2. Jornalismo colaborativo
• A base filosófica do jornalismo colaborativo é
movimento do software livre iniciado em 1984 por
Richard Stallman.
• Metaforicamente, disponibilizar o código-fonte
significa conceder espaços para veiculação do
conteúdo produzido pelo público, ampliar os
mecanismos de colaboração entre jornais e leitores
3. • Na nova era das comunicações digitais,
sinaliza Gillmor (2005), o “público pode
tornar-se parte integral do processo – e
começa a tornar-se evidente que tem de sê-
lo”.
• Três níveis de colaboração no jornalismo
colaborativo: parcial, total, rizomático
4. Parcial
• as possibilidades de colaboração são limitadas
e ocorrem na etapa de construção de notícia –
seja sugestão de matérias, fontes, envio de
fotos e vídeos e/ou relatos testemunhais de
fatos. Neste nível de colaboração, os
cidadãos-repórteres não têm o controle total
de sua produção e ainda dependem do crivo
do gatekeeping.
5. Total
• neste modelo, o cidadão-repórter tem
liberdade/acesso pleno ao “códigofonte”. Ele
pensa a pauta, colhe os dados, embasa suas
opiniões, escolhe suas fontes, escreve o
conteúdo e sobe para a home da mídia
colaborativa.
6. Rizomático
• o que difere do Jornalismo Colaborativo
ambientado em rede dos modelos parcial e
total é caráter coletivo, seja de produção ou
gerenciamento dos conteúdos colaborativos
10. Modelos
• espaços colaborativos hospedados em
grandes veículos ou sob a coordenação
destes
• espaços colaborativos criados por grupos ou
empresas de comunicação de pequeno
porte, sem associação à uma grande marca
13. Natureza da colaboração
• Nos grandes portais e jornais, a lógica de
colaboração segue a agenda midiática. O
público é convidado a participar quase
sempre em caso de fait divers, como
terremotos, enchentes, acidentes, festas e
outros fatos onde a onipresença midiática
não pode ser realizada
14. • Já nos novos espaços nota-se a pluralidade
maior em termos noticiosos. A agenda é
escrita pelos colaboradores, a notícia será
aquela que você publicar no site.
16. Diálogo/colaboração
É impossível pensar relação com as mídias
sociais sem criar mecanismos de colaboração
Jornalista deve deixar de escrever para o
leitor e escrever com os co-autores
17. Mediação
• Dialógica e não conectiva
• Ampliação do campo jornalístico
• Do gatekeeping para o “cartógrafo da
informação” (Jorge Rocha – 2006/2009)
19. Redes Sociais e Jornalismo Colaborativo
• Redes sociais são fundamentais para o
jornalismo colaborativo, mas existe pouca
interação entre os membros
• Colaboração ainda é focada na “vontade
individual” e não nos anseios comunitários
20. Apropriação
Redes como fonte de informação | personagens
| valores da comunidade | distribuição de
notícias e novos modelos de negócios
Os jornais não devem esperar os cidadãos
baterem na porta das redações, mas criar
ambientes de conversação e colaboração
Mudar a cultura de moderação é fundamental
22. Quem é o responsável?
• Quem publica é o responsável pelo que o
público postou em sua área de comentários;
• A opinião do público integra o conteúdo;
• Retorno aos leitores é fundamental
24. O Mashable também utiliza badges para os usuários
que compartilham conteúdo e subscrevem tópicos
de notícias.
25. É útil?
• Badges é um sistema de reputação, que pode
reforçar a estrutura e o comportamento das
pessoas;
• É mais fácil identificar o perfil dos leitores;
• Fidelização do público;
26. • Construção da comunidade;
• Potencializa práticas colaborativas
• Recompensa o usuário.
27. Avaliação pode ser uma saída
• Filtragem
• Credibilidade (delegados técnicos do
Slashdot)
• Qualidade
30. Motivos?
• Matérias mais próximas dos grupos a que se
destinam
• Memória local
• Cobertura “afeta”
• Potencializa-se o diálogo e o caráter social
• Sentimento de pertencimento
33. Resultados “The Local” (NYT)
• Não faz sentindo contratar uma equipe
específica para cobrir um determinado local
• Uma boa cobertura hiperlocal se faz com
jornalistas profissionais
• É preciso criar plataformas que facilitem a
participação de diversas maneiras
34. • Distribuir notícias por correio eletrônico tem
grande potencial
• Experiência hiperlocal precisa estar articulada
com a redação dos jornais
43. Base de dados =
Forma cultural simbólica (Manovich)
Tradução para outros formatos
Agrupar e disponibilizar as notícias
(Fidalgo)
Modelo JDBD (Barbosa, 2004)
4ª GERAÇÃO DO WEBJORNALISMO
44. Base de dados orienta o “ver,
navegar e buscar”(Manovich, 2001)
UM POUCO DE TEORIA
45. Da liberação do “código de emissão”
a liberação do “código-fonte”
O QUE SE PROPÕE...
46. Tal processo pode resultar na
segunda fase do jornalismo
colaborativo
O QUE SE PROPÕE...
47. Associações com base de dados:
liberação de API’s, mineração,
rankeamento...
COMO?
48. Digitalização da memória a
liberação da API
Migração dos jornais para o
ciberespaço demandou a
digitalização do conteúdo impresso
49. A segunda fase do jornalismo
colaborativo
1ª fase: abertura dos códigos de
emissão, circulação de informação e
foco no “relato testemunhal”
51. Sabedoria da multidão, colaboração,
hackeamento dos jornais
API’s do Google Maps
potencializaram o jornalismo
hiperlocal
52. Resultados
Aplicativo para bloquear comentaristas chatos no
jornal
Números que aproxima valores da realidade. Ex. R$
100 mil equivale a x vezes o salário de um motorista
App completa frase com bases de dados do próprio
jornal
O mais interessante: leitor pode combinar tags e obter
matérias relacionadas
53. Liberação do código fonte e
recombinação dos dados
Materializa a filosofia dos software
livres: não tem dono, todos usam e
qualquer um pode aprimorá-lo
54. • O compartilhamento das APIs e banco de dados
possibilitam aos colaboradores participarem da
interface/apresentação das notícias.
• Geralmente essas práticas acontecem com o
incentivo dos próprios jornais que convidam os
leitores a analisarem documentos públicos ou
identificar lobbistas a partir de uma fotografia.
56. • Aumento da resolução semântica (Fidalgo, 2003);
• Funções culturais (Manovich) é potencializada
em um modelo rizomático;
• Escritas coletivas no Twitter complementam a
cobertura jornalística, uma vez que novos relatos
e testemunhos são agregados a cobertura sobre
determinados assunto;
• Classificação valorativa das notícias configura um
filtragem colaborativa dos assuntos mundiais.
57. E o jornalista?
Não entendemos a Web, aí vieram as
redes sociais, a colaboração e agora
as bases de dados...
58. Cartógrafo da informação
Jornalista precisa enquadrar,
selecionar e personalizar
informações em um ambiente
conversacional e colaborativo