2. Quem sou eu?
Médico intensivista do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre
Iniciativas em prol de educação médica mais
independente:
Congressos médicos sem participação da indústria
farmacêutica
Eventos específicos sobre o tema:
Bob Goodman – No Free Lunch – 2006
Edwin Gale - 2010
Criador e coordenador até final de 2010 da
Campanha Alerta – www.campanhaalerta.com.br
Agora com www.alertaindependente.blogspot.com
7. Folha de São Paulo: Médico faz evento sem verba de
laboratórios em Florianópolis - 16/11/2010
8.
9.
10. Indústria Farmacêutica:
Lobos em pele de cordeiro?
Importância da indústria
farmacêutica:
☺Geração de renda e
empregos
Pesquisa Economia da
Saúde, uma Perspectiva
Macroeconômica 2000
- 2005, recentemente
divulgada pelo IBGE:
112 mil postos de
trabalho
☺Descobertas, avanços
científicos
11. Indústria Farmacêutica
Muitas vezes apenas estabelece ações ao encontro de
sua missão e visão. O comércio e a promoção são
obrigações das farmacêuticas.
Em outras ocasiões têm ultrapassado limites éticos e
morais. Assim como os médicos.
Nossa obrigação como corporação: Discutir potenciais
efeitos negativos de uma estratégia de marketing que
em 2002, nos EUA, determinou um gasto médio de U$
10.000/médico/ano e maneiras de manter “cada um no
seu quadrado”.
12. Revista Ser Médico – CREMESP
Como podemos avançar nesta discussão a
partir de 5 diferentes perspectivas....
Descriminalização do
debate
Foco no problema
Menos críticas e mais
hipóteses, em busca por
soluções.
Mais ciência e menos
“achismo”: testar, avaliar,
rediscutir, modificar.
Mudança de cultura em
todos os níveis
13. Como lidamos com Conflitos de Interesse:
1. Declaração de conflitos de interesse
2. Declaração de conflitos de interesse
3. Declaração de conflitos de interesse
4. Declaração de conflitos de interesse
5. Declaração de conflitos de interesse
6. Declaração de conflitos de interesse
7. Declaração de conflitos de interesse
8. Declaração de conflitos de interesse
9. Declaração de conflitos de interesse
10. Declaração de conflitos de interesse
14. Descriminalização do debate
Para lugar nenhum iremos quando se busca somente e
obsessivamente os “médicos corruptos”. Isto apenas aumenta a
cortina de fumaça sobre o tema.
É preciso compreender como efetivamente as relações de dão no
varejo.
A cadeia de causalidade que vai do patrocínio à prescrição é
longa, complexa, difícil de delinear e compreender e, se jogada
no terreno da moralidade, geradora de barreiras cognitivas que
tornam os profissionais impermeáveis ao debate.
Necessitamos de fóruns de discussão e avaliação de caráter não
punitivo. Que AJUDEM os médicos a compreender e administrar
eticamente estas relações. A mediar conflitos de interesse que,
per se, não podem ser caracterizados como antiéticos ou imorais,
sob pena de criminalização do cotidiano das relações humanas.
15. • “ Lapsos éticos quase nunca
são casos de pessoas ruins,
tomando atitudes ruins, por
motivos ruins. Ao contrário,
são boas pessoas, fazendo
coisas ruins, por bons
motivos.”
16. Foco no problema
Tem sido freqüente a instrumentalização desse debate
por ativismos de todo tipo (anti-capitalismo, anti-
Medicina, anti-medicações, anti-psiquiatria, e suas
contrapartes), produzindo um cenário confuso, que
inviabiliza a construção de um espaço de “ética
possível”, como se houvesse uma condição ideal a
priori, da qual não se pode abrir mão.
A ética das relações humanas é uma construção
histórica e social, portanto é possível sua existência em
qualquer tempo, lugar ou sistema econômico.
17. Menos críticas e mais hipóteses,
em busca por soluções.
Qual o valor e a eficácia das declarações de conflitos?
Quais as interfaces eticamente admissíveis? Quais os limites de cada interface e
da relação delas com o todo?
Como garantir Diretrizes de maior qualidade e credibilidade?
E na educação médica (básica ou continuada) e nos congressos, simpósios
satélites, e áreas de exposição, o que pode e o que não pode? Como
verdadeiramente garantir que essas orientações sejam efetivas?
Precisamos de novos modelos de financiamento para os eventos? Fundo único
para os eventos anuais das sociedades oficiais e que emitem pontuação para a
recertificação do título de especialista?
Como pontua aquele profissional que já não aceita viagens e desejaria
atualização profissional mais independente da indústria?
O principal conflito de interesse a ser trabalhado entre os médicos é realmente
o financeiro, ou o que envolve facilidades para reconhecimento e status?
18. Mais ciência e menos “achismo”:
testar, avaliar, rediscutir, modificar.
Experiências com a indústria farmacêutica
Experiência com o PASHA2010
Experiência com Portal de Educação Continuada
19. Mudança de cultura
em TODOS os níveis
Quem ocupa cargos de lideranças teria
automaticamente maior capacidade de gerenciar
conflitos de interesse ?
A regulação tem que começar por quem tem mais
poder e transbordar para o dia-a-dia do médico mais
comum.
É um equívoco supervalorizarem o efeito do presente
recebido pessoalmente do laboratório, em detrimento
dos grandes financiamentos “institucionais”.
20.
21. É preciso avançar! E sejamos protagonistas deste
movimento, para sermos vistos como parte da
solução – e não como o problema em si.
OBRIGADO !
www.alertaindependente.blogspot.com