SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 51
Baixar para ler offline
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Eletricidade Aplicada
Profa. Grace S. Deaecto
Instituto de Ciˆencia e Tecnologia / UNIFESP
12231-280, S˜ao J. dos Campos, SP, Brasil.
grace.deaecto@unifesp.br
Novembro, 2012
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 1 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
1 An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo
Circuito RC
Circuito RL
Circuito com comuta¸c˜oes
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 2 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo
Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo
Neste cap´ıtulo, trataremos da an´alise de circuitos RC, RL e
RLC autˆonomos e com fontes constantes independentes.
Circuitos autˆonomos s˜ao aqueles que n˜ao possuem fontes
independentes.
Sendo os capacitores e indutores armazenadores de energia, os
circuitos contendo estes dispositivos n˜ao dependem somente
das fontes, mas tamb´em das tens˜oes ou cargas iniciais nos
capacitores ou das correntes ou fluxos iniciais nos indutores.
As equa¸c˜oes que descrevem estes circuitos s˜ao equa¸c˜oes
diferenciais obtidas atrav´es da aplica¸c˜ao das leis de Kirchhoff
considerando a rela¸c˜ao tens˜ao-corrente dos dispositivos
armazenadores.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 3 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC autˆonomo
R C v
iR iC
+
−
Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff no circuito RC de
primeira ordem com tens˜ao inicial no capacitor v(0) = v0, temos
iC + iR = 0
em que iC = Cdv/dt e iR = v/R. Logo, podemos obter a equa¸c˜ao
diferencial ordin´aria de primeira ordem dada por
C
dv
dt
+
v
R
= 0, v(0) = v0
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 4 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC autˆonomo
A equa¸c˜ao anterior permite a utiliza¸c˜ao do m´etodo dos coeficientes
a determinar que baseia-se no fato de que a ´unica solu¸c˜ao
proporcional `as suas derivadas ´e a exponencial. Logo, a solu¸c˜ao
procurada ser´a da forma v(t) = κeλt , com κ = 0 e λ = 0
constantes a serem determinadas. Assim,
Cλ +
1
R
κeλt
= 0
como eλt = 0 e v(0) = 0, temos
Cλ +
1
R
= 0
equa¸c˜ao caracter´ıstica
⇒ λ = −
1
RC
e, portanto, a solu¸c˜ao fica
v(t) = κe− 1
RC
t
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 5 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC autˆonomo
O valor da constante κ ´e determinado de forma a satisfazer a
condi¸c˜ao inicial v(0) = v0. Logo, κ = v0 e a tens˜ao no capacitor ´e
dada por
v(t) = v0e− 1
RC
t
0 1 2 3 4 5 6
0,37
0,14
0,02
1
t/RC
v/v0
O produto RC ´e chamado
de constante de tempo.
Transcorrido 4RC a tens˜ao
se reduz a 2% do seu valor
inicial.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 6 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC com fontes constantes
R
C
v
iR
E
iC
+
−
Possuem pelo menos uma fonte (entrada).
Se o circuito ´e linear, ´e sempre poss´ıvel represent´a-lo como na
figura acima, em que o estado do capacitor ´e obtido
substituindo-se o restante do circuito pelo seu equivalente de
Th´evenin ou Norton. Procedendo desta forma ter´ıamos
E = Vth e R = Rth.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 7 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC com fontes constantes
No circuito anterior, temos v = E + RiR e, portanto,
iR =
v − E
R
Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff iR + iC = 0 e
C
dv
dt
+
v
R
=
E
R
, v(0) = v0
Como a equa¸c˜ao ´e linear com coeficientes constantes, sua solu¸c˜ao,
ser´a do tipo v(t) = vh(t) + vp(t), em que vp(t) ´e chamada de
solu¸c˜ao particular e vh(t) ´e chamada de solu¸c˜ao homogˆenea. Como
a entrada ´e constante, a solu¸c˜ao particular ser´a do tipo vp(t) = β
com β constante, que substitu´ıda na equa¸c˜ao fornece
vp(t) = β = E.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 8 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
Circuito RC com fontes constantes
Para a obten¸c˜ao da solu¸c˜ao homogˆenea, consideramos a equa¸c˜ao
diferencial com entrada nula
C
dv
dt
+
v
R
= 0
cuja solu¸c˜ao ´e vh(t) = κe− t
RC em que κ ´e uma constante qualquer.
A solu¸c˜ao geral ´e dada por
v(t) = κe− t
RC + E
em que κ ´e calculada impondo a condi¸c˜ao inicial v(0) = v0. Logo,
κ = v0 − E e, finalmente, temos
v(t) = E
componente for¸cada
+ v0 − E e− t
RC
componente transit´oria
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 9 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RC
A solu¸c˜ao tamb´em poderia ser escrita da forma seguinte
v(t) = v0e− t
RC
resposta `a entrada nula
+ E 1 − e− t
RC
resposta com c.i. nulas
Para E = 10 [V ], v0 = 1 [V ], C = 1 [µF] e R = 1 [kΩ] a tens˜ao
sobre o capacitor est´a apresentada no gr´afico a seguir.
0 1 2 3 4 5 6
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
t [ms]
v[V]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 10 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL autˆonomo
L
i
R
Aplicando a lei de Kirchhoff das tens˜oes no circuito RL de primeira
ordem, com corrente inicial no indutor i(0) = i0, obtemos a
seguinte equa¸c˜ao diferencial
L
di
dt
+ Ri = 0, i(0) = i0
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 11 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL autˆonomo
Como realizado no caso anterior, utilizaremos o m´etodo dos
coeficientes a determinar para obter a sua solu¸c˜ao. Logo, a solu¸c˜ao
procurada ser´a i(t) = κeλt , com κ = 0 e λ = 0 constantes a serem
determinadas. Substituindo-a na equa¸c˜ao diferencial, temos,
(Lλ + R)κeλt
= 0
como eλt = 0 e i(0) = 0, conclu´ımos que
Lλ + R = 0
equa¸c˜ao caracter´ıstica
⇒ λ = −
R
L
e, portanto, a solu¸c˜ao fica
i(t) = κe− R
L
t
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 12 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL autˆonomo
O valor da constante κ ´e determinado impondo a condi¸c˜ao inicial
i(0) = i0. Logo, κ = i0 e a corrente no indutor ´e dada por
i(t) = i0e− R
L
t
0 1 2 3 4 5 6
0,37
0,14
0,02
1
(R/L)t
i/i0
O quociente L/R ´e cha-
mado de constante de
tempo.
Transcorrido 4L/R a cor-
rente se reduz a 2% do seu
valor inicial.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 13 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL com fontes constantes
i R
LE
+
−
A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e
L
di
dt
+ Ri = E, i(0) = i0
sendo sua solu¸c˜ao do tipo
i(t) = ih(t) + ip(t)
em que ip(t) ´e a solu¸c˜ao particular e ih(t) ´e a solu¸c˜ao homogˆenea.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 14 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL com fontes constantes
A solu¸c˜ao particular ´e dada por ip(t) = E/R. Para a obten¸c˜ao da
homogˆenea, consideramos
L
di
dt
+ Ri = 0
cuja solu¸c˜ao ´e ih(t) = κe− Rt
L , em que a constante κ deve ser
determinada impondo a condi¸c˜ao inicial i(0) = i0 na solu¸c˜ao geral
i(t) = κe− Rt
L +
E
R
Logo, κ = i0 − E/R e, finalmente, temos
i(t) =
E
R
componente for¸cada
+ i0 −
E
R
e− Rt
L
componente transit´oria
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 15 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Circuito RL com fontes constantes
A solu¸c˜ao tamb´em poderia ser escrita da forma seguinte
i(t) = i0e− Rt
L
resposta `a entrada nula
+
E
R
1 − e− Rt
L
resposta com c.i. nulas
Como j´a mencionado, se o circuito ´e linear, sempre ´e poss´ıvel
obter a tens˜ao ou corrente do indutor ou capacitor, substituindo-se
o restante do circuito por seu equivalente de Th´evenin ou Norton.
Ademais, pelo teorema da substitui¸c˜ao podemos obter qualquer
corrente ou tens˜ao no circuito original substituindo o indutor ou
capacitor por sua tens˜ao ou corrente correspondente.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 16 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Exemplo 1
I
R1
C
C
R2
R3
R4
Vth
Rth
a
b
≡
v(t)
v(t)
+
+
+
− −
−
Para o circuito da figura acima, deseja-se encontrar a tens˜ao v
entre os terminais do capacitor C com tens˜ao inicial v(0) = v0.
Solu¸c˜ao : Note que o circuito pode ser representado pelo seu
equivalente de Th´evenin e, portanto, a solu¸c˜ao pode ser obtida
pelo m´etodo dos coeficientes a determinar discutido anteriormente.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 17 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Exemplo 1
A tens˜ao de Th´evenin vista pelo capacitor ´e
Vth =
(R2R3 − R1R4)I
R1 + R2 + R3 + R4
Sua resistˆencia de Th´evenin ´e a seguinte
Rth =
(R1 + R3)(R2 + R4)
R1 + R2 + R3 + R4
Logo, a tens˜ao no capacitor ´e dada por
v(t) = Vth + v(0) − Vth e
− t
RthC
Substituindo o capacitor por uma fonte de tens˜ao de valor v(t)
podemos obter qualquer tens˜ao ou corrente no circuito original.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 18 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RL
Solu¸c˜ao por inspe¸c˜ao
Comparando a estrutura das solu¸c˜oes, tens˜ao no capacitor e
corrente no indutor, percebemos uma grande semelhan¸ca.
Qualquer tens˜ao ou corrente em um circuito linear de primeira
ordem com fontes constantes ser´a da forma
x(t) = x(∞) + x(0) − x(∞) eλt
em que x(0) representa o valor inicial da corrente ou tens˜ao e
x(∞) seu valor de regime. Como vimos λ = −1/RC ou λ = −R/L
e R ´e a resistˆencia vista pelo capacitor ou indutor quando todas as
fontes independentes s˜ao anuladas.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 19 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Circuitos com comuta¸c˜oes
Circuitos com comuta¸c˜oes s˜ao aqueles que contˆem chaves. Para a
determina¸c˜ao dos valores iniciais e finais das tens˜oes e correntes
em um circuito de primeira ordem com fontes constantes podemos
considerar os seguintes pontos :
A tens˜ao (corrente) no capacitor (indutor) n˜ao pode variar
instantˆaneamente. No instante inicial o capacitor (indutor) se
comporta como uma fonte de tens˜ao (corrente) e, se
descarregado, como um curto-circuito (circuito aberto).
O valor final da tens˜ao (corrente) no capacitor (indutor) ´e
constante, a corrente (tens˜ao) se anula e, portanto, o
capacitor (indutor) ´e visto como um circuito aberto
(curto-circuito).
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 20 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Circuitos com comuta¸c˜oes
A tabela a seguir resume os as afirma¸c˜oes apresentadas para a
determina¸c˜ao dos valores iniciais e finais das vari´aveis.
Capacitor Indutor
Descarregado curto-circuito circuito aberto
Carregado em Regime circuito aberto curto-circuito
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 21 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 2
R1 = 1 kΩ
10 µFR2 = 3 kΩ
i(t)
E = 10 V
+
−
No circuito acima o capacitor est´a inicialmente descarregado. A
chave ´e fechada em t = 0. Determine a corrente i(t).
Solu¸c˜ao : No instante inicial em que a chave ´e fechada o capacitor
´e visto como um curto-circuito, logo
i(0+
) =
E
R1
=
10
1000
= 10 mA
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 22 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 2
Ap´os muito tempo com a chave fechada, o capacitor est´a
totalmente carregado e, portanto, ´e visto como um circuito aberto.
Logo, a corrente final ´e dada por
i(∞) =
E
R1 + R2
=
10
4000
= 2,5 mA
A resistˆencia equivalente de Th´evenin vista pelo capacitor ´e
R =
R1R2
R1 + R2
= 750 Ω
e, consequentemente,
λ = −
1
RC
= −
103
7,5
[s−1
]
Finalmente, temos
i(t) = 2,5 + 7,5e
− 103t
7,5
[mA]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 23 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 2
O gr´afico a seguir apresenta a corrente i(t).
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
2
3
4
5
6
7
8
9
10
t [ms]
i[mA]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 24 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
1 2
60 V
4 Ω
12 Ω
3 Ω
6 Ω 18 Ω150 mH
t = 0 t = 35 ms
iL
vL
+
+
−
−
As duas chaves apresentadas no circuito est˜ao fechadas por um
longo tempo. Em t = 0 a chave 1 ´e aberta. Ap´os 35 [ms] a chave
2 tamb´em se abre.
1 Encontre a corrente iL para 0 ≤ t < 35 [ms].
2 Encontre a corrente iL para t ≥ 35 [ms].
3 Qual a porcentagem da energia inicial armazenada no indutor
´e dissipada no resistor de 18 [Ω].
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 25 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
−
+
60 V
4 Ω
12 Ω
3 Ω
6 Ω
iL
Situa¸c˜ao anterior `a
abertura das chaves.
Solu¸c˜ao : 1) Durante o per´ıodo de tempo imediatamente anterior `a
abertura das chaves, o indutor est´a completamente carregado e se
comporta como um curto-circuito. Logo, a corrente no indutor ´e
dada por
iL(0−
) =
12//6//3
4 + 12//6//3
60
3
=
3
10
60
3
= 6 [A]
e, portanto, iL(0−) = 6 [A].
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 26 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
1 2
3 Ω
6 Ω 18 Ω
iL
150 mH
vL
+
−
Situa¸c˜ao com a chave 1
aberta e 2 fechada.
Como a corrente n˜ao pode variar instantˆaneamente no indutor,
ap´os a abertura da primeira chave iL(0+) = 6 [A]. Ademais,
i(∞) = 0, pois o indutor estar´a completamente descarregado. A
resistˆencia equivalente vista pelos seus terminais ´e
R = (3 + 6)//18 = 6 [Ω]. Portanto, no intervalo de 0 ≤ t < 35
[ms], a corrente ´e dada por
iL(t) = 6e− 6
0.15
t
[A]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 27 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
3 Ω
6 Ω
iL
150 mH
vL
+
−
Situa¸c˜ao com as chaves 1 e
2 abertas.
2) Quando t = 35 [ms], o valor da corrente no indutor ´e
iL(0.035) = 6e−1.4
= 1.48 [A]
Sua corrente iL(∞) = 0 e a resistˆencia equivalente vista pelos seus
terminais ´e R = 6 + 3 = 9 [Ω]. Portanto, no intervalo de t ≥ 35
[ms], a corrente ´e dada por
iL(t) = 1.48e− 9
0.15
(t−0.035)
[A]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 28 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
Os gr´aficos a seguir apresentam a corrente iL(t) e a tens˜ao vL no
indutor.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0
1
2
3
4
5
6
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
−40
−35
−30
−25
−20
−15
−10
−5
0
t [ms]
t [ms]
i[A]v[V]
Note que a tens˜ao foi obtida facilmente atrav´es da rela¸c˜ao
iL = LdiL
dt .
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 29 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito com comuta¸c˜oes
Exemplo 3
3) Note que o resistor de 18 [Ω] est´a presente no circuito somente
durante o intervalo de tempo 0 ≤ t < 35 [ms] em que sua corrente
´e iL(t) = 6e−40t [A] e sua tens˜ao ´e vL(t) = −36e−40t [V]. Logo,
p =
v2
L
18
= 72e−80t
e, portanto, a energia dissipada no resistor ´e de
w =
0.035
0
72e−80τ
dτ = 845.27 [mJ]
A energia inicial armazenada no indutor ´e de
wa = 0.15
36
2
= 2700 [mJ]
Podemos concluir que 31.31% da energia armazenada no indutor
foi dissipada no resistor de 18 [Ω].
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 30 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
Como ser´a visto a seguir, os circuitos RLC autˆonomos s˜ao
descritos por equa¸c˜oes diferenciais de segunda ordem do tipo
d2x
dt2
+ 2α
dx
dt
+ ω2
0x = 0, x(0) = x0,
dx(0)
dt
= x1
em que os coeficientes α > 0 e ω0 > 0 s˜ao positivos pois os
circuitos em estudo s˜ao passivos. O parˆametro α ´e chamado de
amortecimento e ω0 de frequˆencia natural n˜ao amortecida.
Como realizado anteriormente, a solu¸c˜ao pode ser procurada como
uma fun¸c˜ao exponencial do tipo
x(t) = κeλt
com κ = 0 e λ = 0 coeficientes a serem determinados.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 31 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
Substituindo esta solu¸c˜ao na equa¸c˜ao diferencial, temos
(λ2
+ 2αλ + ω2
0)κeλt
= 0
o que implica em
λ2
+ 2αλ + ω2
0 = 0
equa¸c˜ao caracter´ıstica
cujas duas ra´ızes
λ1 = −α + α2 − ω2
0
λ2 = −α − α2 − ω2
0
reais ou complexas d˜ao ao sistema comportamentos distintos que
ser˜ao cuidadosamente analisados a seguir.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 32 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
Trataremos dos trˆes comportamentos diferentes que dependem das
ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica.
Amortecimento forte :
Se α > ω0 as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica λ1 e λ2 s˜ao
reais, distintas e negativas e, portanto, sua solu¸c˜ao ser´a
x(t) = κ1eλ1t
+ κ2eλ2t
que tende para zero sem oscila¸c˜oes.
Amortecimento fraco :
Se α < ω0 as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica ficam
λ1 = −α + jωd
λ2 = −α − jωd
em que ωd = ω2
0 − α2 ´e a frequˆencia natural amortecida.
Elas s˜ao complexas conjugadas, com parte real negativa.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 33 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
Sua solu¸c˜ao ser´a dada por
x(t) = κ1e(−α+jωd )t
+ κ2e−(α−jωd )t
Pela identidade de Euler temos,
e(−α+jωd )t
= e−αt
cos(ωd t) + j sin(ωd t)
e(−α−jωd )t
= e−αt
cos(ωd t) − j sin(ωd t)
e, portanto, x(t) pode ser alternativamente escrita como
x(t) = e−αt
(κ1 + κ2) cos(ωd t) + j(κ1 − κ2) sin(ωdt)
definindo A = κ1 + κ2 e B = j(κ1 − κ2), a solu¸c˜ao fica
x(t) = e−αt
A cos(ωd t) + B sin(ωd t)
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 34 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
A express˜ao deixa clara uma importante diferen¸ca entre as solu¸c˜oes
com amortecimento forte e fraco. Nas solu¸c˜oes com amortecimento
fraco, a solu¸c˜ao x(t) tende a zero de forma oscilat´oria.
Amortecimento cr´ıtico :
Se α = ω0 a equa¸c˜ao caracter´ıstica tem duas ra´ızes reais,
iguais e negativas λ1 = λ2 = −α. Neste caso a solu¸c˜ao da
equa¸c˜ao diferencial ´e
x(t) = κ1e−αt
+ κ2te−αt
e seu comportamento est´a no limiar de um amortecimento
forte e fraco n˜ao tendo uma caracter´ıstica vis´ıvel.
As constantes κ1 e κ2 podem ser determinadas resolvendo-se um
sistema de segunda ordem obtido quando as condi¸c˜oes iniciais x(0)
e dx(0)/dt s˜ao impostas.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 35 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC
Se o circuito possuir uma entrada independente u = 0,
d2x
dt2
+ 2α
dx
dt
+ ω2
0x = u, x(0) = x0,
dx(0)
dt
= x1
o procedimento para encontrar a sua solu¸c˜ao ´e idˆentico ao
realizado para os circuitos de primeira ordem n˜ao-autˆonomos. Mais
precisamente, a solu¸c˜ao ser´a do tipo x(t) = xp(t) + xh(t), sendo a
particular obtida substituindo-se xp(t) = β na equa¸c˜ao diferencial
de forma a determinar o valor de β = u/ω2
0. A solu¸c˜ao homogˆenea
´e a mesma obtida anteriormente em que os coeficientes κ1 e κ2
s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais x(0) e dx(0)/dt na
solu¸c˜ao geral
x(t) = κ1eλ1t
+ κ2eλ2t
+
u
ω2
0
A seguir, estudaremos os circuitos RLC em s´erie e em paralelo.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 36 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em paralelo
R L
iL
C
v
I
+
−
Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff, obtemos a seguinte
equa¸c˜ao diferencial
C
dv
dt
+
v
R
+ iL = I
que ´e fun¸c˜ao de v e iL. Ademais, note que
v = L
diL
dt
=⇒
dv
dt
= L
d2iL
dt2
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 37 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em paralelo
o que nos permite escrever
d2iL
dt2
+
1
RC
diL
dt
+
iL
LC
=
I
LC
com condi¸c˜oes iniciais iL(0) = i0 e diL(0)/dt = v0/L. Vamos
primeiramente estudar a sua equa¸c˜ao homogˆenea (I=0). Note que
a equa¸c˜ao caracter´ıstica ´e a seguinte
λ2
+
1
RC
λ +
1
LC
= 0
Da discuss˜ao anterior, temos que α = 1/(2RC) e ω2
0 = 1/(LC).
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 38 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em paralelo
A solu¸c˜ao iL(t) ter´a um
amortecimento forte se
1
2RC
>
1
√
LC
amortecimento fraco se
1
2RC
<
1
√
LC
Neste caso, a energia armazenada no circuito oscila entre os
dois armazenadores e cada vez que ´e transferida perde
energia. Se o amortecimento 1/(2RC) ´e nulo, ou seja,
R = ∞, as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica s˜ao puramente
imagin´arias e iL(t) = A cos(1/
√
LC) + B sin(1/
√
LC) com A e
B a serem determinados. O circuito ´e chamado de oscilador
harmˆonico linear pois oscila sem perder energia.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 39 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
amortecimento cr´ıtico se
1
2RC
=
1
√
LC
A solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao diferencial em estudo ´e
iL(t) = κ1eλ1t
+ κ2eλ2t
+ I
com
λ1 = −
1
2RC
+
1
2RC
2
−
1
LC
λ2 = −
1
2RC
−
1
2RC
2
−
1
LC
em que κ1 e κ2 s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais
iL(0) e diL(0)/dt = v(0)/L.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 40 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 4
Considere um circuito RLC em paralelo com R = 50 [Ω], L = 10
[H] e C = 1 [mF] e condi¸c˜oes iniciais iL(0) = 2 [A] e vL(0) = 10
[V] excitado por uma fonte de corrente de I = 1 [A]. 1) Calcule a
corrente atrav´es do indutor. 2) Troque o resistor para R = 25 [Ω] e
recalcule a corrente. 3) Fa¸ca o mesmo para R = 100 [Ω].
Solu¸c˜ao : 1) A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e
d2iL
dt2
+ 20
diL
dt
+ 100iL = 100
Note que 1/(2RC) = 1/
√
LC = 10 indicando que a resposta iL(t)
possui amortecimento cr´ıtico. A equa¸c˜ao caracter´ıstica
λ2 + 20λ + 100 = 0 possui duas ra´ızes reais iguais a
λ1 = λ2 = −10, sendo a parte homogˆenea dada por
iLh(t) = κ1e−10t
+ κ2te−10t
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 41 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 4
N˜ao ´e dif´ıcil concluir que a solu¸c˜ao particular ´e iLh(t) = 1 sendo a
geral dada por
iL(t) = κ1e−10t
+ κ2te−10t
+ 1
Utilizando as condi¸c˜oes iniciais iL(0) = 2 [A], diL(0)/dt = 1 [V/H]
e sabendo-se que
diL
dt
= −10κ1e−10t
+ κ2e−10t
(1 − 10t)
temos que iL(0) = κ1 + 1 = 2 onde conclui-se que κ1 = 1 e que
diL(0)
dt
= −10κ1 + κ2 = 1
portanto κ2 = 11. Logo, a solu¸c˜ao geral fica
iL(t) = e−10t
+ 11te−10t
+ 1 [A]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 42 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 4
4) Neste caso, note que 1/(2RC) = 20 > 10 = 1/ (LC)
indicando que a solu¸c˜ao iL(t) apresenta amortecimento forte. A
equa¸c˜ao caracter´ıstica λ2 + 40λ + 100 = 100 possui duas ra´ızes
reais distintas iguais a λ1 = −37.3 e λ2 = −2.7. Seguindo o
mesmo procedimento realizado anteriormente encontramos que a
solu¸c˜ao geral ´e dada por
iL(t) = −0.1062e−37.3t
+ 1.1062e−2.7t
+ 1 [A]
5) Neste caso, note que 1/(2RC) = 5 < 10 = 1/ (LC) indicando
que a solu¸c˜ao iL(t) apresenta amortecimento fraco. A equa¸c˜ao
caracter´ıstica λ2 + 10λ + 100 = 100 possui duas ra´ızes complexas
conjugadas iguais a λ1 = −5 + 8.66j e λ2 = −5 − 8.66j. Seguindo
o mesmo procedimento realizado anteriormente encontramos que a
solu¸c˜ao geral ´e dada por
iL(t) = e−5t
cos(8.66t) + 0.6928 sin(8.66t) + 1 [A]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 43 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 4
A seguir est˜ao apresentadas as correntes iL para cada um dos casos
analisados.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
0.8
1
1.2
1.4
1.6
1.8
2
2.2
t [s]
iL[A]
amortecimento cr´ıtico
amortecimento forte
amortecimento fraco
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 44 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em s´erie
R L
vCC
i
E
+
+
−
−
Aplicando a lei das tens˜oes de Kirchhoff, obtemos a seguinte
equa¸c˜ao diferencial
L
di
dt
+ Ri + vC = E
que ´e fun¸c˜ao de vC e i. Ademais, note que
i = C
dvC
dt
=⇒
di
dt
= C
d2vC
dt2
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 45 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em s´erie
o que nos permite escrever
d2vC
dt2
+
R
L
dvC
dt
+
vC
LC
=
E
LC
com condi¸c˜oes iniciais vC (0) = v0 e dvC (0)/dt = i0/C. Vamos
primeiramente estudar a sua equa¸c˜ao homogˆenea (E=0). Note que
a equa¸c˜ao caracter´ıstica ´e a seguinte
λ2
+
R
L
λ +
1
LC
= 0
Neste caso, temos que α = R/(2L) e ω2
0 = 1/(LC).
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 46 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Circuito RLC em s´erie
A solu¸c˜ao vC (t) ter´a um
amortecimento forte se
R
2L
>
1
√
LC
amortecimento fraco se
R
2L
<
1
√
LC
Neste caso, a energia armazenada no circuito oscila entre os
dois armazenadores e cada vez que ´e transferida perde
energia. Se o amortecimento R/(2L) ´e nulo, ou seja, R = 0,
as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica s˜ao puramente imagin´arias
e vC (t) = A cos(1/
√
LC) + B sin(1/
√
LC) com A e B a serem
determinados. O circuito ´e chamado de oscilador harmˆonico
linear pois oscila sem perder energia.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 47 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
amortecimento cr´ıtico se
R
2L
=
1
√
LC
A solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao diferencial em estudo ´e
vC (t) = κ1eλ1t
+ κ2eλ2t
+ E
com
λ1 = −
R
2L
+
R
2L
2
−
1
LC
λ2 = −
R
2L
−
R
2L
2
−
1
LC
em que κ1 e κ2 s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais
vC (0) e dvC (0)/dt = i(0)/C.
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 48 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 5
Considere um circuito RLC em s´erie com R = 280 [Ω], L = 100
[mH] e C = 0.4 [µF] excitado por uma fonte de tens˜ao cont´ınua
de E = 48 [V]. A tens˜ao inicial no capacitor bem como a corrente
no indutor s˜ao nulas. Determine a tens˜ao sobre o capacitor vC (t).
Solu¸c˜ao : A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e
d2vC
dt2
+ 2800
dvC
dt
+ 25 × 106
vC = 1.2 × 109
Note que R/(2L) = 1400 < 5000 = 1/
√
LC indicando que a
resposta vC (t) possui amortecimento fraco. A equa¸c˜ao
caracter´ıstica λ2 + 2800λ + 25 × 106 = 0 possui ra´ızes complexas
conjugadas iguais a λ1 = −1400 + 4800j e λ2 = −1400 + 4800j,
sendo a parte homogˆenea dada por
vCh(t) = e−1400t
A cos(4800t) + B sin(4800t)
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 49 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 5
A solu¸c˜ao geral ´e da forma
vC (t) = 48 + e−1400t
A cos(4800t) + B sin(4800t)
onde as constantes A e B s˜ao encontradas impondo as condi¸c˜oes
iniciais vC (0) = 0 e dvC (0)/dt = 0. Note que vC (0) = 48 + A = 0
o que implica em A = −48 e dvC (0)/dt = −1400A + 4800B = 0 o
que implica em B = −14. Finalmente, a solu¸c˜ao geral ´e dada por
vC (t) = 48 + e−1400t
− 48 cos(4800t) − 14 sin(4800t) [V ]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 50 / 51
An´alise de circuitos RC, RL e RLC
Circuito RLC - S´erie e Paralelo
Exemplo 5
A trajet´oria no tempo de vC (t) est´a apresentada no gr´afico a seguir
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5
0
10
20
30
40
50
60
70
t [ms]
vC[V]
Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 51 / 51

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Leis de ohm
Leis de ohmLeis de ohm
Leis de ohm
 
Estudo dos geradores
Estudo dos geradoresEstudo dos geradores
Estudo dos geradores
 
Dinâmica
DinâmicaDinâmica
Dinâmica
 
Capacitores
CapacitoresCapacitores
Capacitores
 
A resistência elétrica
A resistência elétricaA resistência elétrica
A resistência elétrica
 
1 leitermodinâmica.ppt
1 leitermodinâmica.ppt1 leitermodinâmica.ppt
1 leitermodinâmica.ppt
 
Aula estatica
Aula estaticaAula estatica
Aula estatica
 
Circuitos elétricos 2
Circuitos elétricos 2Circuitos elétricos 2
Circuitos elétricos 2
 
Fórmulas de Eletromagnetismo
Fórmulas de EletromagnetismoFórmulas de Eletromagnetismo
Fórmulas de Eletromagnetismo
 
Aula 5 - Introdução à Quântica
Aula 5 -  Introdução à QuânticaAula 5 -  Introdução à Quântica
Aula 5 - Introdução à Quântica
 
Campo elétrico
Campo elétricoCampo elétrico
Campo elétrico
 
Amplificador operacional
Amplificador operacionalAmplificador operacional
Amplificador operacional
 
Corrente elétrica
Corrente elétricaCorrente elétrica
Corrente elétrica
 
Eletroquímica
EletroquímicaEletroquímica
Eletroquímica
 
Ondas electromagneticas e mecânicas
Ondas electromagneticas e mecânicasOndas electromagneticas e mecânicas
Ondas electromagneticas e mecânicas
 
Aula 5 (capacitância).ppt
Aula 5 (capacitância).pptAula 5 (capacitância).ppt
Aula 5 (capacitância).ppt
 
07 potencia elétrica
07  potencia elétrica07  potencia elétrica
07 potencia elétrica
 
1ª lei de newton
1ª lei de newton1ª lei de newton
1ª lei de newton
 
#1 introdução a termodinâmica conceitos básicos
#1 introdução a termodinâmica   conceitos básicos#1 introdução a termodinâmica   conceitos básicos
#1 introdução a termodinâmica conceitos básicos
 
Força magnética
Força magnéticaForça magnética
Força magnética
 

Destaque

Acionamentos de maquinas motores - inversores e soft starter's
Acionamentos de maquinas   motores - inversores e soft starter'sAcionamentos de maquinas   motores - inversores e soft starter's
Acionamentos de maquinas motores - inversores e soft starter'sElizeu Paulino
 
Eletricidade básica & motores e geradores gab
Eletricidade básica & motores e geradores   gabEletricidade básica & motores e geradores   gab
Eletricidade básica & motores e geradores gabEvanildo Leal
 
Eletricidade 02 gabarito
Eletricidade 02 gabaritoEletricidade 02 gabarito
Eletricidade 02 gabaritoEvanildo Leal
 
Apostila clp - blocos funcionais
Apostila   clp - blocos funcionaisApostila   clp - blocos funcionais
Apostila clp - blocos funcionaisRobisonpardim
 
Simulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básicaSimulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básicaEvanildo Leal
 
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200Jeziel Rodrigues
 

Destaque (9)

32731 apost motores-de_inducao_cefetes
32731 apost motores-de_inducao_cefetes32731 apost motores-de_inducao_cefetes
32731 apost motores-de_inducao_cefetes
 
Circuitos RL
Circuitos RLCircuitos RL
Circuitos RL
 
Acionamentos de maquinas motores - inversores e soft starter's
Acionamentos de maquinas   motores - inversores e soft starter'sAcionamentos de maquinas   motores - inversores e soft starter's
Acionamentos de maquinas motores - inversores e soft starter's
 
Circuito rc em série
Circuito rc em sérieCircuito rc em série
Circuito rc em série
 
Eletricidade básica & motores e geradores gab
Eletricidade básica & motores e geradores   gabEletricidade básica & motores e geradores   gab
Eletricidade básica & motores e geradores gab
 
Eletricidade 02 gabarito
Eletricidade 02 gabaritoEletricidade 02 gabarito
Eletricidade 02 gabarito
 
Apostila clp - blocos funcionais
Apostila   clp - blocos funcionaisApostila   clp - blocos funcionais
Apostila clp - blocos funcionais
 
Simulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básicaSimulado de eletricidade básica
Simulado de eletricidade básica
 
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200
Apostila+de+programação+ladder+ +clp+micrologix+1200
 

Semelhante a Análise Circuitos RC, RL e RLC

15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordemPedro Barros Neto
 
18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitosPedro Barros Neto
 
Circuitos ufmg (interessante)
Circuitos   ufmg (interessante)Circuitos   ufmg (interessante)
Circuitos ufmg (interessante)Leandro Henrique
 
exercicios thevenin e norton
exercicios thevenin e nortonexercicios thevenin e norton
exercicios thevenin e nortonMarina Sartori
 
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfPrática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfAnthonyLima19
 
Exercícios de thevénin
Exercícios de thevéninExercícios de thevénin
Exercícios de thevéninGabriel Dutra
 
10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em caPedro Barros Neto
 
Laboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptxLaboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptxjacklima19
 
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...Felipe De Almeida
 
Teorema de Thevenin alex
Teorema de Thevenin alexTeorema de Thevenin alex
Teorema de Thevenin alexAlex Davoglio
 
Capacitores indutores
Capacitores indutoresCapacitores indutores
Capacitores indutoreselias santos
 
teorema-de-thevenin-e-norton (1)
teorema-de-thevenin-e-norton (1)teorema-de-thevenin-e-norton (1)
teorema-de-thevenin-e-norton (1)FIPA
 
Teorema de thévenin e norton
Teorema de thévenin e nortonTeorema de thévenin e norton
Teorema de thévenin e nortonClaudio Arkan
 

Semelhante a Análise Circuitos RC, RL e RLC (20)

15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem
 
Conversores
ConversoresConversores
Conversores
 
fisca
fiscafisca
fisca
 
18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos
 
Circuitos ufmg (interessante)
Circuitos   ufmg (interessante)Circuitos   ufmg (interessante)
Circuitos ufmg (interessante)
 
exercicios thevenin e norton
exercicios thevenin e nortonexercicios thevenin e norton
exercicios thevenin e norton
 
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfPrática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
 
Exercícios de thevénin
Exercícios de thevéninExercícios de thevénin
Exercícios de thevénin
 
10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca
 
Laboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptxLaboratório 2.pptx
Laboratório 2.pptx
 
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...
Aplicação da Transformada de Laplace na Determinação de Tensões e Correntes e...
 
Teorema de Thevenin alex
Teorema de Thevenin alexTeorema de Thevenin alex
Teorema de Thevenin alex
 
Atenuadores em l
Atenuadores em lAtenuadores em l
Atenuadores em l
 
16 circuitos ca em série
16 circuitos ca em série16 circuitos ca em série
16 circuitos ca em série
 
Aula08 regime transitorio
Aula08 regime transitorioAula08 regime transitorio
Aula08 regime transitorio
 
12 circuito indutivo em ca
12 circuito indutivo em ca12 circuito indutivo em ca
12 circuito indutivo em ca
 
Capacitores indutores
Capacitores indutoresCapacitores indutores
Capacitores indutores
 
teorema-de-thevenin-e-norton (1)
teorema-de-thevenin-e-norton (1)teorema-de-thevenin-e-norton (1)
teorema-de-thevenin-e-norton (1)
 
Teorema de thévenin e norton
Teorema de thévenin e nortonTeorema de thévenin e norton
Teorema de thévenin e norton
 
Eletronica 1.ppt
Eletronica 1.pptEletronica 1.ppt
Eletronica 1.ppt
 

Mais de Henrique Delgado (7)

Bucha do pistao da gaveta
Bucha do pistao da gavetaBucha do pistao da gaveta
Bucha do pistao da gaveta
 
Fator de potencia
Fator de potenciaFator de potencia
Fator de potencia
 
Serie de_taylor
 Serie de_taylor Serie de_taylor
Serie de_taylor
 
1
11
1
 
3
33
3
 
Cap02
Cap02Cap02
Cap02
 
Cap01
Cap01Cap01
Cap01
 

Último

Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 

Último (20)

Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 

Análise Circuitos RC, RL e RLC

  • 1. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Eletricidade Aplicada Profa. Grace S. Deaecto Instituto de Ciˆencia e Tecnologia / UNIFESP 12231-280, S˜ao J. dos Campos, SP, Brasil. grace.deaecto@unifesp.br Novembro, 2012 Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 1 / 51
  • 2. An´alise de circuitos RC, RL e RLC 1 An´alise de circuitos RC, RL e RLC Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo Circuito RC Circuito RL Circuito com comuta¸c˜oes Circuito RLC - S´erie e Paralelo Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 2 / 51
  • 3. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo Apresenta¸c˜ao do cap´ıtulo Neste cap´ıtulo, trataremos da an´alise de circuitos RC, RL e RLC autˆonomos e com fontes constantes independentes. Circuitos autˆonomos s˜ao aqueles que n˜ao possuem fontes independentes. Sendo os capacitores e indutores armazenadores de energia, os circuitos contendo estes dispositivos n˜ao dependem somente das fontes, mas tamb´em das tens˜oes ou cargas iniciais nos capacitores ou das correntes ou fluxos iniciais nos indutores. As equa¸c˜oes que descrevem estes circuitos s˜ao equa¸c˜oes diferenciais obtidas atrav´es da aplica¸c˜ao das leis de Kirchhoff considerando a rela¸c˜ao tens˜ao-corrente dos dispositivos armazenadores. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 3 / 51
  • 4. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC autˆonomo R C v iR iC + − Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff no circuito RC de primeira ordem com tens˜ao inicial no capacitor v(0) = v0, temos iC + iR = 0 em que iC = Cdv/dt e iR = v/R. Logo, podemos obter a equa¸c˜ao diferencial ordin´aria de primeira ordem dada por C dv dt + v R = 0, v(0) = v0 Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 4 / 51
  • 5. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC autˆonomo A equa¸c˜ao anterior permite a utiliza¸c˜ao do m´etodo dos coeficientes a determinar que baseia-se no fato de que a ´unica solu¸c˜ao proporcional `as suas derivadas ´e a exponencial. Logo, a solu¸c˜ao procurada ser´a da forma v(t) = κeλt , com κ = 0 e λ = 0 constantes a serem determinadas. Assim, Cλ + 1 R κeλt = 0 como eλt = 0 e v(0) = 0, temos Cλ + 1 R = 0 equa¸c˜ao caracter´ıstica ⇒ λ = − 1 RC e, portanto, a solu¸c˜ao fica v(t) = κe− 1 RC t Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 5 / 51
  • 6. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC autˆonomo O valor da constante κ ´e determinado de forma a satisfazer a condi¸c˜ao inicial v(0) = v0. Logo, κ = v0 e a tens˜ao no capacitor ´e dada por v(t) = v0e− 1 RC t 0 1 2 3 4 5 6 0,37 0,14 0,02 1 t/RC v/v0 O produto RC ´e chamado de constante de tempo. Transcorrido 4RC a tens˜ao se reduz a 2% do seu valor inicial. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 6 / 51
  • 7. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC com fontes constantes R C v iR E iC + − Possuem pelo menos uma fonte (entrada). Se o circuito ´e linear, ´e sempre poss´ıvel represent´a-lo como na figura acima, em que o estado do capacitor ´e obtido substituindo-se o restante do circuito pelo seu equivalente de Th´evenin ou Norton. Procedendo desta forma ter´ıamos E = Vth e R = Rth. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 7 / 51
  • 8. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC com fontes constantes No circuito anterior, temos v = E + RiR e, portanto, iR = v − E R Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff iR + iC = 0 e C dv dt + v R = E R , v(0) = v0 Como a equa¸c˜ao ´e linear com coeficientes constantes, sua solu¸c˜ao, ser´a do tipo v(t) = vh(t) + vp(t), em que vp(t) ´e chamada de solu¸c˜ao particular e vh(t) ´e chamada de solu¸c˜ao homogˆenea. Como a entrada ´e constante, a solu¸c˜ao particular ser´a do tipo vp(t) = β com β constante, que substitu´ıda na equa¸c˜ao fornece vp(t) = β = E. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 8 / 51
  • 9. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC Circuito RC com fontes constantes Para a obten¸c˜ao da solu¸c˜ao homogˆenea, consideramos a equa¸c˜ao diferencial com entrada nula C dv dt + v R = 0 cuja solu¸c˜ao ´e vh(t) = κe− t RC em que κ ´e uma constante qualquer. A solu¸c˜ao geral ´e dada por v(t) = κe− t RC + E em que κ ´e calculada impondo a condi¸c˜ao inicial v(0) = v0. Logo, κ = v0 − E e, finalmente, temos v(t) = E componente for¸cada + v0 − E e− t RC componente transit´oria Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 9 / 51
  • 10. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RC A solu¸c˜ao tamb´em poderia ser escrita da forma seguinte v(t) = v0e− t RC resposta `a entrada nula + E 1 − e− t RC resposta com c.i. nulas Para E = 10 [V ], v0 = 1 [V ], C = 1 [µF] e R = 1 [kΩ] a tens˜ao sobre o capacitor est´a apresentada no gr´afico a seguir. 0 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t [ms] v[V] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 10 / 51
  • 11. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL autˆonomo L i R Aplicando a lei de Kirchhoff das tens˜oes no circuito RL de primeira ordem, com corrente inicial no indutor i(0) = i0, obtemos a seguinte equa¸c˜ao diferencial L di dt + Ri = 0, i(0) = i0 Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 11 / 51
  • 12. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL autˆonomo Como realizado no caso anterior, utilizaremos o m´etodo dos coeficientes a determinar para obter a sua solu¸c˜ao. Logo, a solu¸c˜ao procurada ser´a i(t) = κeλt , com κ = 0 e λ = 0 constantes a serem determinadas. Substituindo-a na equa¸c˜ao diferencial, temos, (Lλ + R)κeλt = 0 como eλt = 0 e i(0) = 0, conclu´ımos que Lλ + R = 0 equa¸c˜ao caracter´ıstica ⇒ λ = − R L e, portanto, a solu¸c˜ao fica i(t) = κe− R L t Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 12 / 51
  • 13. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL autˆonomo O valor da constante κ ´e determinado impondo a condi¸c˜ao inicial i(0) = i0. Logo, κ = i0 e a corrente no indutor ´e dada por i(t) = i0e− R L t 0 1 2 3 4 5 6 0,37 0,14 0,02 1 (R/L)t i/i0 O quociente L/R ´e cha- mado de constante de tempo. Transcorrido 4L/R a cor- rente se reduz a 2% do seu valor inicial. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 13 / 51
  • 14. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL com fontes constantes i R LE + − A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e L di dt + Ri = E, i(0) = i0 sendo sua solu¸c˜ao do tipo i(t) = ih(t) + ip(t) em que ip(t) ´e a solu¸c˜ao particular e ih(t) ´e a solu¸c˜ao homogˆenea. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 14 / 51
  • 15. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL com fontes constantes A solu¸c˜ao particular ´e dada por ip(t) = E/R. Para a obten¸c˜ao da homogˆenea, consideramos L di dt + Ri = 0 cuja solu¸c˜ao ´e ih(t) = κe− Rt L , em que a constante κ deve ser determinada impondo a condi¸c˜ao inicial i(0) = i0 na solu¸c˜ao geral i(t) = κe− Rt L + E R Logo, κ = i0 − E/R e, finalmente, temos i(t) = E R componente for¸cada + i0 − E R e− Rt L componente transit´oria Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 15 / 51
  • 16. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Circuito RL com fontes constantes A solu¸c˜ao tamb´em poderia ser escrita da forma seguinte i(t) = i0e− Rt L resposta `a entrada nula + E R 1 − e− Rt L resposta com c.i. nulas Como j´a mencionado, se o circuito ´e linear, sempre ´e poss´ıvel obter a tens˜ao ou corrente do indutor ou capacitor, substituindo-se o restante do circuito por seu equivalente de Th´evenin ou Norton. Ademais, pelo teorema da substitui¸c˜ao podemos obter qualquer corrente ou tens˜ao no circuito original substituindo o indutor ou capacitor por sua tens˜ao ou corrente correspondente. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 16 / 51
  • 17. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Exemplo 1 I R1 C C R2 R3 R4 Vth Rth a b ≡ v(t) v(t) + + + − − − Para o circuito da figura acima, deseja-se encontrar a tens˜ao v entre os terminais do capacitor C com tens˜ao inicial v(0) = v0. Solu¸c˜ao : Note que o circuito pode ser representado pelo seu equivalente de Th´evenin e, portanto, a solu¸c˜ao pode ser obtida pelo m´etodo dos coeficientes a determinar discutido anteriormente. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 17 / 51
  • 18. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Exemplo 1 A tens˜ao de Th´evenin vista pelo capacitor ´e Vth = (R2R3 − R1R4)I R1 + R2 + R3 + R4 Sua resistˆencia de Th´evenin ´e a seguinte Rth = (R1 + R3)(R2 + R4) R1 + R2 + R3 + R4 Logo, a tens˜ao no capacitor ´e dada por v(t) = Vth + v(0) − Vth e − t RthC Substituindo o capacitor por uma fonte de tens˜ao de valor v(t) podemos obter qualquer tens˜ao ou corrente no circuito original. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 18 / 51
  • 19. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RL Solu¸c˜ao por inspe¸c˜ao Comparando a estrutura das solu¸c˜oes, tens˜ao no capacitor e corrente no indutor, percebemos uma grande semelhan¸ca. Qualquer tens˜ao ou corrente em um circuito linear de primeira ordem com fontes constantes ser´a da forma x(t) = x(∞) + x(0) − x(∞) eλt em que x(0) representa o valor inicial da corrente ou tens˜ao e x(∞) seu valor de regime. Como vimos λ = −1/RC ou λ = −R/L e R ´e a resistˆencia vista pelo capacitor ou indutor quando todas as fontes independentes s˜ao anuladas. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 19 / 51
  • 20. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Circuitos com comuta¸c˜oes Circuitos com comuta¸c˜oes s˜ao aqueles que contˆem chaves. Para a determina¸c˜ao dos valores iniciais e finais das tens˜oes e correntes em um circuito de primeira ordem com fontes constantes podemos considerar os seguintes pontos : A tens˜ao (corrente) no capacitor (indutor) n˜ao pode variar instantˆaneamente. No instante inicial o capacitor (indutor) se comporta como uma fonte de tens˜ao (corrente) e, se descarregado, como um curto-circuito (circuito aberto). O valor final da tens˜ao (corrente) no capacitor (indutor) ´e constante, a corrente (tens˜ao) se anula e, portanto, o capacitor (indutor) ´e visto como um circuito aberto (curto-circuito). Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 20 / 51
  • 21. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Circuitos com comuta¸c˜oes A tabela a seguir resume os as afirma¸c˜oes apresentadas para a determina¸c˜ao dos valores iniciais e finais das vari´aveis. Capacitor Indutor Descarregado curto-circuito circuito aberto Carregado em Regime circuito aberto curto-circuito Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 21 / 51
  • 22. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 2 R1 = 1 kΩ 10 µFR2 = 3 kΩ i(t) E = 10 V + − No circuito acima o capacitor est´a inicialmente descarregado. A chave ´e fechada em t = 0. Determine a corrente i(t). Solu¸c˜ao : No instante inicial em que a chave ´e fechada o capacitor ´e visto como um curto-circuito, logo i(0+ ) = E R1 = 10 1000 = 10 mA Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 22 / 51
  • 23. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 2 Ap´os muito tempo com a chave fechada, o capacitor est´a totalmente carregado e, portanto, ´e visto como um circuito aberto. Logo, a corrente final ´e dada por i(∞) = E R1 + R2 = 10 4000 = 2,5 mA A resistˆencia equivalente de Th´evenin vista pelo capacitor ´e R = R1R2 R1 + R2 = 750 Ω e, consequentemente, λ = − 1 RC = − 103 7,5 [s−1 ] Finalmente, temos i(t) = 2,5 + 7,5e − 103t 7,5 [mA] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 23 / 51
  • 24. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 2 O gr´afico a seguir apresenta a corrente i(t). 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 2 3 4 5 6 7 8 9 10 t [ms] i[mA] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 24 / 51
  • 25. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 1 2 60 V 4 Ω 12 Ω 3 Ω 6 Ω 18 Ω150 mH t = 0 t = 35 ms iL vL + + − − As duas chaves apresentadas no circuito est˜ao fechadas por um longo tempo. Em t = 0 a chave 1 ´e aberta. Ap´os 35 [ms] a chave 2 tamb´em se abre. 1 Encontre a corrente iL para 0 ≤ t < 35 [ms]. 2 Encontre a corrente iL para t ≥ 35 [ms]. 3 Qual a porcentagem da energia inicial armazenada no indutor ´e dissipada no resistor de 18 [Ω]. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 25 / 51
  • 26. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 − + 60 V 4 Ω 12 Ω 3 Ω 6 Ω iL Situa¸c˜ao anterior `a abertura das chaves. Solu¸c˜ao : 1) Durante o per´ıodo de tempo imediatamente anterior `a abertura das chaves, o indutor est´a completamente carregado e se comporta como um curto-circuito. Logo, a corrente no indutor ´e dada por iL(0− ) = 12//6//3 4 + 12//6//3 60 3 = 3 10 60 3 = 6 [A] e, portanto, iL(0−) = 6 [A]. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 26 / 51
  • 27. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 1 2 3 Ω 6 Ω 18 Ω iL 150 mH vL + − Situa¸c˜ao com a chave 1 aberta e 2 fechada. Como a corrente n˜ao pode variar instantˆaneamente no indutor, ap´os a abertura da primeira chave iL(0+) = 6 [A]. Ademais, i(∞) = 0, pois o indutor estar´a completamente descarregado. A resistˆencia equivalente vista pelos seus terminais ´e R = (3 + 6)//18 = 6 [Ω]. Portanto, no intervalo de 0 ≤ t < 35 [ms], a corrente ´e dada por iL(t) = 6e− 6 0.15 t [A] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 27 / 51
  • 28. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 3 Ω 6 Ω iL 150 mH vL + − Situa¸c˜ao com as chaves 1 e 2 abertas. 2) Quando t = 35 [ms], o valor da corrente no indutor ´e iL(0.035) = 6e−1.4 = 1.48 [A] Sua corrente iL(∞) = 0 e a resistˆencia equivalente vista pelos seus terminais ´e R = 6 + 3 = 9 [Ω]. Portanto, no intervalo de t ≥ 35 [ms], a corrente ´e dada por iL(t) = 1.48e− 9 0.15 (t−0.035) [A] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 28 / 51
  • 29. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 Os gr´aficos a seguir apresentam a corrente iL(t) e a tens˜ao vL no indutor. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 1 2 3 4 5 6 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 −40 −35 −30 −25 −20 −15 −10 −5 0 t [ms] t [ms] i[A]v[V] Note que a tens˜ao foi obtida facilmente atrav´es da rela¸c˜ao iL = LdiL dt . Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 29 / 51
  • 30. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito com comuta¸c˜oes Exemplo 3 3) Note que o resistor de 18 [Ω] est´a presente no circuito somente durante o intervalo de tempo 0 ≤ t < 35 [ms] em que sua corrente ´e iL(t) = 6e−40t [A] e sua tens˜ao ´e vL(t) = −36e−40t [V]. Logo, p = v2 L 18 = 72e−80t e, portanto, a energia dissipada no resistor ´e de w = 0.035 0 72e−80τ dτ = 845.27 [mJ] A energia inicial armazenada no indutor ´e de wa = 0.15 36 2 = 2700 [mJ] Podemos concluir que 31.31% da energia armazenada no indutor foi dissipada no resistor de 18 [Ω]. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 30 / 51
  • 31. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC Como ser´a visto a seguir, os circuitos RLC autˆonomos s˜ao descritos por equa¸c˜oes diferenciais de segunda ordem do tipo d2x dt2 + 2α dx dt + ω2 0x = 0, x(0) = x0, dx(0) dt = x1 em que os coeficientes α > 0 e ω0 > 0 s˜ao positivos pois os circuitos em estudo s˜ao passivos. O parˆametro α ´e chamado de amortecimento e ω0 de frequˆencia natural n˜ao amortecida. Como realizado anteriormente, a solu¸c˜ao pode ser procurada como uma fun¸c˜ao exponencial do tipo x(t) = κeλt com κ = 0 e λ = 0 coeficientes a serem determinados. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 31 / 51
  • 32. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC Substituindo esta solu¸c˜ao na equa¸c˜ao diferencial, temos (λ2 + 2αλ + ω2 0)κeλt = 0 o que implica em λ2 + 2αλ + ω2 0 = 0 equa¸c˜ao caracter´ıstica cujas duas ra´ızes λ1 = −α + α2 − ω2 0 λ2 = −α − α2 − ω2 0 reais ou complexas d˜ao ao sistema comportamentos distintos que ser˜ao cuidadosamente analisados a seguir. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 32 / 51
  • 33. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC Trataremos dos trˆes comportamentos diferentes que dependem das ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica. Amortecimento forte : Se α > ω0 as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica λ1 e λ2 s˜ao reais, distintas e negativas e, portanto, sua solu¸c˜ao ser´a x(t) = κ1eλ1t + κ2eλ2t que tende para zero sem oscila¸c˜oes. Amortecimento fraco : Se α < ω0 as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica ficam λ1 = −α + jωd λ2 = −α − jωd em que ωd = ω2 0 − α2 ´e a frequˆencia natural amortecida. Elas s˜ao complexas conjugadas, com parte real negativa. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 33 / 51
  • 34. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC Sua solu¸c˜ao ser´a dada por x(t) = κ1e(−α+jωd )t + κ2e−(α−jωd )t Pela identidade de Euler temos, e(−α+jωd )t = e−αt cos(ωd t) + j sin(ωd t) e(−α−jωd )t = e−αt cos(ωd t) − j sin(ωd t) e, portanto, x(t) pode ser alternativamente escrita como x(t) = e−αt (κ1 + κ2) cos(ωd t) + j(κ1 − κ2) sin(ωdt) definindo A = κ1 + κ2 e B = j(κ1 − κ2), a solu¸c˜ao fica x(t) = e−αt A cos(ωd t) + B sin(ωd t) Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 34 / 51
  • 35. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC A express˜ao deixa clara uma importante diferen¸ca entre as solu¸c˜oes com amortecimento forte e fraco. Nas solu¸c˜oes com amortecimento fraco, a solu¸c˜ao x(t) tende a zero de forma oscilat´oria. Amortecimento cr´ıtico : Se α = ω0 a equa¸c˜ao caracter´ıstica tem duas ra´ızes reais, iguais e negativas λ1 = λ2 = −α. Neste caso a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao diferencial ´e x(t) = κ1e−αt + κ2te−αt e seu comportamento est´a no limiar de um amortecimento forte e fraco n˜ao tendo uma caracter´ıstica vis´ıvel. As constantes κ1 e κ2 podem ser determinadas resolvendo-se um sistema de segunda ordem obtido quando as condi¸c˜oes iniciais x(0) e dx(0)/dt s˜ao impostas. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 35 / 51
  • 36. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC Se o circuito possuir uma entrada independente u = 0, d2x dt2 + 2α dx dt + ω2 0x = u, x(0) = x0, dx(0) dt = x1 o procedimento para encontrar a sua solu¸c˜ao ´e idˆentico ao realizado para os circuitos de primeira ordem n˜ao-autˆonomos. Mais precisamente, a solu¸c˜ao ser´a do tipo x(t) = xp(t) + xh(t), sendo a particular obtida substituindo-se xp(t) = β na equa¸c˜ao diferencial de forma a determinar o valor de β = u/ω2 0. A solu¸c˜ao homogˆenea ´e a mesma obtida anteriormente em que os coeficientes κ1 e κ2 s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais x(0) e dx(0)/dt na solu¸c˜ao geral x(t) = κ1eλ1t + κ2eλ2t + u ω2 0 A seguir, estudaremos os circuitos RLC em s´erie e em paralelo. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 36 / 51
  • 37. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em paralelo R L iL C v I + − Aplicando a lei das correntes de Kirchhoff, obtemos a seguinte equa¸c˜ao diferencial C dv dt + v R + iL = I que ´e fun¸c˜ao de v e iL. Ademais, note que v = L diL dt =⇒ dv dt = L d2iL dt2 Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 37 / 51
  • 38. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em paralelo o que nos permite escrever d2iL dt2 + 1 RC diL dt + iL LC = I LC com condi¸c˜oes iniciais iL(0) = i0 e diL(0)/dt = v0/L. Vamos primeiramente estudar a sua equa¸c˜ao homogˆenea (I=0). Note que a equa¸c˜ao caracter´ıstica ´e a seguinte λ2 + 1 RC λ + 1 LC = 0 Da discuss˜ao anterior, temos que α = 1/(2RC) e ω2 0 = 1/(LC). Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 38 / 51
  • 39. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em paralelo A solu¸c˜ao iL(t) ter´a um amortecimento forte se 1 2RC > 1 √ LC amortecimento fraco se 1 2RC < 1 √ LC Neste caso, a energia armazenada no circuito oscila entre os dois armazenadores e cada vez que ´e transferida perde energia. Se o amortecimento 1/(2RC) ´e nulo, ou seja, R = ∞, as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica s˜ao puramente imagin´arias e iL(t) = A cos(1/ √ LC) + B sin(1/ √ LC) com A e B a serem determinados. O circuito ´e chamado de oscilador harmˆonico linear pois oscila sem perder energia. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 39 / 51
  • 40. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo amortecimento cr´ıtico se 1 2RC = 1 √ LC A solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao diferencial em estudo ´e iL(t) = κ1eλ1t + κ2eλ2t + I com λ1 = − 1 2RC + 1 2RC 2 − 1 LC λ2 = − 1 2RC − 1 2RC 2 − 1 LC em que κ1 e κ2 s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais iL(0) e diL(0)/dt = v(0)/L. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 40 / 51
  • 41. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 4 Considere um circuito RLC em paralelo com R = 50 [Ω], L = 10 [H] e C = 1 [mF] e condi¸c˜oes iniciais iL(0) = 2 [A] e vL(0) = 10 [V] excitado por uma fonte de corrente de I = 1 [A]. 1) Calcule a corrente atrav´es do indutor. 2) Troque o resistor para R = 25 [Ω] e recalcule a corrente. 3) Fa¸ca o mesmo para R = 100 [Ω]. Solu¸c˜ao : 1) A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e d2iL dt2 + 20 diL dt + 100iL = 100 Note que 1/(2RC) = 1/ √ LC = 10 indicando que a resposta iL(t) possui amortecimento cr´ıtico. A equa¸c˜ao caracter´ıstica λ2 + 20λ + 100 = 0 possui duas ra´ızes reais iguais a λ1 = λ2 = −10, sendo a parte homogˆenea dada por iLh(t) = κ1e−10t + κ2te−10t Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 41 / 51
  • 42. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 4 N˜ao ´e dif´ıcil concluir que a solu¸c˜ao particular ´e iLh(t) = 1 sendo a geral dada por iL(t) = κ1e−10t + κ2te−10t + 1 Utilizando as condi¸c˜oes iniciais iL(0) = 2 [A], diL(0)/dt = 1 [V/H] e sabendo-se que diL dt = −10κ1e−10t + κ2e−10t (1 − 10t) temos que iL(0) = κ1 + 1 = 2 onde conclui-se que κ1 = 1 e que diL(0) dt = −10κ1 + κ2 = 1 portanto κ2 = 11. Logo, a solu¸c˜ao geral fica iL(t) = e−10t + 11te−10t + 1 [A] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 42 / 51
  • 43. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 4 4) Neste caso, note que 1/(2RC) = 20 > 10 = 1/ (LC) indicando que a solu¸c˜ao iL(t) apresenta amortecimento forte. A equa¸c˜ao caracter´ıstica λ2 + 40λ + 100 = 100 possui duas ra´ızes reais distintas iguais a λ1 = −37.3 e λ2 = −2.7. Seguindo o mesmo procedimento realizado anteriormente encontramos que a solu¸c˜ao geral ´e dada por iL(t) = −0.1062e−37.3t + 1.1062e−2.7t + 1 [A] 5) Neste caso, note que 1/(2RC) = 5 < 10 = 1/ (LC) indicando que a solu¸c˜ao iL(t) apresenta amortecimento fraco. A equa¸c˜ao caracter´ıstica λ2 + 10λ + 100 = 100 possui duas ra´ızes complexas conjugadas iguais a λ1 = −5 + 8.66j e λ2 = −5 − 8.66j. Seguindo o mesmo procedimento realizado anteriormente encontramos que a solu¸c˜ao geral ´e dada por iL(t) = e−5t cos(8.66t) + 0.6928 sin(8.66t) + 1 [A] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 43 / 51
  • 44. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 4 A seguir est˜ao apresentadas as correntes iL para cada um dos casos analisados. 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 t [s] iL[A] amortecimento cr´ıtico amortecimento forte amortecimento fraco Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 44 / 51
  • 45. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em s´erie R L vCC i E + + − − Aplicando a lei das tens˜oes de Kirchhoff, obtemos a seguinte equa¸c˜ao diferencial L di dt + Ri + vC = E que ´e fun¸c˜ao de vC e i. Ademais, note que i = C dvC dt =⇒ di dt = C d2vC dt2 Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 45 / 51
  • 46. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em s´erie o que nos permite escrever d2vC dt2 + R L dvC dt + vC LC = E LC com condi¸c˜oes iniciais vC (0) = v0 e dvC (0)/dt = i0/C. Vamos primeiramente estudar a sua equa¸c˜ao homogˆenea (E=0). Note que a equa¸c˜ao caracter´ıstica ´e a seguinte λ2 + R L λ + 1 LC = 0 Neste caso, temos que α = R/(2L) e ω2 0 = 1/(LC). Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 46 / 51
  • 47. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Circuito RLC em s´erie A solu¸c˜ao vC (t) ter´a um amortecimento forte se R 2L > 1 √ LC amortecimento fraco se R 2L < 1 √ LC Neste caso, a energia armazenada no circuito oscila entre os dois armazenadores e cada vez que ´e transferida perde energia. Se o amortecimento R/(2L) ´e nulo, ou seja, R = 0, as ra´ızes da equa¸c˜ao caracter´ıstica s˜ao puramente imagin´arias e vC (t) = A cos(1/ √ LC) + B sin(1/ √ LC) com A e B a serem determinados. O circuito ´e chamado de oscilador harmˆonico linear pois oscila sem perder energia. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 47 / 51
  • 48. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo amortecimento cr´ıtico se R 2L = 1 √ LC A solu¸c˜ao geral da equa¸c˜ao diferencial em estudo ´e vC (t) = κ1eλ1t + κ2eλ2t + E com λ1 = − R 2L + R 2L 2 − 1 LC λ2 = − R 2L − R 2L 2 − 1 LC em que κ1 e κ2 s˜ao determinados impondo as condi¸c˜oes iniciais vC (0) e dvC (0)/dt = i(0)/C. Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 48 / 51
  • 49. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 5 Considere um circuito RLC em s´erie com R = 280 [Ω], L = 100 [mH] e C = 0.4 [µF] excitado por uma fonte de tens˜ao cont´ınua de E = 48 [V]. A tens˜ao inicial no capacitor bem como a corrente no indutor s˜ao nulas. Determine a tens˜ao sobre o capacitor vC (t). Solu¸c˜ao : A equa¸c˜ao diferencial que descreve o circuito ´e d2vC dt2 + 2800 dvC dt + 25 × 106 vC = 1.2 × 109 Note que R/(2L) = 1400 < 5000 = 1/ √ LC indicando que a resposta vC (t) possui amortecimento fraco. A equa¸c˜ao caracter´ıstica λ2 + 2800λ + 25 × 106 = 0 possui ra´ızes complexas conjugadas iguais a λ1 = −1400 + 4800j e λ2 = −1400 + 4800j, sendo a parte homogˆenea dada por vCh(t) = e−1400t A cos(4800t) + B sin(4800t) Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 49 / 51
  • 50. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 5 A solu¸c˜ao geral ´e da forma vC (t) = 48 + e−1400t A cos(4800t) + B sin(4800t) onde as constantes A e B s˜ao encontradas impondo as condi¸c˜oes iniciais vC (0) = 0 e dvC (0)/dt = 0. Note que vC (0) = 48 + A = 0 o que implica em A = −48 e dvC (0)/dt = −1400A + 4800B = 0 o que implica em B = −14. Finalmente, a solu¸c˜ao geral ´e dada por vC (t) = 48 + e−1400t − 48 cos(4800t) − 14 sin(4800t) [V ] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 50 / 51
  • 51. An´alise de circuitos RC, RL e RLC Circuito RLC - S´erie e Paralelo Exemplo 5 A trajet´oria no tempo de vC (t) est´a apresentada no gr´afico a seguir 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 0 10 20 30 40 50 60 70 t [ms] vC[V] Profa. Grace S. Deaecto Eletricidade Aplicada ICT / Unifesp 51 / 51