O documento discute a história da bandeira portuguesa, as cores da bandeira e o que elas representam. Também fornece detalhes sobre as tradições e profissões associadas com as salinas de Aveiro, como o Marnoto e a Salineira, e sobre a Ria de Aveiro e os moliceiros. Por fim, resume a vida da Princesa Santa Joana.
2. A 19 de Junho de 1911, depois de se implantar a República, a Bandeira Nacional
substituiu a Bandeira da Monarquia Constitucional.
E como é a nossa Bandeira?
A Bandeira Nacional é dividida na vertical com duas cores fundamentais: verde
escuro do lado esquerdo (ocupando dois quintos) e encarnado à direita
(ocupando três quintos).
E as suas cores? O que significam?
O vermelho é uma cor de força, coragem e alegria, que representa o sangue
derramado pelos portugueses; o verde, a cor da esperança e do mar, foi escolhido
em honra de uma batalha onde esta cor deu a vitória aos portugueses.
3. A Nossa Língua e o nosso País…
A nossa língua é também um símbolo do País.
Já deves ter ouvido aquela frase de Fernando Pessoa:
quot;A minha pátria é a língua portuguesaquot;. Significa que
está algo de Portugal onde quer que se fale
português. É mais um símbolo do nosso país!
Falam português cerca de 190 milhões de pessoas! (É
mesmo muita gente) E em todos os continentes!
Na Europa – Portugal
Em África - Cabo Verde, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe
Na América – Brasil
Na Ásia – Macau
Na Oceânia – Timor
4. Aveiro…
Sabias que existem duas estátuas de figuras típicas do meio laboral de
Aveiro, são elas a Salineira e o Marnoto, estão localizadas em duas das
extremidades da ponte sobre o Canal Central, actual Praça Humberto
Delgado.
5. Imagem de Zé Penhicheiro
O Marnoto
O Homem das salinas de Aveiro…
Sabias que a profissão de Marnoto é típica de
Aveiro… é o homem que trabalha nas salinas,
sendo hoje uma actividade em vias de extinção.
Robusto, trabalhava o marnoto de sol a sol com ancinho… Este
profissional vestia camisa branca sem colarinho e sem punhos, faixa
preta ou encarnada, barrete de fazenda de lã ou chapéu preto de aba
e lenço vermelho de algodão estampado.
6. Imagem de Zé Penhicheiro
A Salineira
A Mulher das salinas de Aveiro…
A Salineira, é uma figura tradicional do meio
laboral, esta tem a árdua tarefa de transportar o
sal em canastras de vime (65 – 70 kg), do barco
para os armazéns. Usa saia garrida comprida e blusa
de motivos claros, com rendas nas mangas. Por cima da saia, um avental de
serguilha e, sobre a blusa, um xaile colorido, de franjas longas, traçado da
esquerda para a direita. Normalmente, anda descalça ou calça chinelas pretas
envernizadas, enquanto que na cabeça usa um chapéu de aba larga arqueada,
onde prende um lenço de lã, também garrido.
7. A Ria de Aveiro e os Moliceiros…
Sabias que a Ria de Aveiro estende-se, pelo interior,
paralelamente ao mar, numa distância de 47 km e com uma largura máxima de
11 km, no sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira. A Ria é o resultado do recuo
do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do séc. XVI, formaram
uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes
hidrográficos da costa portuguesa. Abarca 11 000 hectares, dos quais 6 000 estão
permanentemente alagados, desdobra-se em quatro importantes canais
ramificados em esteiros que circundam um sem número de ilhas e ilhotes. Nela
desaguam o Vouga, o Antuã e o Boco, tendo como única comunicação com o
mar um canal que corta o cordão litoral entre a Barra e S. Jacinto, permitindo o
acesso ao Porto de Aveiro, de embarcações de grande calado. Esta é rica em
peixes e aves aquáticas, possui grandes planos de água locais de eleição para a
prática de todos os desportos náuticos.
8. Um pouco sobre a Princesa Santa Joana Princesa…
A princesa D. Joana, filha do rei D. Afonso V e de D. Isabel, e
irmã mais velha de D. João II, nasceu em 6 de Fevereiro de 1452.
Ficou órfã de mãe aos três anos, tendo sido criada pelo pai e por
uma tia. Desde cedo mostrou uma enorme bondade e preocupação pelos mais
pobres. Embora não faltasse nas festas e nas danças da corte, também deixava
tempo para se dedicar à oração e praticar o bem. A princesa, que se dizia ser muito
bela, teve várias propostas de casamento, mas todas recusou. Era sua vontade
entrar para um convento, o que conseguiu, ao entrar no convento de Odivelas em
Lisboa. Mais tarde mudou-se para o Convento de Jesus, na Vila de Aveiro. Esta
decisão contrariou a vontade do rei, e da própria população que enviou os seus
procuradores à porta do mosteiro para se manifestarem contra aquela resolução.
D. Joana não fez os votos de freira, mas isso não a impediu de usar o hábito,
vivendo na humildade e na pobreza e aplicando as rendas que possuía no socorro
aos pobres. Morreu após um longo período de doença, no dia 12 de Maio de 1490.
Fonte: MJM (M.A., do site: http://www.eraumavezemaveiro.com