SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
PESQUISA: Livro Vereda Familiar, pelo espírito Tereza de Brito; livro Nas
Fronteiras da Loucura, pelo espírito Manuel Philomeno de Miranda; e textos do
meu arquivo particular.
INTROITO:
Estamos no período que antecede o Carnaval, festa de grande apelo popular, em
nosso país, voltada unicamente para a materialidade, e que muitos se entregam
aos excessos, em nome da alegria, tendo como desculpa o fato de aproveitar a
vida. Criaturas se excedem no campo das bebidas, do sexo, do prazer a qualquer
preço, esticando ao máximo a resistência de seu corpo físico, submetendo-o a
uma desgastante maratona de bailes, desfiles em blocos, etc.
“A carne é fraca”, dizem alguns, para justificarem seus erros e fraquezas,
atribuindo à fragilidade do corpo físico a ausência de disposição para resistirem
às tentações que essa festividade pode proporcionar. É claro que esta é uma
justificativa inaceitável, que de modo algum legitima os excessos eventualmente
cometidos. E as consequências desses excessos serão cobradas depois pelo
corpo, que, por mais forte e resistente que seja, tem o seu limite, que deve ser
respeitado, para que possa continuar sendo instrumento para o progresso do
indivíduo. Mas, quando se fala desse folguedo, acendem-se os ânimos. Os
defensores e os críticos se manifestam.
Então, aí, está um tema bastante polêmico para reflexão. Claro que as opiniões
variam. Uns, dizem que é festa perniciosa. Outros, dizem que é alegria. Uma
festa para o povo colocar para fora as angústias contidas durante o ano que
passou. Infelizmente, os caminhos propostos nada têm a ver com alegria ou
alívio de tensões. De início, devo esclarecer que não sou nenhum moralista, nem
sou daqueles que tenta manter as janelas fechadas, a todo custo, para não ouvir o
ziriguidum, muito menos sou contra a alegria. Apenas estou comentando esse
tipo de festa e informando as orientações espirituais que nos são trazidas pelos
benfeitores.
Hoje, essa festividade adquiriu o conceito de que é lícito ser irresponsável
durante a folia. O tempo e a tolerância da sociedade, em geral, fizeram com que
o que era uma manifestação singela de alegria popular se transformasse num
festival de exibicionismo exacerbado, onde tudo é permitido em nome de uma
falsa felicidade, que tem data certa para terminar. Na literatura encontramos uma
frase da Idade Média, de que “Nada aconteceria se as pessoas enlouquecessem
uma vez por ano”. Hoje, estamos próximos dessa frase, só que, não por uma dia,
mas por muitos. Agora são três dias ou mais de loucuras, sob a denominação de
“Triduo Momesco”, em homenagem ao deus da alegria, onde a expressão “Tudo
pode” se adequa perfeitamente.
São atitudes desregradas e impensadas que, muito frequentemente, resultam em
tristeza e dor, por muito mais tempo que os poucos dias de folia. É a exibição de
corpos desnudos, aparentemente felizes por fora, mas, muitas vezes, infelizes
por dentro, completando a ilusão da riqueza, do poder e do luxo, em efêmera
extravasão de uma fugaz alegria. Será que vale a pena? Infelizmente, os
caminhos propostos para esses festejos nada têm a ver com alegria ou alívio de
tensões. O carnaval passou a ser um veículo para desaguar caracteres tortuosos
da alma. Os foliões vão da mais histérica e ilária alegria ao caos total,
despertados pela tresloucada folia.
Desrespeitam o santuário do corpo, abusando das faculdades que lhes foram
dadas. Entregam-se aos prazeres materiais, sem a capacidade de perceberem sua
essência de Espíritos eternos. E, o mais doloroso disso tudo, em razão dos
excessos, é o fato de tantos males físicos e morais ocorrerem, atingindo o ser
humano, no que ele tem de mais sagrado; o respeito a si mesmo. Existem
aqueles que se isolam em retiros religiosos, outros brincam um carnaval mais
moderado, onde a alegria não precisa de atributos desequilibrados. Brincam o
carnaval sem intenções malévolas. Vão para se distraírem, para relaxarem, E,
ingenuamente, julgam que não há nenhum mal em participarem, pois, não fazem
nada de errado
Porém, o carnaval não é somente uma festa de cunho material, como se poderia
supor. Esta é uma questão muito importante, e deve ser observada e entendida. A
Doutrina Espírita não é impositiva. Ela é uma doutrina esclarecedora, e nos diz o
que acontece no carnaval, a partir do momento em que participamos dessa festa.
Sabemos que, um compositor, famoso, disse que atrás do trio elétrico só não vai
quem já morreu. Que ledo engano. O carnaval é, também, uma festa
profundamente espiritual, só, que, a faixa vibratória em que se situa é a dos
Espíritos desditosos, que se locupletam com os desejos daqueles outros que,
embora encarnados, ajustam-se aos apelos do além infeliz, servindo-lhes de
vasos nutrientes, onde as sombras se impõem e triunfam por momentos.
Nessa época, essa massa de Espíritos cresce sobremaneira. As vibrações em
torno da Terra são um tanto densas, favorecendo os desregramentos. Entidades
inferiores do mundo espiritual se aproximam e procuram atrair os mais fracos.
Então, por tudo isso, atrás do trio elétrico também vai quem já morreu. Os
blocos carnavalescos arrastam uma grande quantidade de foliões e, com estes, se
misturam Espíritos desencarnados perversos, viciados e dependentes,
produzindo no ambiente uma psicosfera ruim. Milhares de Espíritos infelizes
invadem às ruas e transformam o espetáculo em um terrível circo dos horrores.
Malfeitores das trevas se vinculam aos foliões, pelos fios invisíveis do
pensamento, e há um intercâmbio vibratório em todos e em tudo.
Há nesses momentos de indisciplina sentimental lastimáveis desvios de Espíritos
fracos, permitindo o largo acesso das forças das trevas influenciá-los
negativamente, fomentando desvios de conduta, para juntos cometerem os mais
tristes desatinos, evidenciando um verdadeiro processo de obsessão coletiva,
afetando o estado espiritual dos incautos. As pessoas se confundem com os
obsessores. As duas populações, a física e a espiritual, em perfeita sintonia,
misturam-se, sustentando-se em simbiose psíquica. É difícil para qualquer
cristão passar incólume pelos ambientes carnavalescos. Por maior que seja a sua
fé, os riscos de contrariedade e aborrecimentos são muito grandes.
O carnaval é bem típico da alienação espiritual que a sociedade se permite. E
para atravessar essa camada de energia negativa que o envolve, sem ser tocado
por ela, só se a pessoa for alguém iluminado. Mas, se essa pessoa for tão
iluminada, com certeza, não estará participando do carnaval. Entendemos,
também, que o carnaval pode ser uma festividade propícia à manifestações de
alegria e de cultura, sem que haja necessidade de se deixar resvalar para o
desregramento. Isso, só depende de nós. A Doutrina Espírita, de liberdade e
responsabilidade, nos ensina, de modo claro e racional, que o corpo físico é tão
somente o veículo através do qual o Espírito manifesta suas aptidões, como
instrumento indispensável à ainda tão necessária experiência corporal.
Kardec nos adverte: “O homem, que procura nos excessos de todo gênero o
requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando
satisfeita a sua necessidade. Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto
maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância da sua natureza animal
sobre sua natureza espiritual”. O Espírito, este sim, é a sede das aptidões e
tendências e diretor de nossas vontades e escolhas, expressas através das ações,
pensamentos e sentimentos que praticamos. A origem das qualidades morais,
boas ou más, são do Espírito encarnado que, quanto maior for o progresso
realizado, mais propenso fica a evitar esses excessos.
É, portanto, o Espírito quem dá à carne as qualidades correspondentes a seu
estado evolutivo e não o contrário. Não pode o homem assim escusar-se por seus
erros alegando fraqueza da carne, ideia que não passa de sofisma para escapar de
sua responsabilidade. Quando erramos, mantendo-nos na faixa dos vícios e das
imperfeições é porque o Espírito é fraco e não a carne. É dele a responsabilidade
pelas escolhas feitas. E o que é que o Espiritismo acha do carnaval? Ele não
acha nada. A Doutrina Espírita respeita o livre-arbítrio de cada um. Ela apenas
esclarece que o pensamento altera o meio, atraindo pensamentos semelhantes, e,
a partir daí, ficamos todos ligados pelas leis de afinidade psíquicas, indo de uma
simples insinuação à dominação completa da vontade.
A Doutrina Espírita também esclarece quais são as consequências dos atos,
deixando para nós escolhermos o caminho. O certo é que não se pode servir a
Deus e a Mamon. Ao nos sentirmos atraídos por uma festa desse tipo, cabe-nos
um momento para reflexão: quais são as nossas verdadeiras intenções? O que
estamos buscando na realidade? Há uma belíssima mensagem no Evangelho
Segundo o Espiritismo, no capítulo XVII, item 10, intitulada “O Homem no
mundo”, que nos lembra que fomos chamados a entrar em contato com Espíritos
de natureza diferente; que o enclausuramento não é medida de evolução. Fugir
da vida não agrega valor.
Há sempre a necessidade de situar-se cada coisa em seu próprio lugar. Existe
festa de carnaval menos agressiva, e sempre valerá a pena analisar a situação. Na
realidade, o ser humano é um carnavalesco em potencial. Uma hora ele é pierrô,
em outra ele é palhaço, e numa outra ele é arlequim. Sempre mascarado no
certame da vida, até que, um dia, a máscara cai; é quando chega a quarta-feira de
cinzas da desencarnação, e ele se vê do outro lado da vida, com contas a ajustar,
justamente porque não brincou o carnaval da vida de cara limpa. Ao ver a
fantasia rota e maltratada, quantas decepções pelo tempo perdido. Valeu a pena?
Quer brincar o carnaval?
Não se esqueça que o “Bloco Escola da Vida” está sempre em evolução com seu
enredo: “A Vida que liberta”. Agora, vá! Mas não fantasiado. Vá, pleno de si. Vá
para a apoteose maior, para a felicidade de religar-se a Deus. A festa da vida é
muito maior, muito mais divertida, rimada e harmoniosa, quando sabemos
escolher um bom enredo para vivenciá-la. E não se esqueça! Devemos procurar
sempre as melhores notas nos quesitos que nos são delegados por Deus. Se
participar do Carnaval é certo ou errado? Essa é a pergunta que não quer calar,
mas que somente a sua consciência pode responder.
Medite no versículo de Coríntios: “Tudo é permitido, mas nem tudo convém”.
Na dúvida, consulte o seu livre-arbítrio e pesquise muito, pois a religião que não
é proibitiva dá todos os caminhos para embasamento literário e espiritual, no
entanto, a escolha da estrada, só pode ser decidida por você.
Boas vibrações, nesse carnaval!
Muita Paz!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Cynthia Castro
 
Resenha espirita on line 100
Resenha espirita on line 100Resenha espirita on line 100
Resenha espirita on line 100MRS
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Cynthia Castro
 
Resenha espirita on line 151
Resenha espirita on line 151Resenha espirita on line 151
Resenha espirita on line 151MRS
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...Cynthia Castro
 
Resenha espirita on line 133
Resenha espirita on line 133Resenha espirita on line 133
Resenha espirita on line 133MRS
 
Resenha espirita on line 115
Resenha espirita on line 115Resenha espirita on line 115
Resenha espirita on line 115MRS
 
9 desapontamento de um suicida
9   desapontamento de um suicida9   desapontamento de um suicida
9 desapontamento de um suicidaFatoze
 
Resenha espirita on line 137
Resenha espirita on line 137Resenha espirita on line 137
Resenha espirita on line 137MRS
 
Resenha espirita on line 122
Resenha espirita on line 122Resenha espirita on line 122
Resenha espirita on line 122MRS
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Cynthia Castro
 
26 assistência espiritual
26   assistência espiritual26   assistência espiritual
26 assistência espiritualFatoze
 
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderSérie Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderRicardo Azevedo
 
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoraçãoVanesa Silva
 
35 proselitismo de arrastamento
35   proselitismo de arrastamento35   proselitismo de arrastamento
35 proselitismo de arrastamentoFatoze
 

Mais procurados (20)

Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VII - Os Primeiro...
 
Resenha espirita on line 100
Resenha espirita on line 100Resenha espirita on line 100
Resenha espirita on line 100
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
Seminário Memórias de Um Suicida - Capítulo I - O Vale dos Suicidas - 22-02-2016
 
Resenha espirita on line 151
Resenha espirita on line 151Resenha espirita on line 151
Resenha espirita on line 151
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...
Seminário Memórias de Um Suicida - Terceira Parte - Capítulo VI - O Elemento ...
 
Resenha espirita on line 133
Resenha espirita on line 133Resenha espirita on line 133
Resenha espirita on line 133
 
Livres pelo amor
Livres pelo amorLivres pelo amor
Livres pelo amor
 
CARNAVAL NA VISÃO ESPÍRITA
CARNAVAL NA VISÃO ESPÍRITACARNAVAL NA VISÃO ESPÍRITA
CARNAVAL NA VISÃO ESPÍRITA
 
Resenha espirita on line 115
Resenha espirita on line 115Resenha espirita on line 115
Resenha espirita on line 115
 
9 desapontamento de um suicida
9   desapontamento de um suicida9   desapontamento de um suicida
9 desapontamento de um suicida
 
Resenha espirita on line 137
Resenha espirita on line 137Resenha espirita on line 137
Resenha espirita on line 137
 
Resenha espirita on line 122
Resenha espirita on line 122Resenha espirita on line 122
Resenha espirita on line 122
 
E a vida continua...
E a vida continua...E a vida continua...
E a vida continua...
 
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
Seminário Memórias de Um Suicida - Segunda Parte - Capítulo VI - A Cada Um Se...
 
confia e segue
confia e segueconfia e segue
confia e segue
 
Ceifa de luz emmanuel - chico xavier
Ceifa de luz   emmanuel - chico xavierCeifa de luz   emmanuel - chico xavier
Ceifa de luz emmanuel - chico xavier
 
26 assistência espiritual
26   assistência espiritual26   assistência espiritual
26 assistência espiritual
 
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e CompreenderSérie Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
Série Evangelho no Lar - Cap. 56 - Perdoar e Compreender
 
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração
48 chico xavier-espíritosdiversos-cartasdocoração
 
35 proselitismo de arrastamento
35   proselitismo de arrastamento35   proselitismo de arrastamento
35 proselitismo de arrastamento
 

Semelhante a Carnaval valores - limites - e suas consequências

O carnaval, ah, o carnaval!
O carnaval, ah, o carnaval!O carnaval, ah, o carnaval!
O carnaval, ah, o carnaval!Helio Cruz
 
Boletim informativo julho 2013
Boletim informativo   julho 2013Boletim informativo   julho 2013
Boletim informativo julho 2013fespiritacrista
 
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016O PAE PAE
 
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014Gildineide Marinho
 
Yvone a.pereira dramas da obsesso
Yvone a.pereira dramas da obsessoYvone a.pereira dramas da obsesso
Yvone a.pereira dramas da obsessoAnderson Santana
 
Desencarnes coletivos e a justiça divina!
Desencarnes coletivos e a justiça divina!Desencarnes coletivos e a justiça divina!
Desencarnes coletivos e a justiça divina!Leonardo Pereira
 
Boletim OPAE - JUNHO 2016
Boletim OPAE   - JUNHO 2016Boletim OPAE   - JUNHO 2016
Boletim OPAE - JUNHO 2016O PAE PAE
 
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezes
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezesYvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezes
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezeszfrneves
 
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdf
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdfLIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdf
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdfReginaldo Nobrega
 
O suicídio não resolve seu problema
O suicídio não resolve seu problemaO suicídio não resolve seu problema
O suicídio não resolve seu problemaHelio Cruz
 
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4Patricia Farias
 

Semelhante a Carnaval valores - limites - e suas consequências (20)

O carnaval, ah, o carnaval!
O carnaval, ah, o carnaval!O carnaval, ah, o carnaval!
O carnaval, ah, o carnaval!
 
O porque da vida leon denis
O porque da vida   leon denisO porque da vida   leon denis
O porque da vida leon denis
 
Palestra Sobre Carnaval
Palestra Sobre CarnavalPalestra Sobre Carnaval
Palestra Sobre Carnaval
 
Boletim informativo julho 2013
Boletim informativo   julho 2013Boletim informativo   julho 2013
Boletim informativo julho 2013
 
Edição n. 56 do CH Noticias - Fevereiro/2020
Edição n. 56 do CH Noticias - Fevereiro/2020Edição n. 56 do CH Noticias - Fevereiro/2020
Edição n. 56 do CH Noticias - Fevereiro/2020
 
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
 
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014
Boletim Deus Cristo e Caridade - Agosto/2014
 
Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
 Home cartasde_public_html_downloads_45167_26 Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
 
Carta 9
Carta 9Carta 9
Carta 9
 
Carta 9
Carta 9Carta 9
Carta 9
 
Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
 Home cartasde_public_html_downloads_45167_26 Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
Home cartasde_public_html_downloads_45167_26
 
Yvone a.pereira dramas da obsesso
Yvone a.pereira dramas da obsessoYvone a.pereira dramas da obsesso
Yvone a.pereira dramas da obsesso
 
Desencarnes coletivos e a justiça divina!
Desencarnes coletivos e a justiça divina!Desencarnes coletivos e a justiça divina!
Desencarnes coletivos e a justiça divina!
 
Boletim OPAE - JUNHO 2016
Boletim OPAE   - JUNHO 2016Boletim OPAE   - JUNHO 2016
Boletim OPAE - JUNHO 2016
 
Boletim o pae junho
Boletim o pae   junho Boletim o pae   junho
Boletim o pae junho
 
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezes
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezesYvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezes
Yvonne a.pereira -_dramas_da_obsessao_-_bezerra_de_menezes
 
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdf
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdfLIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdf
LIVRO DOS ESPIRITOS _ SALVADOR GENTILE.pdf
 
O suicídio não resolve seu problema
O suicídio não resolve seu problemaO suicídio não resolve seu problema
O suicídio não resolve seu problema
 
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4
Livro dos Espíritos Q348, 349 e 350 ESE Cap28 item4
 
Herculano pires o sentido da vida
Herculano pires   o sentido da vidaHerculano pires   o sentido da vida
Herculano pires o sentido da vida
 

Mais de Helio Cruz

O pior inimigo
O pior inimigoO pior inimigo
O pior inimigoHelio Cruz
 
Entusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeEntusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeHelio Cruz
 
A candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireA candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireHelio Cruz
 
O credor incompassivo
O credor incompassivoO credor incompassivo
O credor incompassivoHelio Cruz
 
O poder das palavras
O poder das palavrasO poder das palavras
O poder das palavrasHelio Cruz
 
A virtude os superiores e os inferiores
A virtude   os superiores e os inferioresA virtude   os superiores e os inferiores
A virtude os superiores e os inferioresHelio Cruz
 
Universidade de amor
Universidade de amorUniversidade de amor
Universidade de amorHelio Cruz
 
A parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualA parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualHelio Cruz
 
O homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualO homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualHelio Cruz
 
O dom esquecido
O dom esquecidoO dom esquecido
O dom esquecidoHelio Cruz
 
Dia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeDia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeHelio Cruz
 
O progresso espiritual
O progresso espiritualO progresso espiritual
O progresso espiritualHelio Cruz
 
Viver para deus
Viver para deusViver para deus
Viver para deusHelio Cruz
 
O Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoO Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoHelio Cruz
 
A quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoA quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoHelio Cruz
 
Os nossos julgamentos
Os nossos julgamentosOs nossos julgamentos
Os nossos julgamentosHelio Cruz
 
Sal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoSal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoHelio Cruz
 

Mais de Helio Cruz (20)

O pior inimigo
O pior inimigoO pior inimigo
O pior inimigo
 
Entusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidadeEntusiasmo e responsabilidade
Entusiasmo e responsabilidade
 
A candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueireA candeia debaixo do alqueire
A candeia debaixo do alqueire
 
O credor incompassivo
O credor incompassivoO credor incompassivo
O credor incompassivo
 
O poder das palavras
O poder das palavrasO poder das palavras
O poder das palavras
 
Pedir e obter
Pedir e obterPedir e obter
Pedir e obter
 
A virtude os superiores e os inferiores
A virtude   os superiores e os inferioresA virtude   os superiores e os inferiores
A virtude os superiores e os inferiores
 
O peso da luz
O peso da luzO peso da luz
O peso da luz
 
Universidade de amor
Universidade de amorUniversidade de amor
Universidade de amor
 
A parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritualA parentela corporal e espiritual
A parentela corporal e espiritual
 
O homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritualO homem e a vida espiritual
O homem e a vida espiritual
 
O dom esquecido
O dom esquecidoO dom esquecido
O dom esquecido
 
Dia nacional da caridade
Dia nacional da caridadeDia nacional da caridade
Dia nacional da caridade
 
Marta e maria
Marta e mariaMarta e maria
Marta e maria
 
O progresso espiritual
O progresso espiritualO progresso espiritual
O progresso espiritual
 
Viver para deus
Viver para deusViver para deus
Viver para deus
 
O Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do EspiritismoO Marco inicial do Espiritismo
O Marco inicial do Espiritismo
 
A quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismoA quaresma e o espiritismo
A quaresma e o espiritismo
 
Os nossos julgamentos
Os nossos julgamentosOs nossos julgamentos
Os nossos julgamentos
 
Sal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundoSal da terra e luz do mundo
Sal da terra e luz do mundo
 

Último

9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Oração dos Fiéis Festa da Palavra Catequese
Oração dos  Fiéis Festa da Palavra CatequeseOração dos  Fiéis Festa da Palavra Catequese
Oração dos Fiéis Festa da Palavra Catequeseanamdp2004
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadofreivalentimpesente
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............Nelson Pereira
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 E
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 EGÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 E
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 EMicheleRosa39
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 

Último (12)

9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Oração dos Fiéis Festa da Palavra Catequese
Oração dos  Fiéis Festa da Palavra CatequeseOração dos  Fiéis Festa da Palavra Catequese
Oração dos Fiéis Festa da Palavra Catequese
 
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significado
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.pptFluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 E
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 EGÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 E
GÊNESIS A-2.pptx ESTUDO INTEGRADO DE CAPITULO 1 E
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 

Carnaval valores - limites - e suas consequências

  • 1.
  • 2. PESQUISA: Livro Vereda Familiar, pelo espírito Tereza de Brito; livro Nas Fronteiras da Loucura, pelo espírito Manuel Philomeno de Miranda; e textos do meu arquivo particular. INTROITO: Estamos no período que antecede o Carnaval, festa de grande apelo popular, em nosso país, voltada unicamente para a materialidade, e que muitos se entregam aos excessos, em nome da alegria, tendo como desculpa o fato de aproveitar a vida. Criaturas se excedem no campo das bebidas, do sexo, do prazer a qualquer preço, esticando ao máximo a resistência de seu corpo físico, submetendo-o a uma desgastante maratona de bailes, desfiles em blocos, etc.
  • 3. “A carne é fraca”, dizem alguns, para justificarem seus erros e fraquezas, atribuindo à fragilidade do corpo físico a ausência de disposição para resistirem às tentações que essa festividade pode proporcionar. É claro que esta é uma justificativa inaceitável, que de modo algum legitima os excessos eventualmente cometidos. E as consequências desses excessos serão cobradas depois pelo corpo, que, por mais forte e resistente que seja, tem o seu limite, que deve ser respeitado, para que possa continuar sendo instrumento para o progresso do indivíduo. Mas, quando se fala desse folguedo, acendem-se os ânimos. Os defensores e os críticos se manifestam.
  • 4. Então, aí, está um tema bastante polêmico para reflexão. Claro que as opiniões variam. Uns, dizem que é festa perniciosa. Outros, dizem que é alegria. Uma festa para o povo colocar para fora as angústias contidas durante o ano que passou. Infelizmente, os caminhos propostos nada têm a ver com alegria ou alívio de tensões. De início, devo esclarecer que não sou nenhum moralista, nem sou daqueles que tenta manter as janelas fechadas, a todo custo, para não ouvir o ziriguidum, muito menos sou contra a alegria. Apenas estou comentando esse tipo de festa e informando as orientações espirituais que nos são trazidas pelos benfeitores.
  • 5. Hoje, essa festividade adquiriu o conceito de que é lícito ser irresponsável durante a folia. O tempo e a tolerância da sociedade, em geral, fizeram com que o que era uma manifestação singela de alegria popular se transformasse num festival de exibicionismo exacerbado, onde tudo é permitido em nome de uma falsa felicidade, que tem data certa para terminar. Na literatura encontramos uma frase da Idade Média, de que “Nada aconteceria se as pessoas enlouquecessem uma vez por ano”. Hoje, estamos próximos dessa frase, só que, não por uma dia, mas por muitos. Agora são três dias ou mais de loucuras, sob a denominação de “Triduo Momesco”, em homenagem ao deus da alegria, onde a expressão “Tudo pode” se adequa perfeitamente.
  • 6. São atitudes desregradas e impensadas que, muito frequentemente, resultam em tristeza e dor, por muito mais tempo que os poucos dias de folia. É a exibição de corpos desnudos, aparentemente felizes por fora, mas, muitas vezes, infelizes por dentro, completando a ilusão da riqueza, do poder e do luxo, em efêmera extravasão de uma fugaz alegria. Será que vale a pena? Infelizmente, os caminhos propostos para esses festejos nada têm a ver com alegria ou alívio de tensões. O carnaval passou a ser um veículo para desaguar caracteres tortuosos da alma. Os foliões vão da mais histérica e ilária alegria ao caos total, despertados pela tresloucada folia.
  • 7. Desrespeitam o santuário do corpo, abusando das faculdades que lhes foram dadas. Entregam-se aos prazeres materiais, sem a capacidade de perceberem sua essência de Espíritos eternos. E, o mais doloroso disso tudo, em razão dos excessos, é o fato de tantos males físicos e morais ocorrerem, atingindo o ser humano, no que ele tem de mais sagrado; o respeito a si mesmo. Existem aqueles que se isolam em retiros religiosos, outros brincam um carnaval mais moderado, onde a alegria não precisa de atributos desequilibrados. Brincam o carnaval sem intenções malévolas. Vão para se distraírem, para relaxarem, E, ingenuamente, julgam que não há nenhum mal em participarem, pois, não fazem nada de errado
  • 8. Porém, o carnaval não é somente uma festa de cunho material, como se poderia supor. Esta é uma questão muito importante, e deve ser observada e entendida. A Doutrina Espírita não é impositiva. Ela é uma doutrina esclarecedora, e nos diz o que acontece no carnaval, a partir do momento em que participamos dessa festa. Sabemos que, um compositor, famoso, disse que atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu. Que ledo engano. O carnaval é, também, uma festa profundamente espiritual, só, que, a faixa vibratória em que se situa é a dos Espíritos desditosos, que se locupletam com os desejos daqueles outros que, embora encarnados, ajustam-se aos apelos do além infeliz, servindo-lhes de vasos nutrientes, onde as sombras se impõem e triunfam por momentos.
  • 9. Nessa época, essa massa de Espíritos cresce sobremaneira. As vibrações em torno da Terra são um tanto densas, favorecendo os desregramentos. Entidades inferiores do mundo espiritual se aproximam e procuram atrair os mais fracos. Então, por tudo isso, atrás do trio elétrico também vai quem já morreu. Os blocos carnavalescos arrastam uma grande quantidade de foliões e, com estes, se misturam Espíritos desencarnados perversos, viciados e dependentes, produzindo no ambiente uma psicosfera ruim. Milhares de Espíritos infelizes invadem às ruas e transformam o espetáculo em um terrível circo dos horrores. Malfeitores das trevas se vinculam aos foliões, pelos fios invisíveis do pensamento, e há um intercâmbio vibratório em todos e em tudo.
  • 10. Há nesses momentos de indisciplina sentimental lastimáveis desvios de Espíritos fracos, permitindo o largo acesso das forças das trevas influenciá-los negativamente, fomentando desvios de conduta, para juntos cometerem os mais tristes desatinos, evidenciando um verdadeiro processo de obsessão coletiva, afetando o estado espiritual dos incautos. As pessoas se confundem com os obsessores. As duas populações, a física e a espiritual, em perfeita sintonia, misturam-se, sustentando-se em simbiose psíquica. É difícil para qualquer cristão passar incólume pelos ambientes carnavalescos. Por maior que seja a sua fé, os riscos de contrariedade e aborrecimentos são muito grandes.
  • 11. O carnaval é bem típico da alienação espiritual que a sociedade se permite. E para atravessar essa camada de energia negativa que o envolve, sem ser tocado por ela, só se a pessoa for alguém iluminado. Mas, se essa pessoa for tão iluminada, com certeza, não estará participando do carnaval. Entendemos, também, que o carnaval pode ser uma festividade propícia à manifestações de alegria e de cultura, sem que haja necessidade de se deixar resvalar para o desregramento. Isso, só depende de nós. A Doutrina Espírita, de liberdade e responsabilidade, nos ensina, de modo claro e racional, que o corpo físico é tão somente o veículo através do qual o Espírito manifesta suas aptidões, como instrumento indispensável à ainda tão necessária experiência corporal.
  • 12. Kardec nos adverte: “O homem, que procura nos excessos de todo gênero o requinte do gozo, coloca-se abaixo do bruto, pois que este sabe deter-se, quando satisfeita a sua necessidade. Abdica da razão que Deus lhe deu por guia e quanto maiores forem seus excessos, tanto maior preponderância da sua natureza animal sobre sua natureza espiritual”. O Espírito, este sim, é a sede das aptidões e tendências e diretor de nossas vontades e escolhas, expressas através das ações, pensamentos e sentimentos que praticamos. A origem das qualidades morais, boas ou más, são do Espírito encarnado que, quanto maior for o progresso realizado, mais propenso fica a evitar esses excessos.
  • 13. É, portanto, o Espírito quem dá à carne as qualidades correspondentes a seu estado evolutivo e não o contrário. Não pode o homem assim escusar-se por seus erros alegando fraqueza da carne, ideia que não passa de sofisma para escapar de sua responsabilidade. Quando erramos, mantendo-nos na faixa dos vícios e das imperfeições é porque o Espírito é fraco e não a carne. É dele a responsabilidade pelas escolhas feitas. E o que é que o Espiritismo acha do carnaval? Ele não acha nada. A Doutrina Espírita respeita o livre-arbítrio de cada um. Ela apenas esclarece que o pensamento altera o meio, atraindo pensamentos semelhantes, e, a partir daí, ficamos todos ligados pelas leis de afinidade psíquicas, indo de uma simples insinuação à dominação completa da vontade.
  • 14. A Doutrina Espírita também esclarece quais são as consequências dos atos, deixando para nós escolhermos o caminho. O certo é que não se pode servir a Deus e a Mamon. Ao nos sentirmos atraídos por uma festa desse tipo, cabe-nos um momento para reflexão: quais são as nossas verdadeiras intenções? O que estamos buscando na realidade? Há uma belíssima mensagem no Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XVII, item 10, intitulada “O Homem no mundo”, que nos lembra que fomos chamados a entrar em contato com Espíritos de natureza diferente; que o enclausuramento não é medida de evolução. Fugir da vida não agrega valor.
  • 15. Há sempre a necessidade de situar-se cada coisa em seu próprio lugar. Existe festa de carnaval menos agressiva, e sempre valerá a pena analisar a situação. Na realidade, o ser humano é um carnavalesco em potencial. Uma hora ele é pierrô, em outra ele é palhaço, e numa outra ele é arlequim. Sempre mascarado no certame da vida, até que, um dia, a máscara cai; é quando chega a quarta-feira de cinzas da desencarnação, e ele se vê do outro lado da vida, com contas a ajustar, justamente porque não brincou o carnaval da vida de cara limpa. Ao ver a fantasia rota e maltratada, quantas decepções pelo tempo perdido. Valeu a pena? Quer brincar o carnaval?
  • 16. Não se esqueça que o “Bloco Escola da Vida” está sempre em evolução com seu enredo: “A Vida que liberta”. Agora, vá! Mas não fantasiado. Vá, pleno de si. Vá para a apoteose maior, para a felicidade de religar-se a Deus. A festa da vida é muito maior, muito mais divertida, rimada e harmoniosa, quando sabemos escolher um bom enredo para vivenciá-la. E não se esqueça! Devemos procurar sempre as melhores notas nos quesitos que nos são delegados por Deus. Se participar do Carnaval é certo ou errado? Essa é a pergunta que não quer calar, mas que somente a sua consciência pode responder.
  • 17. Medite no versículo de Coríntios: “Tudo é permitido, mas nem tudo convém”. Na dúvida, consulte o seu livre-arbítrio e pesquise muito, pois a religião que não é proibitiva dá todos os caminhos para embasamento literário e espiritual, no entanto, a escolha da estrada, só pode ser decidida por você. Boas vibrações, nesse carnaval! Muita Paz!