisa
feita como, por exemplo, as mãos de um ferreiro.
• - Causa final: seria a função para a qual a coisa
foi feita como, por exemplo, cortar carne.
141Pré Socráticos aos Medievais
• Exemplo 1: A ESTÁTUA
- A causa material é o mármore (isto é, do que
a coisa é feita);
- A causa eficiente é o próprio escultor (aquilo
com que a coisa é feita);
- A causa formal é a forma da estátua, seus
contornos, sua aparência (aquilo que a coisa
vai ser)
- A causa final envolve a finalidade da estátua
(aquilo para o qual a coisa é feita)
142Pré Socráticos aos Medievais
143Pré Socráticos aos Medievais
• Formas de governo, retórica
(argumentação), etc.
• Em suma, ele organizou ou sistematizou
praticamente todo conhecimento
acumulado até então.
144Pré Socráticos aos Medievais
• Principais obras de Aristóteles:
• - Ética e Nicômano
• - Política
• - Órganon
• - Retórica das Paixões
• - A poética clássica
• - Metafísica
• - De anima (Da alma)
• - O homem de gênio e a melancolia
• - Magna Moralia (Grande Moral)
• - Ética a Eudemo
• - Física
• - Sobre o Céu
145Pré Socráticos aos Medievais
Afinal
O que é Filosofia
FILOSOFIA
Philo / Philia
Sophia
grego
= amizade,
amor fraterno
= sabedoria
146Pré Socráticos aos Medievais
O que é Filosofia
FILOSOFIA
Amizade pela sabedoria
Amor e respeito pelo saber
Indica um estado de espírito
Pessoa que ama, deseja o conhecimento
147Pré Socráticos aos Medievais
O que é Filosofia
FILÓSOFO
Aquele que ama a
sabedoria
Tem amizade pelo saber
Deseja saber
148Pré Socráticos aos Medievais
O nascimento da Filosofia
• Pitágoras = filósofo grego (séc.V a.C.)
– responsável pela invenção da palavra “Filosofia”
– Sabedoria plena e completa pertence aos deuses
– Homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se
filósofos.
149Pré Socráticos aos Medievais
Pitágoras
JOGOS OLÍMPICOS
Comerciante
Atletas
Artistas
Público
Satisfação da
própria cobiça
Sem interesse
pelas disputas
Assistir os jogos e torneios
Avaliar o desempenho e julgar
o valor dos que competiam
150Pré Socráticos aos Medievais
O Filósofo
• Não é movido por interesses comerciais ou
financeiros;
• Não coloca o saber como propriedade sua;
• Não é movido pelo desejo de competir;
• Não faz das idéias e dos conhecimentos uma
habilidade para vencer competidores;
151Pré Socráticos aos Medievais
O Filósofo
• É movido pelo desejo de observar,
contemplar, julgar e avaliar a vida;
• É movido pelo desejo de saber.
152Pré Socráticos aos Medievais
A Verdade
• Não pertence a ninguém;
• Não é um prêmio conquistado por
competição;
• Está diante de todos nós;
• É algo a ser procurado;
• É encontrada por todos aqueles que a
desejarem, que tiverem olhos para vê-la e
coragem para buscá-la.
153Pré Socráticos aos Medievais
O surgimento da Filosofia
• Gregos
– Começaram a fazer perguntas e buscar respostas
para a realidade;
Mundo
Natureza
Ser humano
Podem ser conhecidos pela razão humana
154Pré Socráticos aos Medievais
O surgimento da Filosofia
• Pensadores gregos:
– Verdade do mundo e dos humanos não era algo
secreto e misterioso;
– Verdade podia ser conhecida por todos por meio
das operações mentais de raciocínio;
– Linguagem respeita as exigências do pensamento;
– Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos
e ensinados a todos.
155Pré Socráticos aos Medievais
Características
• Tendência à racionalidade
• Recusa de explicações preestabelecidas
• Tendência à argumentação
• Capacidade de generalização
• Capacidade de diferenciação = análise
156Pré Socráticos aos Medievais
Legado filosófico grego
• Conhecimento = leis e princípios universais
– Verdade = provas ou argumentos racionais
– Conhecimento não se impõe aos outros
– Conhecimento deve ser compreendido por todos
– Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os
seres humanos
– Conhecimento só é verdadeiro quando explica
racionalmente seus objetos
157Pré Socráticos aos Medievais
Legado filosófico grego
• Natureza segue uma ordem necessária
– Opera obedecendo a leis e princípios necessários e
universais;
– Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo
nosso pensamento.
• Surgimento da cosmologia
• Surgimento da física
158Pré Socráticos aos Medievais
Legado filosófico grego
• A razão (ou o nosso pensamento) também opera
obedecendo a princípios, leis, regras e normas
universais e necessários.
– Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso;
– Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da
contradição e da alternativa.
159Pré Socráticos aos Medievais
Legado filosófico grego
• O agir humano exprime a conduta de um ser
racional dotado de vontade e de liberdade
– As práticas humanas não se realizam por imposições
misteriosas e incompreensíveis (forças secretas,
invisíveis, divinas e impossíveis de serem
conhecidas)
160Pré Socráticos aos Medievais
Legado filosófico grego
• Seres humanos naturalmente aspiram:
– Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres
racionais)
– À justiça (pois são seres dotados de vontade livre)
– À felicidade (pois são seres dotados de emoções e
desejos)
Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas
vidas e às suas ações.
161Pré Socráticos aos Medievais
162Pré Socráticos aos Medievais
Períodos da História da Filosofia
Filosofia Medieval Escolástica
Patrística
Renascimento
Período: queda do Império Romano (sec. V) ao sec. XV.
Guerras, a fome e as grandes epidemias.
O cristianismo propaga-se por diversos povos. Crenças e
superstições.
A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos .
163Pré Socráticos aos Medievais
Aspectos gerais
 Correntes da filosofia
medieval e principais
representantes: Patrística
(séc. II-V), com Agostinho
de Hipona, e Escolástica
(séc. IX-XV), com Tomás
de Aquino.
 A herança da filosofia antiga
pagã foi adaptada à tradição
cristã pelos teólogos da
patrística, os chamados
Padres da Igreja.
 Os textos antigos foram preservados pelos monges medievais.
CRISTIANOPALAZZINI/SHUTTERSTOCK
Castelo medieval de Cascassone,
na França, em 2011
164Pré Socráticos aos Medievais
Patrística
 Os apologistas adaptaram os textos
platônicos, mais adequados à nova fé.
 Principais temas: a natureza de Deus e
da alma, a vida futura, o confronto entre o
bem e o mal, a noção de pecado e de
salvação, a questão do tempo.
 Agostinho de Hipona redigiu:
Confissões, De magistro, A cidade de
Deus, Sobre a trindade, entre outras
obras.
Santo Agostinho,
quadro de Piero della
Francesca, século XV
BRIDGEMAN/KEYSTONE
165Pré Socráticos aos Medievais
•Período: do século I até o século VII
•a criação do mundo por Deus,
•pecado original,
•Deus e a trindade una,
•encarnação e morte de Deus, juízo final, ressurreição,
•origem do mal, já que tudo foi criado por Deus.
Filósofos:
Santo Ireneu, Tertúliano, Justino, Clemente de Alexandria,
Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio Magno, Gregório de Nissa
Destaque: Santo Agostinho.
166Pré Socráticos aos Medievais
 Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio,
como faculdade da razão e da vontade.
 Para ele, o mal não tem uma existência real, mas é uma
carência, a ausência do Bem.
 Desenvolveu a teoria da iluminação, segundo a qual
possuímos as verdades eternas porque as recebemos
de Deus.
 O tempo é percebido pela nossa consciência, na qual
o passado existe como memória e o futuro, como
expectativa.
 Ao discutir sobre as relações entre política e religião,
refere-se às duas cidades, a “cidade de Deus” e a
“cidade terrestre”.
Agostinho de Hipona
167Pré Socráticos aos Medievais
Escolástica
 A escolástica sofreu influência
decisiva do aristotelismo.
 Principal representante da escolástica:
Tomás de Aquino, século XIII, auge
da escolástica.
 As universidades foram importantes
como foco de fermentação intelectual.
 Principais temas: prova da existência
de Deus, criação do mundo, verdade,
ética, imortalidade da alma, política.
São Tomás de Aquino,
pintura de Adam Elsheimer,
século XVI
PETWORTHHOUSE,SUSSEX/BRIDGEMAN/KEYSTONE
168Pré Socráticos aos Medievais
•Período:do século XIII ao século XIV
•a questão da razão e da fé, da filosofia e da
teologia.
•As investigações científicas e filosóficas não
poderiam contrariar as verdades estabelecidas pela fé
católica
•a prova da existência de Deus e da imortalidade da
alma, ou seja, a prova racional da existência do
criador e do espírito imortal
Filósofos:
Boaventura. Alberto Magno. Mestre Eckhart. Nicolau de Cusa. Santo
Anselmo. Pedro Abelardo
Destaque: Santo Tomás de Aquino
169Pré Socráticos aos Medievais
A questão dos universais
 O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a
todas as coisas.
 A questão era: os universais seriam realidades, ideias ou
apenas palavras?
 Principais respostas: realismo (Anselmo), realismo
moderado (Tomás de Aquino), nominalismo (Guilherme
de Ockham) e conceptualismo (Pedro Abelardo).
170Pré Socráticos aos Medievais
Tomás de Aquino
 A grande síntese aristotélico-tomista expressa-se na obra
Suma Teológica.
 Aquino prioriza a fé, mas valoriza a importância da razão.
 Na teoria do conhecimento, reconhece a participação dos
sentidos e do intelecto.
 Diferentemente de Aristóteles, destaca a imortalidade
da alma.
 Aquino segue de perto a ética aristotélica, mas, segundo ele,
pela revelação e pela fé, pode-se alcançar uma felicidade
mais alta.
171Pré Socráticos aos Medievais
Provas da existência de Deus
 As “cinco vias” são baseadas nas provas aristotélicas
sobre a causa primeira, o Primeiro Motor Imóvel.
 São elas: o movimento, a causa eficiente, a
contingência, os graus de perfeição, a causa final.
172Pré Socráticos aos Medievais

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Ensino de Filosofia Pré-Socrática

  • 1. FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO • PROFESSOR ALAN APARECIDO • SISTEMA DE NOTAS • 2 BLOCOS DE 10 PONTOS. • ATIVIDADES E AVALIAÇÕES EM SALA. • ATIVIDADES E AVALIAÇÕES ON LINE • KAITEOS.BLOGSPOT.COM.BR Pré Socráticos aos Medievais 1
  • 2. Pré Socráticos aos Medievais 2
  • 3. O Filósofo • Não é movido por interesses comerciais ou financeiros; • Não coloca o saber como propriedade sua; • Não é movido pelo desejo de competir; • Não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores;
  • 4. O Filósofo • É movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar a vida; • É movido pelo desejo de saber.
  • 5. A Verdade • Não pertence a ninguém; • Não é um prêmio conquistado por competição; • Está diante de todos nós; • É algo a ser procurado; • É encontrada por todos aqueles que a desejarem, que tiverem olhos para vê-la e coragem para buscá-la.
  • 6. O surgimento da Filosofia • Gregos – Começaram a fazer perguntas e buscar respostas para a realidade; Mundo Natureza Ser humano Podem ser conhecidos pela razão humana
  • 7. A questão do Mito • Um mito é um relato em forma de narrativa com carácter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. • O termo é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objetivo ou científico, e vistas apenas como histórias de um universo puramente maravilhoso) de diversas comunidades. Pré Socráticos aos Medievais 7
  • 8. • Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade. • Por exemplo, os mitos sobre a criação do mundo repetem alguns temas, como o ovo cósmico, ou o deus assassinado e esquartejado cujas partes vão formar tudo que existe. • Mito NÃO é o mesmo que fábula, conto de fadas, lenda ou saga. Pré Socráticos aos Medievais 8
  • 9. Pré Socráticos aos Medievais 9 GENEALOGIA DOS DEUSES GREGOS:
  • 10. • 1ª geração – Eram entidades que haviam gerado o mundo. Eram forças primitivas e poderosas forças da natureza. • CRONOS • Deus do tempo, filho de Urano (céu) e Gaia (terra), esse titã tinha o péssimo hábito de comer seus filhos assim que nascessem. Casou-se com... • RÉIA • Irmã de Cronos, ela conseguiu salvar um dos seus filhos de ser comido pelo marido. Era o pequeno Zeus. Pré Socráticos aos Medievais 10 GENEALOGIA DOS DEUSES GREGOS Três gerações do Olimpo :
  • 11. • 2ª geração – Os Titãs, descendia da primeira, transmitia uma visão agitada e indomada da natureza. Deuses de aparência semelhante à humana. • POSEIDON - Deus dos mares, era muito popular entre os gregos. • ZEUS - Deus dos deuses do monte Olimpo, comandava o mundo com seu raio. Mesmo tendo a árdua tarefa de dominar a Terra, tinha tempo de fazer um monte de filhos. • HERA - Irmã gêmea e, como isso não era nenhum estorvo entre os deuses, mulher de Zeus. Era a protetora do, imagine só, casamento. • HADES - Deus do mundo inferior, raptou Perséfone, filha de sua irmã Deméter. Pré Socráticos aos Medievais 11
  • 12. • 3ª geração – Com o desaparecimento da potência criadora e selvagem das duas primeiras gerações, surge uma acomodação cada um em seu domínio. • DEUSES OLÍMPICOS DE FORMA TOTALMENTE HUMANA. • HEFESTO - Protetor do fogo e dos metais, era deficiente, o que não o impediu de se casar com... • AFRODITE - A deusa da beleza e do amor nasceu da espuma do mar depois que Cronos jogou na água os testículos de Urano. Traiu Hefesto várias vezes. • ARES - Deus da guerra e um dos amantes de Afrodite. Representava a fúria do espírito guerreiro. Pré Socráticos aos Medievais 12
  • 13. Adendos •Cosmogonia - κοσμογονία (de κόσμος "Cosmos, Universo”) (γονία “Nascimento”) Abrange lendas e teorias sobre o Nascimento do universo. •Teogonia - (em grego: Θεογονία [theos, deus + gonia, nascimento] •Cosmologia - (do grego κοσμολογία, κόσμος ="cosmos"/"ordem"/"mundo" + λογία="discurso"/"estudo") é o ramo da astronomia que estuda a origem, estrutura e evolução do Universo a partir da aplicação de métodos científicos. •Teofania - é um conceito de cunho teológico que significa a manifestação de Deus em algum lugar, coisa ou pessoa. Tem sua etimologia enraizada na língua grega: "theopháneia" ou "theophanía". Pré Socráticos aos Medievais 13
  • 14. Modelo geral seguido pelas cosmogonias dos primeiros filósofos: • 1) No começo há o Caos, isto é, um estado de indeterminação ou de indistinção em que nada aparece (vazio primordial); Pré Socráticos aos Medievais 14
  • 15. • 2) dessa unidade primordial vão surgindo, por segregação e separação, pares de opostos – quente-frio, seco-umido - que diferenciarão as quatro regiões principais do mundo ordenado (cosmos), isto é, o céu de fogo, o ar frio, a terra seca e o mar úmido; Pré Socráticos aos Medievais 15 Modelo geral seguido pelas cosmogonias dos primeiros filósofos:
  • 16. • 3) os opostos começaram a se reunir, a se mesclar, a se combinar, mas, em cada caso, um deles é mais forte que os outros e triunfa sobre eles, sendo o elemento predominante da combinação realizada; desta combinação e mescla nascem todas as coisas, que seguem um ciclo de repetição interminável. Pré Socráticos aos Medievais 16 Modelo geral seguido pelas cosmogonias dos primeiros filósofos:
  • 17. Filme – Confronto do Deuses Pré Socráticos aos Medievais 17
  • 18. O surgimento da Filosofia • Pensadores gregos: – Verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso; – Verdade podia ser conhecida por todos por meio das operações mentais de raciocínio; – Linguagem respeita as exigências do pensamento; – Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos.
  • 19. • A pergunta feita pelas cosmogonias é sempre a mesma: como do caos surgiu o mundo ordenado (cosmos)? • As cosmogonias respondem a essa pergunta fazendo uma genealogia dos seres, isto é, por meio da personificação dos elementos ( água, ar, terra, fogo) e de relações sexuais entre eles explicam a origem de todas as coisas e a ordem do mundo.Pré Socráticos aos Medievais 19 O surgimento da Filosofia
  • 20. os primeiros filósofos Não fazem cosmogonias e sim cosmologias. Pré Socráticos aos Medievais 20
  • 21. Características • Tendência à racionalidade • Recusa de explicações preestabelecidas • Tendência à argumentação • Capacidade de generalização • Capacidade de diferenciação = análise
  • 22. Legado filosófico grego • Conhecimento = leis e princípios universais – Verdade = provas ou argumentos racionais – Conhecimento não se impõe aos outros – Conhecimento deve ser compreendido por todos – Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os seres humanos – Conhecimento só é verdadeiro quando explica racionalmente seus objetos
  • 23. • Natureza segue uma ordem necessária – Opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais; – Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento. • Surgimento da cosmologia • Surgimento da física Legado filosófico grego
  • 24. • A razão (ou o nosso pensamento) também opera obedecendo a princípios, leis, regras e normas universais e necessários. – Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso; – Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da contradição e da alternativa. Legado filosófico grego
  • 25. • O agir humano exprime a conduta de um ser racional dotado de vontade e de liberdade – As práticas humanas não se realizam por imposições misteriosas e incompreensíveis (forças secretas, invisíveis, divinas e impossíveis de serem conhecidas) Legado filosófico grego
  • 26. • Seres humanos naturalmente aspiram: – Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres racionais) – À justiça (pois são seres dotados de vontade livre) – À felicidade (pois são seres dotados de emoções e desejos) Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas vidas e às suas ações. Legado filosófico grego
  • 28. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...?? • O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes que tudo existisse tal como existe no presente. • O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido como verdadeiro. • A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são; • Não admite contradições – exige explicação coerente e racional. 28Pré Socráticos aos Medievais
  • 29. • A Ciência Moderna não mostra a verdade das coisas em si mesmas; a ciência apresenta apenas modelos teóricos provisórios que tentam explicar a realidade. Essas ‘verdades’ que a ciência apresenta duram enquanto não surgirem outros modelos teóricos melhores Pré Socráticos aos Medievais 29
  • 31. Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos da Natureza. Cerca de 550 a.C.. Interesse: Desvendar os fenômenos da natureza, as transformações da natureza. Estudar o Cosmos e o surgimento da vida. Tales de Mileto, Pitágoras de Samos, Anaximandro de Mileto Anaxímenes de Mileto Heráclito de Éfeso Parmênides Demócrito 31Pré Socráticos aos Medievais
  • 32. > Investigação cosmológicas (racionais) >Investigavam a natureza e os processos naturais >perceberam o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis - realidade primeira, originária e fundamental (natureza). >procuravam uma substância básica, um princípio primordial (arché) causa de todas as transformações da natureza OS PRÉ-SOCRÁTICOS FILÓSOFOS DA NATUREZA (NATURALISTAS) OU FISICISTAS 32Pré Socráticos aos Medievais
  • 33. • Encontraram respostas diversas. • Não queriam recorrer ao mito. • Os primeiros a dar um passo na forma científica de pensar. 33Pré Socráticos aos Medievais
  • 34. • A palavra grega Physis pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é mais amplo. Refere-se também à realidade, não aquela pronta e acabada, mas a que se encontra em movimento e transformação, a que nasce e se desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna. 34Pré Socráticos aos Medievais
  • 35. • Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué (ἀρχή; origem), seria um princípio que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas; no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio pelo qual tudo vem a ser. 35Pré Socráticos aos Medievais
  • 36. Os três primeiros filósofos que surgiram foram da cidade de Mileto 36Pré Socráticos aos Medievais
  • 37. Tales de Mileto (624 – 546 a.C) Queria descobrir um elemento físico que fosse constante em todas as coisas. 37Pré Socráticos aos Medievais
  • 38. Água • Observando a vida animal e vegetal concluiu que a água, ou o úmido, é o princípio de todas as coisas. • somente a água permanece basicamente a mesma, em todas as transformações dos corpos, apesar de assumir diferentes estados. 38Pré Socráticos aos Medievais
  • 39. Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.) 39Pré Socráticos aos Medievais
  • 40. • Introduziu o conceito de arché para designar o primum, a realidade primeira e última das coisas. • A arché para ele é algo que transcende os limites do observável. • Denominou-o apeíron, termo grego que significa “indeterminado”, “o infinito” • O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres, contendo em si todos os elementos contrários. 40Pré Socráticos aos Medievais
  • 41. Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C) 41Pré Socráticos aos Medievais
  • 42. • Admitia que a origem é indeterminada, mas não acreditava em seu caráter oculto. • Tentou uma possível conciliação entre as concepções de Tales e as de Anaximandro. • concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas. 42Pré Socráticos aos Medievais
  • 43. O Ar • o ar é a própria vida, a força vital, a divindade que “anima” o mundo, aquilo que dá testemunho à respiração. 43Pré Socráticos aos Medievais
  • 44. Heráclito de Éfeso 544-484 a.C • Concebia a realidade do mundo como algo dinâmico, em permanente transformação. • A vida era impulsionada pela luta das forças contrárias. • É pela luta dessas forças que o mundo se modifica e evolui. 44Pré Socráticos aos Medievais
  • 45. Origem do Cosmos: • FOGO • O fogo é um elemento natural que gera transformações nos seres, nesse sentido, o fogo está presente em todo o cosmos pois tudo está em constante transformação. 45Pré Socráticos aos Medievais
  • 46. O SER É e NÃO É • Tudo está numa infinita transformação. Por isso, não podemos entrar em um rio duas vezes, o rio muda no passar de um segundo, assim como nós mesmos. • O ser é e não é. • Devir: Eterna Transformação. 46Pré Socráticos aos Medievais
  • 47. “Devir” - vir a ser • “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos os mesmo, e também o rio mudou. 47Pré Socráticos aos Medievais
  • 48. Luta dos contrários • Belo e feio Alegria e a tristeza • Bem e mal 48Pré Socráticos aos Medievais
  • 49. • só a mudança e o movimento são reais • identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória • Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é harmonia entre os contrários • O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos” 49Pré Socráticos aos Medievais
  • 50. Doutrina dos contrários • O ser é múltiplo, por estar constituído de oposições internas. • a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas são sujeitas ao tempo e à sua relativa transformação • Heráclito chamou seu princípio de logos, que significa regra segunda a qual todas as coisas se realizam e lei comum que a todos governa – incluiu racionalidade e inteligência. 50Pré Socráticos aos Medievais
  • 51. Escola itálica • Pitágoras de Samos • Filolau • Arquitas de Tarento. 51Pré Socráticos aos Medievais
  • 52. Pitágoras de Samos (570-490 a.C.) • Fundador de poderosa sociedade de caráter religioso e filosófico - Sociedade pitagórica • As contribuições da escola pitagórica são encontradas matemática, música e astronomia. 52Pré Socráticos aos Medievais
  • 54. Número • a essência de todas as coisas reside nos números, os quais representam a simetria ordem, harmonia, limitado e ilimitado. 54Pré Socráticos aos Medievais
  • 55. Fundamento de tudo é o NÚMERO !!! # não abstrato, # elemento essencial da realidade, # dimensão espacial, # par, ímpar e par-ímpar, # harmonia. 55Pré Socráticos aos Medievais
  • 56. • Acreditava na divindade do número. • O um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume. • Os números constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna. 56Pré Socráticos aos Medievais
  • 57. Filolau • Discípulo de Pitágoras, segue a doutrina pitagórica. 57Pré Socráticos aos Medievais
  • 58. Arquitas de Tarento • Representante da escola pitagórica de grande destaque • um dos responsáveis por mudanças fundamentais na matemática do quinto século antes de Cristo. 58Pré Socráticos aos Medievais
  • 59. Escola Eleata • Parmênides de Eléia • Zenão. 59Pré Socráticos aos Medievais
  • 60. Parmênides de Eléia: o ser é imóvel (540-470 a.C.) • o principal expoente da chamada escola eleática. • critica a filosofia heraclitiana. • ao “tudo flui”, contrapõe a imobilidade do ser. • Arché- “o ser é” 60Pré Socráticos aos Medievais
  • 61. Defendia a existência de dois caminhos para a compreensão da realidade – expressou esse pensamento no poema Sobre a Natureza. • caminho da razão, que permite encontrar a Verdade, imutável e perfeita (épistêmê) • o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só nos permite conhecer as aparências das coisas, confusas e contraditórias 61Pré Socráticos aos Medievais
  • 62. O ser e o não ser O caminho da verdade nos leva a compreender que: • “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não pode ser conhecido. • O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não- ser não é e deve ser negado, e esta é a verdade • o ser é a única coisa pensável e exprimível • o ser é único, imutável, incriado e eterno. 62Pré Socráticos aos Medievais
  • 63. Mundo sensível e mundo inteligível • o movimento existe apenas no mundo sensível, e a percepção pelos sentidos é ilusória. • Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao princípio que hoje chamamos de identidade e de não-contradição. 63Pré Socráticos aos Medievais
  • 64. • Uma das conseqüências dessa teoria é a identidade entre o ser e o pensar: o que não conseguir pensar não pode ser na realidade. Penso, logo sou! Descartes 64Pré Socráticos aos Medievais
  • 65. Adendo • Pode-se também pensar que a filosofia de Parmênides, isto é, a do imobilismo universal ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas tradições religiosas (principalmente a cristã) para descrever Deus e o céu. Notem que, em geral, os mortos são enterrados com máximas que dizem: “Aqui jaz (repousa) fulano...”. Deus seria esse princípio Uno e Todo sem partes divididas ou vazias que deveria ser compreendido, através do pensamento, como princípio de todo o conhecimento. É também interessante notar como a identidade entre SER e PENSAMENTO e LINGUAGEM, de Parmênides também associa-se com a tradição do Antigo Testamento. Neste, Deus se revela como o VERBO. Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra, discurso e razão. E se para Parmênides o lógos é também o pensar e o ser, então é a divindade que fala e que fornece a base para conhecermos, isto é, a via da verdade é a razão, o lógosdivino. Por isso, Parmênides concebe o ser de forma circular, pois é, entre os gregos, a forma da perfeição. 65Pré Socráticos aos Medievais
  • 66. Zenão • o que se move sempre está no mesmo agora • Tenta demonstrar que a própria noção de movimento era inviável e contraditória • paradoxo de Zenão, que se refere à corrida de Aquiles com uma tartaruga 66Pré Socráticos aos Medievais
  • 67. Aquiles e a tartaruga • Zenão sabia que Aquiles pode alcançar a tartaruga ele pretendia demonstrar as conseqüências paradoxais de encarar o tempo e o espaço como constituídos por uma sucessão infinita de pontos e instantes individuais consecutivos 67Pré Socráticos aos Medievais
  • 68. Isso demonstram as dificuldades por que passou o pensamento racional para compreender conceitos como : • movimento, espaço, tempo e infinito 68Pré Socráticos aos Medievais
  • 69. Escola pluralista • Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e terra. • Anaxágoras de Clazómena • Leucipo de Abdera • Demócrito de Abdera 69Pré Socráticos aos Medievais
  • 70. Empédoclis de Agrigento • arché: água, fogo, ar e terra. • elementos são movidos e misturados de diferentes maneiras em função de dois princípios universais opostos 70Pré Socráticos aos Medievais
  • 71. • Amor (philia, em grego) – responsável pela força de atração e união e pelo movimento de crescente harmonização das coisas; • ódio (neikos, em grego) – responsável pela força de repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência, dissolução e separação das coisas. 71Pré Socráticos aos Medievais
  • 72. • Aceitava de Parmênides a racionalidade que afirma a existência e permanência do ser • procurava encontrar uma maneira de tornar racional os dados captados por nossos sentidos. 72Pré Socráticos aos Medievais
  • 73. Anaxágoras de Clazómena • propôs, um princípio que atendesse tanto às exigências teóricas do "ser" imutável, quanto à contestação da existência das múltiplas manifestações da realidade. • faz da multiplicidade o principal objeto do seu pensamento, • manifestando-se acerca da natureza do múltiplo: 73Pré Socráticos aos Medievais
  • 74. Arché: nous • Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.  é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,  age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e constituindo o mundo sensível • Homeomerias: sementes que dão origem a realidade na pluralidade de manifestações 74Pré Socráticos aos Medievais
  • 75. Leucipo de Abdera • Primeiro professor da escola atomista. • Não se tem muito informação sobre ele. 75Pré Socráticos aos Medievais
  • 76. Demócrito de Abdera (430-370) • Responsável pelo desenvolvimento do atomismo • todas as coisas que formam a realidade são constituídas por partículas invisíveis e indivisíveis (Δημόκριτος) 76Pré Socráticos aos Medievais
  • 77. "Tudo que existe no universo é fruto do acaso e da necessidade" Tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados Átomos Demócrito avançou também com o conceito de um Universo Infinito, onde existem muito outros mundos como o nosso. Uma coisa nasce quando se produz um certo agrupamento de átomos; desaparece quando esse grupo se desfaz, muda quando muda a situação ou a disposição desse grupo ou quando uma parte é substituída por outra. Cresce quando Ihe são acrescentados novos átomos. Toda ação de uma coisa sobre outra se produz pelo choque dos átomos. 77Pré Socráticos aos Medievais
  • 78. • Para ele, o átomo seria o equivalente ao conceito de ser em Parmênides. • Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa última do mundo. 78Pré Socráticos aos Medievais
  • 79. Os SOFISTAS Os mestres da argumentação 79Pré Socráticos aos Medievais
  • 80. • NOVA FASE FILOSÓFICA caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem com a sociedade. 80Pré Socráticos aos Medievais
  • 81. • Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. 81Pré Socráticos aos Medievais
  • 82. • Levando em consideração os interesses dos alunos, ensinavam: ELOQÜÊNCIA E SAGACIDADE MENTAL, HABILIDADE RETÓRICA.. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados. 82Pré Socráticos aos Medievais
  • 83. Objetivo: desenvolvimento da argumentação, da habilidade retórica, 83Pré Socráticos aos Medievais
  • 84. • Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembleias democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam necessidade de aprender a arte de argumentar em público para conseguir persuadir em assembleias e, muitas vezes, fazer prevalecer seus interesses individuais e de classe. 84Pré Socráticos aos Medievais
  • 86. Protágoras de Abdera: o homem como medida de todas as coisas; • Aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de defender o ceticismo absoluto. • Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo como principio básico de sua doutrina a idéia de que o homem é a medida de tudo que existe. 86Pré Socráticos aos Medievais
  • 87. • Todas as , coisas são relativas aos homem, isto é, o mundo é o que o homem constrói e destrói. • Por isso não haveria verdades absolutas. A verdade seria relativa a determinada pessoa, grupo ou cultura. 87Pré Socráticos aos Medievais
  • 88. Protágoras de Abdera Górgias 88Pré Socráticos aos Medievais
  • 89. Górgias de Leontini: o grande Orador • Aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de defender o ceticismo absoluto. • Afirma que: a) nada existe; b) se existisse, não poderia ser conhecido; c) mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém. 89Pré Socráticos aos Medievais
  • 90. • Essas características dos ensinamentos dos sofistas favoreceram o surgimento de concepções filosóficas relativistas sobre as coisas. • o relativismo de suas teses fundamenta-se numa concepção flexível sobre os homens, a sociedade e a compreensão do real. • Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis, diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade. Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas. 90Pré Socráticos aos Medievais
  • 91. • o termo sofista significa “sábio”. Entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido de “impostor”, devido às críticas de Platão. 91Pré Socráticos aos Medievais
  • 92. • Considerou-se a sofística - a arte dos sofistas - apenas uma atitude viciosa do espírito, uma arte de manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir os ouvintes, sem qualquer amor pela verdade. 92Pré Socráticos aos Medievais
  • 93. •A verdade, em grego – aletheia - a manifestação daquilo que é, o não-oculto, se opõe a pseudos que significa o falso, aquilo que se esconde, que ilude. Os sofistas parecem não buscar a aletheia, se contentam com pseudos. Tanto assim, que se usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para designar um raciocínio aparentemente correio, mas que na verdade é falso ou inconclusivo, geralmente formulado com o objetivo de enganar alguém. 93Pré Socráticos aos Medievais
  • 94. Quem foi Sócrates? • Local: Atenas. • Nascimento: 470 a.C. • Falecimento: 339 a.C. • Escola/tradição: Filosofia Grega. • Principais interesses: Ética, Epistemologia, Virtude. Sócrates 94Pré Socráticos aos Medievais
  • 95. Quem foi Sócrates? • Idéias notáveis: Ironia, Método Socrático. • Influências: Anaxágoras, Parmênides, Pródigo. • Influenciados: Platão, Aristóteles, Aristipo de Cirene, Antístenes, Filosofia Ocidental. 95Pré Socráticos aos Medievais
  • 96. Método Socrático • Sócrates é considerado o “Pai da Filosofia” por procurar atingir a verdade a partir da prática filosófica do diálogo. • Para ele a busca pelo conhecimento verdadeiro passava pelas questões humanas, pela reflexão sobre o Homem. • Diferencia-se dos filósofos anteriores que procuravam refletir sobre a natureza ou praticar a retórica. 96Pré Socráticos aos Medievais
  • 97. Método Socrático Diálogo Teeteto de Platão: Filósofo como sendo uma parteira: seu objetivo era dar à luz Idéias! MAIÊUTICA: A verdade é acessível a todos e o filósofo (como a parteira) auxilia o encontro com a verdade, por meio das perguntas, do diálogo! 97Pré Socráticos aos Medievais
  • 98. Sócratese a Maiêutica • Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as idéias, está se subentendendo que o conhecimento está dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o conhecimento. 98Pré Socráticos aos Medievais
  • 99. Método SocráticoO primeiro passo para se chegar a verdade era reconhecer a própria ignorância! Só sei que nada sei! Conhece-te a ti mesmo! Usava a Ironia nos diálogos para abalar as crenças e expor a fragilidade das argumentações. 99Pré Socráticos aos Medievais
  • 100. Sócratese a Maiêutica • Maiêutica: método para chegar ao conhecimento. • Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou a maiêutica. • Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a perceber por si só sua própria ignorância sobre os assuntos tratados. 100Pré Socráticos aos Medievais
  • 101. Sócrates • Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana. 101Pré Socráticos aos Medievais
  • 102. Sócrates • Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. • Como atingir a sabedoria? • Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. • Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo. • À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe nada. • Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates. 102Pré Socráticos aos Medievais
  • 103. • Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo as perguntas com outras perguntas, levava o interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. • Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o caminho da verdade. 103Pré Socráticos aos Medievais
  • 104. • A ironia pode ter um significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria, mas no grego, quer dizer “interrogação”, e Sócrates fazia isso e no decorrer do dialogo 104Pré Socráticos aos Medievais
  • 105. O Destino de Sócrates • A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com o auxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga, questiona. Aquele que questiona, perturba a ordem estabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates. 105Pré Socráticos aos Medievais
  • 106. • Sócrates é acusado de corromper a juventude e de desprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusações ele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de uma planta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão em Apologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante o julgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos, ele diz: Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só deus sabe. 106Pré Socráticos aos Medievais
  • 108. Platão • É filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões. • Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É uma das primeiras instituições de ensino superior do mundo ocidental. 108Pré Socráticos aos Medievais
  • 109. • Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa parte do pensamento de seu mestre Sócrates. • Platão não andava promovendo debates pelos locais públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma academia de filosofia. • Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da época. 109Pré Socráticos aos Medievais
  • 110. Platão • Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das idéias. • Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através deles só conseguimos ter opiniões. • O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que é a arte de colocar à prova todo conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade. 110Pré Socráticos aos Medievais
  • 111. Platão e a Teoria das ideias • Ele procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. O processo de conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras e aparências para o mundo das idéias e essências. 111Pré Socráticos aos Medievais
  • 112. • Para atingir esse mundo, o homem não pode ter apenas “amor às opiniões”, precisa possuir um “amor ao saber”. 112Pré Socráticos aos Medievais
  • 113. • Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para “relembrar” as respostas dos questionamentos. 113Pré Socráticos aos Medievais
  • 114. Mito da Caverna 114Pré Socráticos aos Medievais
  • 115. Mito da Caverna Explicação: • As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora. • Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende que sempre foi enganado pelas sombras. 115Pré Socráticos aos Medievais
  • 116. O mito da caverna representa as etapas da educação de um filósofo, ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o conhecimento verdadeiro. Após essa experiência ele deve voltar à caverna e para orientar os demais e assumir o governo da cidade. 116Pré Socráticos aos Medievais
  • 117. Dois pontos de vista a analise da caverna: • O político: com retorno do filósofo-político que conhece a arte de governar; • Epistemológico: quando o filósofo volta para despertar nos outros o verdadeiro. 117Pré Socráticos aos Medievais
  • 122. Platão distingue dois tipos de conhecimento: O sensível e o inteligível. • Na ilustração da caverna vemos: 1. As sombras: a aparência sensível das coisas; 2. As marionetes: a representação de animais, plantas...; 3. O exterior da cave;rna: a realidade das ideias; 4. O Sol: suprema ideia do bem. 122Pré Socráticos aos Medievais
  • 123. O muro representa a separação de dois tipos de conhecimento: O sensível As duas primeiras realidades O inteligível As duas últimas 123Pré Socráticos aos Medievais
  • 124. Platão e o Mundo das Ideias- Idealismo • Explicou o mundo das idéias através do Mito da Caverna contido em A República. Mundo dos Idéias Mundo Sensível Real; supra-sensível; causa o mundo sensível; contém idéias, o verdadeiro ser das coisas; possui hierarquia; a idéia de Bem e Uno ocupa o ápice. Participado Não se explica a si mesmo; cópia imperfeita do mundo das idéias; existe por participação. Cf. Mito da Caverna. 124Pré Socráticos aos Medievais
  • 125. Platão e a Alma A alma é composta de 3 partes; *Vegetativa ou apetitiva: desejo de prazer sensível. *Irascível: superação do prazer sensível para obter o bem árduo. *Racional: corresponde ao cérebro: superior deve subjugar todas as outras. 125Pré Socráticos aos Medievais
  • 126. Platão: Sociedade, Política e Arte Constrói um modelo de sociedade Justa. Conceito de justiça para Platão: “a cada um faça o que lhe compete fazer” A justiça só existe exteriormente se existir antes interiormente na alma. O Estado deve ser governado por Filósofos, que seriam as pessoas mais prudentes e honestas para alcançar o bem da cidade. 126Pré Socráticos aos Medievais
  • 127. Platão: Sociedade, Política e Arte Modelo da Sociedade Justa, onde cada um deveria desempenhar uma função social. Filósofos: mente do Estado. Deveriam possuir a virtude da sabedoria. Guerreiros : o peito, o coração da sociedade; encarregados da defesa; não teriam direitos políticos. Deveriam possuir a virtude da fortaleza Trabalhadores ou operários: encarregados da subsistência, não teriam nenhum direito político. Exercitariam a virtude da temperança. 127Pré Socráticos aos Medievais
  • 130. “Aristóteles representa o apogeu do pensamento filosófico grego, e o mesmo se pode dizer para a filosofia do direito. Após sua morte, durante toda a Antiguidade e a Idade Média, suas reflexões jusfilosóficas foram tidas como o mais alto patamar de ideias sobre o direito e o justo já construídas”. 130Pré Socráticos aos Medievais
  • 131. ALUNO DE PLATÃO. 131Pré Socráticos aos Medievais
  • 132. A acentuada tendência platônica a uma construção filosófica ideal passa a ser amenizada no pensamento de Aristóteles, na medida em que a experiência é elemento fundamental de sua reflexão. Filho de médico, desde a infância em contato com a empiria nos casos clínicos, Aristóteles construiu sua filosofia tendo por base as realidade que se apresentavam ao seu estudo”. 132Pré Socráticos aos Medievais
  • 133. Professor de Alexandre – o Grande. 133Pré Socráticos aos Medievais
  • 134. Foi ao mesmo tempo...... - Filósofo; - Físico; - Biólogo; - Músico; - Professor; - Político; 134Pré Socráticos aos Medievais
  • 135. CONHECIMENTO • Aristóteles discorda de Platão e procura uma outra forma de definir o conhecimento. • Antes de qualquer coisa, ele rejeita a proposta de que existem dois mundos, o sensível e o inteligível. • Para ele podemos obter o conhecimento através de observações concretas, feitas no mundo real. 135Pré Socráticos aos Medievais
  • 136. Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento é o conhecimento das causas, que pode superar o engano e explicar as mutações que ocorrem no mundo. Ele utiliza a noção de substância como o suporte de todos os atributos, como “aquilo que é em si mesmo”. 136Pré Socráticos aos Medievais
  • 137. O SER E A SUBSTÂNCIA O conceito de ser não pode ser reduzido a um gênero, menos ainda a uma espécie. As várias coisas que são ditas exprimem significados diversos do ser, mas, ao mesmo tempo, todas elas implicam a referência a algo uno, que é a substância. Portanto, o centro unificador dos significados do ser é a substância (ousía). A substância, é o princípio em relação ao qual todos os outros significados subsistem. 137Pré Socráticos aos Medievais
  • 138.  Dentre os atributos que compõem uma substância, podemos destacar: a) aquilo que é ESSENCIAL; b) aquilo que é ACIDENTAL.  Se tomarmos o homem como exemplo, veremos que ele tem propriedades que são acidentais, isto é, que podem variar (altura, peso, idade, aparência) e uma propriedade que não varia, ou seja, que é essencial: o homem é um ser racional. 138Pré Socráticos aos Medievais
  • 139. Ainda para explicar a questão do movimento, Aristóteles propõe os conceitos de ATO e POTÊNCIA. Potência significa ausência de perfeição, a capacidade de se tornar alguma coisa. Por exemplo: - A semente de laranja lançada na terra tem a potência de tornar-se uma laranjeira. - O filhote de gato guarda em si a capacidade de tornar-se adulto e procriar. 139Pré Socráticos aos Medievais
  • 140. Os ciclos que compõem a vida de cada ser vão se atualizando, isto é, a potência dentro deles vai se realizando. O que Aristóteles chama de ATO constitui cada uma das etapas pelas quais a potência vai se atualizando. Todo ser tende a tornar atual a forma que tem em si mesmo como potência. Portanto, o movimento é a passagem da potência para o ato. 140Pré Socráticos aos Medievais
  • 141. • As Quatro Causas • • Segundo Aristóteles, há quatro causas implicadas na existência de algo: • - Causa material: daquilo que a coisa é feita como, por exemplo, o ferro. • - Causa formal: é a coisa em si como, por exemplo, uma faca de ferro. • - Causa eficiente: aquilo que dá origem a coisa feita como, por exemplo, as mãos de um ferreiro. • - Causa final: seria a função para a qual a coisa foi feita como, por exemplo, cortar carne. 141Pré Socráticos aos Medievais
  • 142. • Exemplo 1: A ESTÁTUA - A causa material é o mármore (isto é, do que a coisa é feita); - A causa eficiente é o próprio escultor (aquilo com que a coisa é feita); - A causa formal é a forma da estátua, seus contornos, sua aparência (aquilo que a coisa vai ser) - A causa final envolve a finalidade da estátua (aquilo para o qual a coisa é feita) 142Pré Socráticos aos Medievais
  • 144. • Formas de governo, retórica (argumentação), etc. • Em suma, ele organizou ou sistematizou praticamente todo conhecimento acumulado até então. 144Pré Socráticos aos Medievais
  • 145. • Principais obras de Aristóteles: • - Ética e Nicômano • - Política • - Órganon • - Retórica das Paixões • - A poética clássica • - Metafísica • - De anima (Da alma) • - O homem de gênio e a melancolia • - Magna Moralia (Grande Moral) • - Ética a Eudemo • - Física • - Sobre o Céu 145Pré Socráticos aos Medievais
  • 146. Afinal O que é Filosofia FILOSOFIA Philo / Philia Sophia grego = amizade, amor fraterno = sabedoria 146Pré Socráticos aos Medievais
  • 147. O que é Filosofia FILOSOFIA Amizade pela sabedoria Amor e respeito pelo saber Indica um estado de espírito Pessoa que ama, deseja o conhecimento 147Pré Socráticos aos Medievais
  • 148. O que é Filosofia FILÓSOFO Aquele que ama a sabedoria Tem amizade pelo saber Deseja saber 148Pré Socráticos aos Medievais
  • 149. O nascimento da Filosofia • Pitágoras = filósofo grego (séc.V a.C.) – responsável pela invenção da palavra “Filosofia” – Sabedoria plena e completa pertence aos deuses – Homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos. 149Pré Socráticos aos Medievais
  • 150. Pitágoras JOGOS OLÍMPICOS Comerciante Atletas Artistas Público Satisfação da própria cobiça Sem interesse pelas disputas Assistir os jogos e torneios Avaliar o desempenho e julgar o valor dos que competiam 150Pré Socráticos aos Medievais
  • 151. O Filósofo • Não é movido por interesses comerciais ou financeiros; • Não coloca o saber como propriedade sua; • Não é movido pelo desejo de competir; • Não faz das idéias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores; 151Pré Socráticos aos Medievais
  • 152. O Filósofo • É movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar a vida; • É movido pelo desejo de saber. 152Pré Socráticos aos Medievais
  • 153. A Verdade • Não pertence a ninguém; • Não é um prêmio conquistado por competição; • Está diante de todos nós; • É algo a ser procurado; • É encontrada por todos aqueles que a desejarem, que tiverem olhos para vê-la e coragem para buscá-la. 153Pré Socráticos aos Medievais
  • 154. O surgimento da Filosofia • Gregos – Começaram a fazer perguntas e buscar respostas para a realidade; Mundo Natureza Ser humano Podem ser conhecidos pela razão humana 154Pré Socráticos aos Medievais
  • 155. O surgimento da Filosofia • Pensadores gregos: – Verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso; – Verdade podia ser conhecida por todos por meio das operações mentais de raciocínio; – Linguagem respeita as exigências do pensamento; – Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos. 155Pré Socráticos aos Medievais
  • 156. Características • Tendência à racionalidade • Recusa de explicações preestabelecidas • Tendência à argumentação • Capacidade de generalização • Capacidade de diferenciação = análise 156Pré Socráticos aos Medievais
  • 157. Legado filosófico grego • Conhecimento = leis e princípios universais – Verdade = provas ou argumentos racionais – Conhecimento não se impõe aos outros – Conhecimento deve ser compreendido por todos – Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os seres humanos – Conhecimento só é verdadeiro quando explica racionalmente seus objetos 157Pré Socráticos aos Medievais
  • 158. Legado filosófico grego • Natureza segue uma ordem necessária – Opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais; – Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento. • Surgimento da cosmologia • Surgimento da física 158Pré Socráticos aos Medievais
  • 159. Legado filosófico grego • A razão (ou o nosso pensamento) também opera obedecendo a princípios, leis, regras e normas universais e necessários. – Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso; – Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da contradição e da alternativa. 159Pré Socráticos aos Medievais
  • 160. Legado filosófico grego • O agir humano exprime a conduta de um ser racional dotado de vontade e de liberdade – As práticas humanas não se realizam por imposições misteriosas e incompreensíveis (forças secretas, invisíveis, divinas e impossíveis de serem conhecidas) 160Pré Socráticos aos Medievais
  • 161. Legado filosófico grego • Seres humanos naturalmente aspiram: – Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres racionais) – À justiça (pois são seres dotados de vontade livre) – À felicidade (pois são seres dotados de emoções e desejos) Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas vidas e às suas ações. 161Pré Socráticos aos Medievais
  • 163. Períodos da História da Filosofia Filosofia Medieval Escolástica Patrística Renascimento Período: queda do Império Romano (sec. V) ao sec. XV. Guerras, a fome e as grandes epidemias. O cristianismo propaga-se por diversos povos. Crenças e superstições. A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos . 163Pré Socráticos aos Medievais
  • 164. Aspectos gerais  Correntes da filosofia medieval e principais representantes: Patrística (séc. II-V), com Agostinho de Hipona, e Escolástica (séc. IX-XV), com Tomás de Aquino.  A herança da filosofia antiga pagã foi adaptada à tradição cristã pelos teólogos da patrística, os chamados Padres da Igreja.  Os textos antigos foram preservados pelos monges medievais. CRISTIANOPALAZZINI/SHUTTERSTOCK Castelo medieval de Cascassone, na França, em 2011 164Pré Socráticos aos Medievais
  • 165. Patrística  Os apologistas adaptaram os textos platônicos, mais adequados à nova fé.  Principais temas: a natureza de Deus e da alma, a vida futura, o confronto entre o bem e o mal, a noção de pecado e de salvação, a questão do tempo.  Agostinho de Hipona redigiu: Confissões, De magistro, A cidade de Deus, Sobre a trindade, entre outras obras. Santo Agostinho, quadro de Piero della Francesca, século XV BRIDGEMAN/KEYSTONE 165Pré Socráticos aos Medievais
  • 166. •Período: do século I até o século VII •a criação do mundo por Deus, •pecado original, •Deus e a trindade una, •encarnação e morte de Deus, juízo final, ressurreição, •origem do mal, já que tudo foi criado por Deus. Filósofos: Santo Ireneu, Tertúliano, Justino, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio Magno, Gregório de Nissa Destaque: Santo Agostinho. 166Pré Socráticos aos Medievais
  • 167.  Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio, como faculdade da razão e da vontade.  Para ele, o mal não tem uma existência real, mas é uma carência, a ausência do Bem.  Desenvolveu a teoria da iluminação, segundo a qual possuímos as verdades eternas porque as recebemos de Deus.  O tempo é percebido pela nossa consciência, na qual o passado existe como memória e o futuro, como expectativa.  Ao discutir sobre as relações entre política e religião, refere-se às duas cidades, a “cidade de Deus” e a “cidade terrestre”. Agostinho de Hipona 167Pré Socráticos aos Medievais
  • 168. Escolástica  A escolástica sofreu influência decisiva do aristotelismo.  Principal representante da escolástica: Tomás de Aquino, século XIII, auge da escolástica.  As universidades foram importantes como foco de fermentação intelectual.  Principais temas: prova da existência de Deus, criação do mundo, verdade, ética, imortalidade da alma, política. São Tomás de Aquino, pintura de Adam Elsheimer, século XVI PETWORTHHOUSE,SUSSEX/BRIDGEMAN/KEYSTONE 168Pré Socráticos aos Medievais
  • 169. •Período:do século XIII ao século XIV •a questão da razão e da fé, da filosofia e da teologia. •As investigações científicas e filosóficas não poderiam contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica •a prova da existência de Deus e da imortalidade da alma, ou seja, a prova racional da existência do criador e do espírito imortal Filósofos: Boaventura. Alberto Magno. Mestre Eckhart. Nicolau de Cusa. Santo Anselmo. Pedro Abelardo Destaque: Santo Tomás de Aquino 169Pré Socráticos aos Medievais
  • 170. A questão dos universais  O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas.  A questão era: os universais seriam realidades, ideias ou apenas palavras?  Principais respostas: realismo (Anselmo), realismo moderado (Tomás de Aquino), nominalismo (Guilherme de Ockham) e conceptualismo (Pedro Abelardo). 170Pré Socráticos aos Medievais
  • 171. Tomás de Aquino  A grande síntese aristotélico-tomista expressa-se na obra Suma Teológica.  Aquino prioriza a fé, mas valoriza a importância da razão.  Na teoria do conhecimento, reconhece a participação dos sentidos e do intelecto.  Diferentemente de Aristóteles, destaca a imortalidade da alma.  Aquino segue de perto a ética aristotélica, mas, segundo ele, pela revelação e pela fé, pode-se alcançar uma felicidade mais alta. 171Pré Socráticos aos Medievais
  • 172. Provas da existência de Deus  As “cinco vias” são baseadas nas provas aristotélicas sobre a causa primeira, o Primeiro Motor Imóvel.  São elas: o movimento, a causa eficiente, a contingência, os graus de perfeição, a causa final. 172Pré Socráticos aos Medievais