O documento discute os fundamentos da teoria do consumidor, que estuda como os consumidores escolhem as quantidades de produtos a serem consumidos considerando recursos limitados, preferências e racionalidade. A teoria busca determinar a curva de demanda do consumidor e analisar como suas preferências, restrição orçamentária e maximização de utilidade influenciam suas escolhas.
2. DO QUE TRATA A TEORIA DO
CONSUMIDOR?
A Teoria do Consumidor tem sua
atenção
voltada
ao
estudo
da
investigação do comportamento do
consumidor.
Sua preocupação está em estabelecer
os conceitos que mostram como o
consumidor escolhe as quantidades dos
produtos que deseja consumir.
3. OBJETIVO DA TEORIA DO CONSUMIDOR
* Determinar a curva de demanda do
consumidor.
4. O CONSUMIDOR
* O consumidor escolhe as quantidades
dos produtos que deseja consumir,
considerando que:
* seus recursos são limitados;
* possui preferências;
* faz comparações e é racional
7. HIPÓTESES BÁSICAS SOBRE O
CONSUMIDOR
1.
2.
3.
O consumidor ao se deparar com duas alternativas
distintas sempre prefere uma alternativa à outra, ou é
indiferente entre elas. Ele é capaz de compará-las
estabelecendo uma ordem de preferência. Esta é a
hipótese da comparabilidade;
Se um consumidor prefere assistir uma partida de
futebol a um filme, e se também prefere um filme à
uma peça de teatro, então deverá preferir uma partida
de futebol a uma peça de teatro. Esta é a hipótese da
transitividade;
Todo o consumidor preferirá possuir mais do que
menos. Supondo que um determinado bem é desejável,
e não se preocupando com o custo, o consumidor estará
sempre mais desejoso de dispor da maior quantidade
deste bem. Essa é a hipótese da racionalidade.
11. MAPA DE INDIFERENÇA
•
O Mapa de indiferença é o conjunto de
curvas de indiferenças que representa
as preferências de um consumidor.
Na figura anterior, tem-se que:
𝑈2 > 𝑈1 > 𝑈0 > 𝑈4 > 𝑈3 .
14. TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
•
•
•
•
É a quantidade de um bem ou produto
que um consumidor desiste em troca
de outro;
Também é conhecida como TMS;
Matematicamente, podemos escrever a
definição da TMS como:
𝑇𝑀𝑆 = −
𝞓𝐶
𝞓𝐹
15. TMS COMO FUNÇÃO CONTÍNUA
É o resultado do quociente, precedido pelo sinal
negativo, entre os diferenciais dos dois produtos.
Assim,
a
TMS
em
A
de
𝑑𝑞
𝑞1 por 𝑞2 será definida como: TMS = − 2
𝑑𝑞1
18. RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Toda a renda do consumidor é
empregada na aquisição de bens
desejáveis;
O consumo depende do orçamento
disponível do consumidor;
O consumidor está diante de uma
restrição: a restrição orçamentária
19. RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Supondo R a renda de um estudante, C e F a
quantidade de ingressos de cinema e partida de
futebol, respectivamente, 𝑃 𝐹 o preço do ingresso do
futebol e de 𝑃 𝐶 o preço do ingresso do cinema, e que
toda a sua renda será gasta com esses ingressos,
então pode-se escrever: 𝑷 𝑭 + 𝑷 𝑪 = 𝑹
Admitindo-se que o ingresso de futebol seja
R$10,00, o do cinema R$5,00 e uma renda
disponível de R$75,00, a equação da restrição
orçamentária será 10F + 5C = 75 ou C = 15 - 2F.
Atribuindo-se valores parar F é possível calcular os
valores de C.
24. FUNÇÃO UTILIDADE
O conceito de utilidade ordinal é o suficiente
para o desenvolvimento da teoria que explica
como o consumidor decide o que adquirir. A
utilidade ordinal é o conceito de utilidade de
Hicks, em homenagem a John Hicks, que
desempenhou importante papel na formulação
da teoria ordinal da utilidade.
Pela teoria ordinal, somente necessita-se
saber
quais
produtos
geram
maiores
utilidades. Esse ranqueamento é suficiente
para a decisão do consumidor.
26. ESCOLHA DO CONSUMIDOR – SOLUÇÃO
ANALÍTICA
Exemplo:
Suponha que a função utilidade seja 𝑈 𝑞1 , 𝑞2 =
𝑞1 , 𝑞2 , onde 𝑞1
significa a quantidade de
ingressos para o futebol e 𝑞2 a quantidade de
ingressos para o cinema. Você deseja resolver o
antigo problema da compra do carnê para a sua
diversão nas próximas férias. O preço da
entrada do cinema é R$4 e do futebol é R$14.
Sua renda de R$56 será toda empregada na
compra de ingressos. Que tipo de carnê você irá
adquirir?
27. SOLUÇÃO DO EXEMPLO USANDO O
MULTIPLICADOR DE LAGRANGE
Obs. O consumidor procura maximizar sua
utilidade.
Seja o Lagrangeano:
𝐿 𝑞1 , 𝑞2 , 𝞴 = 𝑈 𝑞1 , 𝑞2 + 𝞴 𝑅 − 𝑞1 𝑝1 , − 𝑝2 𝑞2
Substituindo os valores no Lagrangeano,
fica:
𝐿 𝑞1 , 𝑞2 , 𝞴 = 𝑈 𝑞1 , 𝑞2 + 𝞴 56 − 14𝑞1 , − 4𝑞2
28. SOLUÇÃO DO EXEMPLO USANDO O
MULTIPLICADOR DE LAGRANGE
Derivando na condição de primeira ordem, fica:
𝟃𝐿
= 𝑞2 − 14𝞴 = 0
𝟃𝑞1
𝟃𝐿
= 𝑞1 − 4𝞴 = 0
𝟃𝑞2
𝟃𝐿
= 56 − 14𝑞1 − 4𝑞2 = 0
𝟃𝞴
29. SOLUÇÃO DO EXEMPLO USANDO O
MULTIPLICADOR DE LAGRANGE
Das duas primeiras equações, temos:
𝑞1
4
2
=
⇒ 𝑞2
𝑞2 14 7
Substituindo este resultado na última equação, teremos:
14 × 2
56 −
𝑞2 − 4𝑞2 = 0 ⇒ 56 − 8𝑞2 = 0 ⇒ 𝑞2 = 7
7
𝐼𝑛𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑒𝑚𝑎
Logo: 𝑞1 =
2×7
7
= 2 𝐼𝑛𝑔𝑟𝑒𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑓𝑢𝑡𝑒𝑏𝑜𝑙
30. TEORIA DA PREFERÊNCIA REVELADA
Conhecendo a função-utilidade pode-se
definir o mapa de indiferença do
consumidor;
Isso é possível por meio do levantamento
de suas preferências. Em Microeconomia,
este procedimento é conhecido como
Teoria da Preferência Revelada.
Conjunto de experimentos que testa
a preferência do consumidor.
31. HIPÓTESE DA TEORIA DA PREFERÊNCIA
REVELADA
Assumindo que a renda do consumidor
varia e que os preços dos produtos
também, é possível investigar o
comportamento do consumidor;
Por hipótese dessa teoria, postula-se
que o gosto do consumidor não se
altera diante das alterações dos preços
e de sua renda.
34. A PREFERÊNCIA É TRANSITIVA?
Se p1x1+ p2x2≥p1y1+ p2y2, dizemos
que (x1, x2) é diretamente revelada
como preferida a( y1, y2).
Se X é diretamente revelada como
preferida a Y, e Y é diretamente
revelada como preferida a Z(etc.),
dizemos que X é indiretamente
revelada como preferida a Z.
35. A PREFERÊNCIA É TRANSITIVA?
Até agora partimos de preferências
para descrever o comportamento de
escolha.
Preferência revelada sugere o inverso:
partir de comportamento de escolha e
descrever preferências
.