SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
Conselho Federal
                                                                                  de Contabilidade



IAS 1 - Apresentação das demonstrações contábeis                                                 (continuação)

                                                            Principais diferenças em relação à   Principais áreas das
           Descrição da Norma Internacional                                                      demonstrações
                                                                     norma brasileira            contábeis afetadas


demonstração de resultado, da mutação do patrimônio
líquido e do fluxo de caixa, não serem totalmente
comparáveis.

A distinção de ativos e passivos entre itens correntes e
não correntes deve ser apresentada no balanço
patrimonial, exceto quando a apresentação de tais
componentes em ordem de liquidez, proporcionarem ao
usuário das demonstrações contábeis, informações
mais relevantes e confiáveis. Em linhas gerais, os
eventos subseqüentes (tais como renegociação para o
prolongamento da data de vencimento de uma dívida
além do final do exercício seguinte) não são
considerados nas classificações de itens como
correntes ou não correntes.

O IAS 1 especifica requerimento mínimo de itens a
serem apresentados no balanço patrimonial, na
demonstração do resultado, na demonstração do
patrimônio líquido. A norma também apresenta um guia
para identificação de itens em linhas adicionais. O IAS
1 também especifica a apresentação mínima de notas
explicativas.

A demonstração de resultado deve ser apresentada           A demonstração do resultado deve
pela entidade classificando os itens de resultado com      ser apresentada por função.
base em sua natureza (ex.: receitas, outros ganhos,
variações nos saldos de estoques, custos com
benefícios a empregados, depreciação, etc) ou função
(ex.: receitas, custo de vendas, despesas
administrativas, despesas de vendas, etc.).

A administração ao decidir sobre o formato da
demonstração de resultado (natureza ou função), deve
levar em consideração àquele que fornecer informações
mais relevantes e confiáveis aos usuários das
demonstrações contábeis. Em caso de apresentação
da demonstração de resultado por função de itens de
receitas e despesas, informações adicionais por
natureza (tais como: depreciação e amortização, e
custos com funcionários) devem ser divulgadas em
notas explicativas.

Nenhum item de receita ou despesa deve ser
classificado como item extraordinário nas
demonstrações contábeis, quer seja como parte da
demonstração de resultado ou notas explicativas.




                                                                                                                  11
Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS




IAS 2 - Estoques

                                                               Principais diferenças em relação à     Principais áreas das
            Descrição da Norma Internacional                                                          demonstrações
                                                                        norma brasileira              contábeis afetadas


O estoque é reconhecido no balanço de uma entidade            De uma maneira geral a norma            Estoques,
quando os riscos e benefícios associados a ele são            brasileira é similar ao IAS 2, exceto   demonstração
transferidos para a entidade.                                 no que se refere à avaliação da         do resultado e
                                                              necessidade de provisão para            apresentação e
O estoque deve ser avaliado ao custo ou pelo valor            desvalorização do estoque de            divulgação das
líquido realizável, dos dois, o menor. Valor líquido          matéria-prima e produtos acabados.      demonstrações
realizável é o preço estimado de venda menos os               No caso de matérias-primas, a           contábeis.
custos estimados de completar e para vender, que              comparação se dá com o custo de
incluem custos relevantes de marketing e de                   reposição ao invés do valor líquido
distribuição.                                                 de realização. No caso de produtos
                                                              acabados, o preço líquido de
Como exceção à regra geral acima, os estoques de
                                                              realização é apurado após deduzida
ativos biológicos e de minérios podem ser avaliados
                                                              a margem de lucro.
pelo valor líquido realizável, desde que seja prática
aceita pela indústria. Além disso, os estoques em
poder de agentes intermediários (tradings) podem ser
avaliados pelo valor justo deduzidos dos custos de
venda.

O custo dos estoques compreende os custos de
compra, de transformação e outros custos incorridos
(inclusive despesas indiretas) para trazer estes
estoques à condição de produtos acabados.

O custo dos estoques é determinado normalmente
utilizando-se o método primeiro que entra primeiro que
sai (PEPS) ou média ponderada. Último que entra
primeiro que sai (UEPS) não é permitido. Não há
necessidade de usar o mesmo tipo de método de
custo para todo o estoque. Porém, o mesmo método
deve ser aplicado a todos os estoques de natureza e
uso similares na entidade.

Os custos anormais de ociosidade, fretes, transportes
e perdas devem ser reconhecidos diretamente como
despesas do período em que forem incorridos. A
alocação dos custos fixos de produção deve levar em
consideração a capacidade normal de produção.




12
Conselho Federal
                                                                                              de Contabilidade



IAS 7 - Demonstração dos fluxos de caixa

                                                                    Principais diferenças em relação à          Principais áreas das
             Descrição da Norma Internacional                                                                   demonstrações
                                                                             norma brasileira                   contábeis afetadas


 A demonstração do fluxo de caixa tem o objetivo de                Esta demonstração não é requerida            Caixa e bancos
 auxiliar o usuário das demonstrações contábeis a                  pelas práticas contábeis adotadas            e equivalentes
 avaliar a capacidade de gerar e como está sendo                   no Brasil. Sua apresentação é                de caixa e
 utilizado o caixa da entidade. A sua apresentação é               incentivada e tratada como                   demonstração
 requerida para todas as entidades.                                suplementar.                                 dos fluxos de
                                                                                                                caixa.
 A demonstração do fluxo de caixa apresenta a geração              Para as entidades registradas no
 e o uso do caixa durante um determinado período. A                Novo Mercado(*) esta demonstração
 movimentação é classificada em três categorias                    é requerida.
 segundo a natureza de sua atividade: operacional, de
 investimento e financiamento.                                     A norma brasileira sobre
                                                                   demonstração de fluxos de caixa é
 Fluxos de caixa das operações da entidade                         menos detalhada que o IAS 7.
 compreendem todos os fluxos que não se qualificam                 Entretanto, assuntos não
 para serem classificados como de investimento ou                  endereçados especificamente na
 financiamento. A apresentação dos fluxos de caixa das             norma brasileira são tratados de
 operações pode ser feita pelo método direto ou indireto.          acordo com a orientação da norma
 Neste último os fluxos de caixa são apresentados                  internacional.
 ajustando-se o resultado do período pelos itens que
 não geram caixa e pelos itens que são classificados
 como de investimento ou financiamento.

 Fluxos de caixa de atividades de investimento incluem
 pagamentos para aquisição de ativo imobilizado e
 outros ativos de longo prazo. Nas aquisições de
 investimentos em outras entidades o caixa pago e o
 caixa adquirido na transação também compõem esta
 atividade. Também são classificados nesta atividade os
 empréstimos e adiantamentos concedidos para
 terceiros.

 Fluxos de caixa de atividades financeiras incluem
 aqueles relacionados com a obtenção e pagamento de
 empréstimos e fundos obtidos nas operações de
 financiamento da entidade. Estas atividades incluem
 empréstimos obtidos, debêntures emitidas e emissão
 de ações.

 No caso de fluxos de caixa das atividades de
 investimento e financeira, eles devem ser apresentados
 pelo bruto sendo vedada a sua apresentação pelo
 líquido, exceto no caso de algumas transações para
 instituições financeiras, quando a apresentação pelo
 líquido de certas transações pode ser feita.

 No caso de instituições financeiras, atividades do dia-a-
 dia são classificadas como operacionais, mesmo que
 estas atividades em outras entidades, por exemplo em
 uma indústria, fossem normalmente classificadas como
 operacional. A classificação de uma transação deve ser
 avaliada considerando a natureza das atividades da
 entidade.

(*) Mercado instituído pela Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA) onde as empresas que se registrarem se comprometem a
divulgar informações contábeis adicionais, dentre outros requisitos de Governança Corporativa.
                                                                                                                                 13
Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS




IAS 8 - Práticas contábeis, mudanças de estimativas contábeis e erros

                                                               Principais diferenças em relação à    Principais áreas das
            Descrição da Norma Internacional                                                         demonstrações
                                                                        norma brasileira             contábeis afetadas


Deve ser aplicada por uma entidade para: definição de         As práticas contábeis adotadas no      Apresentação
suas políticas contábeis, contabilização dos efeitos de       Brasil são formadas por um conjunto    das
mudanças das políticas contábeis adotadas,                    de normas e interpretações emitidas    demonstrações
contabilização dos efeitos de mudanças de estimativas         por diferentes organismos no país.     contábeis.
contábeis e correção de erros.                                Essas práticas normalmente se
                                                              baseiam nos princípios
No processo de escolha de suas políticas contábeis, a         fundamentais de contabilidade, nas
administração deve considerar inicialmente normas             normas brasileiras de contabilidade,
(IAS, IFRS) e interpretações (SIC, IFRIC) que sejam           na legislação pertinente e em
aplicáveis a uma transação especifica. Na ausência de         aspectos contábeis específicos para
uma norma ou interpretação específica, a                      os diferentes segmentos do
administração deve utilizar-se de seu julgamento para         mercado conforme determinado
desenvolver e aplicar políticas contábeis que sejam           pelos órgãos reguladores e desde
relevantes para os usuários das demonstrações                 que amparadas na legislação
contábeis, e confiáveis no contexto das demonstrações         societária e reconhecidas como
como um todo.                                                 avanço na harmonização de normas
                                                              contábeis no âmbito internacional.
A administração, no exercício de seu julgamento para
desenvolver uma política contábil, deve considerar as
seguintes fontes:

i) verificar os requisitos e orientações nas normas e
   interpretações existentes, que tratam de assuntos
   similares e relacionados; e

ii) buscar as definições, critério de reconhecimento e
    conceito de mensuração para ativos, passivos,
    receitas e despesas na estrutura conceitual básica
    das IFRS ("Framework");

Adicionalmente, a administração poderá também,
quando não existir norma ou interpretação sob IFRS
aplicável para tratamento contábil de uma transação
específica, considerar pronunciamentos técnicos
emitidos por outros órgãos internacionais que possuam
uma estrutura conceitual básica similar, e cujo
pronunciamento não seja conflitante com
pronunciamentos da IFRS.

As políticas contábeis determinadas pela entidade
devem ser aplicadas consistentemente para
transações similares.

Alterações de políticas contábeis somente podem ser
efetuadas se forem exigidas por uma norma ou                  A correção de erros e mudanças de
interpretação ou quando a alteração resultar em               práticas contábeis devem ser ter
melhoria na apresentação de eventos ou transações             seus efeitos cumulativos ajustados
nas demonstrações contábeis.                                  diretamente à conta de lucros ou
                                                              prejuízos acumulados, sem afetar o
Se uma mudança nas práticas contábeis for                     resultado do exercício nem modificar
requisitada por uma norma ou interpretação, ela deve          as demonstrações contábeis de
seguir o requisito de transição da norma em questão.          exercícios anteriores.

                                                                                                           (continua)

14
Conselho Federal
                                                                                de Contabilidade



IAS 8 - Práticas contábeis, mudanças de estimativas contábeis e erros                           (continuação)

                                                          Principais diferenças em relação à    Principais áreas das
           Descrição da Norma Internacional                                                     demonstrações
                                                                   norma brasileira             contábeis afetadas


Caso não seja especificado ou se a mudança for
voluntária, aplica-se a nova prática contábil de forma
retroativa mediante alteração das demonstrações de
exercícios anteriores.

Caso a aplicação em exercícios anteriores seja
impraticável, deve-se incluir o efeito cumulativo nos
saldos de abertura do ano corrente.

As mudanças em estimativas contábeis (como
exemplo, mudança na vida útil de um ativo) são
refletidas no resultado do período em que se promover
a mudança (ou dos períodos futuros quando os efeitos
da alteração afetarem os resultado de outros
exercícios). Mudança de estimativas contábeis não
                                                         A correção de erros e mudanças de
alteram demonstrações contábeis de períodos
                                                         práticas contábeis devem ser ter
anteriores.
                                                         seus efeitos cumulativos ajustados
Similar à mudança nas políticas contábeis, todos os      diretamente à conta de lucros ou
erros devem ser ajustados refazendo-se as                prejuízos acumulados, sem afetar o
demonstrações comparativas de exercícios anteriores.     resultado do exercício nem modificar
                                                         as demonstrações contábeis de
É obrigatória a divulgação de mudança de política        exercícios anteriores.
contábil, de estimativas e correção de erros.
                                                         Não é requerida formalmente a
Uma entidade deve divulgar a existência de uma nova      divulgação da existência de uma
norma ou interpretação emitida, mas que ainda não        nova norma emitida, mas ainda não
tenha entrado em vigor, e seus possíveis impactos        em vigor, e seus possíveis efeitos
sobre as demonstrações contábeis.                        sobre as demonstrações contábeis.




                                                                                                                 15
Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS




IAS 10 - Eventos subseqüentes

                                                               Principais diferenças em relação à   Principais áreas das
            Descrição da Norma Internacional                                                        demonstrações
                                                                        norma brasileira            contábeis afetadas


Eventos ocorridos subseqüentemente à data do                                                        De uma maneira
balanço podem ser classificados como eventos que                                                    geral todas as
requerem ajustes às demonstrações contábeis ou                                                      demonstrações
eventos que não requerem ajustes. São classificados                                                 contábeis.
como eventos subseqüentes que ajustam as
demonstrações contábeis aqueles em que o evento
traz evidência adicional de condições que já existiam
na data do balanço. Os eventos que não requerem
ajustes são aqueles que se relacionam de fato com
situações que surgiram após a data do balanço.

Dessa forma, itens do balanço devem ser ajustados
somente quando o evento for do tipo de requer ajuste
ou, adicionalmente, quando é um evento indicativo de
que a entidade não atende ao pressuposto de
continuidade operacional.

Mesmo que um evento subseqüente seja considerado
como evento que não ajusta as demonstrações
contábeis, em sendo relevante, deve ser divulgado em
nota explicativa e seus efeitos mensurados, se
praticável. Como exemplo destes eventos temos
aumentos de capital, emissão de ações e emissão de
dívidas.

Dividendos propostos ou declarados depois da data do          Dividendos propostos ou declarados
balanço mas antes da autorização para emissão das             depois da data do balanço mas
demonstrações contábeis não devem ser reconhecidos            antes da autorização para emissão
como passivos, a menos que atendam a definição de             das demonstrações contábeis são
passivo na data do balanço.                                   registrados como passivo na data do
                                                              balanço independentemente se
A entidade deve divulgar a data em que as                     atendia à definição de passivo na
demonstrações contábeis foram autorizadas para                data do balanço.
emissão e quem autorizou (ex.: conselho de
administração, diretoria etc)




16
Conselho Federal
                                                                                 de Contabilidade



IAS 11 - Contratos de construção

                                                           Principais diferenças em relação à   Principais áreas das
           Descrição da Norma Internacional                                                     demonstrações
                                                                    norma brasileira            contábeis afetadas


A receita de um contrato de construção, deve              (NPC 17 do IBRACON)                   Receita de
compreender: (i) a importância inicial da receita                                               vendas,
estipulada contratualmente e (ii) variações no serviço    Não há diferenças em relação a IAS.   estoques e
contratado, valores adicionais a serem cobrados do                                              custo dos
cliente e pagamento de incentivos a serem recebidos                                             serviços
do cliente (normalmente vinculados a performances do                                            prestados.
projeto).

Os valores provenientes dos itens incluídos em (ii)
acima, somente serão considerados na extensão em
que seja provável que tais variações resultarão em
receitas, e quando estas puderem ser quantificadas
com segurança. A mensuração da receita deverá ser
efetuada pelo valor justo dos montantes recebidos ou a
serem recebidos.

O custo do contrato deve compreender os custos
relacionados diretamente com um contrato específico,
custos que forem geralmente atribuíveis à atividade
contratual e possam ser alocados ao contrato, e,
outros custos especificamente debitáveis ao cliente, de
acordo com os termos contratuais.

O método do percentual completado deve ser utilizado
para contabilizar receitas de serviços ou de
construções oriundas de contratos de longo prazo
quando for razoavelmente possível estimar o resultado
do contrato. Isso ocorre quando são satisfeitos os
critérios de reconhecimento de receita e é possível
fazer uma medição confiável do estágio de conclusão
do contrato. Quando o resultado do contrato não puder
ser mensurado com segurança, a receita somente será
reconhecida na extensão dos custos recuperáveis
incorridos.

Uma perda relacionada com um contrato deve ser
contabilizada imediatamente, tão logo esta seja
identificada, e por um valor suficiente para cobrir os
prejuízos incorridos até a data e os prejuízos futuros
necessários para completar o contrato.

Nenhum método de avaliação do estágio de
acabamento é obrigatório. Os métodos aceitos pela
norma compreendem a porcentagem de trabalho
executado (progresso físico) e a porcentagem de
custos incorridos.




                                                                                                                 17
Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS




IAS - 12 Imposto de renda

                                                                  Principais diferenças em relação à      Principais áreas das
            Descrição da Norma Internacional                                                              demonstrações
                                                                           norma brasileira               contábeis afetadas


Os efeitos de imposto de renda devem ser refletidos           (NPC 25 IBRACON, Deliberação                Ativos e
nas demonstrações contábeis nos mesmos períodos               CVM 273/98, Instrução CVM 371 e             passivos de
em que os ativos e passivos, que geram tais efeitos,          NBC T 19.2 )                                imposto de
forem contabilizados.                                                                                     renda corrente
                                                              Um imposto de renda diferido                ou diferido e
As diferenças entre as bases: contábil (apresentadas          passivo deve ser reconhecido para           referida
no balanço) e fiscal (montante que será dedutível ou          todas as diferenças temporárias             despesa.
tributável para fins de imposto de renda) dos ativos e        tributáveis.
passivos são classificadas entre temporárias e
permanentes.                                                  Um imposto de renda diferido ativo
                                                              deve ser reconhecido para todas as
Diferenças temporárias são aquelas que após um                diferenças temporárias dedutíveis
período de amortização, ou outra forma de realização,         desde que a entidade:
não mais existirão e, portanto, as bases fiscais e
contábeis serão idênticas (ainda que seja zero: no            •    tenha obtido lucro tributável em,
caso de um ativo totalmente depreciado). Diferenças                pelo menos, três dos cinco
permanentes são aquelas que sempre existirão                       últimos exercícios sociais; e
independente do tempo incorrido.
                                                              •    tenha expectativa de geração de
Sobre as diferenças temporárias identificadas,                     lucros tributáveis futuros,
relacionadas a itens de ativos e passivos na data de               fundamentada em estudo de
cada balanço, a entidade deve reconhecer um efeito de              viabilidade, que permita a
imposto de renda diferido. As diferenças permanentes               realização do ativo fiscal diferido
não geram efeitos diferidos de impostos.                           em um prazo máximo de dez
                                                                   anos, ou o limite máximo de
Imposto de renda diferido ativo somente deve ser
                                                                   compensação permitido pela
inicialmente reconhecido na extensão de que seja
                                                                   legislação, o que for menor. Os
provável que o mesmo será realizado contra lucros
                                                                   lucros futuros devem ser trazidos
tributáveis a serem gerados no futuro.
                                                                   a valor presente com base no
Além do reconhecimento de imposto de renda diferido                prazo total estimado para a
sobre as diferenças temporárias identificadas, as                  realização do ativo fiscal diferido.
entidades também reconhecem contabilmente como
                                                              Impostos diferidos ativo ou passivo
ativo, os efeitos de prejuízos fiscais que serão
                                                              devem ser classificados entre curto
compensados contra lucros futuros. O reconhecimento
                                                              e longo prazo e devem ser
de tais efeitos, seguindo a regra geral para
                                                              transferidos para o circulante em
reconhecimento de imposto de renda diferido ativo,
                                                              função da expectativa de sua
limita-se à extensão de que seja provável que os
                                                              realização.
mesmos serão realizados contra lucros tributáveis a
serem gerados no futuro.                                      Diferentemente das IFRS, não é
                                                              reconhecido efeito de imposto de
A mensuração dos ativos e passivos tributários
                                                              renda diferido sobre a mais valia
correntes e diferidos é baseada nas alíquotas e
                                                              resultante de reavaliação de
disposições da legislação tributária promulgadas na
                                                              terrenos, quando estes não forem
data do balanço patrimonial.
                                                              destinados à venda.
Os ativos e passivos fiscais diferidos devem sempre
ser classificados como não circulantes, e não devem
ser descontados.




18
Conselho Federal
                                                                                   de Contabilidade



IAS - 14 Relatório por segmento

                                                             Principais diferenças em relação à   Principais áreas das
           Descrição da Norma Internacional                                                       demonstrações
                                                                      norma brasileira            contábeis afetadas


Informações por segmentos de negócios são                   As práticas contábeis adotadas no     Apresentação
requeridas para as companhias abertas (aquelas que          Brasil não requerem informações       das
possuem ações, títulos mobiliários ou dívidas               segmentadas por negócios ou áreas     demonstrações
negociadas no mercado), incluindo também aquelas            geográficas. A CVM encoraja a         contábeis
que estejam em processo de emissão de ações e/ou            divulgação de informações             (Notas
títulos para negociação no mercado.                         segmentadas, referendando o           explicativas)
                                                            disposto no IAS 14 como base para
Segmento de negócio é um componente diferenciado            a elaboração destas informações.
de uma companhia que fornece produtos e serviços
específicos, ou um grupo de produtos e serviços que
estão sujeitos a riscos e retornos distintos de um outro
segmento de negócio.

Segmento geográfico é um componente diferenciado de
uma companhia que fornece produtos e serviços
específicos, ou um grupo de produtos e serviços dentro
de um determinado ambiente de mercado e que estão
sujeitos a riscos e retornos distintos de um outro
ambiente de mercado.

O IAS 14 determina que uma entidade divulgue as
informações por segmento em dois formatos: segmento
primário e segmento secundário. A origem e natureza
dominantes dos riscos e retornos de uma companhia
devem direcionar se o segmento primário será o de
"negócios" ou "geográfico", considerando-se a
importância desses segmentos em relação ao risco e
retorno da companhia. A estrutura organizacional
interna e de gestão de uma companhia, bem como
seus sistemas de elaboração dos relatórios financeiros
devem normalmente constituir as bases para
determinar qual será o segmento primário e/ou
secundário.

Um segmento de negócio ou geográfico deve ser
divulgado se a maioria das receitas registradas é
proveniente de vendas para clientes externos e
representa pelo menos: 10% do total das receitas,
internas e externas, de todos os segmentos; ou 10%
do resultado combinado de todos os segmentos; ou
10% do total dos ativos de todos os segmentos.

Segmentos adicionais para divulgação devem ser
identificados se o total de receitas externas atribuíveis
a segmentos divulgados constituir menos de 75% do
total das receitas consolidadas ou da companhia.




                                                                                                         (continua)
                                                                                                                   19
Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no
Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS




IAS - 14 Relatório por segmento                                                                    (continuação)

                                                              Principais diferenças em relação à   Principais áreas das
            Descrição da Norma Internacional                                                       demonstrações
                                                                       norma brasileira            contábeis afetadas


As informações por segmento devem ser preparadas
em conformidade com as práticas contábeis adotadas
na preparação e apresentação das demonstrações
contábeis do grupo consolidado ou da companhia.

O IAS 14 requer divulgação dos segmentos primários e
secundários. As divulgações para o segmento primário
são mais extensivas do que para o segmento
secundário.

Para cada segmento primário as seguintes principais
informações devem ser divulgadas: receitas (externas e
inter-segmentos); resultado líquido; total dos ativos;
total dos passivos; total das aquisições de ativos
permanentes; depreciação e amortização do período;
e o total de despesas que não representaram
desembolsos de caixa. No caso de segmento
secundário, em geral, as informações a serem
divulgadas incluem total da receita, ativos e aquisições
de ativos permanentes, e não incluem o resultado do
segmento.

Também deve ser divulgada reconciliação entre as
informações divulgadas por segmentos e as
informações agregadas incluídas nas demonstrações
contábeis consolidadas ou da companhia.




20

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

31 Pdfsam Sumario
31 Pdfsam Sumario31 Pdfsam Sumario
31 Pdfsam Sumarioguest81fa1f
 
Estrutura das demonstraçoes
Estrutura das demonstraçoesEstrutura das demonstraçoes
Estrutura das demonstraçoeskleber_yvan
 
Balanço patrimonial 2
Balanço patrimonial 2Balanço patrimonial 2
Balanço patrimonial 2aalpere
 
Administração financeira análise de balanços
Administração financeira   análise de balançosAdministração financeira   análise de balanços
Administração financeira análise de balançosKleber Mantovanelli
 
Manual de formação ege snc - módulo 6214
Manual de formação ege   snc - módulo 6214Manual de formação ege   snc - módulo 6214
Manual de formação ege snc - módulo 6214Pedagogy
 
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.Fábio Rodrigues
 
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeisProfacp
 
Apostila de orçamento e contabilidade pública
Apostila de orçamento e contabilidade públicaApostila de orçamento e contabilidade pública
Apostila de orçamento e contabilidade públicazeramento contabil
 
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeirasadmfape
 
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2consulte
 
Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01contacontabil
 
O processo contabilístico
O processo contabilísticoO processo contabilístico
O processo contabilísticoMediadoraefa
 

Mais procurados (19)

31 Pdfsam Sumario
31 Pdfsam Sumario31 Pdfsam Sumario
31 Pdfsam Sumario
 
312 cpc 26_r1_rev 06
312 cpc 26_r1_rev 06312 cpc 26_r1_rev 06
312 cpc 26_r1_rev 06
 
Estrutura das demonstraçoes
Estrutura das demonstraçoesEstrutura das demonstraçoes
Estrutura das demonstraçoes
 
72.pdf
72.pdf72.pdf
72.pdf
 
Balanço patrimonial 2
Balanço patrimonial 2Balanço patrimonial 2
Balanço patrimonial 2
 
Administração financeira análise de balanços
Administração financeira   análise de balançosAdministração financeira   análise de balanços
Administração financeira análise de balanços
 
IAS 1.pdf
IAS 1.pdfIAS 1.pdf
IAS 1.pdf
 
Manual de formação ege snc - módulo 6214
Manual de formação ege   snc - módulo 6214Manual de formação ege   snc - módulo 6214
Manual de formação ege snc - módulo 6214
 
IAS 8.pdf
IAS 8.pdfIAS 8.pdf
IAS 8.pdf
 
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.
Contabilidade pública. Plano de contas e sistemas da Contabilidade Pública.
 
IAS 2.pdf
IAS 2.pdfIAS 2.pdf
IAS 2.pdf
 
3 ua-cf caderno-apoio_3
3 ua-cf caderno-apoio_33 ua-cf caderno-apoio_3
3 ua-cf caderno-apoio_3
 
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis
3. cpc 26 r1 apresentação das demonstrações contábeis
 
Apostila de orçamento e contabilidade pública
Apostila de orçamento e contabilidade públicaApostila de orçamento e contabilidade pública
Apostila de orçamento e contabilidade pública
 
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs FinanceirasAnalise De DemonstraçõEs Financeiras
Analise De DemonstraçõEs Financeiras
 
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2
Analise e PlanejamentoFinanceiro modulo 2
 
Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01Analise demonstracoes financeira_aula01
Analise demonstracoes financeira_aula01
 
O processo contabilístico
O processo contabilísticoO processo contabilístico
O processo contabilístico
 
Snc mdf anexo
Snc mdf anexoSnc mdf anexo
Snc mdf anexo
 

Destaque

Operador Administrativo
Operador AdministrativoOperador Administrativo
Operador Administrativoguest00ee60c
 
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)FitnFish (ZOEI CO)
 
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazo
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazoPlanejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazo
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazoVerken
 
Formação: Projeto de Vida Pessoal
Formação: Projeto de Vida PessoalFormação: Projeto de Vida Pessoal
Formação: Projeto de Vida PessoalWiliam2008
 
Modelo de Planejamento Estratégico Pessoal
Modelo de Planejamento Estratégico PessoalModelo de Planejamento Estratégico Pessoal
Modelo de Planejamento Estratégico PessoalGDS567
 
Planejamento Estratégico Pessoal
Planejamento Estratégico PessoalPlanejamento Estratégico Pessoal
Planejamento Estratégico PessoalMichel Moreira
 

Destaque (7)

LGN PROSPERITY
LGN PROSPERITYLGN PROSPERITY
LGN PROSPERITY
 
Operador Administrativo
Operador AdministrativoOperador Administrativo
Operador Administrativo
 
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)
Modelo de-planejamento-estratégico-pessoal-1218846079749849-8.ppt (1)
 
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazo
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazoPlanejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazo
Planejamento pessoal - Lista de metas e objetivos de curto prazo
 
Formação: Projeto de Vida Pessoal
Formação: Projeto de Vida PessoalFormação: Projeto de Vida Pessoal
Formação: Projeto de Vida Pessoal
 
Modelo de Planejamento Estratégico Pessoal
Modelo de Planejamento Estratégico PessoalModelo de Planejamento Estratégico Pessoal
Modelo de Planejamento Estratégico Pessoal
 
Planejamento Estratégico Pessoal
Planejamento Estratégico PessoalPlanejamento Estratégico Pessoal
Planejamento Estratégico Pessoal
 

Semelhante a 11 Pdfsam Sumario

Cpc destaques
Cpc destaquesCpc destaques
Cpc destaquessuelen23
 
51 Pdfsam Sumario
51 Pdfsam Sumario51 Pdfsam Sumario
51 Pdfsam Sumarioguest81fa1f
 
Atps contabilidade
Atps contabilidadeAtps contabilidade
Atps contabilidadedeltagrajau
 
Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2consulte
 
183 cpc 03_r2_rev 10
183 cpc 03_r2_rev 10183 cpc 03_r2_rev 10
183 cpc 03_r2_rev 10acmartins9
 
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFC
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFCPRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFC
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFCbarbarameneghetti
 
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisao
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisaoA2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisao
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisaopgr_net
 
Balanco patrimonial estrutura 02
Balanco patrimonial estrutura 02Balanco patrimonial estrutura 02
Balanco patrimonial estrutura 02apostilacontabil
 
Cban dt 01 laudo de avaliação - dcf
Cban dt 01   laudo de avaliação - dcfCban dt 01   laudo de avaliação - dcf
Cban dt 01 laudo de avaliação - dcfGiana Araujo
 
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02SONIA BADA
 
9. Demonstrações Financeiras.pdf
9. Demonstrações Financeiras.pdf9. Demonstrações Financeiras.pdf
9. Demonstrações Financeiras.pdfBertaRocha4
 
Projeto integrado 3º semestre
Projeto integrado 3º semestreProjeto integrado 3º semestre
Projeto integrado 3º semestreFlávia de Almeida
 
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiAdministração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiMoises Bagagi
 

Semelhante a 11 Pdfsam Sumario (20)

Cpc destaques
Cpc destaquesCpc destaques
Cpc destaques
 
51 Pdfsam Sumario
51 Pdfsam Sumario51 Pdfsam Sumario
51 Pdfsam Sumario
 
Atps contabilidade
Atps contabilidadeAtps contabilidade
Atps contabilidade
 
Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2Cursooo modulo 2
Cursooo modulo 2
 
312_CPC_26_R1_rev 14.pdf
312_CPC_26_R1_rev 14.pdf312_CPC_26_R1_rev 14.pdf
312_CPC_26_R1_rev 14.pdf
 
183 cpc 03_r2_rev 10
183 cpc 03_r2_rev 10183 cpc 03_r2_rev 10
183 cpc 03_r2_rev 10
 
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFC
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFCPRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFC
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DFC
 
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisao
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisaoA2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisao
A2 cco5 estrutura_e_analise_das_demonstracoes_financeiras_tema_revisao
 
Aula 1.ppt
Aula 1.pptAula 1.ppt
Aula 1.ppt
 
Analise+das+demonstrações+financeiras
Analise+das+demonstrações+financeirasAnalise+das+demonstrações+financeiras
Analise+das+demonstrações+financeiras
 
Balanco patrimonial estrutura 02
Balanco patrimonial estrutura 02Balanco patrimonial estrutura 02
Balanco patrimonial estrutura 02
 
Cban dt 01 laudo de avaliação - dcf
Cban dt 01   laudo de avaliação - dcfCban dt 01   laudo de avaliação - dcf
Cban dt 01 laudo de avaliação - dcf
 
Planos de contas
Planos de contasPlanos de contas
Planos de contas
 
Planos de contas
Planos de contasPlanos de contas
Planos de contas
 
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02
Contabilidadepblicaplanodecontasesistemas 131202185050-phpapp02
 
9. Demonstrações Financeiras.pdf
9. Demonstrações Financeiras.pdf9. Demonstrações Financeiras.pdf
9. Demonstrações Financeiras.pdf
 
175 cpc 09_rev 14
175 cpc 09_rev 14175 cpc 09_rev 14
175 cpc 09_rev 14
 
Projeto integrado 3º semestre
Projeto integrado 3º semestreProjeto integrado 3º semestre
Projeto integrado 3º semestre
 
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises BagagiAdministração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
Administração Financeira e Orçamentária Alfacastelo Moises Bagagi
 
Apostila aidc 2010_2
Apostila aidc 2010_2Apostila aidc 2010_2
Apostila aidc 2010_2
 

11 Pdfsam Sumario

  • 1. Conselho Federal de Contabilidade IAS 1 - Apresentação das demonstrações contábeis (continuação) Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas demonstração de resultado, da mutação do patrimônio líquido e do fluxo de caixa, não serem totalmente comparáveis. A distinção de ativos e passivos entre itens correntes e não correntes deve ser apresentada no balanço patrimonial, exceto quando a apresentação de tais componentes em ordem de liquidez, proporcionarem ao usuário das demonstrações contábeis, informações mais relevantes e confiáveis. Em linhas gerais, os eventos subseqüentes (tais como renegociação para o prolongamento da data de vencimento de uma dívida além do final do exercício seguinte) não são considerados nas classificações de itens como correntes ou não correntes. O IAS 1 especifica requerimento mínimo de itens a serem apresentados no balanço patrimonial, na demonstração do resultado, na demonstração do patrimônio líquido. A norma também apresenta um guia para identificação de itens em linhas adicionais. O IAS 1 também especifica a apresentação mínima de notas explicativas. A demonstração de resultado deve ser apresentada A demonstração do resultado deve pela entidade classificando os itens de resultado com ser apresentada por função. base em sua natureza (ex.: receitas, outros ganhos, variações nos saldos de estoques, custos com benefícios a empregados, depreciação, etc) ou função (ex.: receitas, custo de vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, etc.). A administração ao decidir sobre o formato da demonstração de resultado (natureza ou função), deve levar em consideração àquele que fornecer informações mais relevantes e confiáveis aos usuários das demonstrações contábeis. Em caso de apresentação da demonstração de resultado por função de itens de receitas e despesas, informações adicionais por natureza (tais como: depreciação e amortização, e custos com funcionários) devem ser divulgadas em notas explicativas. Nenhum item de receita ou despesa deve ser classificado como item extraordinário nas demonstrações contábeis, quer seja como parte da demonstração de resultado ou notas explicativas. 11
  • 2. Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS IAS 2 - Estoques Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas O estoque é reconhecido no balanço de uma entidade De uma maneira geral a norma Estoques, quando os riscos e benefícios associados a ele são brasileira é similar ao IAS 2, exceto demonstração transferidos para a entidade. no que se refere à avaliação da do resultado e necessidade de provisão para apresentação e O estoque deve ser avaliado ao custo ou pelo valor desvalorização do estoque de divulgação das líquido realizável, dos dois, o menor. Valor líquido matéria-prima e produtos acabados. demonstrações realizável é o preço estimado de venda menos os No caso de matérias-primas, a contábeis. custos estimados de completar e para vender, que comparação se dá com o custo de incluem custos relevantes de marketing e de reposição ao invés do valor líquido distribuição. de realização. No caso de produtos acabados, o preço líquido de Como exceção à regra geral acima, os estoques de realização é apurado após deduzida ativos biológicos e de minérios podem ser avaliados a margem de lucro. pelo valor líquido realizável, desde que seja prática aceita pela indústria. Além disso, os estoques em poder de agentes intermediários (tradings) podem ser avaliados pelo valor justo deduzidos dos custos de venda. O custo dos estoques compreende os custos de compra, de transformação e outros custos incorridos (inclusive despesas indiretas) para trazer estes estoques à condição de produtos acabados. O custo dos estoques é determinado normalmente utilizando-se o método primeiro que entra primeiro que sai (PEPS) ou média ponderada. Último que entra primeiro que sai (UEPS) não é permitido. Não há necessidade de usar o mesmo tipo de método de custo para todo o estoque. Porém, o mesmo método deve ser aplicado a todos os estoques de natureza e uso similares na entidade. Os custos anormais de ociosidade, fretes, transportes e perdas devem ser reconhecidos diretamente como despesas do período em que forem incorridos. A alocação dos custos fixos de produção deve levar em consideração a capacidade normal de produção. 12
  • 3. Conselho Federal de Contabilidade IAS 7 - Demonstração dos fluxos de caixa Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas A demonstração do fluxo de caixa tem o objetivo de Esta demonstração não é requerida Caixa e bancos auxiliar o usuário das demonstrações contábeis a pelas práticas contábeis adotadas e equivalentes avaliar a capacidade de gerar e como está sendo no Brasil. Sua apresentação é de caixa e utilizado o caixa da entidade. A sua apresentação é incentivada e tratada como demonstração requerida para todas as entidades. suplementar. dos fluxos de caixa. A demonstração do fluxo de caixa apresenta a geração Para as entidades registradas no e o uso do caixa durante um determinado período. A Novo Mercado(*) esta demonstração movimentação é classificada em três categorias é requerida. segundo a natureza de sua atividade: operacional, de investimento e financiamento. A norma brasileira sobre demonstração de fluxos de caixa é Fluxos de caixa das operações da entidade menos detalhada que o IAS 7. compreendem todos os fluxos que não se qualificam Entretanto, assuntos não para serem classificados como de investimento ou endereçados especificamente na financiamento. A apresentação dos fluxos de caixa das norma brasileira são tratados de operações pode ser feita pelo método direto ou indireto. acordo com a orientação da norma Neste último os fluxos de caixa são apresentados internacional. ajustando-se o resultado do período pelos itens que não geram caixa e pelos itens que são classificados como de investimento ou financiamento. Fluxos de caixa de atividades de investimento incluem pagamentos para aquisição de ativo imobilizado e outros ativos de longo prazo. Nas aquisições de investimentos em outras entidades o caixa pago e o caixa adquirido na transação também compõem esta atividade. Também são classificados nesta atividade os empréstimos e adiantamentos concedidos para terceiros. Fluxos de caixa de atividades financeiras incluem aqueles relacionados com a obtenção e pagamento de empréstimos e fundos obtidos nas operações de financiamento da entidade. Estas atividades incluem empréstimos obtidos, debêntures emitidas e emissão de ações. No caso de fluxos de caixa das atividades de investimento e financeira, eles devem ser apresentados pelo bruto sendo vedada a sua apresentação pelo líquido, exceto no caso de algumas transações para instituições financeiras, quando a apresentação pelo líquido de certas transações pode ser feita. No caso de instituições financeiras, atividades do dia-a- dia são classificadas como operacionais, mesmo que estas atividades em outras entidades, por exemplo em uma indústria, fossem normalmente classificadas como operacional. A classificação de uma transação deve ser avaliada considerando a natureza das atividades da entidade. (*) Mercado instituído pela Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (BOVESPA) onde as empresas que se registrarem se comprometem a divulgar informações contábeis adicionais, dentre outros requisitos de Governança Corporativa. 13
  • 4. Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS IAS 8 - Práticas contábeis, mudanças de estimativas contábeis e erros Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas Deve ser aplicada por uma entidade para: definição de As práticas contábeis adotadas no Apresentação suas políticas contábeis, contabilização dos efeitos de Brasil são formadas por um conjunto das mudanças das políticas contábeis adotadas, de normas e interpretações emitidas demonstrações contabilização dos efeitos de mudanças de estimativas por diferentes organismos no país. contábeis. contábeis e correção de erros. Essas práticas normalmente se baseiam nos princípios No processo de escolha de suas políticas contábeis, a fundamentais de contabilidade, nas administração deve considerar inicialmente normas normas brasileiras de contabilidade, (IAS, IFRS) e interpretações (SIC, IFRIC) que sejam na legislação pertinente e em aplicáveis a uma transação especifica. Na ausência de aspectos contábeis específicos para uma norma ou interpretação específica, a os diferentes segmentos do administração deve utilizar-se de seu julgamento para mercado conforme determinado desenvolver e aplicar políticas contábeis que sejam pelos órgãos reguladores e desde relevantes para os usuários das demonstrações que amparadas na legislação contábeis, e confiáveis no contexto das demonstrações societária e reconhecidas como como um todo. avanço na harmonização de normas contábeis no âmbito internacional. A administração, no exercício de seu julgamento para desenvolver uma política contábil, deve considerar as seguintes fontes: i) verificar os requisitos e orientações nas normas e interpretações existentes, que tratam de assuntos similares e relacionados; e ii) buscar as definições, critério de reconhecimento e conceito de mensuração para ativos, passivos, receitas e despesas na estrutura conceitual básica das IFRS ("Framework"); Adicionalmente, a administração poderá também, quando não existir norma ou interpretação sob IFRS aplicável para tratamento contábil de uma transação específica, considerar pronunciamentos técnicos emitidos por outros órgãos internacionais que possuam uma estrutura conceitual básica similar, e cujo pronunciamento não seja conflitante com pronunciamentos da IFRS. As políticas contábeis determinadas pela entidade devem ser aplicadas consistentemente para transações similares. Alterações de políticas contábeis somente podem ser efetuadas se forem exigidas por uma norma ou A correção de erros e mudanças de interpretação ou quando a alteração resultar em práticas contábeis devem ser ter melhoria na apresentação de eventos ou transações seus efeitos cumulativos ajustados nas demonstrações contábeis. diretamente à conta de lucros ou prejuízos acumulados, sem afetar o Se uma mudança nas práticas contábeis for resultado do exercício nem modificar requisitada por uma norma ou interpretação, ela deve as demonstrações contábeis de seguir o requisito de transição da norma em questão. exercícios anteriores. (continua) 14
  • 5. Conselho Federal de Contabilidade IAS 8 - Práticas contábeis, mudanças de estimativas contábeis e erros (continuação) Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas Caso não seja especificado ou se a mudança for voluntária, aplica-se a nova prática contábil de forma retroativa mediante alteração das demonstrações de exercícios anteriores. Caso a aplicação em exercícios anteriores seja impraticável, deve-se incluir o efeito cumulativo nos saldos de abertura do ano corrente. As mudanças em estimativas contábeis (como exemplo, mudança na vida útil de um ativo) são refletidas no resultado do período em que se promover a mudança (ou dos períodos futuros quando os efeitos da alteração afetarem os resultado de outros exercícios). Mudança de estimativas contábeis não A correção de erros e mudanças de alteram demonstrações contábeis de períodos práticas contábeis devem ser ter anteriores. seus efeitos cumulativos ajustados Similar à mudança nas políticas contábeis, todos os diretamente à conta de lucros ou erros devem ser ajustados refazendo-se as prejuízos acumulados, sem afetar o demonstrações comparativas de exercícios anteriores. resultado do exercício nem modificar as demonstrações contábeis de É obrigatória a divulgação de mudança de política exercícios anteriores. contábil, de estimativas e correção de erros. Não é requerida formalmente a Uma entidade deve divulgar a existência de uma nova divulgação da existência de uma norma ou interpretação emitida, mas que ainda não nova norma emitida, mas ainda não tenha entrado em vigor, e seus possíveis impactos em vigor, e seus possíveis efeitos sobre as demonstrações contábeis. sobre as demonstrações contábeis. 15
  • 6. Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS IAS 10 - Eventos subseqüentes Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas Eventos ocorridos subseqüentemente à data do De uma maneira balanço podem ser classificados como eventos que geral todas as requerem ajustes às demonstrações contábeis ou demonstrações eventos que não requerem ajustes. São classificados contábeis. como eventos subseqüentes que ajustam as demonstrações contábeis aqueles em que o evento traz evidência adicional de condições que já existiam na data do balanço. Os eventos que não requerem ajustes são aqueles que se relacionam de fato com situações que surgiram após a data do balanço. Dessa forma, itens do balanço devem ser ajustados somente quando o evento for do tipo de requer ajuste ou, adicionalmente, quando é um evento indicativo de que a entidade não atende ao pressuposto de continuidade operacional. Mesmo que um evento subseqüente seja considerado como evento que não ajusta as demonstrações contábeis, em sendo relevante, deve ser divulgado em nota explicativa e seus efeitos mensurados, se praticável. Como exemplo destes eventos temos aumentos de capital, emissão de ações e emissão de dívidas. Dividendos propostos ou declarados depois da data do Dividendos propostos ou declarados balanço mas antes da autorização para emissão das depois da data do balanço mas demonstrações contábeis não devem ser reconhecidos antes da autorização para emissão como passivos, a menos que atendam a definição de das demonstrações contábeis são passivo na data do balanço. registrados como passivo na data do balanço independentemente se A entidade deve divulgar a data em que as atendia à definição de passivo na demonstrações contábeis foram autorizadas para data do balanço. emissão e quem autorizou (ex.: conselho de administração, diretoria etc) 16
  • 7. Conselho Federal de Contabilidade IAS 11 - Contratos de construção Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas A receita de um contrato de construção, deve (NPC 17 do IBRACON) Receita de compreender: (i) a importância inicial da receita vendas, estipulada contratualmente e (ii) variações no serviço Não há diferenças em relação a IAS. estoques e contratado, valores adicionais a serem cobrados do custo dos cliente e pagamento de incentivos a serem recebidos serviços do cliente (normalmente vinculados a performances do prestados. projeto). Os valores provenientes dos itens incluídos em (ii) acima, somente serão considerados na extensão em que seja provável que tais variações resultarão em receitas, e quando estas puderem ser quantificadas com segurança. A mensuração da receita deverá ser efetuada pelo valor justo dos montantes recebidos ou a serem recebidos. O custo do contrato deve compreender os custos relacionados diretamente com um contrato específico, custos que forem geralmente atribuíveis à atividade contratual e possam ser alocados ao contrato, e, outros custos especificamente debitáveis ao cliente, de acordo com os termos contratuais. O método do percentual completado deve ser utilizado para contabilizar receitas de serviços ou de construções oriundas de contratos de longo prazo quando for razoavelmente possível estimar o resultado do contrato. Isso ocorre quando são satisfeitos os critérios de reconhecimento de receita e é possível fazer uma medição confiável do estágio de conclusão do contrato. Quando o resultado do contrato não puder ser mensurado com segurança, a receita somente será reconhecida na extensão dos custos recuperáveis incorridos. Uma perda relacionada com um contrato deve ser contabilizada imediatamente, tão logo esta seja identificada, e por um valor suficiente para cobrir os prejuízos incorridos até a data e os prejuízos futuros necessários para completar o contrato. Nenhum método de avaliação do estágio de acabamento é obrigatório. Os métodos aceitos pela norma compreendem a porcentagem de trabalho executado (progresso físico) e a porcentagem de custos incorridos. 17
  • 8. Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS IAS - 12 Imposto de renda Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas Os efeitos de imposto de renda devem ser refletidos (NPC 25 IBRACON, Deliberação Ativos e nas demonstrações contábeis nos mesmos períodos CVM 273/98, Instrução CVM 371 e passivos de em que os ativos e passivos, que geram tais efeitos, NBC T 19.2 ) imposto de forem contabilizados. renda corrente Um imposto de renda diferido ou diferido e As diferenças entre as bases: contábil (apresentadas passivo deve ser reconhecido para referida no balanço) e fiscal (montante que será dedutível ou todas as diferenças temporárias despesa. tributável para fins de imposto de renda) dos ativos e tributáveis. passivos são classificadas entre temporárias e permanentes. Um imposto de renda diferido ativo deve ser reconhecido para todas as Diferenças temporárias são aquelas que após um diferenças temporárias dedutíveis período de amortização, ou outra forma de realização, desde que a entidade: não mais existirão e, portanto, as bases fiscais e contábeis serão idênticas (ainda que seja zero: no • tenha obtido lucro tributável em, caso de um ativo totalmente depreciado). Diferenças pelo menos, três dos cinco permanentes são aquelas que sempre existirão últimos exercícios sociais; e independente do tempo incorrido. • tenha expectativa de geração de Sobre as diferenças temporárias identificadas, lucros tributáveis futuros, relacionadas a itens de ativos e passivos na data de fundamentada em estudo de cada balanço, a entidade deve reconhecer um efeito de viabilidade, que permita a imposto de renda diferido. As diferenças permanentes realização do ativo fiscal diferido não geram efeitos diferidos de impostos. em um prazo máximo de dez anos, ou o limite máximo de Imposto de renda diferido ativo somente deve ser compensação permitido pela inicialmente reconhecido na extensão de que seja legislação, o que for menor. Os provável que o mesmo será realizado contra lucros lucros futuros devem ser trazidos tributáveis a serem gerados no futuro. a valor presente com base no Além do reconhecimento de imposto de renda diferido prazo total estimado para a sobre as diferenças temporárias identificadas, as realização do ativo fiscal diferido. entidades também reconhecem contabilmente como Impostos diferidos ativo ou passivo ativo, os efeitos de prejuízos fiscais que serão devem ser classificados entre curto compensados contra lucros futuros. O reconhecimento e longo prazo e devem ser de tais efeitos, seguindo a regra geral para transferidos para o circulante em reconhecimento de imposto de renda diferido ativo, função da expectativa de sua limita-se à extensão de que seja provável que os realização. mesmos serão realizados contra lucros tributáveis a serem gerados no futuro. Diferentemente das IFRS, não é reconhecido efeito de imposto de A mensuração dos ativos e passivos tributários renda diferido sobre a mais valia correntes e diferidos é baseada nas alíquotas e resultante de reavaliação de disposições da legislação tributária promulgadas na terrenos, quando estes não forem data do balanço patrimonial. destinados à venda. Os ativos e passivos fiscais diferidos devem sempre ser classificados como não circulantes, e não devem ser descontados. 18
  • 9. Conselho Federal de Contabilidade IAS - 14 Relatório por segmento Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas Informações por segmentos de negócios são As práticas contábeis adotadas no Apresentação requeridas para as companhias abertas (aquelas que Brasil não requerem informações das possuem ações, títulos mobiliários ou dívidas segmentadas por negócios ou áreas demonstrações negociadas no mercado), incluindo também aquelas geográficas. A CVM encoraja a contábeis que estejam em processo de emissão de ações e/ou divulgação de informações (Notas títulos para negociação no mercado. segmentadas, referendando o explicativas) disposto no IAS 14 como base para Segmento de negócio é um componente diferenciado a elaboração destas informações. de uma companhia que fornece produtos e serviços específicos, ou um grupo de produtos e serviços que estão sujeitos a riscos e retornos distintos de um outro segmento de negócio. Segmento geográfico é um componente diferenciado de uma companhia que fornece produtos e serviços específicos, ou um grupo de produtos e serviços dentro de um determinado ambiente de mercado e que estão sujeitos a riscos e retornos distintos de um outro ambiente de mercado. O IAS 14 determina que uma entidade divulgue as informações por segmento em dois formatos: segmento primário e segmento secundário. A origem e natureza dominantes dos riscos e retornos de uma companhia devem direcionar se o segmento primário será o de "negócios" ou "geográfico", considerando-se a importância desses segmentos em relação ao risco e retorno da companhia. A estrutura organizacional interna e de gestão de uma companhia, bem como seus sistemas de elaboração dos relatórios financeiros devem normalmente constituir as bases para determinar qual será o segmento primário e/ou secundário. Um segmento de negócio ou geográfico deve ser divulgado se a maioria das receitas registradas é proveniente de vendas para clientes externos e representa pelo menos: 10% do total das receitas, internas e externas, de todos os segmentos; ou 10% do resultado combinado de todos os segmentos; ou 10% do total dos ativos de todos os segmentos. Segmentos adicionais para divulgação devem ser identificados se o total de receitas externas atribuíveis a segmentos divulgados constituir menos de 75% do total das receitas consolidadas ou da companhia. (continua) 19
  • 10. Sumário da Comparação das Práticas Contábeis Adotadas no Brasil com as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS IAS - 14 Relatório por segmento (continuação) Principais diferenças em relação à Principais áreas das Descrição da Norma Internacional demonstrações norma brasileira contábeis afetadas As informações por segmento devem ser preparadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas na preparação e apresentação das demonstrações contábeis do grupo consolidado ou da companhia. O IAS 14 requer divulgação dos segmentos primários e secundários. As divulgações para o segmento primário são mais extensivas do que para o segmento secundário. Para cada segmento primário as seguintes principais informações devem ser divulgadas: receitas (externas e inter-segmentos); resultado líquido; total dos ativos; total dos passivos; total das aquisições de ativos permanentes; depreciação e amortização do período; e o total de despesas que não representaram desembolsos de caixa. No caso de segmento secundário, em geral, as informações a serem divulgadas incluem total da receita, ativos e aquisições de ativos permanentes, e não incluem o resultado do segmento. Também deve ser divulgada reconciliação entre as informações divulgadas por segmentos e as informações agregadas incluídas nas demonstrações contábeis consolidadas ou da companhia. 20