Apresentação de vários fundamentos da disciplina de hipertexto em uma abordagem voltada para a Especialização em Cultura e Mídias Digitais da Unisinos, coordenada pelos profs. Adriana Amaral e Ronaldo Henn. ;)
1. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SUPORTES DA INFORMAÇÃO
Tecnologias da escrita e espaços de escritura:
cada tecnologia nos dá um espaço diferente (BOLTER, 1991)
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2. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
ESPAÇOS DE ESCRITURA
(BOLTER, J.1991)
• Toda tecnologia de escrita estabelece um “espaço de escritura”:
– Signos verbais só podem ser vistos e compreendidos
quando estendidos em um espaço de pelo menos duas dimensões.
• Cada tecnologia (suporte) nos dá um espaço diferente:
– Paredes das cavernas;
– Rochedos;
– Rolo contínuo;
– Placas de argila;
– Placas de cera;
– Peles de animais;
– Superfície do papel (em rolo; codex; lâminas; tecido, plástico…);
– Telas digitais (TV, computador, celular, etc.).
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3. ± 4000 A.C.
pedra
± 3000-2500 A.C.
papiro
± 2300 A.C.
argila
± 1000 A.C.
3
cera
(LINHA DO TEMPO)
± 500-400 A.C.
pergaminho ± 200-100 A.C.
papel
HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
1960’s D.C.
ESPAÇOS DE ESCRITURA
digital
4. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
A ESCRITA
• Representação da linguagem em meio textual
a partir de um conjunto de símbolos e sinais:
•– Representação dos elementos fonéticos da fala
(cultura indo-européia – evoluiu para os alfabetos modernos);
– Representação simplificada de objetos e conceitos
(cultura do Extremo Oriente e da civilização egípcia –
logografia: cada símbolo representa uma ideia completa).
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5. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
PINTURA RUPESTRE
(± 4000 A.C.)
“Caçadores e Elefante”
• Representação da vida cotidiana Cedelberg, África do Sul
(caça, coleta, rituais, etc.)
• Registro de sua história
(Para as futuras gerações?
Para quando voltassem à mesma caverna
no retorno da mesma estação?
Para auxiliar outros clãs e tribos?)
• Objeto perene, rígido, não-transportável;
• Tinta de base vegetal e mineral;
• Espanha, França, Brasil, Argentina, Austrália,
África do Sul, Namíbia, Índia, Mianmá, Argélia,
Egito, Líbia, Tailândia, Malásia, Indonésia…
Fonte (?): Wikipedia
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6. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
PAPIRO
(± 3000-2500 A.C.)
• Antigo Egito: representação do cotidiano do
império, das histórias religiosas e das normas morais
dos faraós feitas por escribas e dispostas em rolos;
• Polpa do caule da gramínea (πάπυρος papyros
ou βύβλος byblos) que cresce(ia?) em alagadiços
às margens do Nilo e cresce(ia?) até ± 2-3 metros
de altura;
• Confecção: camadas de tiras finas de papiro
paralelas cortadas c/cerca de 40 cm de
comprimento intercaladas por tecido de algodão
prensada por pedras;
• Tinta à base de vegetais e metais;
• Óstraco: gravação em cacos (barato, não-nobre);
(http://en.wikipedia.org/wiki/Papyrus)
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7. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
ARGILA
(± 2300 A.C.)
• Civilização Suméria (Oriente Próximo);
• Escrita cuneiforme: sistemas de escrita
de representação logográfica e silábica;
• Preocupação inicial: registrar o inventário
de produtos e a contabilidade do império
e de seus mercadores;
• Ponta sobre placas de argila ainda moles;
• Suporte pesado: difícil de armazenar
e de transportar; frágil.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Cuneiform_script)
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8. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
CERA
(± 1000 A.C.)
http://www.flickr.com/photos/paul_garland/
• Império Romano;
• Pranchas de cera: posteriormente, emolduradas
por madeira com um lado perfurado para amarrar
as tábuas em formato de codex (livro);
• Escrita com objeto pontiagudo. Posteriormente,
evoluiu para a xilogravura (caracteres em moldes
de madeira aquecidos para gravação em cera);
• Fácil de destruir (fogo, quebra, rasura).
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9. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
PERGAMINHO
(± 500-400 A.C.)
• Utilizado pelo Império Romano a partir
da dificuldade de importação do papiro
de Alexandria (e posterior quase extinção
da gramínea por excesso de colheita);
• Primeiros registros a partir
de historiadores gregos da época;
• Escrita sobre peles de animais (sobretudo
ovelhas, cabras, cordeiros; quanto mais fina,
mais nobre);
• Inicialmente em rolos, posteriormente
em formato de codex.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Parchment)
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10. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
PAPEL
(± 200-100 A.C.)
• Polpa moída de árvores amolecidas
com água, unidas e moldadas hoje
com a ajuda de produtos químicos;
• China: uma maneira de minimizar o uso da cara
e fina seda na escrita. Expandiu a exportação do
nobre tecido e enriqueceu a economia do império;
• Da China para o Oriente Médio, do Oriente Médio
para a Europa: muito mais barata, mais leve
e mais portátil do que o pergaminho;
• Preço caiu, disseminação
popularizou-se, estimulou as cartas,
o correio e novas técnicas de impressão:
http://www.moma.org/interactives/projects/2001/whatisaprint/print.html
• Hoje é tido como pesado e insustentável.
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11. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
A LEITURA
• Várias folhas de papiro
coladas nas extremidades
• Rolos com cerca de 6 metros
de comprimento
• Inicialmente, a leitura era feita no sentido
paralelo ao dos rolos…
…COMPLICADO, NÃO?! :P
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12. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
A LEITURA
• Gregos e latinos escreviam em colunas
estreitas, perpendiculares ao comprimento
do rolo (Bolter, 1991, p.38)
• Com o tempo, o volumen se estabeleceu
como unidade estrutural e os escritores
adaptaram seu trabalho às unidades típicas
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14. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SCROLLING (OCIDENTAL)
Da esquerda para a direita e de cima para baixo!
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15. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SCROLLING (OCIDENTAL)
Da esquerda para a direita e de cima para baixo!
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16. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SCROLLING (OCIDENTAL)
Da esquerda para a direita e de cima para baixo!
16
17. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SCROLLING (OCIDENTAL)
Da esquerda para a direita e de cima para baixo!
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18. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
SCROLLING (OCIDENTAL)
Da esquerda para a direita e de cima para baixo!
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19. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
A BIBLIOTECA DE BABEL
Um universo de livros repleto de caminhos a seguir
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20. HISTÓRIA DOS SISTEMAS HIPERTEXTUAIS
A BIBLIOTECA DE BABEL
(BORGES, J. L.1941)
http://www2.fcsh.unl.pt/borgesjorgeluis/textos_borgesjorgeluis/textos6.htm
• Um universo em forma de biblioteca;
• Todas as salas são hexagonais: seis paredes por sala; cinco prateleiras por parede;
cada prateleira contém 30 livros de 410 páginas; cada página possui 40 linhas de 80 toques cada;
• Espelhos, corredores…
• O futuro, o passado, o presente;
• Múltiplos caminhos e direções: o caminho planejado, as surpresas,
• A vida, a morte; o finito, o infinito.
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22. ORIGENS DO HIPERTEXTO
VANNEVAR BUSH (1890-1974)
• Engenheiro Eletricista
• Ph.D. (MIT + Harvard - 1917)
• GE, U.S. Army (detecção de submarinos)
• Manhattan Project (bomba atômica)
• Inspirou Claude Shannon
(Teoria da Informação – E-M-R)
• Inspirou Douglas Engelbart
(Hipertexto oNLine System 1960;
mouse em 1963)
(Fonte (?): Wikipedia)
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23. ORIGENS DO HIPERTEXTO
AS WE MAY THINK (1945) [1]
• Missãoda ciência no Pós-Guerra:
tornar nosso confuso acervo de conhecimento mais acessível;
• Novaprioridade das invenções: estender os poderes
da mente em lugar de estender os poderes físicos do homem;
• Objetivo: dar
ao homem acesso ao e comando
sobre todo o conhecimento herdado através dos tempos;
•O modo de indexação dos livros é insuficiente para dar conta
do crescente número de especialidades emergentes.
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24. ORIGENS DO HIPERTEXTO
AS WE MAY THINK (1945) [2]
• Aumentamos incrivelmente a quantidade e a variedade de registros mas não podemos usá-los,
pois não temos como selecionar e encontrar o que nos interessa;
#epicfail
• Os dados armazenados são arquivados em ordem alfabética ou numérica: assim, a informação é
encontrada (quando o é) a partir de um rastreamento que vai de subclasse a subclasse. Os dados
podem estar em apenas um lugar (a menos que se utilize duplicatas). Cada dado precisa ter regras
que determinem em qual caminho ele poderá ser localizado – e as regras são confusas. Tendo
encontrado um item, simultaneamente, um outro item emerge do sistema e terá que entrar em
um novo caminho…
• A mente humana não trabalha dessa forma:
ela opera por ASSOCIAÇÃO DE PENSAMENTOS.
• Se uma coisa lembra outra, é preciso pensar em formas associativas de categorização:
a tendência é a de que sejam mais eficientes por ser fluidas e subjetivas (IMHO)
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25. ORIGENS DO HIPERTEXTO
AS WE MAY THINK (1945) [3]
• VÍDEO 1: minicâmera + supersecretária
• VÍDEO 2: Memex
• ARTIGO: As We May Think
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26. ORIGENS DO HIPERTEXTO
DOUGLAS ENGELBART
Os computadores como veículos da inteligência coletiva
para um mundo melhor
26
27. ORIGENS DO HIPERTEXTO
DOUG ENGELBART (1925- )
• Engenheiro Eletricista (Oregon State, 1948)
• Ph.D. (UC Berkeley - 1955)
• U.S. Army (técnico de radar na II GM)
• oNLine System (hipertexto e IHC, 1960)
• Co-criador do mouse (1963; patente em
1967)
• 1ª conexão da ARPANET estabeleceu-se a
partir de nós em sua empresa SRI e em um
laboratório da UCLA (1969);
• Fonte (?): Wikipedia
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28. ORIGENS DO HIPERTEXTO
COMPROMISSO PESSOAL (1951)
• Foco da carreira: fazer um mundo melhor;
• Qualquer esforço sério para fazer um mundo melhor requer algum tipo de
esforço organizado;
• Ponto-chave: direcionar toda a inteligência coletiva da humanidade
contribuindo para a solução;
• Quanto antes pudermos aperfeiçoar dramaticamente o modo de como nós
impulsionamos no planeta cada esforço rumo à solução de problemas
importantes, melhor;
• Os computadores seriam os veículos para realizarmos tudo isso.
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29. ORIGENS DO HIPERTEXTO
AUGMENTING HUMAN INTELLECT… (1962) [1]
• Ampliar a capacidade de um homem abordar uma situação
problemática complexa consiste em compreender aquilo que se
adapta às suas necessidades particulares a fim de obter daí a
solução para seus problemas;
• Capacidade aumentada = compreensão + rápida;
melhor entendimento; maior/melhor rendimento.
É a possibilidade de adquirir um novo grau de compreensão em
uma situação que era anteriormente muito complexa: encontrar
problemas para algo que parecia insolúvel.
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30. ORIGENS DO HIPERTEXTO
AUGMENTING HUMAN INTELLECT… (1962) [2]
• Possibilidades de links associativos;
• Sistema de notação e de arquivamento;
• Hierarquia, representação e estrutura (mental, conceitual,
simbólica, processual e física) da informação;
• Papéis, níveis, interdependência e regeneração;
• Todos os conceitos de Engelbart em 1962 necessariamente compõem as diretrizes fundamentais
da Interface Humano-Computador, do Hipertexto e do pensamento em rede (IMHO).
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31. ORIGENS DO HIPERTEXTO
• VÍDEO 1: o 1º mouse
• VÍDEO 2: o 1º mouse (2)
• ARTIGO: Augmenting Human Intellect…
• Site Oficial
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32. ORIGENS DO HIPERTEXTO
TED NELSON
O verdadeiro pai dos termos hipertexto e hipermídia
32
33. ORIGENS DO HIPERTEXTO
TED NELSON (1937-)
• Filósofo (1959), M.S. em Sociologia (1963)
• Ph.D. em Mídia e Governança (2002)
• Projeto Xanadu (IHC; desde 1960)
• Livro: “Literary Machines”
• Crítico da HTML
• Ciberativista
Fonte (?): Wikipedia
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34. ORIGENS DO HIPERTEXTO
XANADU SPACES
• Interface 3D: 11 páginas ao mesmo tempo, sendo duas em um
plano mais próximo na tela
• Links automaticamente detectados (sem clique?!)
• Transclusão (detecção de conteúdo idêntico em páginas
diferentes em lugares diferentes)
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35. ORIGENS DO HIPERTEXTO
FRASES DO TED
• Uma IHC deveria ser tão simples que um iniciante poderia compreendê-la em 10 segundos em
caso de emergência.
• Documentos eletrônicos imitam o papel.
• O papel é uma prisão com quatro paredes: a nota de rodapé é apenas uma ideia tentando pular
de uma falésia (‘paredão’).
• O papel força uma sequência simples: nele, não há espaço para a digressão.
• A maioria das pessoas é tola, a maioria das autoridades é maligna,
Deus não existe e tudo está errado.
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36. ORIGENS DO HIPERTEXTO
PROJETO XANADU, ETC.
• VÍDEO 1: demonstração do Projeto Xanadu
• VÍDEO 2: demonstração do Xanadu Spaces (± 3’20”)
• ARTIGO: Software e Mídia para uma Nova Democracia
• Site do Autor
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37. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
HIPERTEXTO
Texto que inclui links ou atalhos para outros documentos, permitindo ao leitor pular
facilmente de um texto para outro, relacionados, de forma não-linear. (NELSON, 1965)
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38. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
PADRÕES DE HIPERTEXTO
(BERNSTEIN, 1998)
• Muitasdas definições estruturais do hipertexto
são compartilhadas com padrões semelhantes
verificados na literatura de ficção que, por sua vez,
também são aplicadas em outras formas
de construção narrativa.
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39. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TECNOLOGIAS DE ESCRITA
X
TÉCNICAS DE LEITURA
• SCROLLS = leitura linear
• CODEX
= elementos de multilinearidade
• LIVRO IMPRESSO
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40. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
NA LINGUÍSTICA…
• PARADIGMA:
• Algo que serve de exemplo geral O pato nada.
ou de modelo = padrão;
O rato nada.
• Conjunto das formas que servem
de modelo de derivação
ou de flexão = padrão O cabrito nada.
• Conjunto dos termos
ou elementos que podem ocorrer O chinês nada.
na mesma posição ou contexto
de uma estrutura.
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41. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
NA LINGUÍSTICA…
• SINTAGMA:
• Tratado de algum assunto, dividido sujeito — predicado
em classes, números, etc.;
• Coleção; sujeito — verbo — objeto
• Conjunto de palavras sujeito — verbo de ligação —
subordinadas a um núcleo complemento nominal
e que forma um constituinte
da frase (ex.: sintagma nominal,
sintagma verbal) = grupo
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45. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
ELEMENTOS DO LINK
• INLINKS*: links para outros hipertextos fora do site.
• OUTLINKS*: links recebidos de outros sites.
* Conteúdo a ser aprofundado nas aulas sobre indexação via folksonomia + ambientes de conversação em hipertexto (blogs).
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46. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
PADRÕES DE HIPERTEXTO
(BERNSTEIN, 1998)
• Propostade um vocabulário
de conceitos e estruturas
para entender a dinâmica
do hipertexto e dos Web sites.
• “Levando em consideração esses padrões
(ou padrões semelhantes), redatores e editores
poderão ser levados a designs mais racionais,
sistemáticos e sofisticados.” (AI)
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47. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
PADRÕES DE HIPERTEXTO
(BERNSTEIN, 1998)
• Web sites são facilmente acessáveis, porém voláteis
(a estrutura que está online agora pode se tornar irreconhecível amanhã);
• Hipertextos
impressos são menos acessíveis,
porém, permanentes;
• Links dinâmicos = links que dependem
de um caminho anterior de navegações feitas pelo interagente
(ex.: histórico do navegador);
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48. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
ELEMENTOS BÁSICOS
(BERNSTEIN, 1998)
• ÁRVORE:
estrutura hierárquica
(não necessariamente
simétrica)
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49. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
ELEMENTOS BÁSICOS
(BERNSTEIN, 1998)
• SEQUÊNCIA:
• Ordem;
• Série;
• Seguimento;
• Sucessão.
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50. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• CICLO:
• O leitor retorna a um nó previamente visitado;
• Ciclos criam recorrência;
• A repetição cíclica também modula a experiência
do hipertexto: enfatiza pontos chave / ao mesmo tempo
em que relega outros pontos a um segundo plano;
• A navegação estrutural quebra o ciclo:
Home > Esportes > Tênis;
• Links condicionais também quebram o ciclo (se... –> vá para...)
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51. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• CICLO DE JOYCE:
• O leitor se reconecta a uma parte já lida
do hipertexto: ele continua a sua jornada
a partir de um trecho já conhecido
que o leva a atravessar um ou mais
espaços diferentes antes que o ciclo se quebre;
• Revisitar um caminho previamente conhecido
pode oferecer uma nova visão a partir
da releitura de um mesmo trecho
em um contexto diferente.
MMORPGS -> FINAL FANTASY
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52. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• CICLO DE DOUGLAS
sinaliza:
• Proximidade;
• Final de seção;
• Exaustão do hipertexto.
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53. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• WEB RING:
• Conjunto de hipertextos criados
por diferentes autores vinculados
entre si a partir de um elemento de
navegação em comum que permite
o retorno à página inicial de cada
um deles. Normalmente, refere-se
a um tema específico tratado
por todos. Identifica um segmento. OPS!
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54. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• CONTORNO:
• É formado quando vários ciclos se tocam,
permitindo livre movimento tanto nos caminhos
definidos por cada ciclo em si como também entre
todos os ciclos;
• Apesar do livre trânsito entre os ciclos do
contorno, links internos pouco frequentes ao
conjunto como um todo podem restringir os
movimentos entre os ciclos.
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55. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• CONTRAPONTO:
• Duas ou mais vozes alternam-se em um ponto de intersecção
entre temas diferentes ou unem-se a partir de um tema em
comum onde um pauta, o outro responde e vice-versa;
•Proporciona uma noção clara da estrutura, uma ressonância de
chamada e resposta a uma reminiscência da liturgia e do diálogo
informal;
• O diálogo entre os hipertextos é construído como
contraponto entre vários hipertextos independentes, cada
um representando um ponto de vista reconhecível onde são
capazes de responder individualmente às ligações e trajetórias tanto
dentro do seu próprio site como também nos hipertextos de terceiros.
(v. PAZ, Hélio S. 2009b)
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56. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• MUNDOS ESPELHADOS:
• A mesma temática ou a mesma
pauta tratados por autores
hipertextuais reunidos em campos
opostos “espelhados” onde um
grupo faz contraponto ao outro;
• Existe uma conexão entre a
imagem e o seu reflexo.
56
57. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• EMARANHADO:
• Confronta o interagente com uma variedade de links,
sem dar indícios suficientes para guiar a sua escolha;
• Desorientação intencional a fim de tornar os
interagentes mais receptivos a um novo argumento ou a
uma conclusão inesperada;
• Pode forçar os interagentes a visitar partes diferentes
do site a cada visita.
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58. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• PENEIRA:
• Multiárvores;
• Diferentes topologias com a mesma função retórica;
• Determinam opções, escolhas ao interagente;
• Servem como pontos de entrada para um conteúdo
não explicitamente hierarquizado;
• Úteis em novelas seriadas (divididas em capítulos).
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59. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• MONTAGEM:
• Vários espaços distintos da escrita aparecem
simultaneamente, reforçando um ao outro, mantendo
suas identidades separadas;
• Frequentemente aparece sob a forma de janelas
sobrepostas, que estabelecem ligações através das
fronteiras de nós e links.
(qualquer site c/banners em CSS + Flash
sobrepostos ao conteúdo principal)
59
60. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TIPOS DE PERCURSO
(BERNSTEIN, 1998)
• SPLIT/JOIN:
• Indispensável quando é o próprio interagente
quem deve alterar o rumo da narrativa.
60
61. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
TEXTO
PRIMO, Alex ; RECUERO, Raquel da Cunha. A terceira geração da hipertextualidade:
cooperação e conflito na escrita coletiva de hipertextos com links multidirecionais.
Líbero (FACASPER), v. IX, p. 83-93, 2006.
O que é um Wiki?
http://www.co-link.org
61
62. CARACTERIZAÇÃO DO HIPERTEXTO
QUESTÕES
• Da web cujos links imitavam a indexação e a paginação do
suporte livro passando pelos links em hipertextos de natureza
cooperativa com autoria determinada, passa-se à hipótese da
multiplicidade de links em uma espécie de fichamento
coletivo.
• Autoria, colaboração, domínio das TICs, incentivo/mediação
dos facilitadores, competição, solução de conflitos, ausência da
pessoalidade na construção do conhecimento: utopia?!
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63. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
THOMAS VANDER WAL
"Então, a estrutura de categorias desenvolvida de baixo para cima pelo próprio usuário
como uma espécie de thesaurus emergente não seria uma Folksonomia?"
(24/07/2004)
63
65. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
TAXONOMIA (CIÊNCIA)
• É uma ciência dinâmica e fundamental
dedicada à exploração das causas
dos relacionamentos e das similaridades
entre os organismos;
• Objetivo: rotular todos os seres vivos
a partir de uma base em latim
(ou latinizada), de forma que os nomes
jamais se repitam (evitando, assim,
a redundância de nomes populares
para seres diferentes) a fim de facilitar
o reconhecimento de organismos similares;
• Definição precisa, única e internacional
para cada organismo específico.
65
66. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
CÍRCULO DA
TAXONOMIA COGNITIVA
• Adaptação da taxonomia de Bloom;
• http://apa.org
• Objetivos de psicoaprendizagem
(Universidade de Nevada)
• SMART (específicos, mensuráveis, aceitáveis
para o instrutor, realistas para serem atingidos
cujo limite de tempo possa ser definido
por uma data específica);
• Classificação a partir de grupos de elementos
derivados de cinco ações básicas.
66
67. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
FOLKSONOMIA(VANDER WAL, 2007)
• É o resultado da livre etiquetagem • O valor dessa etiquetagem
pessoal de informação e objetos externa consiste no ato de cada
(qualquer coisa com uma URL) pessoa utilizar o seu próprio
para consulta própria; vocabulário e adicionar a ele um
significado explícito, do qual pode
• A etiquetagem é feita em um ser inferida a compreensão da
ambiente social (normalmente informação/objeto;
comprtilhado e aberto);
• Categorizar por tags é um meio
• A folksonomia surge de prover uma conexão por ítens
do ato de etiquetar realizado significativa segundo o seu
pelo consumidor da informação; próprio entendimento;
67
68. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
OS TRÊS PRINCÍPIOS
DA FOLKSONOMIA
• 1. A ETIQUETA (tag);
• 2. O OBJETO A SER ETIQUETADO;
• 3. IDENTIDADE: fundamental para a desambiguação
de termos etiquetados a fim de prover uma rica compreensão
do objeto que está sendo etiquetado.
• (VANDER WAL, 2007)
68
69. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
DEL.ICIO.US
Compartilhamento e classificação folksonômica de favoritos
69
72. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
TROUBLE IN PARADISE
Quando a folksonomia não dá conta de certas atividades,
a taxonomia ainda se mostra bastante adequada
72
73. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
STOCK.XCHNG
Classificação folksonômica de um banco de imagens profissional
73
74. HIPERTEXTO E FOLKSONOMIA
GETTY IMAGES
Classificação taxonômica de um banco de imagens profissional
74