Este documento apresenta:
1) Testes realizados às novas Triumph Tiger 800 XRx e XCx de 2015 e à remodelada Honda VFR800X Crossrunner;
2) Um comparativo entre as KTM RC 125 e Yamaha YZF-R 125;
3) Uma entrevista com o ator e motociclista Keanu Reeves.
1. + Usada do mês:
Suzuki V-Strom 650
+ Moto de Culto:
Honda VF1000R
...E AINDA
Viver...
Ao Sul - II Moto Gamer Keanu Reeves
O mundo das motos
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dezembro
DESPORTO CBR600RR TEN KATE
l Teste à Campeã Mundial de Supersport
Honda
Crossrunner
Triumph
Tiger 800
XRx / XCx
Comparativo
l Yamaha YZF-R 125
l KTM RC 125
Testámos...
Protótipo muito próximo
da Africa Twin 1000
que chega no verão!
Futura Africa Twin
CHUVA
BMW
S1000 XR
DE ESTRELAS
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3. www.motociclismo. pt 3
SUMÁRIO 12/2014
42 Triumph Tiger 800 XRx/XCx 2015: já testámos
a segunda geração das Tiger 800
74
92
Ao Sul: segunda parte desta
viagem em voo livre, até Istambul na
companhia de uma Daelim 125
Keanu Reeves: ator
consagrado e motociclista convicto
INTRO ///
4 A Indian em Portugal; o renascer das
italianas SWM; revelado o Dakar 2015;
as novidades da SYM; Consultório
jurídico; Editorial; Mercado, etc.
14 Crónica de Miguel Oliveira
16 Moto Gamer - Saboteur II
19 Projeto CS_05 Zen
TESTES + TÉCNICA ///
20 Novidades 2015
A segunda dose de novos modelos
chegou-nos de Milão, com novidades
esperadas e diversas surpresas
42 Triumph Tiger 800 2015
Ainda há pouco foram apresentadas
e já as pudemos testar: primeiro
contacto com as Tiger 800 XRx e XCx
48 Honda VFR800X Crossrunner
Já rodámos com a Crossrunner 2015,
profundamente remodelada
52 Comparativo
KTM RC 125 / Yamaha YZF-R 125
90 Moto de Culto
Honda VF1000R
ÁREA DE SERVIÇO ///
8 Ficha técnica
Staff e contactos
58 Usada do mês
Suzuki V-Strom 650
60 Shopping
Equipamento e acessórios
61 Action Team
62 Preços das motos novas
69 Mercado
REPORTAGEM ///
92 Entrevista: Keanu Reeves
Ator, fundador de uma marca de motos
e motociclista, Keanu Reeves fala-nos
do seu amor pelas duas rodas
DESPORTO ///
84 Contacto competição
Honda CBR600RR Ten Kate, campeã
mundial com Michael Van Der Mark
MOTOTURISMO ///
74 Ao Sul - II
De Lisboa a Istambul numa 125 cc
23 Aprilia RSV4 RR/RF / Tuono 1100
20 BMW S1000XR
22 BMW F800R
24 Ducati 1299 Panigale
26 Ducati Multistrada 1200 DVT
28 Honda RC213V-S
30 Honda True Adventure Prototype
48 Honda VFR800X Crossrunner
84 Honda CBR600RR Ten Kate
90 Honda VF1000R
32 Kawasaki Ninja H2
34 Kawasaki Z300
35 KTM 1050 Adventure
52 KTM RC 125
39 MV Agusta Stradale 800
58 Suzuki V-Strom 650
42 Triumph Tiger 800 XRx / XCx
36 Yamaha YZF-R1 / R1M
38 Yamaha MT-09 Tracer
52 Yamaha YZF-R 125
MOTOS NESTA EDIÇÃO ///
4. 4 12/2014
UM POUCO CONTRA A CORRENTE,
no que respeita à ressaca da crise económica
global que alguns países já atravessam, ou
à permanente luta para sair do buraco que
tantos outros, como o nosso, continuam a
viver, a verdade é que estamos a assistir a um
dos momentos mais prolíficos na indústria
motociclística de que tenho memória.
Num ano em que, separados por um mês, se
realizaram dois grandes salões internacionais,
seria de esperar que as marcas se dividissem,
umas apresentando as suas principais
novidades na Intermot, em Colónia, e outras
na EICMA, em Milão. Mas o que aconteceu foi
uma verdadeira chuva de estrelas em ambos
os certames, uma impressionante dose dupla
de sonhos em duas rodas, uns mais perto da
nossa realidade e outros que, para a maior
parte de nós, ficarão apenas no inalcançável
patamar onde residem as verdadeiras
estrelas.
Convenhamos: sonhar em ter uma Honda
RC213V-S ou uma Kawasaki Ninja H2R
na garagem é equivalente a ligar para a
Angelina Jolie a combinar um jantar e, na
realidade, ela virar-se para o lado e dizer
“ó Brad, olha aí pelos miúdos que eu vou
à Amadora jantar com o meu amigo Zé”.
Então, porque é que as marcas fazem
motos como estas? Porque podem! Porque
são uma afirmação de poder, de alta
tecnologia, são superstars. Não são para
todos, nem poderiam ser, ou perderiam esse
estatuto. Voltamos às estrelas de cinema:
se víssemos a Nicole Kidman todos os dias
a comprar pão, ou na fila da peixaria no
hipermercado, perdia o brilho – e é o brilho
que distingue uma estrela.
Felizmente que existem, pois provam que
as grandes marcas, as pessoas que as fazem,
continuam também a ser guiadas pela sua
paixão pelas motos.
E não é por isso que deixámos de ter um
amplo leque de novidades 2015 para todos
os gostos. Ora digam lá, se entre os modelos
apresentados nesta edição (EICMA) e aqueles
que vos mostrámos há um mês (Intermot),
não há pelo menos um que vos fazia
atirarem-se já de cabeça? Eu já tenho duas ou
três que me encheram as medidas… Foi revelada num evento especial no
concessionário Harley-Davidson Lisboa,
uma parceria entre a icónica marca de
motos americana e a banda rock
Xutos&Pontapés. A parceria resulta na
produção de uma série da Iron 883,
denominada de “Edição Especial
Xutos&Pontapés”, e que serve para celebrar
os 35 anos de carreira da banda
portuguesa. Os elementos da banda
envolveram-se nas várias fases de criação
desta edição especial da Iron, cujo maior
destaque são as várias pinturas disponíveis
e personalizadas por Miguel Leiria
(Purafúria). A H-D Xutos&Pontapés estará à
venda em exclusivo no mercado
português, com um PVP de 10.790€.
A reconhecida loja Moto Ponto, dedicada
aos acessórios para o mundo das duas
rodas, celebra a 6 de dezembro o seu 22º
Aniversário com um dia em cheio na loja
Moto Ponto II: às 10h00 as portas estão
abertas a todos os clientes e amigos e, a
partir das 15h00 vai ter lugar a 1ª Exposição
fotográfica “Em duas rodas pelo Mundo”,
em que 12 viajantes foram convidados a
expor imagens que retratam o que é o
espírito de quem gosta de viajar de moto.
Um júri composto por representantes da
Moto Ponto, da Goldenbat e da
MOTOCICLISMO irá escolher a melhor foto,
sendo que os visitantes do aniversário
também podem votar e as suas escolhas
valem 50% do resultado final.
O prémio da foto vencedora é um capacete
Schuberth C3 Pro. Além disso, a Moto
Ponto vai ter muitas outras surpresas ao
longo do dia! Já sabe: a 6 de dezembro
todos os caminhos vão dar à Moto Ponto II
na Avenida Dom Vasco da Gama Nº 39 - A
1400-127 Lisboa.
SUPERSTARS
editorial
Luís Carlos
Sousa
Diretor
lcsousa@motorpress.pt
H-D apresentou “Edição
Especial Xutos&Pontapés”
Moto Ponto celebra 22º
aniversário em dezembro!
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No Salão de Milão foi apresentada a nova gama
da histórica e renascida marca italiana SWM.
Para muitos SWM pode não significar muito, mas de facto são
as iniciais da marca italiana Speedy Working Motors. Este ano, na
EICMA, a SWM regressou através de uma parceria entre italianos
e chineses. Pelas mãos do diretor técnico Ampelio Macchi e com
o investimento por parte do grupo chinês Shineray, liderado por
Daxing Gong, a SWM apresentou uma nova gama de seis
modelos para estrada e “off-road”, sendo que foi precisamente
nas motos e competições de TT que a marca conquistou títulos e
prestígio desde os anos 70 do século passado. Sem esquecer as
ligações com elementos clássicos, como os famosos depósitos
de design trapezoidal nas motos de estilo “retro” Grand Milano,
Gran Turismo e Silver Vase, a SWM aposta em tecnologias
modernas como motores DOHC com cilindradas entre os 300 e
650 cc, injeção eletrónica e homologação Euro3. Além das motos
que podemos ver aqui, e que serão a grande referência da marca,
a SWM revelou ainda modelos Enduro e Supermoto, estando
prevista a chegada de novidades com motores de 125 cc para
atrair os mais jovens. Com o poderio financeiro do grupo
Shineray, e com o design e produção das motos a ser feito em
Itália, a SWM promete motos fiáveis e com preços competitivos! SWM Grand Turismo 440
SWM G. Milano Special
SWM Grand Milano 440
SWM Silver Vase 440
SWM
renasce!
6. 6 10/2014
As duas marcas de motos do Grupo Polaris, a Indian e a Victory, chegam
a Portugal já no início do ano pela mão da Luzeiro.
A Luzeiro, representante no nosso país de marcas como a Aprilia, Moto Guzzi, Royal
Enfield e Ural, entre outras, passa a deter a importação exclusiva para Portugal das duas
marcas de motos do Grupo Polaris – a Victory, lançada em 1998 pelo gigante norte-americano,
e a renascida Indian, uma das marcas mais emblemáticas da história do
motociclismo. Fundada em 1901, a Indian abriu falência em 1953, seguindo-se meio
século conturbado até ser adquirida pela Polaris em 2011, o que lhe deu finalmente a
estrutura o poder financeiro para o regresso à ribalta. Os contactos com a Luzeiro
iniciaram-se há um ano, num projeto que integra desde o início a Victory. Aliás, foi a bem
sucedida década e meia de experiência com a Victory que permitiu à Polaris um
lançamento da Indian assente em bases técnicas sólidas - exemplo disso são os cinco
anos de garantia de fábrica oferecidos para as suas motos. O aumento das gamas será
gradual e sustentado, e a Victory poderá, inclusivamente, lançar-se na produção de
modelos mais abrangentes, enquanto a Indian se manterá numa linha mais clássica, sem,
no entanto, renegar os seus pergaminhos desportivos, como fica patente no bloco de
1200 cc e refrigeração líquida das novas Scout, que debita 100 cv.
Em Portugal, para além da loja na sua sede, em Massamá, que será inaugurada em
janeiro já com os modelos de 2015, a Luzeiro conta ter ainda mais um ou dois
concessionários em todo o país, com uma resposta muito eficaz em termos de peças e
motos a partir da plataforma logística sedeada na Bélgica.
Indian em Portugal
José Marques, responsável da
Luzeiro, está confiante no sucesso
desta aposta dupla em que a
empresa se lança agora
Victory - a marca de
motos lançada pelo
grupo Polaris também
chega a Portugal em
conjunto com a Indian
As Victory assumem uma postura mais
arrojada e moderna, e a sua gama pode vir
a expandir-se para outros segmentos mais
populares e acessíveis ao grande público
Fundada em 1901, a
histórica marca norte-
-americana está
finalmente de volta ao
trilho do sucesso
8. 8 12/2014
FIM: Ippolito
derrota Viegas
Vito Ippolito derrotou Jorge Viegas nas eleições
para a Federação Internacional de Motociclismo.
Após um período de campanha eleitoral, realizou-se em novembro a
eleição para a presidência da Federação Internacional de
Motociclismo, na Assembleia Geral da FIM, em Jerez de la Frontera.
Com o português Jorge Viegas a concorrer contra o atual presidente
Vito Ippolito, na contagem dos votos das 103 federações filiadas na
FIM, os resultados deram vitória a Ippolito, que foi reeleito com 62
votos a favor contra 41 votos de Jorge Viegas, mantendo por mais
quatro anos um cargo que é seu desde 2006. Estas eleições ficam, no
entanto, marcadas pelas alegações do jornal britânico Sunday Times,
de que houve “compra encapotada” de votos, envolvendo a federação
do Qatar. O jornal indica que Ippolito prometeu ao presidente da
federação qatari, Nasser Khalifa Al Attiyah, apoio em futuras eleições
para a FIM e lugar como vice-presidente caso fosse reeleito. Assim, Al
Attiyah convidou um conjunto de presidentes de federações para uma
estadia de luxo no Qatar, a pretexto da última ronda do Mundial
Superbike, com direito a presentes e tratamento VIP. Resta perceber se
as suspeitas conseguem ser provadas...
Redação
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Grupo editorial presente em 19 países, entre os quais 20 revistas de motos em 16 países.
Vito Ippolito vai
permanecer como
presidente da
FIM, após nova
reeleição
Jorge Viegas
acabou derrotado
nestas eleições
para a presidência
da FIM
9. My
Schuberth!
racing sport touring cruising
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WWW.GOLDENBAT. P T
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Ausgabe
18 / 2013
Ausgabe 6 / 2013
Ausgabe
6 / 2013
9 LITROS DE AR FRESCO
POR SEGUNDO
ANTENAS INTEGRADAS
PREPARADO PARA
O SRC-SYSTEMTM
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LEVE: APENAS 1570 g (tamanho M)
COMPACTO: 2 CALOTAS EXTREMAMENTE COMPACTAS
SILENCIOSO: APENAS 82 (DB(A)
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REGRESSO À AÇÃO
“DESAFIEI O DR. SÉRGIO CASTANHEIRA, Chefe de
Gabinete do Secretário de Estado do Desporto, a participar
na Baja Portalegre 500, para promover o motociclismo em
geral e a sua prática desportiva em particular. O repto foi
aceite com a condição de eu o acompanhar na aventura.
A ideia foi desde o início apoiada por todos na FMP: o Tó
Manel assumiu logo o cargo de “team manager”, o Armando,
o Zé Rita e a Susana trataram da logística, licenças, inscrições
e demais documentação, o Bernardo “Professor” Vilar tornou-se
nosso conselheiro desportivo, o Dani ocupou-se das
motos e equipamentos, que o Pedro e o Rodrigo também
logo disponibilizaram.
Em duas semanas apenas preparámos documentação, motos,
equipamentos, assistência e até realizámos um treino…
As duas motos – as
portuguesas AJP PR5
250 normalmente
utilizadas pela
Comissão de Enduro no
Campeonato Nacional
– foram “preparadas”
na própria AJP sob
a supervisão do seu
fundador António Pinto.
O treino foi realizado
sob a orientação do
Bernardo Vilar nas suas
instalações da Espírito
d’Aventura, no Pinhal
Novo.
Logo no paddock em Portalegre fomos recebidos como
verdadeiros pilotos, com assistência da J. Saraiva Racing (Zé
Carlos, Nuno e Daniela) e equipamentos Kenny cedidos pela
HPires (Nuno Caetano).
É difícil descrever o dia do prólogo, tem de ser “vivido”.
Sexta-feira 8h30m da manhã e já uma multidão de
espectadores aguardava os concorrentes. Ali iria permanecer
até ao final do dia, numa verdadeira festa do desporto
motorizado, incentivando e aplaudindo os pilotos de motos,
quads, UTV’s, buggys e automóveis.
No dia seguinte, uma etapa num percurso bem escolhido,
com diferentes tipos de piso e de dificuldades, zonas
espetáculo bem desenhadas, paisagens fantásticas, e
sempre com muito público a assistir.
Ambos concluímos a prova (categoria Promoção Baja), o que
no caso do Dr. Sérgio Castanheira foi um feito extraordinário, pois
nunca antes havia participado em qualquer corrida de motos.
No meu caso, que não competia há mais de quinze anos, apesar
de ter furado o pneu traseiro e de ter ficado sem travão da frente,
diverti-me imenso e pude constatar como piloto a realidade
desta mítica prova, uma vez mais bem organizada pela equipa
do ACP dirigida pelo Orlando Romana.
Obrigado a todos os que apoiaram e tornaram possível esta
ação de promoção do motociclismo.”
Após mais de quinze anos retirado das lides, o
Presidente da Federação de Motociclismo de
Portugal, Manuel Marinheiro, regressou à
competição com uma participação na Baja
Portalegre, e convidámo-lo a relatar a
experiência.
Manuel Marinheiro
10. 10 12/2014
NOVAS REGRAS VÃO SIMPLIFICAR
ALTERAÇÃO DE REGISTO DE PROPRIEDADE
O CONSELHO DE MINISTROS DO PAS-SADO
DIA 23 DE OUTUBRO DE 2014
aprovou a criação do procedimento es-pecial
para o registo de propriedade de
veículos adquiridos por contrato verbal
de compra e venda, visando simplificar a
regularização da propriedade.
De acordo com o comunicado divulgado pelo
Conselho de Ministros, este regime especial
permite que o registo seja requerido apenas
pelo vendedor, com base em documentos de-monstrativos
da transmissão, com notificação
à parte contrária a cargo do serviço de registo.
Torna-se assim possível efetuar e acelerar
o registo de propriedade de veículos a favor
do atual proprietário, sem prejuízo para a se-gurança
jurídica.
Atualmente, é ao novo proprietário de um
automóvel que cabe a tarefa de regularizar o
registo de propriedade no prazo de 60 dias a
contar da data da venda, junto dos serviços
ou conservatórias do registo automóvel. A
não regularização do registo implica a ma-nutenção
de responsabilidades para aquele
que se mantém como titular do registo de
propriedade, ou seja, o antigo dono.
A grande vantagem face ao regime atual é a
de conferir ao vendedor a possibilidade de re-gistar
a transmissão de propriedade do veículo
automóvel sem depender da intervenção do
comprador, isto é, o vendedor deixará de estar
na dependência da ação do comprador.
Podendo o vendedor, à luz deste novo pro-cedimento
especial, desde que junte prova
de que notificou o comprador para o efeito,
registar a transmissão da propriedade do veí-culo
e desonerar-se, a partir da data da refe-rida
transmissão, de qualquer responsabilida-de
legal ou obrigação fiscal relativa ao veículo
transmitido, nomeadamente, obrigação legal
de subscrever um seguro automóvel, reali-zação
da inspeção periódica obrigatória (no
caso dos automóveis), pagamento de porta-gens,
que pode dar origem a uma dívida e
posterior execução fiscal e pagamento de IUC
(imposto único de circulação).
Questão, aliás, muito polémica nos últimos
dois anos, dado que a Autoridade Tributária
tem nos últimos anos notificado milhares de
contribuintes para o pagamento de IUC’s de
veículos que em muitos dos casos já não lhes
pertencem, situação essa se deve em parte ao
regime registal atual (que implica a intervenção
e assinatura das duas partes no negócio) e que a
criação do procedimento especial para o registo
de propriedade de veículos adquirida por con-trato
verbal de compra e venda visa alterar.
Esta alteração legislativa carece ainda de pu-blicação
em Diário da República, a qual quan-do
ocorrer permitirá conhecer em detalhe, os
mecanismos e procedimentos inerentes às
novas regras do Registo Automóvel.
Na sequência da aprovação da criação do
procedimento especial para o registo de pro-priedade
de veículos adquiridos por contrato
verbal de compra e venda, o Governo en-globou
na sua proposta para Orçamento de
Estado (OE) para o ano de 2015 uma possível
medida para evitar que o vendedor, antigo
dono, tenha de pagar IUC, a proposta de al-teração
do Orçamento do Estado para 2015
apresentada pelo Governo prevê um prazo
de um ano para que este possa reclamar e,
assim, evitar o pagamento do IUC.
“A alteração da titularidade do direito de
propriedade efetuada ao abrigo do procedi-mento
especial para registo de propriedade
de veículos adquirida por contrato verbal de
compra e venda, releva para efeitos de IUC,
desde a data da transmissão, quando aque-le
pedido for apresentado pelo vendedor no
prazo de um ano após o decurso do prazo
para cumprimento do registo obrigatório”,
refere a proposta de alteração.
Ou seja, os partidos da maioria vêm, atra-vés
de uma adenda ao Código de IUC, dar
a possibilidade de o antigo proprietário de
um veículo denunciar a não transferência
da propriedade do automóvel por parte do
novo dono, uma vez verificada a necessida-de
do pagamento do IUC.
Todavia, como já supra referido, teremos que
aguardar pela publicação do diploma que vier
regulamentar esta matéria, e por outro lado,
será igualmente necessário aguardar pela vo-tação
e aprovação do OE para que toda a infor-mação
sobre este assunto seja disponibilizada.
Pedro Homem Duque
Advogado Consultório Jurídico
Enviem as vossas questões legais relacionadas com o motociclismo para a nossa secção de Consultório Jurídico, através do endereço de e-mail motociclismo@motorpress.pt
A F.M.P. anunciou, em comunicado, a aprovação em Conselho de
Ministros de um decreto-lei que estabelece o regime jurídico da
aprovação, atribuição de matrícula, alteração de características e
inspeção de veículos participantes em competições desportivas, para
efeitos de circulação na via pública. Segundo a FMP, atualmente,
“o Código da Estrada só admite a circulação destes veículos desde que
matriculados e dispondo dos sistemas, componentes ou acessórios
aprovados. No entanto, ao serem objeto de alterações para
participarem em competições desportivas, muitos dos referidos
veículos deixam de estar conformes com a regulamentação existente
e, consequentemente, deixam de poder ser matriculáveis”. Mediante
o preenchimento de vários parâmetros, como emissão de matrícula
especial pela FMP, veículos de competição podem circular na via
pública 48 horas antes e depois de uma prova organizada sob égide da
respetiva federação. Mais informações visite www.fmotoportugal.pt .
Circulação de veículos de competição
11. A Nova CB500X vem agora equipada de série com acessórios que são essenciais para aproveitar ao máximo o seu espírito de aventura. Aproveite já esta oferta no seu concessionário Honda. Carta de condução A2 | Potência máxima: 48 cv/8.500 rpm | Consumo de combustível: 3,7l/100 km | PVPR: 6.199€ Preço inclui oferta de acessórios em campanha, ISV e IVA à taxa em vigor. Não inclui despesas de documentação, preparação e eco-valor dos pneus no valor de 350€. Preço não inclui despesas de transporte para os Arquipélagos da Madeira e dos Açores. OFERTAVIDRO TOURINGOFERTAKIT FARÓISDE NEVOEIROC/BARRAS SUPORTECB500XOFERTAS ASSIMSÃO MUITO À FRENTEwww.facebook.com/ HondaPortugalMotos
12. 12 12/2014
Para dar cor ao seu stand no Salão de Milão -
EICMA, a Polini criou uma versão especial de uma
Vespa 50S. Denominada de “Vespa Polini Oro”,
esta scooter reluzente é feita através da
combinação de 500 folhas de ouro de 23
quilates! E não é só por fora que a Vespa Oro
brilha, pois lá dentro grita um motor com kit
Polini de 130 cc, sendo que o escape é o
desenvolvido pela Polini para a Vespa Primavera
125 e o carburador é um Polini CP de 24 mm. A
intervenção nesta Vespa incidiu ainda na
cambota, embraiagem, admissão, relações de
caixa e ignição. Uma bomba a dois tempos!
Foram finalmente reveladas as primeiras
informações sobre a 37ª edição do Dakar, a
sétima em território sul-americano. Desta
feita o Dakar regressa ao formato “loop”,
com partida a 4 de janeiro e final a 17 em
Buenos Aires, Argentina, passando pela
Bolívia e Chile, obrigando pilotos e equipas
a percorrer mais de 9.000 km, sendo 4.800
contra o relógio, e muitos acima dos 3.600
metros de altitude! Nesta edição estarão à
partida vários pilotos portugueses: Paulo
Gonçalves e Hélder Rodrigues
(Honda Team HRC), Ruben Faria
(Red Bull KTM) e Mário Patrão
(Suzuki). Quanto a outros pilotos em
destaque, de referir Marc Coma (KTM), Joan
Barreda (Team HRC) e ainda Olivier Pain e
Juan Pedrero na equipa Yamaha, sendo
que este ano não teremos Cyril Després,
que trocou as motos pelos automóveis.
Fique atento a www.motociclismo.pt para
saber tudo sobre o Dakar 2015.
37º Dakar vai percorrer mais de 9.000 km na
Argentina, Bolívia e Chile
Nos números
acumulados do mês de
outubro, nada de novo a
assinalar relativamente
ao mercado das duas
rodas em Portugal, a não
ser que se vai verificando,
cada vez mais, que o
mercado apenas
apresenta números
positivos no segmento
acima dos 125 cc. Aliás,
este segmento apresenta
mesmo números
bastante interessantes de
quase 18% de
crescimento ao longo
deste ano. Nos restantes
segmentos a situação
negativa é quase total,
exceto nas vendas de 50
a 125 cc que estão
praticamente com
crescimento zero.
Só escapam as
mais de 125 cc
Dados:
ACAP
Sport
News
Portugueses sem sorte
no GP de Macau
Realizou-se em novembro mais uma edição do
mítico Grande Prémio de Macau em motos. As
cores lusas contavam com André Pires e Nuno
Caetano à partida, mas Pires, logo nos treinos de
qualificação, ficou fora de ação devido a queda
e falhou mesmo a corrida. Já Nuno Caetano foi
melhorando o seu tempo ao longo dos treinos
até à corrida, mas um mau arranque deixou-o
sem grandes hipóteses de lutar por melhor
resultado do que o 19º lugar final. Quanto à
vitória, essa ficou nas mãos de Suart Easton, que
assim venceu este GP pela quarta vez na carreira.
Enduro em força na Lousã
Em dezembro a Lousã vai receber o Classic
Enduro e a estreia do “Enduroc” em Portugal. O
Montanha Clube, da Lousã, volta a estar bem
ativo na região que ganhou o título de “reserva
nacional de Enduro”. Assim, e já no primeiro fim
de semana de dezembro, nos dias 6 e 7, o clube
da Lousã vai organizar duas provas: o Louzan
Classic Enduro no dia 6 de dezembro, e, no
dia seguinte, a primeira prova portuguesa do
Enduroc, competição com enorme popularidade
em Espanha e que chega agora a paragens
lusas. Para mais informações visite
www.enduroc-portugal.com .
Variação % Unidades Unidades
M otociclos +125 cc 2014 2013
Outubro 30,7% 473 362
Acumulado de 2014 17,9% 4325 3668
Motociclos +50 a 125 cc
Outubro -11,9% 699 793
Acumulado de 2014 0,1% 9415 9406
Ciclomotores 50 cc
Outubro -6,5% 187 200
Acumulado de 2014 -4,7% 2073 2176
Moto4 / ATV +50 cc
Outubro -39,6% 32 53
Acumulado de 2014 -20,6% 423 533
Dados de outubro 2014
Motociclos
+ 125 cc
Honda 1209
Yamaha 791
BMW 724
Kawasaki 244
Suzuki 197
KTM 196
SYM 141
Ducati 135
Piaggio 134
H.-Davidson 129
Motociclos 50+125cc
Honda 2794
Keeway 2323
SYM 1695
Yamaha 1125
Kymco 789
Top Marcas – Acumulado
Moto 4/ATV
Yamaha 82
Suzuki 56
Kawasaki 50
SYM 36
Kymco 26
Top Modelos
1º Honda PCX125 1942
2º Keeway Superlight 125 823
3º SYM GTS 125 510
4º Honda NC750X 420
5º Keeway RKV 125 326
6º BMW R1200GS 323
7º SYM Wolf 125 288
8º Yamaha MT-07 282
9º Honda CBF125 249
10º Honda Vision 110 247
Polini revelou uma Vespa feita em... ouro!
Vespa Polini Oro:
uma 50S muito especial!
14. Miguel
Oliveira
crónica
O lá a todos! Após um sólido 7o lugar no GP da Austrália,
em Phillip Island, fiquei bastante motivado para a corrida
de Sepang, a última de uma ronda de três corridas
consecutivas fora da Europa. Sepang é um circuito onde as condições
de aderência não são as melhores, com grandes retas, onde uma boa
aspiração é necessária para se fazer um bom tempo.
Todo o fim de semana correu bastante bem, senti-me muito bem,
sobretudo no domingo no warm-up, em que tinha o melhor ritmo para
a corrida com pneus usados, o que me deixou motivado e tranquilo.
Infelizmente, um toque na primeira volta, na entrada da curva da contra
reta, deitou tudo por terra. Era altura de começar a pensar na última
corrida do campeonato e garantir, pelo menos, o Top 10 no ranking final.
Valência é um circuito um pouco particular, pois tem um
sentido contrário aos ponteiros do relógio e onde se curva
desproporcionalmente mais para a esquerda do que para a direita.
Foi todo um Grande Prémio de despedida da minha parceria com a
Mahindra e, por isso, foi especial. Comecei a corrida um pouco atrás na
grelha, mas consegui rodar num ritmo muito bom e o grupo da frente
não se distanciou muito, o que facilitou a minha recuperação.
Na última volta tinha o Brad Binder à minha frente, piloto com
o qual estava empatado em pontos no campeonato. Sabia que,
se queria um Top 10 no campeonato tinha de ficar à sua frente na
corrida, algo que apenas consegui numa ultrapassagem nos limites,
na última curva da última volta! Graças a algo que nem sei bem como
explicar-vos, não caí e consegui terminar no 8º lugar, garantindo
assim a 10ª posição final no campeonato, um pouco aquém dos
objetivos por mim delineados para esta temporada…
Assim se fechou mais um capítulo da minha carreira que, em dois
anos de trabalho e alguns dissabores, significaram o acreditar num
projeto que ainda era apenas uma folha de papel, e em que contribuí
para que pudesse lutar taco a taco com marcas com tanta história no
motociclismo de Velocidade como a KTM e a Honda. Uma grande
conquista e um grande motivo de orgulho profissional.
Era, então, altura de pensar mais a sério na minha mudança
para KTM. Logo em seguida ao G.P. de Valência fomos até ao
circuito de Jerez de la Frontera, onde pude pela primeira vez
montar-me na nova moto. Foi algo especial, pois quando cheguei à
box lá estavam os meus novos técnicos, o Aki Ajo e os responsáveis
pelo desenvolvimento da KTM, iniciando assim um novo capitulo,
na tão esperada por todos KTM.
Montei-me na moto e fiz os primeiros ajustes, avanços, pedais,
manetes, tudo aquilo que me faria sentir confortável para poder
começar a pilotá-la. No dia seguinte, a manhã estava chuvosa, mas
a previsão indicava melhorias para a tarde, altura em que tive o
primeiro contacto com a moto em pista.
Saí para a pista e, quando regressei, abri a viseira com um sorriso de
orelha a orelha dentro do capacete. Eles olharam para mim de uma forma
um pouco estranha... O meu técnico pergunta: “...a moto, que tal?” Eu tirei
o capacete e disse que era boa, mas com um sorriso que se me escapava
de vez em quando. “Claro que é fantástica”, pensei eu para mim!
Não foi um teste muito claro porque estava a chover, mas
ainda assim, com a pista um pouco molhada, fui capaz de rodar em
tempos muito próximos do recorde do circuito.
Fomos então até Valência para três intensivos dias de testes,
onde pude habituar-me mais à moto e conhecer melhor a forma de
trabalhar de todos.
Para além de experimentar muitas coisas, tive a oportunidade
de rodar com o protótipo de 2015 e, embora tenha menos
aceleração, fui capaz de rodar tão rápido como com a moto de 2014.
Ainda é um protótipo e em muito se vai melhorar, o que me deixa
antever boas perspetivas para 2015.
Agora é altura da pausa de inverno, para onde vou com a
sensação de que estou a trabalhar com pessoas extremamente
apaixonadas por este desporto, pela competição e que, sobretudo,
estão muito motivadas por trabalhar comigo! Este inverno vou
dedicar-me à minha preparação para a próxima época.
Não quero deixar de agradecer a vocês e aos meus
patrocinadores, todo o apoio que me dão, assim como desejar-vos
um Feliz Natal e Próspero Ano de 2015!
Um abraço!
Com o término da ligação de dois anos à Mahindra
e o arranque dos primeiros testes com a KTM, Miguel
Oliveira vive o início de um novo capítulo na sua
carreira, que nos conta na primeira pessoa
UM NOVO CAPÍTULO
14 12/2014
15. De Taiwan chegam às nossas estradas em 2015 algumas
novidades interessantes com assinatura da SYM. Entre elas
destacamos a “bestseller” GTS125i / 300i, que agora estará
disponível na versão Sport. A GTS Sport conta com detalhes a
vermelho como logótipo bordado no assento, ecrã mais
pequeno e a potência do motor aumenta para os 14,75 cv. A
Maxsym 600i passa a estar disponível com ABS, punhos
aquecidos e espelhos retráteis. Outras novidades SYM
incluem uma totalmente nova Citycom 300i CBS, que usa o
novo motor monocilíndrico de 278 cc, travagem combinada
e luzes em LED para um “look” fora do comum, enquanto as
Wolf 300 Classic e Cafe Racer são uma forma da marca
celebrar o seu 60º aniversário. Estas motos de aspeto mais
clássico ou mais desportivo, contam com motor refrigerado
por líquido equipado com veio de equilíbrio para conter as
vibrações. Mais novidades em www.sym.pt .
Honda apresenta utilitária CB125F
Gigante japonês Honda apresentou, na “ressaca” do Salão
de Milão, uma última novidade para 2015: a CB125F. Esta é a
nova utilitária que vem substituir a CBF125, agora com uma
semelhança a modelos mais potentes como a CB500F ou a
CB650F, e repleta de pormenores que a tornam mais
agradável esteticamente. Mas o “remake” não fica por aí! O
motor tem novo desenho da cabeça para melhorar a
resposta a baixos e médios regimes, o PGM-Fi foi atualizado,
resultando num aprimorar da entrega de potência, numa
mais eficaz resposta ao acelerador e redução do consumo. A
ciclística recebe um novo quadro que proporciona uma nova
geometria, e as jantes crescem das atuais 17 para 18
polegadas. Mais informações em www.honda.pt .
Faça-se á estrada com os seus amigos e usufrua da melhor experiência
social de condução que alguma vez imaginou! A intercomunicação
alternada “1+8” permite-lhe contactar por comandos de voz com 8
motociclistas num raio de 1,6 km. O G9x proporciona-lhe também
ligações a 4 motociclistas em modo de conferência. Ligue dois
telemóveis em simultâneo e faça e receba chamadas totalmente mãos-livres.
A incorporação de tecnologia inteligente de Reconhecimento
de Voz, traduz-se na liberdade e comodidade de poder controlar o
equipamento por voz, sem ter de tirar as mãos do guiador da sua moto.
Se procura diversão, poderá ouvir as suas músicas favoritas através do
seu smartphone ou de um leitor de MP3 com A2DP e partilhá-las com o
seu passageiro através da tecnologia “Music Sharing”. Com o G9x, pode
ainda ouvir as suas estações preferidas através do rádio FM integrado.
Agora, também é possível configurar o seu G9x utilizando a aplicação
SmartSet Android da Cardo (disponível gratuitamente via Google Play)
ou ligando-se à plataforma Cardo Community® através da internet para
uma experiência social mais ampla.
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Novidades SYM para 2015!
16. 16 12/2014
NESTA SEQUELA do original Saboteur de 1985
assumimos o papel de Nina, a irmã do falecido herói
do primeiro jogo. Sim, é importante saber todos os
pormenores e dramas familiares dos personagens
antes de nos metermos em qualquer aventura
virtual. Curioso que, muito antes da Lara Croft ter
nascido, já existiam heroínas a dar o corpo ao
manifesto e a salvar o mundo de todos os males e
desgraças, em vez de se limitarem a esperar que
sejam salvas quais princesas ou donzelas em apuros.
Ao longo dos anos tive a oportunidade de
experimentar as duas versões em alturas
diferentes, Spectrum e C64, mas agora, ao
compará-las lado a lado, posso dizer que as
diferenças são de pormenor. Ambas são muito
bem conseguidas, embora seja a versão
Commodore a minha favorita, por ter a ação mais
rápida e os movimentos mais fluidos e intuitivos.
Não é comum encontrar jogos igualmente bons
nestas duas plataformas.
A nossa entrada no jogo é original, numa asa-delta,
e depois de aterrarmos dá-se início a uma cruzada
por um enorme complexo labiríntico de túneis,
salas e divisões onde a ajuda de um bom mapa é
fundamental. No meu caso, sempre procurei
encontrar nos mais de 700 (!!) ecrãs a bendita moto,
esse era o meu verdadeiro objetivo. Para nos
dificultar a tarefa não podiam faltar guardas, uns
pouco simpáticos pumas e até morcegos.
A imensidão da área de jogo e a variedade de
missões prometem muitas horas de
entretenimento e uma verdadeira imersão na pele
de “saboteur”. Era uma enorme festa quando
conseguia finalmente encontrar a moto e fugir
disparado pelo túneis em direção à liberdade. É
certo que nunca terminava as missões, como, por
exemplo, encontrar as 14 “punched tape” (alguém
ainda se lembra disso?) e introduzi-las no terminal a
fim de impedir o lançamento do míssil nuclear.
Pormenores... O que interessa é fugir de moto!
Excelentes fontes de informação;
www.lemon64.com
www.planetemu.net
Participe! Comente e partilhe ideias, sugira jogos
para análise, responda aos desafios.
POR: PAULO TOMÁS
Saboteur II – Avenging Angel 1987
Considerar o Saboteur 2 como um autêntico jogo de motos poderá não ser óbvio, mas quando penso neste jogo a imagem
que me assalta é a de uma miúda ninja, com roupas apertadas, em cima de uma - não menos interessante - moto preta.
Para um homem de gostos simples são motivos suficientes para explorar este clássico do Spectrum e Commodore 64.
Reparem no gesto técnico perfeito
Sai da frente, bichaninho!!
Isto mais parece o Ikea…
Um final digno de um filme
18. 18 10/2014
A temporada 2015 do Mundial de Velocidade
tem muitas novidades de pilotos que trocam
de equipa! Fique a conhecer quem vai para onde.
2015 começa a parecer-se com o que será a melhor temporada da era moderna do
Mundial de Velocidade, não só porque as regras técnicas parecem trazer de volta o
espetáculo para as pistas, como ao nível dos pilotos vamos ter várias novidades em todas
as categorias. E começamos pela mais importante de todas para as cores lusas: Miguel
Oliveira estará aos comandos de uma KTM da equipa Red Bull Ajo em Moto3, e as
primeiras impressões, após testes realizados em novembro em Jerez e Valência, deixam
antever uma temporada memorável para o nosso “MIG44”, onde o título de Moto3 está,
verdadeiramente, ao seu alcance! Quanto à categoria principal, MotoGP, destaque aos
regressos de Marco Melandri e Alex de Angelis, o primeiro para a Gresini Aprilia e o
segundo para a Ioda Racing, a chegada de Loris Baz para a NGM Forward Yamaha - que
também conta com Stefan Bradl, e, ainda no campo dos mais “velhos”, a entrada de
Eugene Laverty para a equipa Drive M7 Aspar Honda. Quanto aos mais novos, Jack Miller
(CWM LCR Honda) é um dos pilotos a ter em conta pois deu o salto direto das Moto3
para as MotoGP. Outro “rookie” a ter em atenção, é o espanhol Maverick Viñales, que foi
escolhido pela Suzuki para fazer equipa com Aleix Espargaró (que saiu da NGM Forward
Yamaha). Quanto às principais equipas, a única que conta com novo piloto é a Ducati,
pois Andrea Iannone estará ao lado de Andrea Dovizioso, com Cal Crutchlow a sair para a
CWM LCR Honda. Nas Moto2 teremos ainda mais equilíbrio, pois Esteve Rabat (campeão)
mantém-se e passa a ter como companheiro o atual campeão de Moto3, Alex Márquez,
nas Marc VDS, além de vermos a chegada de Alex Rins para a Paginas Amarillas HP40.
Moto GP:
as novidades!
LISTA DE INSCRITOS
Nº Piloto Equipa/Moto
4 – Andrea Dovizioso Ducati Team – Ducati
6 – Stefan Bradl NGM Forward – Forward Yamaha
8 – Hector Barberá Avintia Racing – Ducati
9 – Danilo Petruci Pramac Racing – Ducati
15 – Alex de Angelis Octo Ioda Racing – n.d.
17 – Karel Abraham Cardion AB – Honda
19 – Alvaro Bautista Factory Aprilia Gresini – Aprilia
25 – Maverick Viñales Suzuki – Suzuki
26 – Dani Pedrosa Repsol Honda – Honda
29 – Andrea Iannone Ducati Team – Ducati
33 – Marco Melandri Factory Aprilia Gresini - Aprilia
35 – Cal Crutchlow CWM LCR – Honda
38 – Bradley Smith Monster Yamaha Tech3 – Yamaha
41 – Aleix Espargaró Suzuki – Suzuki
43 – Jack Miller CWM LCR – Honda
44 – Pol Espargaró Monster Yamaha Tech3 – Yamaha
45 – Scott Redding Marc VDS Racing – Honda
46 – Valentino Rossi Movistar Yamaha – Yamaha
50 – Eugene Laverty Drive M7 Aspar – Honda
63 – Mike di Meglio Avintia Racing – Ducati
68 - Yonny Hernandez Pramac Ducati – Ducati
69 – Nicky Hayden Drive M7 Aspar – Honda
76 – Loris Baz NGM Forward – Forward Yamaha
93 – Marc Marquez Repsol Honda – Honda
99 – Jorge Lorenzo Movistar Yamaha – Yamaha
MOTO GP
Nº Piloto Equipa/Moto
2 – Jesko Raffin SAG Team – Kalex
3 – Simone Corsi NGM Forward – Kalex
4 – Randy Krummenacher JiR Moto2 – n.d.
5 – Johan Zarco Ajo Motorsport – Kalex
8 – Gino Rea AGT Rea Racing – Kalex
10 – Thitipong Warokorn APH PTT Pizza SAG –Kalex
11 – Sandro Cortese Dynavolt Intact GP – Kalex
12 – Thomas Luthi Derendinger Racing Interwetten – Kalex
19 – Xavier Simeon Federal Oil Gresini – Kalex
21 – Franco Morbidelli Italtrans Racing – Kalex
22 – Sam Lowes Speed Up – Speed Up
23 – Marcel Schrotter Tech3 – Tech3
25 – Azlan Shan Idemitsu Honda – Kalex
30 – Takaaki Nakagami Idemitsu Honda – Kalex
36 – Mika Kallio Italtrans Racing – Kalex
39 – Luis Salom Paginas Amarillas HP40 – Kalex
40 – Alex Rins Paginas Amarillas HP40 – Kalex
49 – Axel Pons AGR – Kalex
53 – Tito Rabat Marc VDS Racing – Kalex
55 – Hafhiz Syahrin Petronas Raceline Malasia – Kalex
60 – Julian Simon QMMF Racing – Speed Up
66 – Florian Alt Octo IodaRacing – Suter
70 – Robin Mulhauser Technomag Racing Interwetten – Kalex
73 – Alex Marquez Marc VDS Racing – Kalex
77 – Dominique Aegerter Technomag Racing Interwetten – Kalex
88 – Ricky Cardus Tech3 – Tech3
94 – Jonas Folger AGR Team – Kalex
95 – Anthony West QMMF Racing – Speed Up
96 – Louis Rossi Tasca Racing Scuderia – Tech3
MOTO 2
Nº Piloto Equipa/Moto
5 – Romano Fenati SKY VR46 - KTM
9 – Scott Derue RW Racing GP - Honda
10 – Alexis Masbou Saxoprint RTG - Honda
11 – Matteo Ferrari San Carlo Italia - Mahindra
16 - Andrea Migno SKY VR46 - KTM
17 - John McPhee Saxoprint RTG - Honda
19 - Alessandro Tonucci Ambrogio Racing - Mahindra
20 – Fabio Quartaro Estrella Gallicia 0,0 - Honda
21 - Francesco Bagnaia Mapfre Aspar - Mahindra
22 – Ana Carrasco BOE41 RBA - KTM
23 - Niccolo Antonelli Ongetta Rivacold - Honda
24 - Tatsuki Suzuki CIP - Mahindra
29 – Stefano Manzi San Carlo Italia - Mahindra
31 – Niklas Ajo BOE41 RBA - KTM
32 – Isaac Vinales Calvo - Husqvarna
33 – Enea Bastianini Gresini Racing - Honda
40 – Daryn Binder Ambrogio Racing - MAHINDRA
41 – Brad Binder Red Bull Ajo - KTM
44 – Miguel Oliveira Red Bull Ajo - KTM
50 - Hiroki Ono Kiefer Racing - Honda
52 – Danny Kent Kiefer Racing - Honda
55 – Andrea Locatelli Gresini Racing - Honda
57 – Eric Granado Calvo - Husqvarna
58 - Juanfran Guevara Mapfre Aspar - Mahindra
63 - Zulfhami Khairuddin S.I.C. - KTM
65 - Philipp Oettl TT Motion Events - KTM
84 - Jakub Kornfeil CIP - Mahindra
88 – Jorge Martin Mapfre Aspar - Mahindra
91 – Gabriel Rodrigo BOE41 RBA - KTM
95 – Jules Danilo Ongetta-Rivacold - Honda
98 – Karel Hanika Red Bull Ajo - KTM
99 – Jorge Navarro Estrella Gallicia 0,0 - Honda
MOTO 3
Pilotos a ter em conta:
Miguel Oliveira
(em cima),
Jack Miller
(à direita) e
Maverick Viñales
(em baixo)
19. A caminho do fim...
P arece que foi ontem que
deixámos a Yamaha SR400,
futura CS_05 Zen, cheia de fita
cola e cartões, nas instalações
da Brandon Parts! E hoje olhamos para ela, e as
soldaduras ainda cruas e a chapa ainda nua, são a
prova inegável que tanto a It roCkS!bikes como o
mestre Jorge Brandão não têm estado parados.
O quadro já foi cortado, o cantilever está
pronto e testado, o amortecedor está no sítio
e a baquet já tem o aspeto que deveria ter e
já faz parte integrante do conjunto! A atenção
agora fica virada para o sistema de escape,
que por esta hora já deve
ir a caminho da oficina dos
Escapes Escorpião para um
“radical makeover”.
Claro que ainda estamos
longe do fim, mas a este ritmo…
Entretanto, numa realidade paralela, aqui
na redação continuamos a nossa missão de
conseguir equipamentos e acessórios de
grande qualidade para rechear este projeto.
Tarefa difícil, mas que se revela extrema-mente
gratificante quando grandes marcas
acedem a emprestar o seu prestígio a este
nosso desafio. Depois da Bridgestone, da MXT
e da Renthal, a Motogadget é a nova marca a
enfeitar o conjunto. E chega-nos pela mão da
351WORKS - Style & Garment, a loja “online”
que representa a marca em Portugal. Assim, o
Motoscope Mini que tinha sido
a primeira escolha para este
projeto, vai efetivamente ser o
painel de instrumentos da Zen!
No próximo mês há mais!
Como tinhamos prometido na passada edição, a Zen vai em bom ritmo
a caminho da sua nova imagem...
Texto: Rogério Carmo Fotos: It roCkS!bikes
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A metamorfose da nossa
Yamaha SR400 continua a
processar-se de forma eficaz
20. 20 12/2014
novidades 2015
Com uma imagem
desportiva e, de certa
forma, aventureira,
a nova XR não passa
despercebida
BMW S1000 XR
É apenas o quarto modelo
a utilizar o motor quatro
cilindros em linha mais atual
da BMW, mas nem por isso
a S1000XR merece menos destaque. Bem
pelo contrário! Esta XR é um contra-ataque
da BMW aos rivais da Ducati e à renovada
Multistrada 1200. Estamos, portanto, na
presença de uma moto que deverá ser uma
das mais procuradas nos concessionários da
BMW quando chegar em meados de 2015.
A começar pelo motor. O quatro em linha
descende da poderosa unidade criada para
abastecer de potência a desportiva S1000RR,
mas que, no entanto, sofreu uma dieta e perdeu
alguns cavalos. A S1000XR conta por isso com
160 cavalos de potência e um binário máximo
de 112 Nm, sendo que o binário aparece na sua
totalidade abaixo das 10.000 rpm.
A acompanhar as prestações do motor,
instalado como elemento de reforço num
quadro dupla trave em alumínio, o que
garante rigidez e manutenção de um peso
total de 228 kg (a cheio), encontramos uma
ciclística que complementa a dinâmica de
uma moto para qualquer campo de batalha
asfaltado. Comparando com a naked
S1000R, a XR ganha maior estabilidade fruto
do aumento para 1548 mm da distância
entre eixos, além da melhoria na tração
conferida pelo pneu traseiro na medida
190/55. Com um conjunto de suspensões
ajustáveis, destacamos o curso de 150 mm
da roda da frente, enquanto na traseira
o curso da roda é de 140 mm. Assim,
a BMW garante que a XR oferece uma
condução confortável, conforto esse que é
exponenciado pela posição de condução
característica deste tipo de motos, com o
condutor a segurar-se a um guiador largo e
elevado, o assento a ficar a 840 mm do solo
para permitir um maior controlo da moto
em andamento e excelente visão da estrada
à sua frente. Convém não esquecer que a
BMW instala de série, ABS, como auxiliar
dos potentes travões Brembo que mordem
discos frontais de 320 mm através de pinças
de quatro pistões.
E agora entramos na melhor
parte: eletrónica e design, além dos
respetivos opcionais. É um facto que esta
novidade “sport-adventure” pode, e deve
ser aproveitada quaisquer que sejam as
condições de condução. Para isso, a BMW
ajuda o condutor instalando de série o
controlo automático de estabilidade e dois
21. www.motociclismo. pt 21
SPORT
mapas de motor – Rain e Road. Mas se
quisermos elevar as prestações dinâmicas
da S1000XR a outro patamar, então
podemos adicionar os modos de condução
Pro, que desbloqueiam os mapas Dynamic
e Dynamic Pro, além de que a BMW instala
nesse “pack” eletrónico o controlo dinâmico
de tração e ainda o ABS Pro, que permite
ao condutor travar mesmo quando está
em inclinação, sem sofrer de bloqueio das
rodas devido à utilização de sensores de
inclinação. Convém também não esquecer
que a BMW oferece a possibilidade de
instalar suspensões com controlo eletrónico
Dynamic ESA.
Se tudo isto não for suficiente para
destacar a S1000XR da concorrência, então
a BMW deu uso a um dos seus argumentos
mais conhecidos: o design. Esta XR mistura
num único modelo elementos das motos
turísticas, “adventure” e desportivas da
BMW. As carenagens laterais assimétricas
são um elemento chave na construção desta
imagem dinâmica e fluída, tal como são
as óticas frontais que, à primeira vista até
parecem simétricas, mas que na realidade
mantêm a assimetria habitual cortesia de
máscaras de farol. Uma última nota para
o facto do ecrã frontal poder ser ajustado,
manualmente, em duas posições.
BMW Motorrad finalmente
responde à Ducati e lança a
“sport adventure” S1000XR.
Além disso, a marca de
Munique revelou na EICMA
a renovada naked F800R.
TRAIL
Motor
Tipo: 4T, tetracilíndrico em linha,
refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 999 cc
Diâmetro x curso: 80 x 49,7 mm
Potência declarada: 160 cv às 11.000 rpm
Binário declarado: 112 Nm às 9.250 rpm
Alimentação: injeção eletrónica BMS-X
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Transm. secundária: por corrente
Ciclística
Quadro: dupla trave em alumínio
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 46 mm,
com 150 mm de curso, ajustável
em compressão e extensão
Suspensão traseira: monoamortecedor, com 140 mm,
ajustável em extensão
Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm,
pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 265 mm, ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (T) / 190/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1548 mm
Altura do assento: 840 mm
Capacid. do depósito: 20 litros
Peso a cheio: 228 kg
Preço: por definir
Disponibilidade: junho de 2015
Ficha técnica
22. 22 12/2014
NOVIDADES 2015
BMW F800R / Novas Aprilia
Um modelo que foi remodelado
para 2015 é a naked de média cilindrada
F800R. Para atacar as estradas com maior
confiança e performances melhoradas, a
BMW retocou esta naked um pouco por
todo o lado. E começamos pelo motor. A
F800R continua a utilizar o motor bicilíndrico
paralelo que já conhecemos desde 2009.
Porém, a marca alemã conseguiu aumentar
a potência para os 90 cv, com o binário
a manter-se inalterado. Igualmente
interessante é o facto da BMW ter decidido
alterar algumas das características que
fazem parte da F800R desde início: as óticas
assimétricas foram substituídas por uma
ótica de maiores dimensões, a forquilha
telescópica é agora invertida com fixação
radial das pinças de travão, fornecidas pela
Brembo, e que incluem ABS de dois canais,
com o sistema frontal a contar com sensor de
pressão extra para melhor modular a pressão
do hidráulico. A transmissão da F800R foi
também modificada, sendo que a primeira e
segunda relação são mais curtas.
A posição de condução foi remodelada
através da utilização de um guiador
ligeiramente mais largo, enquanto que,
para maior conforto, a F800R conta com
poisa-pés mais baixos e fixos mais à frente e
um assento de 790 mm de altura. Olhando
para a aparência, a BMW também decidiu
refrescar a imagem da moto. As coberturas
do radiador, das entradas de ar laterais
e o guarda-lamas, além das novas jantes
foram todas modificadas. Opcionalmente
podemos instalar na nova F800R
suspensões eletrónicas ESA ou controlo
automático de estabilidade.
Motor
Tipo: 4T, bicilíndrico em linha,
refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 798 cc
Diâmetro x curso: 82 x 75,6 mm
Potência declarada: 90 cv às 8.000 rpm
Binário declarado: 86 Nm às 5.800 rpm
Alimentação: injeção eletrónica
Caixa: 6 velocidades
Transm. secundária: por corrente
Ciclística
Quadro: dupla trave em alumínio
Suspensão dianteira: forquilha invertida,
com 125 mm de curso
Suspensão traseira: monoamortecedor, ajustável
em pré-carga, extensão e comp.,
com 125 mm de curso
Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm,
pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 265 mm, ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 180/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1526 mm
Altura do assento: 790 mm
Capacid. do depósito: 15 litros
Peso a cheio: 202 kg
Preço: por definir
Disponibilidade: fevereiro de 2015
Ficha técnica
O condutor usufrui de
maior controlo sobre
a nova F800R, cortesia
de um guiador mais
largo
Da enorme lista de
acessórios, destacamos
a tampa do assento ou
as suspensões ESA
e controlo
de estabilidade
23. www.motociclismo. pt 23
201 cv italianos
A Aprilia apresentou-se em
Milão com uma, ou melhor,
duas boas surpresas no seu
“lineup”: a RSV4 RR/RF e a
nova Tuono V4 1100. Após ter reconquistado
os títulos do Mundial de Superbike, a marca
de Noale não fez por menos e renovou a
RSV4 para 2015. O motor V4 foi aprimorado
e anuncia nada menos do que 201 cavalos
de potência às 13.000 rpm. Foi possível
atingir este valor porque a Aprilia dotou-o
de novidades a vários níveis: reduziram as
fricções internas, otimizaram a combustão
e melhoraram a fluidez dos óleos no motor,
a caixa de ar foi redesenhada, os injetores
são totalmente novos e as trompetas de
admissão de comprimento variável podem
agora percorrer uma distância maior. Mas as
novidades não ficam por aqui! A Aprilia faz
questão de destacar que a nova RSV4RR é a
primeira moto de estrada a utilizar um par de
servomotores que controla, cada um, os corpos
de acelerador de cada bloco de cilindros. Assim
conseguem controlar, de forma independente,
as válvulas de admissão e respetiva quantidade
de combustível para cada bloco de cilindros.
Tudo isto incluído numa moto que perdeu
1,5 kg de peso, atingindo os 180 kg de peso a
seco. Claro que para manter os selvagens 201
cv sob controlo a marca italiana inclui nesta
moto a nova geração do aclamado “pack”
tecnológico APRC, que permite efetuar ajustes
ao sistema mesmo em andamento. Ao nível
da ciclística, e apesar do quadro em alumínio
permanecer relativamente intocado, a verdade
é que o braço oscilante cresce 14 mm em
comprimento, e o motor sai de fábrica fixo ao
quadro na sua posição mais baixa, para melhor
equilíbrio do conjunto.
Mas se a “normal” RR não é a RSV4 que
está à procura, então não há problema! A
Aprilia recorreu ao que de melhor o seu
departamento de competição oferece e criou
a versão RF, ainda mais exótica. Esta versão
limitada a apenas 400 unidades, apesar de
manter o motor e mesma base da RSV4 RR,
adiciona ao equipamento o pacote Aprilia
Race, que inclui suspensões topo de gama
Öhlins, jantes forjadas em alumínio e um
esquema de cores e gráficos especiais para
a RSV4RF. Uma última nota para o facto do
pacote Aprilia Race poder ser instalado na
versão RR, como opcional.
Já a supernaked Tuono V4 (em baixo)
aumenta de cilindrada para os 1100 cc.
Com isso a Tuono regista 175 cv. A Aprilia
melhorou a posição de condução e facilidade
de utilização, baixando o assento em 15 mm
e reduzindo a largura do guiador, além de
utilizar um “ecrã” mais alto. O braço oscilante
está 6 mm mais comprido. Tal como na RSV4,
a Tuono V4 também estará disponível em
duas versões, a RR, e a moto
mais colorida, a RR Factory,
com melhor
equipamento.
Aprilia tem “dois
amores”: RF À esquerda
ou RR à direita. Qual
delas a melhor...
24. 24 12/2014
Depois de brilhar no Salão
de Colónia com a nova
Scrambler, de estilo “retro”
e que foi recentemente
considerada a “mais bonita” do Salão de
Milão – EICMA, a Ducati, revelou aquela que
será uma das desportivas a ter em conta no
próximo ano: a Panigale. Alguns dos nossos
leitores podem pensar que esta moto que
aparece nestas páginas é a antiga 1199. Mas
o que, de facto, o caro leitor está a ver aqui,
é a nova Ducati 1299 Panigale, que chega
também na versão S, melhor equipada. A
primeira grande novidade é o “crescimento”
da Panigale: a desportiva italiana passa
a contar com um motor bicilíndrico
Superquadro com nada menos do que 1285
cc! O bicilíndrico recebe novos pistões com
116 mm de diâmetro, mantendo o curso nos
60,8 mm. O novo motor eleva ainda mais as
prestações, pois a partir de agora, e sob o
controlo do acelerador eletrónico, o condutor
tem 205 cv de potência às 10.500 rpm e um
binário que atinge os 144,6 Nm às 8.750 rpm!
A isto temos ainda de somar, ou melhor,
subtrair, o peso da Panigale que desceu para
os 166,5 kg a seco. Na ciclística destaca-se
a descida de 4 mm do pivot do monobraço
oscilante, o que melhora a geometria deste
elemento em relação ao pinhão de ataque.
Tal como anteriormente, também a nova
1299 Panigale oferece aos clientes Ducati a
possibilidade de elegerem a moto com um
de dois níveis de equipamento, o que afeta
a ciclística, nomeadamente as suspensões.
Enquanto a versão base da 1299 Panigale
tem forquilha Marzocchi com bainhas de
50 mm, a Panigale S eleva as prestações
através da inclusão de uma forquilha Öhlins
com bainhas de 43 mm, que contam com
função “semi-ativa” de controlo eletrónico
das afinações em ambos os eixos. Ao nível
dos travões, pinças Brembo M50 fazem “as
honras da casa”.
Ao nível da eletrónica teremos um dos
“packs” mais avançados do mundo, que foi
especificamente desenvolvido para controlar
a 1299: três mapas de motor diferentes,
medidor de inércia que possibilitou a
instalação de ABS com função “cornering” e
o “anti-wheelie”, além dos habituais controlo
de tração ou controlo do travão motor,
estes últimos também eles uma novidade,
pois incluem um sistema de calibração
automática de acordo com a dimensão do
pneu ou a relação final de transmissão.
De destacar ainda que a Ducati evoluiu
NOVIDADES 2015
Ducati 1299 Panigale
1300 cc
PARA A PANIGALE
A Panigale não
é só agressiva
na performance!
Os LED’s são imagem
deste modelo da Ducati
25. www.motociclismo. pt 25
o “quickshift”. Na 1299 este sistema
permite a passagem de caixa tanto a subir
de relações como ajuda nas reduções,
conseguindo assim, além de reduzir o
esforço do condutor, manter o conjunto
mais equilibrado nas travagens fortes, facto
especialmente notório numa utilização em
circuito. Para facilitar o ajuste da eletrónica
em movimento foram instalados, no punho
esquerdo, novos botões (na versão base
estão disponíveis como opcional) que
permitem afinar o controlo de tração, o
controlo do travão motor ou o “anti-wheelie”.
Talvez ofuscada pela revelação da
nova 1299 Panigale, a realidade é que
podemos, e devemos, prestar atenção
ao que a Ducati fez na profundamente
remodelada Multistrada 1200. A grande
novidade da nova geração da MTS1200 é o
seu motor Testastretta 11º que, a partir de
agora, inclui o sistema DVT – Desmodromic
Variable Timing, recentemente divulgado.
Este DVT é o primeiro sistema de controlo de
abertura variável das válvulas que aciona, de
forma independente, as válvulas de admissão
e de escape através do controlo das árvores
de cames. Não só permitiu o aumento da
potência da Multistrada para os 160 cv, como
ainda melhorou a entrega de binário ao
longo da gama de rotações e, apesar de tudo
isto, melhorou os consumos em 8%. Além de
outras modificações, a Multistrada destaca-se
pela inclusão na eletrónica do sistema de
controlo de inércia, que permite por sua vez
a utilização do ABS com função “cornering”
aumentando a segurança em condução,
permitindo travar sem medo, mesmo quando
Com a evolução do motor Superquadro, a Ducati eleva as
prestações da Panigale para um patamar de excelência,
acompanhando, claro, com imensa eletrónica instalada.
Enquanto as versões base e S têm motor
Superquadro a crescer de acordo com o
nome, a exótica Panigale R tem 1299 na
denominação mas o seu motor mantém-se
nos 1198 cc originais, pois esta é a moto
que a Ducati utiliza para homologação no
Mundial de Superbike. Recebe o mesmo
“pack” eletrónico da Panigale S, mas adi-ciona
o sistema de aquisição de dados com
GPS. Mais do que isso, a R ganha cambota
com equilíbrio por tungsténio e pistões
retirados da Superleggera. As suspensões
Öhlins são mecânicas, tem bateria especial
e o sistema de escape é “full” titânio.
Panigale R - 1299 só no nome
Visualmente pouco
mudou, mas
a verdade é que
estamos perante
uma Panigale
de outro nível!
Motor
Tipo: 4T, bicilíndrico em L,
refrigeração por líquido
Distribuição: desmodrómica, 4 vál. p/cilindro
Cilindrada: 1285 cc
Diâmetro x curso: 116 x 60,8 mm
Potência declarada: 205 cv às 10.500 rpm
Binário declarado: 144,6 Nm às 8.750 rpm
Alimentação: injeção eletrónica
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Ciclística
Quadro: monocoque em alumínio
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 50 mm,
totalmente ajustável
(na S bainhas de 43 mm,
afinação eletrónica)
Suspensão traseira: monoamortecedor totalmente
ajustável (na S monoamortecedor
com afinação eletrónica)
Travão dianteiro: 2 discos de 330 mm,
pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 245 mm, ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (f) / 200/55-17’’ (t)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1437 mm
Altura do assento: 830 mm
Capacid. do depósito: 17 litros
Peso a cheio: 190,5 kg
Preço: 21.399 € a 30.299 €
Disponibilidade: março de 2015
Ficha técnica
26. 26 12/2014
NOVIDADES 2015
Motor
Tipo: 4T, bicilíndrico em L,
refrigeração por líquido
Distribuição: desmodrómica, 2 vál. p/ cilindro
Cilindrada: 1198,4 cc
Diâmetro x curso: 106 x 67,9 mm
Potência declarada: 160 cv às 9.500 rpm
Binário declarado: 136 Nm às 7.500 rpm
Alimentação: injeção eletrónica
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Ciclística
Quadro: em aço tubular, tipo treliça
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 48 mm,
totalmente ajustável
(na S afinações são eletrónicas)
Suspensão traseira: monoamortecedor totalmente
ajustável (na S monoamortecedor
com afinação eletrónica)
Travão dianteiro: 2 discos de 330 mm
pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 265 mm, ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (f) / 190/55 -17’’ (t)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1529 mm
Altura do assento: 825 a 845 mm
Capacid. do depósito: 20 litros
Peso a cheio: 232 kg (na S: 235 kg)
Preço: 17.299 € a 18.849€
Disponibilidade: março de 2015
Ficha técnica
a moto está inclinada. Todas as Multistrada
passam a contar de série com controlo de
velocidade, enquanto a MTS1200 S e versão
D-Air, além das suspensões semi-ativas
Skyhook atualizadas, têm ainda um novo
sistema de iluminação totalmente em LED,
que inclui função “cornering” para iluminação
extra quando a moto inclina em curva.
Mas a Ducati renovou a Multistrada
noutro aspeto: a ciclística. O quadro tubular
tipo treliça é agora muito mais comprido,
e chega ao centro da moto, abraçando
por completo o motor. Com isso a Ducati
melhora a rigidez estrutural da MTS, e a
juntar a esta modificação do quadro, a marca
italiana adiciona ainda um sub-quadro
traseiro em alumínio, também ele totalmente
novo. Esteticamente falando, a nova
Multistrada 1200 continua a ser um caso de
“amor/ódio”. Há quem goste e há também
quem não goste, mas, para satisfazer os
seus críticos, a Ducati suavizou as formas do
bico frontal, que inclui novas entradas de
ar de maiores dimensões. Visualmente as
óticas foram também redesenhadas, sendo
agora de seis projetores LED, enquanto a
imagem da moto, fluída e aerodinâmica,
é exponenciada pela utilização de menos
parafusos. Os plásticos são encaixados uns
nos outros, em vez de serem aparafusados,
e também os cabos e tubos foram melhor
integrados na estrutura.
O painel da MTS é
totalmente digital e
uma maravilha
tecnológica,
rivalizando com as
óticas LED
Ducati MTS 1200 DVT
28. 28 12/2014
U m dos maiores focos de interesse no Salão de Milão foi o stand da Honda, mas, ao contrário do que esperava, as surpresas não foram modelos em versão final de produção, mas sim duas verdadeiras estrelas dadas a conhecer ainda sob a designação oficial de “protótipos” – uma autêntica MotoGP de estrada, a RC213V-S, e a True Adventure Prototype, que mais não é do que a versão quase final da tão esperada Africa Twin do século XXI.
Começando pela RC213V-S, fica desde já o aviso à navegação: quem pensava que esta V4 seria uma réplica de MotoGP para ser vendida a um preço elevadíssimo, digamos, ao nível dos cerca de 60 mil euros que eram pedidos pela Ducati Desmosedici RR, desengane-se… É que o preço não vai ser apenas “elevado”, vai ser astronómico, tornando a RC213V-S na moto de produção mais cara de sempre.
O valor não é oficial, e as diversas fontes apontam números algo divergentes, mas a garantia é que andará na casa dos 200 mil euros! Mais ainda, algumas fontes bem informadas deram a entender que o valor poderia ser mesmo de 213 mil euros, para uma edição muito limitada que seria de somente 213 unidades. A título de exemplo, refira-se que a Desmosedici RR teve uma edição de 1500 unidades devido à forte procura, pois a intenção inicial era de produzir apenas 500 unidades. Existe também quem indique um valor inferior, justificando que o preço referência seria, não em euros, mas sim 213 mil dólares, o que, neste caso, daria apenas uns módicos 170 mil euros…
Duas certezas são que a RC213V-S terá a
NOVIDADES 2015
Honda RC213V-SMEIASSURPRESAS
29. www.motociclismo. pt 29
A RC213V-S e a True Adventure Prototype
(a base da futura Africa Twin) foram
reveladas ainda como protótipos, mas ambas
muito perto das versões finais de produção.
Motor
1000 cc, quatro cilindros em V
Potência estimada
+ 200 cv
Quadro
dupla trave em alumínio
Disponível
2015, em edição limitada a 200 unidades
Preço (estimativa)
cerca de 200 mil euros
Marc Márquez entrou
em palco aos comandos
desta RC213V-S
VIDEO
CLIQUE AQUI
30. 30 12/2014
NOVIDADES 2015
Honda True Adventure Prototype
sua versão final de produção ainda em 2015 e que esta terá muito poucas diferenças face às unidades mostradas em Milão – uma versão estática decorada com a bandeira do Japão e uma segunda, com carenagens em carbono, que entrou em palco a funcionar conduzida pelo próprio Marc Márquez.
No que respeita a elementos de ordem técnica, mais uma vez a Honda não revelou qualquer dado, mas as informações que recolhemos apontam para que seja de facto uma réplica de estrada da RC213V de MotoGP, eventualmente aproximando-se mais da nova versão Open, a RC213V-RS. Sem recurso, é claro, a muitos elementos exclusivos das MotoGP “full factory”, como a caixa seamless. O motor será um V4 de 1000 cc com as mesmas medidas de diâmetro e curso das motos de Márquez & Cia (81 x 48.5 mm), mas com uma embraiagem multidisco em banho de óleo a substituir a embraiagem a seco da MotoGP. A potência será, seguramente, bem acima dos 200 cv, uma vez que superar a fasquia das duas centenas de cavalos já é comum para a mais recente geração de superdesportivas.
Na ciclística figuram equipamento da Brembo na travagem e Öhlins nas suspensões, as mesmas marcas que assinam aqueles elementos nas RC213V oficiais, mas as medidas dos pneus são mais conservadoras, pelo menos neste protótipo, sendo de 180/55-17’’ atrás (nem sequer um 190??) e 120/70-17’’ à frente.
Obviamente, com esta moto tão exclusiva, fica de parte a possibilidade, que chegou a colocar-se quando se falou de uma nova superdesportiva Honda V4, desta ser a substituta da Fireblade no Mundial de SBK. Resta-nos continuar a sonhar com uma V4 derivada do MotoGP... mas ao alcance das bolsas dos comuns mortais.
Mas, se a RC213V-S despertou um interesse fora do comum um pouco por toda a parte, pois não é todos os dias que se anuncia a moto de produção (ainda que limitada) mais cara de sempre, a verdade é que o outro protótipo revelado em Milão pela Honda, a True Adventure Prototype, não lhe terá ficado atrás. Até com uma vantagem: com esta, os nossos sonhos, não estando limitados por orçamentos milionários, podem muito mais facilmente tornar-se realidade.
É que este protótipo não é, afinal, mais do que a versão muito próxima do modelo final de produção que será lançado já no verão de 2015, e que terá a responsabilidade de trazer de volta ao universo do motociclismo a mítica
Em lugar do V-twin da
anterior, a Africa Twin
do séc. XXI terá um
bicilíndrico paralelo
com cerca de 1000 cc
31. www.motociclismo. pt 31
designação “Africa Twin”. Uma nova Africa Twin
será, muito provavelmente, a moto pela qual os
fãs da Honda mais ansiaram, o regresso à gama
da marca de uma trail de aventura “a sério”, sem
medo de maus caminhos, um modelo que lhes
tem vindo consecutivamente a ser negado
na última década, através do lançamento de
motos cujas capacidades eram eminentemente
estradistas. Mas, finalmente, essa espera
chegou ao fim.
A True Adventure Prototype vai dar origem
à Africa Twin do século XXI, sucedendo aos
modelos que criaram uma legião de admira-dores
ao longo dos anos em que estiveram em
produção, desde 1988 a 2003, a XRV 650 (1988
e 1989) e a XRV750.
Ao contrário das suas antecessoras, esta
nova “twin” não terá um motor bicilíndrico com
configuração em V, mas sim um bicilíndrico
paralelo, com a cilindrada a subir para os 1000
cc, ou muito perto disso. Os rumores mais
insistentes apontam para que a designação
final do modelo seja de CRF1000 Africa Twin,
fazendo a ponte com a imagem das CRF Rally
da marca, que alinham no Dakar e no Mundial
de Ralis TT, embora, como é óbvio, neste caso
se tratem de monoclíndricas, como todas as
motos da gama CRF.
Em todo o caso, a garantia é de que não
teremos de esperar até ao final de 2015, no
próximo salão de Milão, para conhecer a versão
final de produção, pois a nova Africa Twin
deverá ser revelada ao público já no próximo
verão e a sua imagem final será quase idêntica
à do protótipo com “decoração enlameada” que
conhecemos na EICMA, à exceção de alguns
pormenores estéticos e de elementos como o
escape, que será diferente no modelo de série.
Para além dos dois protótipos, o stand
da Honda em Milão acabou por não exibir
mais nenhuma novidade absoluta. Foram
mostradas as Crossrunner e Forza 125, que
haviam sido apresentadas um mês antes, e as
Gold Wing em edição do 40º aniversário do mo-delo,
com a Gold Wing, bem como a F6B e F6C
a exibirem novas decorações comemorativas e
um emblema alusivo a esta efeméride.
No que respeita a novas decorações para
2015, a Honda celebrou mais um título mundial
de MotoGP com novas versões “Repsol” da
CBR1000RR Fireblade e Fireblade SP, CBR125R e
da scooter NSC50R.
Novas cores foram também mostradas
para refrescar a imagem de alguns modelos
já conhecidos da gama, nomeadamente a
VFR1200F, a VFR1200X Crosstourer, a CB1000R,
a CB500F e CB500X.
Durante a apresentação Honda no Salão de
Milão estiveram presentes os membros da
formação da marca para 2015 nos rallye-
-raids, equipa que estará presente já no
próximo Dakar.
Entre eles continuam a figurar os dois
portugueses Hélder Rodrigues e Paulo
Gonçalves, permanecendo na equipa tam-bém
o espanhol Joan “Bang Bang” Barreda.
A equipa fica completa com os mais recen-tes
recrutas da formação oficial HRC, que já
correram em outubro no Rali de Marrocos,
a espanhola Laia Sanz e o chileno Jeremías
Israel Esquerre. Os cinco pilotos apadrinha-ram
a apresentação da True Adventure
Prototype, que teve o “input” destes du-rante
o processo de desenvolvimento.
Team HRC presente
A True Adventure
Prototype é uma
versão muito próxima
do modelo final de
produção em série
32. XXXII 12/2014
NOVIDADES 2015
P U B L I R E P O R T A G E M
D a trail viajante Crosstourer
- e da VFR1200, que com
ela partilha o motor V4 -,
às mais pequenas CB500F
e CB500X, passando pela streetfighter
CB1000R e pelas versões “Repsol” das
desportivas da gama, a Honda apresenta
para 2015 várias novas propostas de
decoração, que podem ver nestas páginas.
QUE CÔR?
CB
500X
VFR
1200F
VFR
1200X Crosstourer
...E QUER EM
Novas propostas de cores
para diversos modelos já
conhecidos foram
apresentadas ao público
em Milão.
Honda
34. 32 12/2014
A Kawasaki, depois de ter brilhado no Salão de Colónia com a deslumbrante e poderosa Ninja H2R, chegou ao Salão de Milão - EICMA - com alguns “trunfos” na manga!
O grande destaque foi a apresentação da muito esperada versão estradista da Ninja H2, mas a Kawasaki mostrou ainda uma renovada GTR1400 e duas 250 SL - em formato Ninja e Z -, enquanto a última grande novidade é a Z300.
Quanto à estrela principal, a nova Ninja H2, esta “besta” de potência e tecnologia, além do motor de quatro cilindros em linha de 998 cc, equipado com compressor, vem equipada também com luzes, espelhos e suporte de matrícula.
A atenção vai necessariamente para potência que nasce no interior deste motor único, cuja potência atinge os 200 cv, e sobe para os 210 cv assim que o “ram-air” entra em ação (a saber ligeiramente a pouco quando temos em conta que a versão de uso exclusivo em pista, a H2R, atinge os estratosféricos 310 cv!). O compressor volumétrico responsável por estes valores de referência foi desenvolvido totalmente e em exclusivo com os próprios recursos da Kawasaki Heavy Industries, e permite, além da impressionante cavalagem, oferecer à Ninja H2 uma enorme dose de binário extra em toda a gama de rotações.
Além do mais, cada motor sobrealimentado da Ninja H2 é montado por um único especialista, um mestre artesão, para que quando a moto estiver a ser “abusada” pelo seu proprietário, estejam garantidos os maiores níveis de fiabilidade e um elevadíssimo controlo de qualidade.
Mas claro que este elevado nível de potência apenas pode ser utilizado em estrada, por um comum mortal, se tiver um excelente pacote de eletrónica para o controlar… e por isso é que a Ninja H2 também oferece controlo de tração, controlo de arranque, “quickshift” eletrónico, sistema de ABS na travagem e ainda funções diversas que permitem regular, por exemplo, o nível de intervenção do travão motor.
Tudo na Ninja H2 é feito sem olhar a qualquer limite, desde o quadro treliça, passando pela nova forquilha de 43 mm Kayaba AOS-II a óleo e ar, até à transmissão especial, que, tal como a forquilha, faz a sua estreia numa moto de produção em série,
NOVIDADES 2015
Kawasaki Ninja H2POTÊNCIAFASCINANTEConstruída para seduzir os corações mais incrédulos, a nova H2 é mais do que uma moto, é uma afirmação de poder por parte da casa de Akashi.
35. www.motociclismo. pt 33
sendo até agora de uso exclusivo nas motos
de competição.
A produção das Ninja H2 e H2R será
bastante reduzida, e as encomendas já
começam a chegar aos importadores.
Quem também decidiu aparecer
completamente renovada, nesta festa
que é a EICMA, foi a GTR1400. Para o novo
ano, a Grande Turismo da Kawasaki recebe
pequenas mas importantes alterações,
que visam sobretudo aumentar o conforto
de uma moto que sempre mostrou
performances elevadas. Os destaques nesta
renovação são a utilização de um novo
ecrã, maior, que continua a ser regulado
eletricamente, um novo assento de
condutor que facilita o acesso ao solo e um
assento de passageiro mais largo e plano.
210 CV DE POTÊNCIA (com o efeito Ram-air)
acompanhados de 140,4 Nm de binário, só são
possíveis com a ajuda de um compressor volu-métrico.
A unidade instalada na H2 (e na sua
irmã gémea H2R) foi completamente desen-volvida
pela própria Kawasaki, que conjugou
esforços entre os seus departamentos de tur-binas
de gás, aeroespacial e desenvolvimento
tecnológico. Mas mais componentes da moto
recorreram às sinergias do grupo, como foi o
caso, por exemplo, do desenho dos espelhos
retrovisores que desempenham uma função
estabilizadora a alta velocidade.
Compêndio tecnológico
A H2 é um produto que
exibe orgulhosamente a
“Kawasaki River Mark”,
um logotipo que remonta
ao ano de 1870 e que
distingue apenas criações
exclusivas da marca
Motor
Tipo: 4T, 4 cilindros em linha,
refrigeração líquida
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 998 cc
Potência declarada: 200 cv às 11.000 rpm
Binário declarado: 133,5 Nm às 10.500 rpm
Alimentação: injeção eletrónica;
compressor volumétrico
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Ciclística
Quadro: tubular em aço, tipo treliça
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 43 mm,
completamente ajustável
Suspensão traseira: monoamortecedor Uni-Track
completamente ajustável
Travão dianteiro: 2 discos de 330 mm,
c/ pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 250 mm, ABS c/ pinça
de 2 pistões opostos
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 200/55-17’’ (T
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1455 mm
Altura do assento: 825 mm
Capacid. do depósito: 17 litros
Peso a cheio: 238 kg
Preço: 26.900 €
Disponibilidade: abril de 2015
Ficha técnica
36. 34 12/2014
Motor
Tipo: 4T, bicilíndrico paralelo,
c/ refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 296 cc
Diâmetro x curso: 62 x 49 mm
Potência declarada: 39 cv às 11.000 rpm
Binário declarado: 27 Nm às 10.000 rpm
Alimentação: injeção eletrónica BMS-X
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Ciclística
Quadro: em aço tubular
Suspensão dianteira: forquilha convencional de
37 mm, com 120 mm de curso
Suspensão traseira: monoamortecedor Uni-trak
a gás, ajustável em pré-carga,
com 132mm de curso
Travão dianteiro: disco recortado de 290 mm,
pinças de 2 pistões
Travão traseiro: disco recortado de 220 mm c/
pistão duplo
Medidas dos pneus: 110/70-17’’ (F) / 140/70-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1515 mm (1530 mm na RS)
Altura do assento: 790 mm (820 mm na RS)
Capacid. do depósito: 17 litros
Peso a cheio: 168 kg (170 kg versão c/ ABS)
Preço: por definir
Disponibilidade: por definir
Ficha técnica
Nas cilindradas mais pequenas, e já a
pensar nos motociclistas recém chegados
ao nosso fabuloso mundo mas que
procuram dar o salto para motos de maior
porte, a Kawasaki aposta forte no próximo ano
com a apresentação da lindíssima naked Z300,
a versão despida da desportiva Ninja 300.
Trata-se de uma moto que combina
o estilo agressivo que caracteriza as Z da
Kawasaki, com as performances elevadas
das desportivas Ninja da casa de Akashi.
O motor da Z300 é um bicilíndrico
paralelo de 296 cc, DOHC com oito válvulas,
capaz de debitar 39 cv de potência,
disponibilizando um binário de 27 Nm. Na
embraiagem podemos encontrar instalado
um sistema deslizante para facilitar e tornar
mais seguras as reduções de caixa.
Na travagem, o disco de travão
da frente, em pétala, tem 290 mm de
diâmetro e é mordido por uma pinça de
dois pistões, enquanto que na roda de trás
o disco de 220 mm é mordido por uma
pinça de pistão duplo . O ABS é opcional. A
forquilha convencional de 37 mm oferece
um curso de 120 mm, enquanto que o
monoamortecedor traseiro garante um
curso de 132mm. Prometendo uma elevada
manobrabilidade, a distância entre eixos
é de 1405 mm e a altura do assento ao
solo é bastante modesta, piscando o olho
aos condutores de mais baixa estatura e
garantindo muita confiança do alto dos
seus escassos 785 mm. Os pneus são de
medidas 110/70 -17’’ na frente e 140/70
-17’’ na traseira. Prometendo uma grande
autonomia temos o depósito com uma
capacidade de 17 litros.
O mais recente membro da família “Z”
da Kawasaki tem um motor bicilíndrico
com 296 cc de capacidade
Uma linha
muito agressiva
caracteriza a
nova Z300
NOVIDADES 2015
Kawasaki Z300 / KTM 1050 Adventure
37. www.motociclismo. pt 35
KTM1050 Adventure
Mais leve e
mais fácil de
conduzir
Motor
Tipo: 4T, bicilíndrico em V a 75º,
c/ refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 1050 cc
Diâmetro x curso: 103 x 63 mm
Potência declarada: 94 cv
Binário declarado: n.d.
Alimentação: injeção eletrónica
Embraiagem: PASC hidráulica deslizante
Caixa: 6 velocidades
Ciclística
Quadro: tubular em aço cromo-molibdénio
Suspensão dianteira: forquilha invertida WP, 43 mm
com 185 mm de curso
Suspensão traseira: monoamortecedor WP,
com 190 mm de curso
Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm,
pinças de 4 pistões, ABS Bosch 9M
Travão traseiro: disco de 267 mm c/ pinça de
dois pistões, ABS Bosch 9M
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 180/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1560 mm
Altura do assento: 850 mm
Capacid. do depósito: 23 litros
Peso a seco / cheio: 212 / 230 kg
Preço: 13.635 €
Disponibilidade: março de 2015
Ficha técnica
A KTM apresentou em Milão a
nova 1050 Adventure, uma
versão mais acessível em
alternativa às 1190 Adventure
e Adventure R e 1290 Super Adventure,
alargando para quatro modelos a sua gama
de motos “travel enduro”.
Esta nova 1050 pretende ser mais acessível
sob vários aspetos, desde o preço à facilidade de
condução.
No fundo, uma moto mais leve e mais
baixa, para quem não precisa dos 150 e 160
cv debitados pelas 1190 e 1290, nem de toda
a panóplia de tecnologia que acompanha
esses modelos de topo.
Mas não se pense com isto que a
1050 não conta com eletrónica à altura da
reputação das Adventure, pelo contrário:
a nova Adventure “light” conta com ABS e
controlo de tração como equipamento de
série, sendo que o controlo de tração tem
três níveis de atuação (Sport, Street e Rain)
e o ABS Bosch 9M+ pode ser desligado,
existindo ainda um modo “off road”, opcional,
que permite o bloqueio da roda traseira
mantendo o ABS na roda dianteira.
O motor da 1050 Adventure parte da
base do mesmo bicilíndrico em V das 1190,
mas com cilindros de menor diâmetro e
curso, debitando “apenas” 95 cavalos, mas
garantindo uma forte aceleração desde
baixas rotações e garantindo uma velocidade
máxima a rondar os 200 km/hora.
O assento encontra-se a 850 mm do solo
e o peso a seco é de 212 kg (230 kg com o
depósito de 23 litros atestado), um valor
muito interessante para a classe.
A nível de ciclística, a 1050 está
servida por material de topo, com
suspensões WP (forquilha invertida
de 43 mm e monoamortecedor
totalmente regulável) e travões
a cargo da Brembo. As jantes
montam pneus de 110/70-
19’’ na frente e 150/70-17’’
na traseira. O depósito de
combustível com 23 litros
de capacidade promete uma
autonomia bastante aceitável
e, à semelhança das suas irmãs
mais crescidas, os intervalos entre
revisões são de 15.000 km.
38. 36 12/2014
F oi com pompa e muita circunstância, e com a ajuda de algumas caras bem conhecidas, como Valentino Rossi e Jorge Lorenzo, que a Yamaha desvendou finalmente a nova geração da desportiva YZF-R1 e a sua versão exótica, denominada de YZF-R1M.
A verdade é que a desportiva de eleição de Iwata foi profundamente remodelada, não apenas na aparência, que é agora um exercício de estilo futurista bastante aproximado das linhas da YZR-M1 que a marca utiliza em MotoGP.
O motor mantém a sua estrutura de quatro cilindros em linha, utilizando a mesma técnica de cambota de planos cruzados e caráter “big bang”. Foi, no entanto, modificado relativamente à configuração com que foi apresentado em 2009, e passa agora a disponibilizar 200 cv de potência (valor que aumenta com a entrada em funcionamento do “ram-air”).
O peso do conjunto, a cheio, desce para os 199 kg, cortesia da utilização, entre outros pormenores, de um sub-quadro e jantes em magnésio, enquanto o quadro Deltabox em alumínio foi redesenhado em conjunto com o novo braço oscilante, reduzindo a distância entre eixos para apenas 1405 mm.
Na eletrónica, a nova YZF-R1 destaca-se pela utilização de tecnologia proveniente do MotoGP, como é o caso do novo sensor de inércia tridimensional, de seis eixos. Este sistema inclui o controlo de tração sensível à inclinação, controlo do deslize lateral da roda traseira, controlo do levantar da roda DA PISTA PA frente da novaR1 tenta dissimularos faróis para separecer ainda maiscom a versão de competiçãoNOVIDADES 2015Yamaha YZF-R1
39. www.motociclismo. pt 37
da frente em aceleração, quickshift para
troca de caixa suave e rápida, controlo
de arranque e ainda um sistema de ABS
desportivo para a travagem.
Na ciclística as suspensões estão a cargo
da Kayaba, que desenvolveu uma nova
forquilha de 43 mm, totalmente regulável.
Outra alteração em relação ao que se
conhecia da R1, é a utilização de novas
pinças monobloco de quatro pistões, que
mordem discos de 320 mm.
Se ao nível do design a nova Yamaha
YZF-R1 se destaca pela maior semelhança com
a M1 de MotoGP, a verdade é que o elemento
em maior destaque é a carenagem frontal que
ostenta uma grande entrada de ar central.
A iluminação é agora feita através de um
conjunto de luzes em LED, desenhadas não
só para poupar no peso, como também para
passarem despercebidas ao máximo quando a
moto está desligada.
Para além da versão base, a Yamaha
criou ainda a YZF-R1M, uma versão da
desportiva que tem como objetivo aniquilar
a concorrência em pista!
Esta versão M, em tudo semelhente
à versão normal exceção feita à medida
do pneu traseiro, um 200/55 17, conta, no
entanto, com materiais mais exóticos no
seu fabrico, como é o caso das carenagens
integralmente fabricadas em fibra de
carbono e cobertas por uma pintura
especial, das suspensões eletrónicas da
Öhlins, de uma unidade de controlo que
permite aceder à telemetria e afinações da
moto através do telemóvel ou de um tablet,
e também um par de pneus especificamente
desenvolvidos pela Bridgestone.
Motor
Tipo: 4T, 4 cilindros em linha,
refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 998 cc
Diâmetro x curso: 79 x 50,9 mm
Potência declarada: 200 cv às 13.500 rpm
Binário declarado: 112,4 Nm às 11.500 rpm
Alimentação: injeção eletrónica
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Transm. secundária: por corrente
Ciclística
Quadro: Deltabox em alumínio
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 43 mm,
com 120 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecedor, ajustável,
com 140 mm de curso
Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm,
pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 220 mm,
pinças de dois pistões, ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 190/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1405 mm
Altura do assento: 855 mm
Capacid. do depósito: 17 litros
Peso a cheio: 199 kg
Preço: por definir
Disponibilidade: por definir
Ficha técnica
RA A ESTRADA
A renovada R1 disponibiliza o que de melhor a
tecnologia tem para oferecer em termos de ajudas
eletrónicas, bem como um motor que debita 200 cv.
A nova geração da R1 utiliza um novo sensor de inércia tridimensional, para
analisar as forças dinâmicas e adaptar a injeção em conformidade.
A R1M é uma
moto exclusiva
e refinada
A Yamaha YZF-R1M estará dis-ponível
em número limitado e a sua
aquisição terá de ser feita através de
pré reserva num website específico,
criado pela Yamaha para esse efeito.
O preço tampouco é conhecido,
mas, provavelmente, não vai ser apenas
com um subsídio de Natal que alguém
a vai conseguir comprar!
R1M: a versão mais exclusiva
40. 38 12/2014
A segunda novidade mais importante
que a Yamaha mostrou, em estreia
absoluta na EICMA, foi outra versão da
sua mais recente tricilíndrica da série
MT (Masters of Torque): a Tracer, que se
assume como a faceta mais turística da
impressionante MT-09.
Para esse efeito, a nova MT-09 Tracer
conta com acessórios específicos como
equipamento de série, como é o caso do
descanso central, da tomada de 12V, do
controlo de tração e do ecrã e guiador
mais elevados e ajustáveis, e, claro, de um
depósito de combustível com a capacidade
aumentada para os 18 litros.
A eletrónica, nomeadamente o
conhecido “D-Mode”, que altera a entrega
de potência do motor, foi especificamente
desenvolvida para se adaptar às
necessidades de uma moto deste género,
muito mais polivalente, permitindo ao
seu condutor alternar, facilmente, entre
três modos de ignição de acordo com as
condições atmosféricas ou do piso.
O motor tricilíndrico permanece
inalterado em relação ao da MT-09, ou seja,
oferece 115 cv de potência.
O ABS faz parte do equipamento de
série e, apesar das suspensões serem
exatamente as mesmas, a grande diferença
face à MT-09 vai notar-se sobretudo na
posição de condução, já que o assento fica
mais alto entre 3 e 4,5 cm, com uma posição
de condução mais direita. Quanto ao peso
final do conjunto, a Tracer acusa mais 9 kg
que a MT-09 na balança, a cheio, sobretudo
devido ao depósito de combustível com
maior capacidade, cifrando-se nos 210 kg.
Motor
Tipo: 4T, tricilíndrico em linha, c/
refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 847 cc
Diâmetro x curso: 78 x 59,1 mm
Potência declarada: 115 cv às 10.000 rpm
Binário declarado: 85 Nm às 8.500 rpm
Alimentação: injeção eletrónica
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Transm. secundária: por corrente
Ciclística
Quadro: tipo diamante, em alumínio
Suspensão dianteira: forquilha invertida de 43 mm,
com 137 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecedor, ajustável
com 130 mm de curso
Travão dianteiro: 2 discos de 298 mm,
c/ pinças de 4 pistões, ABS
Travão traseiro: disco de 245 mm Ø,
c/ dois pistões e ABS
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 180/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1440 mm
Altura do assento: 845 - 860 mm
Capacid. do depósito: 18 litros
Peso a cheio: 210 kg
Preço: por definir
Ficha técnica Para 2015 a TMax passou por algumas modificações.
Embora o motor bicilíndrico de 530 cc se mantenha
intocado, a maxiscooter desportiva da Yamaha recebe
uma nova forquilha de 43 mm, pinças de travão radiais,
ignição “keyless” e, na consola central, encontramos
uma conveniente tomada de 12V. A nível estético a TMax
recebe algumas ligeiras alterações, sendo as principais
o novo desenho do frontal.
O mais recente
membro da família
Masters of Torque
tem vocação estradista
e dá pelo nome de
MT-09 Tracer!
TMax 530 foi retocada
NOVIDADES 2015
Yamaha Tracer / MV Agusta Stradale 800
41. www.motociclismo. pt 39
Motor
Tipo: 4T, tricilíndrico em linha,
refrigeração por líquido
Distribuição: DOHC, 4 válvulas p/cilindro
Cilindrada: 798 cc
Diâmetro x curso: 79 x 54,3 mm
Potência declarada: 115 cv às 11.000 rpm
Binário declarado: 78,5 Nm às 9.000 rpm
Alimentação: injeção eletrónica MVICS EM2.0
Embraiagem: multidisco em banho de óleo
Caixa: 6 velocidades
Transm. secundária: por corrente
Ciclística
Quadro: em treliça de tubo de aço
Suspensão dianteira: Marzocchi invertida de 43 mm,
com 150 mm de curso
Suspensão traseira: Monoamortecedor Sachs
completamente regulável,
com 150 mm de curso
Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm , com
pinças de 4 pistões, ABS Bosch 9+
Travão traseiro: disco de 220 mm, ABS Bosch 9+
Medidas dos pneus: 120/70-17’’ (F) / 180/55-17’’ (T)
Peso e
dimensõES
Distância entre eixos: 1460 mm
Altura do assento: 870 mm
Capacid. do depósito: 16 litros
Peso a seco: 181 kg
Preço: por definir
Ficha técnica A grande estrela do stand
da MV Agusta foi, sem
dúvida, a nova Stradale
800 que, na prática,
é uma nova versão da Rivale, melhor
preparada para percorrer maiores
distâncias.
A adição de um ecrã frontal e malas
laterais, com luzes embutidas, tal como
o assento ligeiramente mais baixo,
tornam esta Stradale numa moto mais
apelativa para os viajantes.
Nesta versão, o já bem conhecido
motor tricilíndrico de 798 cc vê a sua
potência descer, disponibilizando agora
115 cavalos às 11.000 rpm (menos dez
que na Rivale), tal como o binário que
também foi ligeiramente reduzido.
Como tal, a velocidade máxima
anunciada também é substancialmente
inferior à do modelo mais desportivo.
A ciclística mantém-se praticamente
inalterada relativamente à Rivale, com a
única diferença no amortecedor traseiro
que tem um curso de funcionamento
superior em dois centímetros,
e uma distância entre eixos
também ligeiramente
superior, concretamente em mais cinco
centímetros.
O condutor da MV Agusta Stradale
800 vai também poder contar com
vários mapas de funcionamento do
motor, e pode igualmente selecionar
entre oito níveis de funcionamento do
controlo de tração, tal como usufruir de
um sistema de assistência eletrónica à
passagem de caixa (quickshift).
O quadro em treliça, as suspensões
Marzocchi na frente e Sachs na traseira,
tal como os travões Brembo, são
equipamento habitual na MV Agusta,
pelo que a Stradale não seria exceção!
Esta moto recebe ainda o mais
recente ABS da Bosch, o 9 Plus, que
inclui a capacidade de detetar e eliminar
o levantar da roda traseira sob as forças
da travagem.
A nova MV Agusta Stradale 800
vai estar disponível em três esquemas
cromáticos diferentes: cinza metálico e
branco pérola, vermelho e prata, bronze
metálico e branco pérola.
MV Agusta Stradale 800
42. NOVIDADES 2015
Outros modelos
A HUSQVARNA ESTÁ DE REGRESSO com uma moto
para atacar o asfalto! Da original Concept 701, revelada há
um ano atrás, nasceu a 701 Supermoto que é a visão da
Husqvarna do que deve ser uma moto para “arruaçar”. Esta a
versão refinada da 701 é, basicamente, uma KTM vestida com
as cores da Husqvarna. Este regresso da marca aos modelos
de estrada inclui um motor monocilíndrico de 690 cc, retirado
da KTM 690 SMC R, que foi trabalhado para disponibilizar
nada menos do que 67 cv de potência! O quadro é tipo
treliça, as suspensões estão a cargo da WP, a embraiagem
deslizante APTC facilita as reduções e o acionamento da caixa
de velocidades, os travões contam com auxílio do ABS e,
claro está, a 701 Supermoto não podia deixar de contar com
acelerador eletrónico acoplado a diferentes mapas de motor.
A Husqvarna 701 Supermoto estará disponível para entrega a
partir do outono de 2015.
A MARCA TAIWANESA KYMCO
redefine a sua estratégia de ataque
ao segmento das maxiscooter,
lançando na EICMA duas novidades.
A primeira, e mais importante, é
a Downtown, que cresce para os
320 cc, mais 21 cc do que a versão
atual. Esta popular Kymco oferece
melhores prestações a baixas
rotações fruto dos 30 cv de potência
extraídos do monocilíndrico, uma
transmissão com um funcionamento
mais suave e uma redução
nos consumos. Com bastantes
retoques visuais, nomeadamente
a carenagem frontal com uma
entrada de ar central proeminente,
a nova Dowtown 350i oferece como
equipamento de série travagem
combinada com ABS. Sendo a base
desta Downtown utilizada pela
Kawasaki para a J300, será que
teremos uma “J350i” em breve?
A segunda novidade é a Agility
Maxi 300i, ou “A’maXi” como a
Kymco se refere no “press kit”. O
motor é um monocilíndrico de
270 cc capaz de desenvolver uns
saudáveis e económicos 23 cv de
potência. Com um design agressivo
e uma conjugação atraente de cores
vivas, a Agility Maxi tem, tal como a
Downtown, travagem com sistema
ABS proveniente a Bosch.
EM HINCKLEY DERAM liberdade total a duas equipas de
trabalhadores para customizar duas Bonneville, e o resultado está
à vista: TFC1 Bobber e TFC2 Scrambler. A Bobber destaca-se pela
utilização de uma forquilha “girder” com dois amortecedores FOX
Racing e o motor foi rodado no seu eixo vertical em 180º e obrigou
à recolocação dos componentes internos. Os elementos estuturais
foram unidos através de uma técnica especial, que eliminou a
necessidade do quadro em aço tubular ter de ser soldado. Já a TFC2
Scrambler aposta numa imagem “off-road”. O objetivo da equipa
TFC2 foi de criar uma moto que una a manobrabilidade e capacidade
todo-o-terreno com a tecnologia atual. O motor foi também bastante
modificado e conta com 90 cv de potência. Na ciclística destaque
para o monobraço retirado da Speed Triple, mas invertido, enquanto
a forquilha é assinada pela Nitron, com tratamento antifricção. A
Triumph vai revelar no Salão de Birmingham qual a versão preferida
dos fãs. Talvez para dar início a uma série limitada da Bonneville...
Husqvarna
701 Supermoto
Kymco Downtown 350i e
Agility Maxi 300i
Triumph
Bobber e Scrambler