1. O documento discute a arte neo-conceitual e feminista alimentada por teorias pós-estruturalistas dos anos 1980 e 1990, com foco em artistas como Cindy Sherman, Barbara Kruger e Pipilotti Rist.
2. A arte da época se caracterizou pelo uso de novas tecnologias, desconstrução, excessos sensoriais, questões de identidade e gênero.
3. O documento também reflete sobre a complexidade da subjetividade e a busca por significados na obra de artistas como Tunga.
1. Cap. III No extremo da história
1. Neo- conceitual e feminista
2. Alimentado por:
•-pós-estruturalismo -Guy Debord, Jean Baudrillard, J. F. Lyotard, Gilles
Deleuze, Felix Guattari, Jacques Derrida, Michael Foucault
•-semiótica -Umberto Eco
•-estudos feministas -Lucy Lippard, Griselda Pollock, Arlene Raven
•-estudos culturais e pós-coloniais –Stuart Hall
•-psicanálise -Lacan, Julia Kristeva
Conceitos: Características
Desconstrução Excessos
Diffèrance Não negação
Subjetividade, Intersubjetividade Revival, apropriação
Complexidade Estrutura aberta
Simulacro Uso de novas tecnologias
Bricolage Arte como pesquisa
Interatividade Domínio da fotografia e do vídeo
Colaboração Peça, objeto de arte
Significado Sensorial
Hibridismo Ativista micro políticas
Entre –lugar
Narrativas
Perfil do artista muda mais do que a obra em si
3. Mary Garrard (1982): um dos lugares mais
frutíferos para encontrar as marcas da
diferença entre a percepção de artistas
homens e de artistas mulheres está na
forma de tratar temas tradicionais
Diffèrance
Identidade
Simulacro
Apropriação
Série de Film Still # 21, 1978 Série de Retratos Históricos # 225, 1990
Cindy Sherman
4. Ironia
Uso de meios
massivos
Desconstrução
“A História é o texto dos
mortos ditado aos vivos,
através de uma voz que
não pode falar por si
mesma. O ventríloquo
que balança o corpo nos
joelhos, que da fala ao
silêncio e transforma
ossos e sangue em
reminiscências não é
outro que o historiador.
O guardião do texto. O
contador da história. O
trabalhador de bocas
mudas”. (Barbara Kruger
Remote Control, MIT
Press, 1993)
Barbara Kruger
5. “Repete comigo
Que a dúvida tempera a
crença com sanidade. [...]
que a noção de direitos
humanos deve incluir a
opressão das mulheres.[...]
Que é hora de questionar o
que é “normal”, “moral”,
“comunidade”, “standards”,
“limites”, “valores”,
“objetividade”, “vanguarda”
e o prefixo pós na frente de
qualquer coisa. Que os
temas de dinheiro, sexo,
poder, diferença racial são
inseparáveis. [..] Que o
feminismo sugere diversas
formas de viver a vida e que
continuam questionando os
arranjos convencionais do
poder e os clichês de
oposições binárias. 1992”
(Kruger, Remote Control,
1994)
Barbara Kruger, Repeat After me, 1985-94
6. Para Beuys o espírito esta no inconsciente á diferença de Kaprow para
quem a arte é uma consciência do dia a dia, a arte de Kaprow não tem
profundidade inconsciente. A arte de Beuys busca a transformação da
sociedade, a cura de sim e do seu povo-luta por uma transcendência
por médio da própria transformação –Kaprow nivela a arte com a vida
até o ponto em que não possa se dizer mais que a arte é uma atividade
transformadora. O neo-conceitual intelectualiza.
A tragédia da situação dos 80 é a dissociação ou separação entre
pensamento e sentimento.
O caráter problemático do ‘eu’ self, é a questão mais urgente nos anos
80: Cindy Sherman o papel da mulher na sociedade, Schnabel o status
social do artista, o racismo em Basquiat, etc.
É a arte que muda a realidade ou a realidade que muda a arte?
“Pensar mais do que nada é ver e falar. Mas só com a condição de que
o olho não fique nas coisas, senão que se eleve ás visibilidades e que a
linguagem não fique nas palavras ou as frases mas que se elevem aos
enunciados [...](Deleuze, 1996)
11. Complexidade, subjetividade, significado
Tunga, “Semeando Sereias” performance, Costa Brava (RJ) 1988
“ Meu propósito era reconhecer o rotundo objeto. Um frisson magnético correu
minha pele. O objeto que encontrara era minha própria cabeça decepada. A
pesar do escabroso do fato, achei conveniente dali retirá-la. A tarefa mostrou-se
um tanto árdua. Meus cabelos naquela cabeça haviam crescido enormemente
e, enxaguados e imersos como estavam, constituíam imensa carga”.
16. Década de 1990
Exposições importantes como Aperto 93 na Bienal de Veneza,
Fuzzy em 1993 e Sensation em 1997 (YBA)
Damien Hirst, Some Comfort Gained from the
Cris Ofili, Santa Virgem Maria, 1996 Acceptance of the inherent Lies in Everything,
1996
20. A pintura conceitual
Yve-Alain Boi argumenta sobre a ideia de uma pintura conceitual: a obra só se reconhece
no plano formal e da linguagem. O caráter conceitual está em potência no meio específico
da pintura, A pintura é conceitual quando em sua auto- referencialidade e auto-crítica
aponta a qualidade material da mesma maneira que à gramática simbólica da linguagem,
não quando descansa de maneira acrítica sobre um conhecimento tradicional do meio.
Alex Katz, Ada, Ada. 1991, óleo s/tela
24. Para Hubert Damish a pintura no contexto
contemporâneo tem que valer a pena,
tem que demonstrar que não poderia ser
feito de outra maneira
Joaquin Sánchez, retrato como São
Yang Shaobin, sem título, óleo s/tela, 2000 Miguel Arcângelo, óleo s/tela , 2005
27. Karen Kilimnik, A praga negra Leiko Ikemura, joven no seu lado,
1997
28. Gravura
Thomas Kilpper, “Estado de Controle”, gravura em linóleo no chão do Ministério da Segurança,
história da vigilância da Alemanha Oriental desde o período Nazi até o presente digital . 2009
29. • Webteca
• Cindy Sherman, Pulitzer Foundation for the Arts (em inglés)
• Cindy Sherman e seus retratos históricos (em ingés)
• Barbara Kruger, Remote Control, Power, Cultures and the World of Appearances. Google Books
• Pipilotti Rist vídeos, Dailymotion
• BISHOP, CLAIRE. Antagonism and Relational Aesthetics. Magazine and Massachusetts Institute of Tec
Bibliografia
DELEUZE,GILES. La vida como obra de arte In: Conversaciones con
Deleuze(1972-1990). Tradução J.L.Pardo. Valencia: Pre-Textos, 1996, pp.133-189.
ECO, UMBERTO. Semiótica e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Ática. 1991.
LYOTARD, JEAN FRANÇOIS. A condição pós-moderna. São Paulo: José Olympio.
2002.