3. Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas
usadas... Que já tem a forma do nosso corpo... E esquecer
os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos
lugares... É o tempo da travessia... E se não ousarmos
fazê-la... Teremos ficado... Para sempre... À margem de
nós mesmos...
FERNANDO PESSOA
4.
5. Compreender e produzir textos orais e escritos
de diferentes gêneros, veiculados em suportes
textuais diversos, e para atender a diferentes
propósitos comunicativos, considerando as
condições em que os discursos são criados e
recebidos.
6. Apreciar e compreender textos do universo
literário (contos,fábulas, crônicas, poemas,
dentre outros), levando-se em conta os
fenômenos de fruição estética, de imaginação
e de lirismo, assim como os múltiplos
sentidos que o leitor pode produzir durante a
leitura.
7. Apreciar e usar em situações significativas os
gêneros literários do patrimônio cultural da
infância, como parlendas, cantigas, trava
línguas.
8. Compreender e produzir textos destinados à
organização e socialização do saber
escolar/científico (textos didáticos, notas de
enciclopédia, verbetes,resumos,
resenhas, dentre outros) e à organização do
cotidiano escolar e não escolar
(agendas, cronogramas, calendários, cadernos
de notas...).
9. Participar de situações de leitura/escuta e
produção oral e escrita de textos destinados à
reflexão e discussão acerca de temas sociais
relevantes (notícias,reportagens, artigos de
opinião,
cartas de leitores, debates, documentários...).
10. Produzir e compreender textos orais e escritos
com finalidades voltadas para a reflexão sobre
valores e comportamentos sociais, planejando e
participando de situações de combate aos
preconceitos e atitudes discriminatórias
(preconceito racial, de gênero, preconceito a
grupos
sexuais, preconceito linguístico, dentre outros).
11. Atividade prática
Examinem os livros didáticos adotados em
nosso município;
Leiam os descritores do PNAIC
Escolham um conteúdo programático;
Relacionem o descritor com o conteúdo;
E escrevam a habilidade que essa atividade
desenvolve no seu aluno.
12.
13.
14. O Direito à Educação Básica é garantido a todos os
brasileiros e, segundo prevê a Lei 9.394,
que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, “tem por finalidades desenvolver
o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores” (Art. 22).
15. Art. 32.
O ensino fundamental obrigatório,
com duração de 9 (nove) anos,
gratuito na escola pública, iniciando-se
aos 6 (seis) anos de idade,terá por
objetivo a formação básica do
cidadão, mediante:
I- o desenvolvimento da capacidade
de aprender,tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da
escrita e do cálculo;
II- a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em
que se fundamenta a sociedade;
III- o desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem,tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de
família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que
se assenta a vida social.
16. No documento “Indagações sobre o currí-
culo”, Moreira e Candau (2007) apontam
a necessidade atual de recuperar o direito
do estudante ao conhecimento. Recupera,
portanto, os vínculos entre cultura,
currículo e aprendizagem
17. • QUANDO CONCEBE A EDUCAÇÃO COMO UM
DIREITO DE TODOS;
• QUANDO ENCARA OS DIREITOS DE
APRENDIZAGEM COMO UM COMPROMISSO
SOCIAL;
18. • QUANDO ELE PROMOVE A IGUALDADE DE
OPORTUNIDADES;
• QUANDO CONSIDERA A DIVERSIDADE DE
PROCESSOS DE APRENDIZAGEM;
• QUANDO RESPEITA A HETEROGENEIDADE DAS
TURMAS;
• QUANDO CUMPRE A DIMENSÃO POLÍTICA E
PEDAGÓGICA DA ALFABETIZAÇÃO.
19. Moreira e
Candau (2007, p. 19) afirmam que “o papel do educador
no processo curricular é,
assim, fundamental. Ele é um dos grandes
artífices, queira ou não, da construção dos
currículos que se materializam nas escolas
e sala de aula”.
20. (Art. 3º inciso IV, p. 48)
As Diretrizes Curriculares
Nacional( DCN) orientam para
que as propostas curriculares
contemplem várias áreas do
conhecimento: Ciências
Humanas, Ciências Naturais
e Matemática e Linguagens, de
forma articulada e
interdisciplinar.
21. • A interdisciplinaridade funciona como elemento
estruturante do plano curricular no ciclo de
alfabetização e aponta para a necessidade de um
planejamento que dialogue com as diversas áreas
do conhecimento.
• Além disso, planejamento deve ser coletivo,
contextualizado e fundamentado no contexto
escolar.
22.
23. • PARA IDENTIFICAR CONHECIMENTOS
PRÉVIOS;
• PARA CONHECER AS DIFICULDADES E
PLANEJAR ATIVIDADES ADEQUADAS;
• PARA VERIFICAR O APRENDIZADO E DECIDIR O
QUE PRECISA RETOMAR;
• PARA VERIFICAR A UTILIDADE/VALIDADE DAS
ESTRATÉGIAS DIDÁTICAS E REDIMENSIONAR O
ENSINO.
24. “A avaliação cruza o
trabalho pedagógico
desde seu planejamento
até a execução, coletando
dados para melhor
compreensão da relação
entre o planejamento, o
ensino e aprendizagem e
poder orientar a
intervenção didática para
que seja qualitativa e
contextualizada.” (Silva,
2003, p. 14)
33. TEMPO DE LETRAMENTO
Nessa tarde pretendemos discutir o
fenômeno do letramento, diferenciando-o
do processo de alfabetização que muitos
ainda insistem em realizar, bem como fazer
com que reflitamos sobre nossa prática
pedagógica, atualizando-nos em termos de
novas teorias. Verifica-se que não se pode
pensar em alfabetização, distanciada das
práticas de letramento, pois uma completa
a outra.
34. 1966 1980 1990 2000
ALFABETIZAÇÃO E SUAS CRENÇAS
• Cartilhas - caminhos sintéticos ou analíticos;
• se ensinava “do mais simples para o mais complexo”;
• só era oferecido à criança textos que ela pudesse
dominar;
• repetição e memorização;
• funções perceptivo motoras;
• não se ensina a ler e a escrever antes da prontidão;
1970
35.
36. Há alguns anos, as pessoas eram
classificadas em alfabetizadas ou
analfabetas, pela condição de saber,
ou não, escrever o próprio nome
-condição para que se pudesse votar
e escolher os governantes.
37. Na década de oitenta, surgiu o termo
analfabetismo funcional para
designar as pessoas que, sabendo
escrever o próprio nome e identificar
letras, não sabiam fazer uso da
leitura e da escrita, sendo, portanto,
analfabeto funcional.
1966 1970 1980 1990 2000
38.
39. 1966 1970 1980 1990 2000
Mas, observou-se que, mesmo
dentre os que permaneciam
por mais tempo nas escolas,
alguns não eram capazes de
interagir e se apropriar da
leitura e da escrita
40. 1966 1970 1980 1990 2000
Surge então, a necessidade das escolas repensarem
seu papel social.
Não apenas alfabetizar.
Não apenas fazer com que o indivíduo permaneça na
escola por mais tempo.
Mas dar qualidade a esse tempo de permanência nas
escolas. Ou seja, que o indivíduo modifique as suas
condições iniciais, sob os aspectos: social, cultural e
econômico para este crescer tanto cognitiva quanto
criticamente.
45. 1970
Psicogênese da língua escrita:
• compreensão das escritas não
convencionais;
• questionamento da graduação de
dificuldade;
• importância da função social da escrita;
• ambiente alfabetizador;
• apresentação de diferentes tipos de
texto;
• entendimento do erro.
1966 1990 20001970 1980
Mudanças conceituais e práticas
46. Letramento:
•Percepção da escrita como um outro modo
de falar (discurso monológico letrado);
•Atenção voltada para os gêneros dos
textos;
•Questionamento da validade do trabalho
centrado no texto.
1966
1970 1980 1990 2000
Mudanças Conceituais e Práticas
47. É tempo de letramento!
Usos, conhecimentos,
valorização da escrita
e
valores e crenças em
torno da escrita
(Silvia Terzi)
“Uso social da escrita
e da leitura”
48. “DESINVENÇÃO” DA ALFABETIZAÇÃO
Perda da especificidade do processo de apropriação
do sistema alfabético devido a:
• Inferências errôneas na transposição da concepção
construtivista e da psicogênese para a prática pedagógica;
• Ideia de que o convívio com textos seria suficiente para a
alfabetização acontecer;
• ideia da incompatibilidade entre a concepção construtivista e
a questão do método;
• Privilégio da faceta psicológica em detrimento da linguística;
• Foco no processo de letramento.
49.
50. Reinvenção da Alfabetização
Ao lado do trabalho com a leitura e escrita em
diversos gêneros, é preciso, então, garantir
intervenções no sentido de:
51. • favorecer a conquista gradual do nível alfabético (provocar o
avanço nas hipóteses de escrita) e, depois, das
correspondências grafofônicas;
• provocar a reflexão fonológica (consciência fonológica com e
sem a presença da escrita);
• ampliar, no contexto de práticas lúdicas, contextualizadas e
significativas, o conhecimento das letras, signos da escrita no
nosso sistema (categorização gráfica e funcional);
• favorecer o uso de estratégias várias de reconhecimento de
palavras, de leitura.
52. As crianças pensam sobre a escrita. Ora, pensam
também sobre as unidades menores como letras, sobre
sons, pensam sobre relação entre letras e sons...
a
fffffffff
r
MP
xxxxx
53. ...pensam. Sobre tudo.
Desde textos, palavras, até unidades fonológicas e
gráficas menores que a palavra.
rimas
Sílabas
-ola
-ÃO
trr
prrr
palavras
aliterações
assonâncias
Versos, frases
63. Nessa perspectiva
Avaliação x Erro:
Organizar grupos de 5 pessoas;
Escolher um conteúdo atual do livro de
Língua Portuguesa;
Relacioná-lo com o descritor proposto;
Criar uma atividade avaliativa;
Listar as habilidades a serem avaliadas nessa
atividade;
Socializar a atividade.
66. Ensinamos para
que todos
possam
aprender
a ousadia, e não
o medo;
a solidariedade,
e não o
individualismo;
o prazer, e não o
Sofrimento...
são os pilares
de um Currículo
Inclusivo.