Como alcançar o equilíbrio mental através do autoconhecimento e do controle emocional
1.
2. A mente do homem é fonte inesgotável de criação. O homem diferencia-se
dos animais por seu pensamento contínuo e, portanto, pela criação
continuada de imagens, de formas, pensamento e clichês mentais. Mergulha
a mente no passado e projeta para o futuro, deixando emoções decorrentes
influenciarem suas ações, de acordo com aquilo que cria e que observa em
seu clichês. Entretanto, não percebe que passado e futuro são situações sem
realidade própria, pois, a ele foi determinado viver apenas o momento
presente.
Dizemos que a característica primordial do Espírito não é sua imortalidade,
mas, sua presença.
3. O Espírito está sempre presente. Passado e futuro devem ser considerados
apenas como referências, capazes de balizarem seu caminho evolutivo. Do
passado, o homem deve tirar as lições aprendidas, as experiências, os valores
que hão de nortear suas ações do presente. Do futuro, o homem deve colher
apenas as expectativas e os objetivos que deseja traçar para si mesmo.
Aprisionar-se em clichês mentais, passados ou futuros, tira do homem a
possibilidade de concentrar-se e viver as experiências do presente, de
construir suas estradas evolutivas, passo a passo. O homem encarnado tem
uma natureza tripla, apesar de ser Espírito. Portanto, inteligência e vontade
desenvolvem um corpo material, e um corpo fluídico, denominado
perispírito, permite ao Espírito ligar-se e comandar o corpo físico.
4. As suas emoções, sente-as no Espírito, transmitindo-as para o corpo que
reage a elas fisicamente, através do veículo fluídico do perispírito. As
sensações provém, portanto, do corpo físico, enquanto as emoções, os
sentimentos, provém da mente, do Espírito, e suas emanações criam as
formas pensamento que, se não forem mantidas harmonizadas, podem
aprisionar o homem, paralisando sua evolução. Estados de menos-valia, de
angústia profunda, de remorso, escravizam o homem às suas próprias
criações mentais, levando-o ao sofrimento moral, à depressão e, em alguns
casos, a fuga pelo suicídio ou pela loucura. O progresso espiritual, ou seja, a
evolução, requer que o homem seja capaz de controlar, de vigiar suas
emoções e suas sensações, para que não se veja prisioneiro em fixações...
5. Que desajustam e fazem sofrer. Nossos clichês mentais, nossas formas-pensamento,
podem ser observadas pelos Espíritos desencarnados que, em
função de afinidades ou de interesses particulares, reforçam ou tentam
amenizar as ideias que geramos. Se mantivermos a mente limpa ligada aos
valores do trabalho útil, da fraternidade, da compreensão, da convivência
pacífica, atrairemos a presença de seres evoluídos que nos induzem valores
relacionados ao bem e ao amor. Mas, ao contrário, se nossos sentimentos ou
ações se relacionarem com os estados desajustados ou desarmonizados com
a lei do amor e da caridade, atrairemos para o nosso universo individual
entidades sofredoras, que reforçam nosso estado de padecimento, e Espíritos
inferiores, levianos, vingadores, se aproveitam de nossas fraquezas...
6. Para aprofundar nosso infortúnio. Os estados de equilíbrio físico e de
equilíbrio mental são, portanto, essenciais para atingirmos a paz de espírito
necessária.
De uma forma geral, somos movidos como se fôssemos pêndulos entre
extremos antagônicos, sem nos apercebermos onde se encontra a posição de
equilíbrio. Somos movidos pelo apego, pela necessidade, pela paixão, que
nos fazem agir, quase sempre, de forma imprudente para logo depois sermos
visitados pelo medo, pela indecisão, pela incerteza, que nos paralisa e inibe
as ações. É muito difícil para quem nunca experimentou momentos de
equilíbrio, perceber como controlar impulsos, instintos, emoções, como
assegurar harmonia com o mundo em que se vive.
7. O caminho para aquisição do equilíbrio começa pelo conhecimento de nós
mesmos, pela identificação de nossas fraquezas e de nossos excessos. Todo
excesso é desequilíbrio e traz consequências funestas para quem o permite.
A segurança do ser provém do equilíbrio que ele seja capaz de manter, do
conhecimento, e da identificação de seus estados desarmonizados. Os
gigantes da alma, monstros mentais que aprisionam, debilitam, maltratam,
desajustam, deformam e geram estados desequilibrados de autoestima,
visitam o homem sempre que encontrem oportunidade para isto. De um lado
o rancor, no lado oposto a passividade, quando a harmonia requer amor. De
um lado é o orgulho, do outro a depressão que abaixa a autoestima, quando o
equilíbrio requer consciência de si próprio.
8. De um lado a paixão, do outro o ciúme, quando a harmonia requer respeito,
confiança e compreensão. De um lado a prepotência, do outro a inveja,
quando a paz requer a satisfação na convivência com os nossos semelhantes.
De um lado o riso fácil e exagerado, do outro o choro convulsivo, quando o
equilíbrio nos pede comedimento e controle das emoções. Os gigantes da
alma são sempre estados ilusórios relacionados a eventos passados ou
desejos futuros e, portanto, sem realidade atual. Se sempre vivemos estados
desarmonizados, nunca saberemos o que é equilíbrio. Busquemos na ligação
com Deus as forças para vencermos nossas fraquezas e imperfeições,
superando nossas dores, aflições e angústias.
9. Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudo de O Livro dos Espíritos e do Evangelho segundo o Espiritismo