1. NEOLIBERALISMO E ANEOLIBERALISMO E A
CRISE MUNDIALCRISE MUNDIAL
Heraldo Bello da Silva JúniorHeraldo Bello da Silva Júnior
Sociólogo e Cientista PolíticoSociólogo e Cientista Político
Professor da UNIPProfessor da UNIP
UNIP – São José do Rio
Pardo
2009
3. LIBERALISMO CLÁSSICOLIBERALISMO CLÁSSICO
SURGIMENTOSURGIMENTO::
Século XIX.Século XIX.
Criador: Economista Inglês Adam SMITHCriador: Economista Inglês Adam SMITH
Obra principal: “A riqueza das nações”, publicadaObra principal: “A riqueza das nações”, publicada
em 1774.em 1774.
Teoria de Adam SMITH:Teoria de Adam SMITH:
““As oscilações de preço dos produtos depende daAs oscilações de preço dos produtos depende da
Lei da Oferta e da Procura”.Lei da Oferta e da Procura”.
4. LIBERALISMO CLÁSSICOLIBERALISMO CLÁSSICO
Princípios LiberaisPrincípios Liberais::
1.1. A maioria dos problemas econômicos eA maioria dos problemas econômicos e
sociais decorre da intervenção do Estadosociais decorre da intervenção do Estado
na economia ao pretender regularna economia ao pretender regular
preços, salários e trocas comerciais.preços, salários e trocas comerciais.
2. O único papel reservado ao Estado seria o2. O único papel reservado ao Estado seria o
de proteger a Propriedade Privada e ade proteger a Propriedade Privada e a
Liberdade dos Cidadãos.Liberdade dos Cidadãos.
5. LIBERALISMO CLÁSSICOLIBERALISMO CLÁSSICO
Conclusão de Adam Smith:Conclusão de Adam Smith:
““Para equilibrar as disparidades entrePara equilibrar as disparidades entre
a oferta e a procura de mercadorias,a oferta e a procura de mercadorias,
existiria o que denominouexistiria o que denominou ‘‘MãoMão
Invisível de MercadoInvisível de Mercado’, sem a’, sem a
intervenção do Estado, que diga-seintervenção do Estado, que diga-se
de passagem, apenas atrapalharia talde passagem, apenas atrapalharia tal
equilíbrio natural”.equilíbrio natural”.
6.
7. KEYNESIANISMOKEYNESIANISMO
Autoria:Autoria:
Economista Inglês John MynardEconomista Inglês John Mynard
KEYNES.KEYNES.
Obra principal:Obra principal:
““Teoria geral do emprego, doTeoria geral do emprego, do
lucro elucro e da moeda”da moeda”, em 1936., em 1936.
8. KEYNESIANISMOKEYNESIANISMO
Princípio do KeynesianismoPrincípio do Keynesianismo::
KEYNES, depois da Grande Depressão, de 1929,KEYNES, depois da Grande Depressão, de 1929,
defende que:defende que:
““o Estado deveria assumir a intervenção nao Estado deveria assumir a intervenção na
Economia, garantindo, por meio de investimentosEconomia, garantindo, por meio de investimentos
públicos, áreas como: Saúde, Transportes,públicos, áreas como: Saúde, Transportes,
Seguro Social, Educação, Habitação, entreSeguro Social, Educação, Habitação, entre
outras”.outras”.
O Keynesianismo é também chamadoO Keynesianismo é também chamado ‘Estado do‘Estado do
bem-estar Social’, ‘Estado-Previdência’ oubem-estar Social’, ‘Estado-Previdência’ ou
‘‘Walfare StateWalfare State’’
9. Contexto HistóricoContexto Histórico
O Estado Intervencionista agregou
um infinito número de papéis, acumulando
funções assistencialistas, paternalistas,
previdenciárias, intervencionistas na
economia, concedendo determinados
benefícios aos grupos de oposição, para se
sustentar a classe burguesa a nível
político.
Além de tudo, ele era regulador das
atividades econômicas Franklin Delano⇨
Roosevelt ⇨ New Deal ⇨ Welfare state.
10. Contexto HistóricoContexto Histórico
Em 1932, a música da moda nos
Estados Unidos era: "Brother, Can You Spare
a Dime? ("Irmão, Você Pode me Emprestar
um Trocado?"). Esse era o espírito de um
país com 14 milhões de desempregados. E,
pior, tinha-se a nítida impressão de que a
crise não iria ter fim, de que não existia um
ponto de virada: era a Grande Depressão.
"A única coisa a temer é o próprio
medo".
11. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
Surgimento:Surgimento:
Após a 2ª Guerra Mundial, com o surgimentoApós a 2ª Guerra Mundial, com o surgimento
de uma nova crise na economia nos anos 70.de uma nova crise na economia nos anos 70.
Essa crise ocorreu devido a queda daEssa crise ocorreu devido a queda da
produtividade e agravada pela subida dosprodutividade e agravada pela subida dos
preços do petróleo em 1973 e 1979.preços do petróleo em 1973 e 1979.
Surge o Neoliberalismo, afirmando que aSurge o Neoliberalismo, afirmando que a
crise é culpa da intervenção do Estadocrise é culpa da intervenção do Estado
na economia.na economia.
Representou forte reação contra o EstadoRepresentou forte reação contra o Estado
Intervencionista (Keynesiano)Intervencionista (Keynesiano)
Obra principal do Neoliberalismo:Obra principal do Neoliberalismo:
““O caminho da servidãoO caminho da servidão”, do austríaco”, do austríaco
Friedrich von HAYEK, escrito em 1944.Friedrich von HAYEK, escrito em 1944.
12. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
Características do neoliberalismoCaracterísticas do neoliberalismo::
1.1. Corte de despesas públicas.Corte de despesas públicas.
2.2. Corte de benefícios sociais.Corte de benefícios sociais.
3.3. Liberalismo econômico.Liberalismo econômico.
4.4. Venda de empresas estatais. - PrivatizaçõesVenda de empresas estatais. - Privatizações
5.5. Suspensão do controle de Comércio Exterior/Suspensão do controle de Comércio Exterior/
Desaparecimento de subsídios.Desaparecimento de subsídios.
6.6. Prioridade absoluta no combate à inflação.Prioridade absoluta no combate à inflação.
7.7. Desaparecimento da legislação a favor dosDesaparecimento da legislação a favor dos
sindicatos; do programa de construção desindicatos; do programa de construção de
moradia do Estado; do programa demoradia do Estado; do programa de
seguridade social; do controle dos preçosseguridade social; do controle dos preços
agrícolas, etcagrícolas, etc
13. Contexto HistóricoContexto Histórico
O neoliberalismo é uma reação à
expansão da intervenção do Estado no
estágio intensivo, em uma tentativa de
recompor o âmbito e a primazia do
mercado.
.
14.
15. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Filosofia: na teologia neoliberal os homens
não nascem iguais, nem tendem à igualdade.
Logo qualquer tentativa de suprimir com a
desigualdade é um ataque irracional à própria
natureza das coisas.
A desigualdade é um estimulante que faz
com que os mais talentosos desejem destacar-se
e ascender ajudando dessa forma o progresso
geral da sociedade.
16. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Exclusão e pobreza: a sociedade é o
cenário da competição, da concorrência.
Se aceitamos a existência de vencedores,
devemos também concluir que deve haver
perdedores.
Qualquer política assistencialista mais
intensa joga os pobres nos braços da
preguiça e da inércia.
17. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Os ricos: eles são a parte dinâmica
da sociedade. Deles é que saem as
iniciativas racionais de investimentos
baseados em critérios lucrativos.
A política de tributação sobre eles
deve ser amainada o máximo
possível para não ceifar-lhes os
lucros ou inibi-los em seus projetos.
18. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Crise: é resultado das demandas
excessivas feitas pelos sindicatos
operários que pressionam o estado.
Estado: não há teologia sem demônio.
Para o neoliberalismo ele se apresenta na
forma do estado.O estado
intervencionista.
19. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Inflação: resultado do descontrole da moeda. E
esse por sua vez ocorre devido ao aumento
constante das demandas sociais:
previdência,
seguro-desemprego,
aposentadorias especiais,
redução da jornada de trabalho,
aumentos salariais além da capacidade produtiva
das empresas,
encargos sociais,
férias e etc
20. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Mercado: se há um demônio existe também
um Céu. Para o neoliberalismo esse local
divino é o mercado. Ele é quem tudo regula,
faz os preços subirem ou baixarem, estimula a
produção, elimina o incompetente e premia o
sagaz e o empreendedor.
Socialismo: segundo demônio da teologia
neoliberal. É um sistema político
completamente avesso aos princípios da
iniciativa privada e da propriedade privada.
21. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Regime político: o neoliberalismo afina-
se com qualquer regime que assegure os
direitos da propriedade privada.
Para ele é indiferente se o regime é
democrata, autoritário ou mesmo
ditatorial. O regime político ideal é o que
consegue neutralizar os sindicatos e
diminuir a carga fiscal sobre os lucros e
fortunas, ao mesmo tempo que desregula
o máximo possível a economia.
22. Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
Leis trabalhistas:Leis trabalhistas: Milton FriedmanMilton Friedman
afirma que se há desemprego se deveafirma que se há desemprego se deve
baixar os salários (o mesmo quebaixar os salários (o mesmo que
recomenda o FMI para todos os paísesrecomenda o FMI para todos os países
devedores e que têm problemas paradevedores e que têm problemas para
pagar a dívida).pagar a dívida).
E se essa redução de salários não éE se essa redução de salários não é
capaz de gerar emprego, então écapaz de gerar emprego, então é
preciso continuar baixando.preciso continuar baixando.
23. Para que os salários possam serPara que os salários possam ser
rebaixados até que permita o plenorebaixados até que permita o pleno
emprego, devem desaparecer osemprego, devem desaparecer os
sindicatos que são a principalsindicatos que são a principal
ameaça ao valor da força deameaça ao valor da força de
trabalho, pois através de greves,trabalho, pois através de greves,
direitos e protestos; lutam contra adireitos e protestos; lutam contra a
queda dos salários.queda dos salários.
Ideologia NeoliberalIdeologia Neoliberal
24. Neoliberalismo consiste na crença absoluta
do mercado como força reguladora das atividades
produtivas. Daí a necessidade de se eliminar a
intervenção estatal ⇨ aumento da participação
da iniciativa privada no mercado.
Chile (1973) – Argentina (80) – Brasil (90)
25. BRASILBRASIL
A crise no modelo deA crise no modelo de
substituição de importaçõessubstituição de importações
Crise da dívida externa ⇨ América
Latina ⇨ anos perdidos
26. Plano CruzadoPlano Cruzado -- Austeridade fiscal
e monetária – congelamentos
PPlano econômicolano econômico ((19861986) por) por
Dilson FunaroDilson Funaro, ministro da Fazenda do, ministro da Fazenda do
governo do presidentegoverno do presidente José SarneyJosé Sarney..
O plano mudou aO plano mudou a moedamoeda do Brasil dedo Brasil de
CruzeiroCruzeiro para opara o CruzadoCruzado e posteriormentee posteriormente
para opara o Cruzado NovoCruzado Novo, congelou os, congelou os preçospreços
e salários e criou o gatilho salarial.e salários e criou o gatilho salarial.
O objetivo principal do plano foi aO objetivo principal do plano foi a
contenção da inflação e para isso foramcontenção da inflação e para isso foram
adotadas várias medidasadotadas várias medidas
27. Plano BresserPlano Bresser – Congelamentos
OO Plano BresserPlano Bresser foi um planofoi um plano
econômico brasileiro lançado emeconômico brasileiro lançado em 1616
de junhode junho de 1987, pelo entãode 1987, pelo então
Ministro da FazendaMinistro da Fazenda Luiz CarlosLuiz Carlos
Bresser PereiraBresser Pereira. O plano Bresser. O plano Bresser
seguiu o plano Cruzado que haviaseguiu o plano Cruzado que havia
fracassado na tentativa de controlarfracassado na tentativa de controlar
a inflação.a inflação.
28. O grande problema era o déficit público,O grande problema era o déficit público,
pelo qual o governo gastava mais dopelo qual o governo gastava mais do
arrecadava, sendo que nos primeirosarrecadava, sendo que nos primeiros
quatro meses de 1987, já se haviaquatro meses de 1987, já se havia
acumulado um déficit projetado deacumulado um déficit projetado de
7,2% do PIB.7,2% do PIB.
Então, em junho de 1987, foiEntão, em junho de 1987, foi
apresentado um plano econômico deapresentado um plano econômico de
emergência, o Plano Bresser, onde seemergência, o Plano Bresser, onde se
instituiu o congelamento dos preços,instituiu o congelamento dos preços,
dos aluguéis, dos salários e a UPR comodos aluguéis, dos salários e a UPR como
referência monetária para o reajuste dereferência monetária para o reajuste de
preços e salários.preços e salários.
29. Plano BresserPlano Bresser
Mesmo com todas essas medidas aMesmo com todas essas medidas a
inflação atingiu o índice alarmante deinflação atingiu o índice alarmante de
366% em dezembro de 1987.366% em dezembro de 1987.
30. Plano VerãoPlano Verão - Privatizações –
troca de moedas
O Plano VerãoO Plano Verão, 1989, governo Sarney, realizado pelo, 1989, governo Sarney, realizado pelo
ministro Maílson Ferreira da Nóbrega.ministro Maílson Ferreira da Nóbrega.
Devido à crise inflacionária da década de 1980, foiDevido à crise inflacionária da década de 1980, foi
editada uma lei que modificava o índice de rendimentoeditada uma lei que modificava o índice de rendimento
da caderneta, promovendo ainda o congelamento dosda caderneta, promovendo ainda o congelamento dos
preços e salários, a criação de uma nova moeda, opreços e salários, a criação de uma nova moeda, o
Cruzado NovoCruzado Novo, inicialmente atrelada em paridade com, inicialmente atrelada em paridade com
o Dólar.o Dólar.
O Plano Verão também gerou grandes desajustes àsO Plano Verão também gerou grandes desajustes às
cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram acadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a
20%.20%.
Nenhuma regra foi definida em relação a ajustesNenhuma regra foi definida em relação a ajustes
salariais. Atualmente, até dezembro de 2008, estassalariais. Atualmente, até dezembro de 2008, estas
perdas podem ser reclamadas na justiça.perdas podem ser reclamadas na justiça.
31. 19891989
Plano Brady (securitização daPlano Brady (securitização da
dívida)dívida)
Consenso de Washington
Nova tarefa para o FMI
Balança Comercial com Superávit
Primário
32. Consenso de Washington
Consenso de Washington é um conjunto de
medidas - que se compõe de dez regras básicas -
formulado em novembro de 1989 por economistas
de instituições financeiras baseadas em
Washington, como o FMI, o Banco Mundial e o
Departamento do Tesouro dos Estados
Unidos, fundamentadas num texto do economista
John Williamson, do International Institute for
Economy, e que se tornou a política oficial do
Fundo Monetário Internacional em 1990, quando
passou a ser "receitado" para promover o
"ajustamento macroeconômico" dos países em
desenvolvimento que passavam por dificuldades.
33. Consenso de Washington
dez regras básicas:
•Disciplina fiscal
•Redução dos gastos públicos
•Reforma tributária
•Juros de mercado
•Câmbio de mercado
•Abertura comercial
•Investimento estrangeiro direto, com
eliminação de restrições
•Privatização das estatais
•Desregulamentação (afrouxamento das leis
econômicas e trabalhistas)
•Direito à propriedade
34. Anos 90Anos 90
••Exaustão do modelo brasileiro deExaustão do modelo brasileiro de
substituição de importaçõessubstituição de importações
••Fim das políticas protecionistasFim das políticas protecionistas
Plano Collor - impõe confisco monetário,
congela preços e salários e reformula os
índices de correção monetária. A moeda
muda de Cruzado Novo para Cruzeiro.
Determina um enxugamento da máquina
estatal e inicia a abertura da economia
nacional.
35. Plano Real (Itamar Franco) – procura
conter os gastos públicos, acelerar o
processo de privatização das estatais,
controlar a demanda por meio da elevação
dos juros e pressionar diretamente os
preços pela abertura das importações. A
moeda, que havia mudado de Cruzeiro
para Cruzeiro Real, em agosto de 1993,
muda para Real, em julho de 1994. O
programa prevê continuação da abertura
econômica do país e medidas de apoio à
modernização das empresas brasileiras.
36. Anos 90
Política econômica Brasileira
Áreas principais
Estabilização Econômica
Redução da Presença do Estado na
Economia
Mudança de Protecionismo para
abertura
37. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
Primeiros países a adotar oPrimeiros países a adotar o
Neoliberalismo:Neoliberalismo:
1.1. Chile – nos anos 1970, sob o comandoChile – nos anos 1970, sob o comando
do Gal. Pinochet.do Gal. Pinochet.
2.2. Inglaterra, em 1979.Inglaterra, em 1979.
3.3. Estados Unidos, em 1980.Estados Unidos, em 1980.
4.4. Alemanha, em 1982.Alemanha, em 1982.
5.5. Dinamarca, em 1983.Dinamarca, em 1983.
6.6. ..............., espalha-se pelo mundo................, espalha-se pelo mundo.
38. Medidas adotadas pelo
governo brasileiro
1. Aumento das taxas de juros - No
início do ano, a taxa básica de juros
brasileira era de 16,5%. De junho até
novembro de 2001 alcança 19%, uma
das maiores do Planeta!
2. Enxugamento dos investimentos e
gastos públicos, para cumprir as
metas de superávit fiscal impostas
pelo FMI e garantir o pagamento dos
juros da dívida pública;
39. Medidas adotadas pelo
governo brasileiro
3. Aumento da carga tributária, que já
alcança o absurdo patamar de 34% do PIB,
desacelerando ainda mais a economia;
4. Abertura indiscriminada e unilateral dos
portos, fazendo crescer as importações,
acirrando-se a competição dos importados
com os produtos nacionais, com o objetivo
de baixar os preços e reduzir a inflação.
Essa medida rendeu polpudos frutos
políticos ao governo atual, mas arrebentou
inúmeras indústrias nacionais e provocou
enorme desemprego no País, além de
influenciar negativamente em nosso
Balanço de Pagamentos.
53. Medidas adotadas pelo
governo dos Estados Unidos
1. Redução drástica das taxas de juros: no início
do ano, a taxa de juros americana era de 6,5% e
em novembro de 2001 alcança 1,8%;
2. Aumento dos gastos públicos, promovendo
investimentos e viabilizando diversas ações, a fim
de aquecer a economia.
3. Redução de impostos, a fim de permitir
aumento do volume de recursos nas mãos da
população, para garantir aumento do consumo
interno;
4. Política de rígido controle das importações,
através de barreiras tarifárias e não tarifárias,
aplicação de sanções a produtos importados e
adoção de medidas de proteção à indústria
nacional.
54. A política econômica adotada
pelo atual governo tem sido
boa para quem?
“O setor financeiro foi o que mais se
beneficiou nos sete anos de governo FHC.
Os bancos aumentam com facilidade o
preço dos serviços prestados, o que
explica as altíssimas margens de lucro. ”
(Revista “ Isto É”- nº1675)
“Quem aplicou R$100 na poupança em
agosto de 94, tem hoje, R$324”.
Quem pediu emprestado a mesma
quantia, deve R$160 mil.”
(Revista “ Isto É”- nº1675)
56. Origens da CriseOrigens da Crise
Origens da Crise Tudo começou em 2001,Origens da Crise Tudo começou em 2001,
com o furo da "bolha da Internet". Paracom o furo da "bolha da Internet". Para
proteger os investidores, Alan Greenspan,proteger os investidores, Alan Greenspan,
presidente da Reserva Federal Americana,presidente da Reserva Federal Americana,
decidiu orientar os investimentos para odecidiu orientar os investimentos para o
setor imobiliário. Adotando uma política desetor imobiliário. Adotando uma política de
taxas de juros muito baixas e de reduçãotaxas de juros muito baixas e de redução
das despesas financeiras, induziu osdas despesas financeiras, induziu os
intermediários financeiros e imobiliários aintermediários financeiros e imobiliários a
incitar uma clientela cada vez maior aincitar uma clientela cada vez maior a
investir em imóveis.investir em imóveis.
57. Origens da CriseOrigens da Crise
Foi assim criado o sistema dasFoi assim criado o sistema das
hipotecas subprimes, empréstimoshipotecas subprimes, empréstimos
hipotecários de alto risco e de taxahipotecários de alto risco e de taxa
variável concedidos às famíliasvariável concedidos às famílias
"frágeis"."frágeis".
Na realidade, eram financiamentos deNa realidade, eram financiamentos de
casas concedidos a famílias que oscasas concedidos a famílias que os
bancos sabiam de antemão não terbancos sabiam de antemão não ter
renda familiar suficiente para poderrenda familiar suficiente para poder
arcar com suas prestações.arcar com suas prestações.
58. Origens da CriseOrigens da Crise
Num passo seguinte, os bancos queNum passo seguinte, os bancos que
criaram essas hipotecas criaramcriaram essas hipotecas criaram
instrumentos sofisticados parainstrumentos sofisticados para
securitizá-las, isto é, transformá-lassecuritizá-las, isto é, transformá-las
em títulos livremente negociáveisem títulos livremente negociáveis
que passaram a ser vendidos paraque passaram a ser vendidos para
outros bancos, instituiçõesoutros bancos, instituições
financeiras, companhias de seguros efinanceiras, companhias de seguros e
fundos de pensão pelo mundo afora.fundos de pensão pelo mundo afora.
59. Origens da CriseOrigens da Crise
Quando a Reserva Federal, em 2005,Quando a Reserva Federal, em 2005,
aumentou a taxa de juros paraaumentou a taxa de juros para
tentar reduzir a inflação, desregulou-tentar reduzir a inflação, desregulou-
se a máquina; esses títulos sese a máquina; esses títulos se
tornaram impossíveis de sertornaram impossíveis de ser
negociados a qualquer preço, o quenegociados a qualquer preço, o que
desencadeou um efeito dominó,desencadeou um efeito dominó,
fazendo balançar o sistema bancáriofazendo balançar o sistema bancário
internacional a partir de agosto deinternacional a partir de agosto de
2007.2007.
60. O socorro governamentalO socorro governamental
O socorro governamental Segundo oO socorro governamental Segundo o
FMI declarou em 7 de outubro deFMI declarou em 7 de outubro de
2008, as perdas decorrentes de2008, as perdas decorrentes de
hipotecas do mercado imobiliáriohipotecas do mercado imobiliário
subprime já realizadassubprime já realizadas
contabilizavam 1,4 trilhão de dólarescontabilizavam 1,4 trilhão de dólares
e o valor total dos créditos subprimee o valor total dos créditos subprime
ainda em risco se elevava a 12,3ainda em risco se elevava a 12,3
trilhões, o que corresponde a 89%trilhões, o que corresponde a 89%
do PIB estadunidense.do PIB estadunidense.
61. O socorro governamentalO socorro governamental
Desde que a crise de confiança se agravou eDesde que a crise de confiança se agravou e
se generalizou, paralisando o sistema dese generalizou, paralisando o sistema de
empréstimos interbancário mundial, oempréstimos interbancário mundial, o
governo estadunidense decidiu pôr de ladogoverno estadunidense decidiu pôr de lado
suas teorias neoliberais e passou a socorrersuas teorias neoliberais e passou a socorrer
ativamente as empresas financeiras emativamente as empresas financeiras em
dificuldades. Um pacote, aprovado às pressasdificuldades. Um pacote, aprovado às pressas
pelo congresso estadunidense, destinoupelo congresso estadunidense, destinou
setecentos bilhões de dólares de dinheiro dosetecentos bilhões de dólares de dinheiro do
contribuinte americano a socorro doscontribuinte americano a socorro dos
banqueiros.banqueiros.
62. O socorro governamentalO socorro governamental
Desde a quebra do Bear Sterns (banco deDesde a quebra do Bear Sterns (banco de
investimentos e provedor de outrosinvestimentos e provedor de outros
serviços financeiros com sede em Novaserviços financeiros com sede em Nova
Iorque) , até outubro de 2008, o governoIorque) , até outubro de 2008, o governo
estadunidense e a Reserva Federal jáestadunidense e a Reserva Federal já
haviam desprendido cerca de dois trilhõeshaviam desprendido cerca de dois trilhões
de dólares na tentativa de salvarde dólares na tentativa de salvar
instituições financeiras. Os países da UEinstituições financeiras. Os países da UE
também desprenderam várias centenas detambém desprenderam várias centenas de
bilhões de euros na tentativa de salvarbilhões de euros na tentativa de salvar
seus próprios bancos.seus próprios bancos.
63. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
Todos os países sentiram de uma modoTodos os países sentiram de uma modo
maior ou menor, os efeitos da crisemaior ou menor, os efeitos da crise
financeira que teve origem nos Estadosfinanceira que teve origem nos Estados
Unidos. No Brasil, o que primeiramente seUnidos. No Brasil, o que primeiramente se
sentiu foi a baixa das cotações das açõessentiu foi a baixa das cotações das ações
em bolsas de valores, que foi causada pelaem bolsas de valores, que foi causada pela
grande venda de ações, e que depois segrande venda de ações, e que depois se
atropelaram para repatriar seus capitais, eatropelaram para repatriar seus capitais, e
também pela alta do dólar, que por sua veztambém pela alta do dólar, que por sua vez
foi causada por esse repatriamentofoi causada por esse repatriamento
repentino de capitais.repentino de capitais.
64. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
Como o Brasil tem optado há anos emComo o Brasil tem optado há anos em
pagar seus débitos junto ao FMIpagar seus débitos junto ao FMI
antecipadamente e tem acumuladoantecipadamente e tem acumulado
reservas, que antes da crise eram dereservas, que antes da crise eram de
duzentos e oito bilhões de dólares, fezduzentos e oito bilhões de dólares, fez
com que fiquemos temporariamentecom que fiquemos temporariamente
confortáveis.confortáveis.
65. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
A alta do dólar, apesar de a primeiraA alta do dólar, apesar de a primeira
vista parecer ruim, foi benéfica paravista parecer ruim, foi benéfica para
a competitividade internacional dosa competitividade internacional dos
produtos brasileiros, diminuindo oprodutos brasileiros, diminuindo o
custo para os nossos clientescusto para os nossos clientes
importarem.importarem.
Porém, a alta do dólar aumenta aPorém, a alta do dólar aumenta a
nossa dívida externa.nossa dívida externa.
66. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
No mercado interbancário, houve umaNo mercado interbancário, houve uma
paralisação quase que total deparalisação quase que total de
empréstimos feitos pelos grandesempréstimos feitos pelos grandes
bancos aos pequenos.bancos aos pequenos.
Para tentar evitar isso, o BancoPara tentar evitar isso, o Banco
Central do Brasil decidiu isentá-los deCentral do Brasil decidiu isentá-los de
depositar obrigatoriamente o valordepositar obrigatoriamente o valor
emprestado , só que tal medida nãoemprestado , só que tal medida não
foi suficiente em meio ao clima defoi suficiente em meio ao clima de
quase pânico.quase pânico.
67. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
Para evitar a falta de liquidez nosPara evitar a falta de liquidez nos
mercados de câmbio, o Banco Centralmercados de câmbio, o Banco Central
do Brasil tem feito leilões de venda dedo Brasil tem feito leilões de venda de
dólar físico à vista, usando asdólar físico à vista, usando as
reservas internacionais do Brasil.reservas internacionais do Brasil.
68. Efeitos no BrasilEfeitos no Brasil
O Banco Central, com medo da faltaO Banco Central, com medo da falta
de liquidez, tem liberado por váriasde liquidez, tem liberado por várias
vezes, dezenas de bilhões de reais emvezes, dezenas de bilhões de reais em
depósitos obrigatórios.depósitos obrigatórios.
É umas maneira que o Banco CentralÉ umas maneira que o Banco Central
achou de irrigar o sistema bancárioachou de irrigar o sistema bancário
sem ter que reduzir os juros básicos, osem ter que reduzir os juros básicos, o
que poderia vir a causar inflação eque poderia vir a causar inflação e
diminuir os investimentosdiminuir os investimentos
estrangeiros.estrangeiros.
69. Portanto a crise mundialPortanto a crise mundial
é um resultado doé um resultado do
NeoliberalismoNeoliberalismo..
70. E o Resultado disso?E o Resultado disso?
DesempregoDesemprego
Fusões e MonopóliosFusões e Monopólios
Intervenção EstatalIntervenção Estatal
Aumento da Desigualdade SocialAumento da Desigualdade Social
Cortes nos Gastos PúblicosCortes nos Gastos Públicos
Reforma Tributária e PrevidenciáriaReforma Tributária e Previdenciária
72. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
10 MAIORES EMPRESAS DO10 MAIORES EMPRESAS DO
MUNDOMUNDO
1.1. Wal Mart – Bens deWal Mart – Bens de
consumoconsumo
2.2. Exxon/Mobil – ÓleoExxon/Mobil – Óleo
&Gás.&Gás.
3.3. Royal Dutch Broup –Royal Dutch Broup –
Óleo & Gás.Óleo & Gás.
4.4. BP – Óleo &GásBP – Óleo &Gás
5.5. General Motors –General Motors –
Automóveis.Automóveis.
FONTE: RevistaFONTE: Revista
Fortune/2007Fortune/2007
6. Toyota Motors -6. Toyota Motors -
Automotivo.Automotivo.
7. Chevron - Óleo &Gás.7. Chevron - Óleo &Gás.
8. DaimlerChryster8. DaimlerChryster
-Automotivo.-Automotivo.
9. CONOCOPhilips – Óleo9. CONOCOPhilips – Óleo
&Gás.&Gás.
10. TOTAL - Óleo &Gás10. TOTAL - Óleo &Gás
73. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
10 MARCAS MAIS CARAS DO10 MARCAS MAIS CARAS DO
MUNDOMUNDO
1.1. Coca-cola – EUACoca-cola – EUA
(US$ 65,3 bilhões).(US$ 65,3 bilhões).
2.2. Microsoft – EUAMicrosoft – EUA
(58,7 bilhões).(58,7 bilhões).
3.3. IBM – EUA (US$ 57,5IBM – EUA (US$ 57,5
bilhões).bilhões).
4.4. GE – EUA (US$ 51,6GE – EUA (US$ 51,6
bilhões).bilhões).
5.5. Nokia – FinlândiaNokia – Finlândia
(US$ 33,7 bilhões).(US$ 33,7 bilhões).
FONTE: RevistaFONTE: Revista
Fortune/2007.Fortune/2007.
6. Toyota – Japão (US$6. Toyota – Japão (US$
32,1 bilhões).32,1 bilhões).
7. Intel – EUA (US$ 30,17. Intel – EUA (US$ 30,1
bilhões).bilhões).
8. McDonald’s – EUA8. McDonald’s – EUA
(US$ 29,4 bilhões).(US$ 29,4 bilhões).
9. Disney – EUA (US$9. Disney – EUA (US$
29,4 bilhões).29,4 bilhões).
10. Mercedes Benz –10. Mercedes Benz –
Alemanha (US$ 23,6Alemanha (US$ 23,6
bilhões).bilhões).
74. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
OS 10 HOMENS MAIS RICOS DO MUNDOOS 10 HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO
1. Bill Gates (americano, Microsoft – US$ 561. Bill Gates (americano, Microsoft – US$ 56
bilhões).bilhões).
2. Warren Buffet (Americano, investidor - US$ 522. Warren Buffet (Americano, investidor - US$ 52
bilhões).bilhões).
3. Carlos Slin Helu (Mexicano, Telmex, America3. Carlos Slin Helu (Mexicano, Telmex, America
Movil, Televisa - US$ 49 bilhões).Movil, Televisa - US$ 49 bilhões).
4. Ingvar Kamprad (Sueco, Ikea - US$ 33 bilhões).4. Ingvar Kamprad (Sueco, Ikea - US$ 33 bilhões).
5. Lakshmi Mittal (Indiano, International Steel5. Lakshmi Mittal (Indiano, International Steel
Group – US$32 bilhões).Group – US$32 bilhões).
75. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
OS 10 HOMENS MAIS RICOS DO MUNDOOS 10 HOMENS MAIS RICOS DO MUNDO
6. Sheldon Adelson (Americano, cassinos e hotéis -6. Sheldon Adelson (Americano, cassinos e hotéis -
US$ 26,5 bilhões)US$ 26,5 bilhões)
7. Bernrd Arnault (Francês, LVMH – inclui Louis7. Bernrd Arnault (Francês, LVMH – inclui Louis
Vuitton e Tag Heuer - US$ 26 bilhões)Vuitton e Tag Heuer - US$ 26 bilhões)
8. Amancio Ortega (Espanhol, Inditex, ZARA - US$8. Amancio Ortega (Espanhol, Inditex, ZARA - US$
24 bilhões)24 bilhões)
9.Li Ka – Shing (Chinês, Cheung Kong (Holding) -9.Li Ka – Shing (Chinês, Cheung Kong (Holding) -
US$ 23 bilhões)US$ 23 bilhões)
10. David Thomson (Canadense, Media,10. David Thomson (Canadense, Media,
Entretenimento - US$ 22 bilhões)Entretenimento - US$ 22 bilhões)
FONTE: Revista Forbes/2007FONTE: Revista Forbes/2007
76. NEOLIBERALISMONEOLIBERALISMO
Globalização FinanceiraGlobalização Financeira
Principais crises internacionais:Principais crises internacionais:
1.1. México – dezembro de 1994.México – dezembro de 1994.
2.2. Sudeste Asiático – julho de 1997, com aSudeste Asiático – julho de 1997, com a
desvalorização dodesvalorização do bathbath. A crise afetou a. A crise afetou a
Indonésia, Malásia e Coréia do Sul.Indonésia, Malásia e Coréia do Sul.
3.3. Rússia – agosto de 1998. A crise doRússia – agosto de 1998. A crise do rublorublo
apressou a desvalorização do Real.apressou a desvalorização do Real.
4.4. Turquia – em 2000. Fuga de capitais na TurquiaTurquia – em 2000. Fuga de capitais na Turquia
e Argentina.e Argentina.
5.5. EUA – em 2007 – Crise no mercado imobiliárioEUA – em 2007 – Crise no mercado imobiliário
norte-americano.norte-americano.
77. BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA
1.1. BARBOSA, A.F.BARBOSA, A.F. O mundo globalizadoO mundo globalizado::
política, sociedade e economia. São Paulo,política, sociedade e economia. São Paulo,
Contexto, 2001.Contexto, 2001.
2.2. CARMO, P. S. do.CARMO, P. S. do. O trabalho na economiaO trabalho na economia
globalglobal.São Paulo, Moderna, 1998..São Paulo, Moderna, 1998.
3.3. IANNI, O. A.IANNI, O. A. A sociedade globalA sociedade global. Rio de. Rio de
Janeiro, Civilização Brasileira, 2001.Janeiro, Civilização Brasileira, 2001.
4.4. MAGNOLI, D.MAGNOLI, D. GlobalizaçãoGlobalização: estado nacional e: estado nacional e
espaço mundial. São Paulo, Moderna, 2003.espaço mundial. São Paulo, Moderna, 2003.
5.5. TOURAINE, A.TOURAINE, A. Como sair doComo sair do
liberalismoliberalismo.Bauru, SP. EDUSC, 1999..Bauru, SP. EDUSC, 1999.