SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
Curso de Identificação Botânica de
Espécies Arbóreas da Região Amazônica
Ficha Técnica
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Meio Ambiente
Carlos Minc
Secretária-Executiva
Izabella Teixeira
Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro
Antônio Carlos Hummel
Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro
Antônio Carlos Hummel
Cláudia Ramos
José Natalino Silva
Luiz Carlos Joels
Thaís Juvenal
Chefe do Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor)
Cristina Galvão
Elaboração
Marcelo C. Scipioni (Cenaflor)
Revisão de Texto e Diagramação
Cecília Jorge (Cenaflor)
Ilustração da Capa
Therese von Behr
Brasília, agosto/2009
1
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICOOOO
O sistema de classificação baseia-se na taxonomia vegetal para identificarção de todas as espécies
de plantas, agrupando-as por semelhança morfológica e por ligações de parentesco genético. Esta
tarefa pressupõe o levantamento completo de toda a flora mundial, desde plantas diminutas a
grandes árvores.
Os sistemas de classificação têm o objetivo de organizar os componentes do Reino Vegetal em
agrupamentos hierárquicos que partem do Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e terminam na
base específica, a Espécie.
HistóricoHistóricoHistóricoHistórico
O processo evolutivo do sistema de classificação da nomenclatura botânica caracteriza-se por
três períodos histórico-evolutivos. O primeiro, o PréPréPréPré----LiLiLiLineano,neano,neano,neano, baseava-se na classificação das
plantas por diferentes métodos e características, como o hábito das plantas (árvores e ervas), o
ambiente de ocorrência predominante (planta de terra, água) ou o sistema sexual
(dico/monodicotiledôneas). Esse sistema foi utilizado no período das civilizações grega e
romana.
Em 1735, o sueco Carl Linneu buscou, com a obra Systema Naturae, padronizar o uso da
nomenclatura botânica por um sistema binominal. Surge, dessa forma, um novo período para a
botânica sistemática: o LineanoLineanoLineanoLineano, que revolucionou o pensamento taxonômico. Outra obra de sua
autoria, Species Plantarum, de 1753, consolidou também o sistema de prioridade de nomes.
O surgimento dos modernos estudos filogenéticos e as correlações de caracteres morfológicos
evolucionários das plantas com base na ciência abriram as portas para o NovoNovoNovoNovo período. Ele
caracteriza-se por permitir um arranjamento constante dos sistemas de parentesco das plantas.
Dentre os trabalhos de base filogenética de grande importância, no Novo período, pode-se citar
o trabalho realizado no grupo das angiospermas que recentemente remodelou e reordenou os
grupos familiares dessas plantas. Esse estudo é vulgarmente conhecido pelas siglas APG, do
inglês Angiosperm Phylogeny Group. A primeira versão, o APG I, é de 1999, e a última, o APG
II, de 2003. Atualmente, é o sistema de nomenclatura de maior reconhecimento e uso.
Maiores informações:Maiores informações:Maiores informações:Maiores informações:
Angiosperm Phylogeny Website – (APG)
http://www.mobot.org/MOBOT/Research/APweb/welcome.html
2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA
A nomenclatura botânica é regida por regras internacionais e revista em reuniões da Sessão de
Nomenclatura dos sucessivos Congressos Internacionais de Botânica. O Código Internacional
válido nos dias de hoje é o Código de Viena, publicado em 2005 no Congresso realizado na
cidade austríaca. Esse novo código revogou o Código de Saint Louis, Missouri, Estados Unidos,
2
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
realizado em 2000. O código de nomenclatura abrange: algas, briófitas, plantas fósseis, fungos e
plantas vasculares. (BICUDO e PRADO, 2007).
Dentre os princípios da nomenclatura botânica podem-se citar a prioridade de publicação e o
nome científicos de grupos taxonômicos regidos em latim.
As regras básicas para redação botânica para família, nome de gênero, epíteto específico e
autor(es) estão descritos a seguir.
2.1 Família2.1 Família2.1 Família2.1 Família
A redação da nomenclatura do nome família tem o NNNNOME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE).
Exemplos:
SAPOTACEAEACEAEACEAEACEAE, MYRTACEAEACEAEACEAEACEAE, ARECACEAEACEAEACEAEACEAE, FABACEAEACEAEACEAEACEAE, LAURACEAEACEAEACEAEACEAE, SAPINDACEAEACEAEACEAEACEAE,
POACEAEACEAEACEAEACEAE, BIGNONIACEAEACEAEACEAEACEAE, CIATHEACEAEACEAEACEAEACEAE, ARAUCARIACEAEACEAEACEAEACEAE
Nomes de longo uso têm validade conforme os Artigos 18.5 e 18.6 do Código Internacional de
Nomenclatura.
Exemplos:
LEGUMINOSAE = FABACEAE, LABIATEA = LAMIACEAE, GUTTIFERAE = CLUSIACEAE,
PALMAE = ARECACEAE, COMPOSITAE = ASTERACEAE e GRAMINEAE = POACEAE.
No artigo 19.7, a família Papilionaceae pode ser considerada família quando essa for desagrupada
do restante das Leguminosae, ou Subfamília quando essa for considerada dentro de
Fabaceae/Leguminosae.
*Papilionaceae*Papilionaceae*Papilionaceae*Papilionaceae ==== família ≠ do restante das Leguminosae, ou, ou, ou, ou
*Papiloinoideae*Papiloinoideae*Papiloinoideae*Papiloinoideae = SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE) dentro Fabaceae/Leguminosae.
RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO:
- USAR somente FABACEAE ou FABACEAE (M) na distinção de sub-família.
-Importante conhecer as Sub-famílias das Fabacaea/ Leguminosae: (bibliografias)
Mimosoideae (M)
Caesalpinioideae (C)
Papilonoideae (P)
2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero
A origem dos nomes genéricos vem de antigas designações usuais da língua latina popular.
3
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
Línguas antigas (Akakia, Acacia - Grego antigo = espinho).
Nomes indígenas (Butia e Inga, tupi-guarani).
Nomes de personalidades (Cabralea, Pedro Álvares Cabral).
Localização geográfica e ecológica (Allophylus, do Grego, állo = outro e phyllus = nação, origem
de nação estrangeira).
Elementos da morfologia ou taxonomia vegetal (Enterolobium, do grego, enteron = intestine e
lobos = legume).
2.3 Nome específico2.3 Nome específico2.3 Nome específico2.3 Nome específico
Minúsculas, sendo normalmente constituída de uma única palavra ou raramente por duas
palavras unidas por hífen.
Exemplo:
• crenata: ressalta a margem crenada dos folíolos.
• polymorpha: ao polimorfismo da espécie.
• obtusifolia: refere-se as folhas com ápice obtuse.
• triplinervia: as três nervuras salientes que partem da base do limbo.
A origem dos nomes genéricos é de antigas designações usuais da língua latina popular.
Entretanto, esses termos têm várias origens, como em outras línguas antigas (Akakia, Acacia -
Grego antigo = espinho), nomes indígenas (Butia e Inga, tupi-guarani), nome de personalidades
(Cabralea, Pedro Álvares Cabral), localização geográfica e ecológica (Allophylus, do Grego, állo
= outro e phyllus = nação, origem de nação estrangeira) e elementos da morfologia ou taxonomia
vegetal (Enterolobium, do grego, enteron = intestine e lobos = legume).
2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es):
O(s) nome(s) do autor(es) faz(em) parte do nome científico, sempre disposto logo após os nomes
do gênero e/ou do epíteto específico. O nome refere a(s) pessoa(s) responsável(is) pela descrição
da botânica da espécie, podendo estar escrito de forma inteira ou abreviada.
Exemplo:
- Determinador do Gênero: Pouteria Aubl.
- Determinador da Espécie: Pouteria guianensis Aubl., Pouteria maxima T.D. Penn.
3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA (conforme, Roderjam, 2008)
3.1 Árvore3.1 Árvore3.1 Árvore3.1 Árvore
Vegetal superior lenhoso constituído de uma porção superior folhosa, denominada copa, de um
tronco suporte livre de ramificações, denominado fuste, e de um sistema radicial - raiz que
prende este conjunto ao solo.
4
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
3.2 Hábito3.2 Hábito3.2 Hábito3.2 Hábito
Aspecto geral da árvore em vista da proporção da copa em relação à sua altura do solo.
CopaCopaCopaCopa baixa ou copadabaixa ou copadabaixa ou copadabaixa ou copada: a copa ocupa mais de 50% da altura total da árvore.
Copa altaCopa altaCopa altaCopa alta: a copa ocupa menos de 50% da altura total da árvore.
Forma específicaForma específicaForma específicaForma específica: quando cresce isolada ou livre de concorrência.
Forma florestalForma florestalForma florestalForma florestal: quando cresce em conjunto com outras árvores, concorrendo pelo espaço
disponível para o seu desenvolvimento.
3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore
Aspecto geral da árvore em relação à sua altura total e diâmetro a 1,30 m do solo (altura do peito
- DAP).
PortePortePortePorte Altura totalAltura totalAltura totalAltura total DAPDAPDAPDAP
Pequeno: < 10 m < 15 cm
Médio: 10 - 25 m 15 - 50 cm
Grande: > 25 m > 50 cm
3.4 Raízes3.4 Raízes3.4 Raízes3.4 Raízes
Parte inferior das árvores, geralmente subterrânea, com duas funções principais:
- Mecânica - sustentação e fixação ao solo.
- Fisiológica - absorção da água e nutrientes.
subtersubtersubtersubterrânerânerânerânea superficiaisa superficiaisa superficiaisa superficiais aéaéaéaéreas (escoras)reas (escoras)reas (escoras)reas (escoras) respiratóriasrespiratóriasrespiratóriasrespiratórias
5
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
3.5 Fuste3.5 Fuste3.5 Fuste3.5 Fuste
Parte do tronco livre de ramificações e suscetível de ser industrializada.
tipos formastipos formastipos formastipos formas basebasebasebase
3.6 Folha3.6 Folha3.6 Folha3.6 Folha
Estrutura aérea de crescimento, geralmente laminar, com função fotossintetizante. Pode ser
simples (3.6.1) ou composta (3.6.2).
3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples
Apenas uma lâmina foliar após a gema axilar.
3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas
Apresenta mais de uma lâmina foliar (folíolo) após a gema axilar.
6
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia
É o arranjo das folhas ao longo do eixo caulinar.
3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha
3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha
3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha
3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha
7
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação)
3333.6.9.6.9.6.9.6.9 EstípulasEstípulasEstípulasEstípulas
Estruturas geralmente foliáceas e em parte na base do pecíolo das folhas, ou solitárias apicais.
3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo)
Estrutura presente na base ou no ápice do pecíolo, permitindo certa articulação da folha.
3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade
Pilosidade é a presença de estruturas como pelos, escamas ou pelos glandulares na superfície da
planta. A ausência dessas estruturas na superfície é chamada comumente de glabra. Esses
elementos diagnósticos são importantes pois são os responsáveis pela diferenciação visual das
faces das superfícies foliares nas folhas discolores e na sensação do tato com o dedo sobre a
superfície.
8
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
3.6.123.6.123.6.123.6.12 DomáceasDomáceasDomáceasDomáceas
Estruturas como bolsas, orifícios, sacos, tufos de pelos que permitem o
alojamento de insetos, comumente encontradas nas axilas das nervuras, ápice
do pecíolo e base da lâmina foliar ou ramo.
3.6.133.6.133.6.133.6.13 GlândulasGlândulasGlândulasGlândulas
Órgãos especializados minúsculos que secretam algum tipo de substância.
Apresentam diferentes formas e tamanhos, sendo fonte de informação para
diferenciação e determinação botânica.
3.73.73.73.7 CascaCascaCascaCasca
Conjunto de tecidos do caule e da raiz situado por
fora do câmbio, ordinariamente em casca interna
(viva) e casca externa ou ritidoma (morta).
Casca internaCasca internaCasca internaCasca interna
Parte da periderme formada por tecidos
felogênicos vivos, não sofrendo influência do
ambiente.
Características diagnósticas:
- Cor;
- Textura: determinada pelos elementos
constituintes. Pode ser fibrosa (fibras longas),
curto-fibrosa (fibras curtas), arenosa (com
elementos pétreos - sílica) ou pastosa (com
elementos adesivos).
- Estrutura: disposição dos seus elementos
constituintes. Pode ser compacta, trançada ou laminada.
Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma)
O revestimento externo dos vegetais lenhosos é formado por tecidos mortos do floema. O
desprendimento pode ser pulverulento (pó), em escamas (tecidos friáveis), lâminas (tecidos
9
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
consistentes, flexíveis) ou em placas (tecidos consistentes, rígidos).
Aparência do RitidomaAparência do RitidomaAparência do RitidomaAparência do Ritidoma: Aspecto quando observado a uma certa distância (1 m). Pode ser:
As fissuras podem ser descritas como:
- Microfissuradas: menos que 2 mm de largura;
- Mesofissuradas: de 2 a 10 mm de largura;
- Macrofissuradas: com mais de 10 mm de largura.
Elementos eventurais da cascaElementos eventurais da cascaElementos eventurais da cascaElementos eventurais da casca
- ÁculeosÁculeosÁculeosÁculeos (não vascularizados): facilmente removível sem
desprender parte do tecido da epiderme.
- EspinhosEspinhosEspinhosEspinhos (vascularizados): de difícil remoção, normalmente
danificando a epiderme do tecido quando retirado.
-LenticelasLenticelasLenticelasLenticelas (aberturas ou vesículas para aeração dos tecidos internos. Podem variar em forma,
tamanho, cor, densidade e pilosidade).
- Cicatrizes peciolaresCicatrizes peciolaresCicatrizes peciolaresCicatrizes peciolares (cicatrizes formadas pela queda das folhas. Em algumas espécies são
persistentes.
Outras características úteisOutras características úteisOutras características úteisOutras características úteis
10
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
- ExsudaçõesExsudaçõesExsudaçõesExsudações: na forma de resinas (translúcidas, rígidas), gomas (elementos pastosos, adesivos)
ou látex (líquidos, de várias cores);
- OdoresOdoresOdoresOdores: certas espécies, gêneros e até famílias possuem odores característicos, agradáveis ou
não;
- SaboresSaboresSaboresSabores: pode-se, eventualmente, detectar sabores característicos na casca viva (adstringentes,
picantes).
4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA
A coleta botânica é uma forma de registrar a confirmação da espécie em estudos científicos,
levantamentos florísticos e inventários florestais. A coleta de material botânico de espécies
arbóreas em ambiente florestal para confirmação é essencial, principalmente quando os
caracteres dendrológicos diagnósticos não são evidentes no tronco e casca. Assim, torna-se
necessário a realização de coleta de material vegetativo para determinação correta da espécie,
podendo a coleta ser descartada ou herborizada.
4.14.14.14.1 Atividades de PréAtividades de PréAtividades de PréAtividades de Pré----ColetaColetaColetaColeta
Antes de realizar alguma atividade de coleta botânica e trabalho de campo, a pessoa deve levar
em consideração o tipo e o objetivo do trabalho a ser realizado, para ter noção da quantidade de
material a ser coletado e da logística necessária para o preparo das coletas.
Primeiramente, definir se o trabalho necessitará de muitas coletas botânicas, o cronograma de
atividades e a dificuldade de execução da coleta. No caso de espécies arbóreas, a estrutura
vertical (altura) é um fator determinante no tipo de equipamento a ser usado. Esse fator também
define a necessidade de pessoa qualificada para atividade em altura, tanto em técnica de escalada
quanto em preparo físico.
Os materiais básicos para coleta são instrumentos para remoção e condicionamento do material
botânico em campo (sacos de coleta, prensas, jornais, acessórios para prensagem, como cordões e
tiras de borrachas). Os equipamentos de remoção variam conforme a estrutura do vegetal.
Lenhosos normalmente usam-se podões, facões e tesouras de poda. Enquanto os materiais
herbáceos, que necessitam da remoção do sistema radicular para a execução da coleta, usam-se
formões. Em florestas com árvores de fustes elevados, além do uso de podões de cabo extensível,
podem-se usar equipamentos de escalada e atiradeiras (bodoque) para a realização da coleta
botânica.
4.24.24.24.2 Atividades de ColetaAtividades de ColetaAtividades de ColetaAtividades de Coleta
Com os equipamentos precisos e materiais de coleta em quantidades adequadas, parte-se para o
campo para a execução da amostragem da vegetação. Em árvores, inicialmente deve-se realizar
uma sondagem no entorno da base do tronco e nas partes baixas do fuste para constatar a
11
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
existência de algum ramo ladrão com folhas, que auxilie na identificação botânica. Com isso,
evitam-se procedimentos trabalhosos de coleta com perda de tempo.
Nas árvores que necessitam de esforço de coleta, é feita uma tentativa inicial com o podão de
cabo extensível, que apresenta diferentes metragens de alcance, podendo ser encontrado no
mercado cabos de alumínio ou carbono, que são materiais leves e de fácil manuseio. Caso o
alcance do cabo seja insuficiente, poderão ser utilizadas outras técnicas para o alcance do
material. Dentre as técnicas associadas ou não com o uso de podão de cabo telescópico, destaca-
se a escalada e o uso de escada, essas normalmente de alumínio. O objetivo dessas técnicas
associadas é a melhor projeção do podão de cabo extensível para alcançar o material a ser
coletado.
Outra técnica é o uso de projéteis contra a copa da árvore, na tentativa de derrubar de ramos e
folhas. Com o estilingue (atiradeira, bodoque), usam-se pedras como projéteis ou chumbada com
linhada, que serve para enroscar um fio de náilon em ramos ou galhos. Tracionando-os, derruba-
se o material botânico.
Após a coleta, o material deve ser condicionado em sacolas ou bolsas para garantir a segurança
da coleta e evitar a sua perda. Coletas de inventários florestais devem ser registradas com fita
adesiva (crepe) para marcar o número da árvore e também anotadas em caderneta de campo
com o respectivo número da árvore e data de coleta. Esse procedimento é importante para a
correta correspondência entre material recolhido e a planta matriz.
O procedimento seguinte é a prensagem. Logo após a realização da(s) coleta(s) ou no fim do dia
de trabalho, realiza-se a prensagem do material, com uso de prensas normalmente feitas de
madeira, conforme Figura 1. A primeira opção, com prensagem diretamente no campo, evita o
uso de sacos de coleta. É ideal nos dias quentes, pois as plantas podem murchar rapidamente,
comprometendo a qualidade estética do material a ser herborizado. Para a segunda opção é
necessário o uso de sacos de coleta que devem apresentar um sistema de fechamento da boca
para evitar perda de coletas. O volume ideal é de 50 litros.
No ambiente florestal, prefere-se realizar, em inventários, a prensagem após o trabalho de
campo, pois normalmente o volume de coleta é pequeno. Com isso, é desnecessário o transporte
de materiais de prensagem que dificultam e geram peso extra no deslocamento.
Já nos trabalhos que exigem muitas coletas, devido à falta de conhecimento da florística local ou
à necessidade de registro em herbário, a prensagem imediata torna-se uma medida aconselhável,
visto que melhora a aparência e conservação do material herborizado.
12
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1 –––– Modelo de prensa para herborização de material botânico.
4.34.34.34.3 Atividades de PósAtividades de PósAtividades de PósAtividades de Pós----ColetaColetaColetaColeta
Com o material botânico prensado entre jornais e cartões de papelão, as prensas devem ser
levadas para secar em estufa elétrica (Anexo A). Para materiais carnosos (frutos, folhas, flores)
ou com muita exsudação, o jornal deve ser trocado diariamente e a prensa recolocada
novamente na estufa até que o material encontre-se totalmente desidratado.
A planta é considerada seca quando estiver rígida, sem dobrar ao ser suspensa. O tempo
necessário para secar uma planta vai depender de sua natureza, bem como do processo de
secagem, nível e constância da temperatura na estufa. No equipamento elétrico, o tempo varia
de 24 a 48 horas. Para uma boa secagem, deve haver uma circulação de ar adequada, com a
remoção do ar quente e úmido do ambiente interno da estufa e uma temperatura não muito
elevada, o ideal é entre 40 e 60º C.
13
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
Terminada a fase de secagem, as coletas devem ser armazenadas em ordem alfabética de família
e sequencialmente por espécie dentro da pasta-catálogo de dorso aberto que possibilita a
expansão com uso de parafusos de maior comprimento (3 - 5 cm). Em cada saco plástico será
introduzido uma exsicata por espécie. Junto de cada planta, por saco plástico, adiciona-se uma
folha A4, contendo os seguintes dados: Família, Nome Científco, Nome Vulgar, Local, Data da
Coleta, Nome do Coletor, Determinador.
A pasta-catálogo serve como um pequeno herbário de consulta. De fácil manuseio, auxilia na
identificação das espécies. Para a conservação desse material, deve-se somente anexar plantas
bem desidratadas e guardá-lo em locais secos e fechados para evitar ataque de pragas.
Caso apresente início de formação de fungos sobre alguma exsicata, o ideal é removê-la para
borrifar álcool sobre a coleta. O objetivo desse procedimento é eliminar os micélios do(s)
fungo(s). Em seguida, a planta deve passar pelo mesmo processo de secagem visto anteriormente.
Esse processo também deve ser realizado no saco plástico que a exsicata estava armazenada. No
fim do processo de expurgo, anexar novamente o saco plástico com a coleta no catálogo.
5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA
A correta determinação botânica depende muitas vezes de consulta a especialistas. O especialista
deve ser consultado antes do envio de qualquer material para identificação, a fim de que ele
possa decidir se tem interesse em estudar o material.
Hoje, existem sites que auxiliam na busca por especialistas e herbários reconhecidos. O site
Taxonomia Vegetal, lotado no servidor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tem os
contatos de taxonomistas e especialistas brasileiros, além da Rede Brasileira de Herbários
(http://www.ufrgs.br/taxonomia/).
Outro site útil é o Index Herbariorum, mantido pelo Herbário de Nova York, que apresenta um
banco de dados de informação de mais de 3.382 herbários em 168 países. No site pode-se
pesquisar herbários existentes num país, estado ou cidade.
Para conferir nomes científcos, alguns bancos de dados podem ser consutados, principalmente,
para verificação de autores e nomes válidos. Podem-se citar:
- The International Plant Names Index (IPNI): banco de nomes de plantas produzido em
colaboração com os herbários The Royal Botanic Gardens, Kew, The Harvard University Herbaria e
o Australian National Herbarium - http://www.ipni.org/.
- TROPICOS - Missouri Botanical Garden: banco de dados com mais de 3.766.657 espécies -
http://www.tropicos.org/.
14
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
ANEXOANEXOANEXOANEXO AAAA ---- Modelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânico
Modelo conforme MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G.; CORADIN, L.,
1989. AAAA. base da estufa e suas dimensões. BBBB. banco de lâmpadas conectadas
em série. CCCC. posição da tampa removível de tela. DDDD. estufa com uma só
prensa; note como as lâmpadas acesas podem ficar separadas com o auxílio
de uma tábua. EEEE. estufa 'carregada' com prensas.
15
Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
REFERÊNCIAREFERÊNCIAREFERÊNCIAREFERÊNCIASSSS BIBLIOGRBIBLIOGRBIBLIOGRBIBLIOGRÁFICASÁFICASÁFICASÁFICAS
BICUDO, C.E. de M. & PRADO, J. Código Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura Botânica (Código de
Viena, 2005). IBT, IAPT, SBSP, São Carlos: Editora Rima, 2007. 181 p.
MARCHIORI, J. N. C. Elementos de DendrologiaElementos de DendrologiaElementos de DendrologiaElementos de Dendrologia. Santa Maria: Ed. UFSM, 1995. 163 p.
MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G.; CORADIN, L. Manual de manejo do herbárioManual de manejo do herbárioManual de manejo do herbárioManual de manejo do herbário
fanerogâmicofanerogâmicofanerogâmicofanerogâmico. Centro de Pesquisa do Cacau, Ilhéus, 1989. 44 p.
RIBEIRO, J. E. L.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO,
J. M.; MARTINS, L. H. P.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A. C. L; PEREIRA, E. C.; MESQUITA,
S. M. R.; PROCÓPIO, L. C. FlFlFlFlora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de
uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus. INPA, 1999. 799 p.
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
BARALOTO, C.; WALTHIER, F.; FERREIRA, E.; ROCKWELL, C. Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre,
Brasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateiros. Disponível em:
<http://fm2.fieldmuseum.org/plantguides/guide_pdfs/187-12.pdf >. Acesso em: 15 jul. 2009.
BONIFACIO, M; JUSTINIANO, J.; TOLEDO, M.; FREDERICKSEN, T. Guía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica de
Especies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de Bolivia. Santa Cruz, 2 ed., 2003. 245 p.
JUSTINIANO, M. J.; PENÃ-CLAROS, M.; TOLEDO, M.; JORDÁN, C. Guía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica de
EEEEspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Bolivia, v. 2. Santa Cruz de la Sierra, 2003. 231 p.
RIBEIRO, J. E. L.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO,
J. M.; MARTINS, L. H. P.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A. C. L; PEREIRA, E. C.; MESQUITA,
S. M. R.; PROCÓPIO, L. C. FlFlFlFlora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de
uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus. INPA, 1999. 799 p.
SITES DE CONSULTASITES DE CONSULTASITES DE CONSULTASITES DE CONSULTA
TROPICOS - Missouri Botanical Garden – banco de dados com mais de 3.766.657 espécies.
http://www.tropicos.org/
The International Plant Names Index (IPNI) – banco dados de nomes de plantas, produzido em
colaboração com os herbários: The Royal Botanic Gardens, Kew, The Harvard University Herbaria,
e o Australian National Herbarium. http://www.ipni.org/
Index Herbariorum – Banco de dados de informação de 3.382 herbários em 168 países.
http://sciweb.nybg.org/science2/IndexHerbariorum.asp
Taxonomia Vegetal – Taxonomistas e especialistas; Rede Brasileira de Herbários.
http://www.ufrgs.br/taxonomia/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Importancia - Formação e estrutura da semente.pptx
Importancia - Formação e estrutura da semente.pptxImportancia - Formação e estrutura da semente.pptx
Importancia - Formação e estrutura da semente.pptxElvisRicardo12
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPRomario Gomes
 
Plantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controlePlantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controleGeagra UFG
 
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...cbsaf
 
Apostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferasApostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferasLenildo Araujo
 
Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Geagra UFG
 
Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Giovanna Martins
 
Plantio da cenoura
Plantio da cenouraPlantio da cenoura
Plantio da cenouraKelwin Souza
 
Morfologia dos órgãos vegetativos folha
Morfologia dos órgãos vegetativos  folhaMorfologia dos órgãos vegetativos  folha
Morfologia dos órgãos vegetativos folhaernandes damasceno
 

Mais procurados (20)

Manejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhasManejo de plantas daninhas
Manejo de plantas daninhas
 
Importancia - Formação e estrutura da semente.pptx
Importancia - Formação e estrutura da semente.pptxImportancia - Formação e estrutura da semente.pptx
Importancia - Formação e estrutura da semente.pptx
 
Fruto 2012 aula
Fruto 2012 aulaFruto 2012 aula
Fruto 2012 aula
 
Adubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RPAdubação verde GOMES RP
Adubação verde GOMES RP
 
Plantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controlePlantas daninhas e seu controle
Plantas daninhas e seu controle
 
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...
Dia 2 - Expansão do Açaí e seu potencial em SAFs - Manejo, produção e comerci...
 
Pragas do Milho
Pragas do MilhoPragas do Milho
Pragas do Milho
 
Agricultura de Precisão
Agricultura de PrecisãoAgricultura de Precisão
Agricultura de Precisão
 
Apostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferasApostila propagacao de arvores frutiferas
Apostila propagacao de arvores frutiferas
 
Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.Manejo de plantio do algodão.
Manejo de plantio do algodão.
 
Mip do milho
Mip do milhoMip do milho
Mip do milho
 
Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal Poaceae Sistemática Vegetal
Poaceae Sistemática Vegetal
 
Classificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNewClassificação de doenças de McNew
Classificação de doenças de McNew
 
Aula 02 cultura do maracujá.
Aula 02  cultura do maracujá.Aula 02  cultura do maracujá.
Aula 02 cultura do maracujá.
 
Tratamento de sementes
Tratamento de sementesTratamento de sementes
Tratamento de sementes
 
Plantio da cenoura
Plantio da cenouraPlantio da cenoura
Plantio da cenoura
 
Entomologia
EntomologiaEntomologia
Entomologia
 
Morfologia dos órgãos vegetativos folha
Morfologia dos órgãos vegetativos  folhaMorfologia dos órgãos vegetativos  folha
Morfologia dos órgãos vegetativos folha
 
Aula sistematica vegetal
Aula sistematica vegetalAula sistematica vegetal
Aula sistematica vegetal
 
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula10 Propriedades Físicas do Solo-aula
10 Propriedades Físicas do Solo-aula
 

Semelhante a Curso Identificação Botânica Espécies Arbóreas Amazônica

Semelhante a Curso Identificação Botânica Espécies Arbóreas Amazônica (20)

Aula Classificação dos Seres Vivos
Aula Classificação dos Seres VivosAula Classificação dos Seres Vivos
Aula Classificação dos Seres Vivos
 
Taxonomia
TaxonomiaTaxonomia
Taxonomia
 
01 sistemática
01 sistemática01 sistemática
01 sistemática
 
Biologia modulo iii
Biologia modulo iiiBiologia modulo iii
Biologia modulo iii
 
A classificação dos seres vivos
A classificação dos seres vivosA classificação dos seres vivos
A classificação dos seres vivos
 
Sistemática e filogenética
Sistemática e filogenéticaSistemática e filogenética
Sistemática e filogenética
 
Nome científico
Nome científicoNome científico
Nome científico
 
Nomenclatura botânica
Nomenclatura botânicaNomenclatura botânica
Nomenclatura botânica
 
Introdução a sistemática vegetal
Introdução a sistemática vegetalIntrodução a sistemática vegetal
Introdução a sistemática vegetal
 
Classifica seres vivos.ppt
Classifica seres vivos.pptClassifica seres vivos.ppt
Classifica seres vivos.ppt
 
Nomenclatura zoologica
Nomenclatura zoologicaNomenclatura zoologica
Nomenclatura zoologica
 
Nomenclatura zoologica
Nomenclatura zoologicaNomenclatura zoologica
Nomenclatura zoologica
 
Nomenclatura 3-2023.pptx
Nomenclatura 3-2023.pptxNomenclatura 3-2023.pptx
Nomenclatura 3-2023.pptx
 
Resumo - Biologia II
Resumo - Biologia IIResumo - Biologia II
Resumo - Biologia II
 
Classificação dos seres vivo1
Classificação dos seres vivo1Classificação dos seres vivo1
Classificação dos seres vivo1
 
Resumo - Biologia II
Resumo - Biologia IIResumo - Biologia II
Resumo - Biologia II
 
Entomologia básica
Entomologia básicaEntomologia básica
Entomologia básica
 
Aula nomenclatura botânica
Aula nomenclatura botânicaAula nomenclatura botânica
Aula nomenclatura botânica
 
Trabalho exsicatas_Henrique Morais Menezes.pdf
Trabalho exsicatas_Henrique Morais Menezes.pdfTrabalho exsicatas_Henrique Morais Menezes.pdf
Trabalho exsicatas_Henrique Morais Menezes.pdf
 
Classificação dos seres vivos_CEEP
Classificação dos seres vivos_CEEPClassificação dos seres vivos_CEEP
Classificação dos seres vivos_CEEP
 

Mais de Guellity Marcel

O que é evolução e quem foi Darwin?
O que é evolução e quem foi Darwin?O que é evolução e quem foi Darwin?
O que é evolução e quem foi Darwin?Guellity Marcel
 
Teoria Darwiniana - Nova Síntese
Teoria Darwiniana - Nova SínteseTeoria Darwiniana - Nova Síntese
Teoria Darwiniana - Nova SínteseGuellity Marcel
 
Seleção Natural e Adaptação
Seleção Natural e AdaptaçãoSeleção Natural e Adaptação
Seleção Natural e AdaptaçãoGuellity Marcel
 
As Evidências da Evolução
As Evidências da EvoluçãoAs Evidências da Evolução
As Evidências da EvoluçãoGuellity Marcel
 
Histórico da Evolução até Darwin
Histórico da Evolução até DarwinHistórico da Evolução até Darwin
Histórico da Evolução até DarwinGuellity Marcel
 
Genética Geral - Evolução
Genética Geral - EvoluçãoGenética Geral - Evolução
Genética Geral - EvoluçãoGuellity Marcel
 
Apostila divisão celular - USP
Apostila divisão celular - USPApostila divisão celular - USP
Apostila divisão celular - USPGuellity Marcel
 
Apostila divisão celular - UNIP
Apostila divisão celular - UNIPApostila divisão celular - UNIP
Apostila divisão celular - UNIPGuellity Marcel
 
Apostila divisão celular - UFRGS
Apostila divisão celular - UFRGSApostila divisão celular - UFRGS
Apostila divisão celular - UFRGSGuellity Marcel
 
Apostila divisão celular - UFPB
Apostila divisão celular - UFPBApostila divisão celular - UFPB
Apostila divisão celular - UFPBGuellity Marcel
 
Apostila divisão celular - UFF
Apostila divisão celular - UFFApostila divisão celular - UFF
Apostila divisão celular - UFFGuellity Marcel
 
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPBLivro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPBGuellity Marcel
 
Pratica Fotossíntese - IB/USP
Pratica Fotossíntese - IB/USPPratica Fotossíntese - IB/USP
Pratica Fotossíntese - IB/USPGuellity Marcel
 
Apostila - Fotossintese - UFC
Apostila - Fotossintese - UFCApostila - Fotossintese - UFC
Apostila - Fotossintese - UFCGuellity Marcel
 
Apostila - Fisiologia Vegetal - USP
Apostila - Fisiologia Vegetal - USPApostila - Fisiologia Vegetal - USP
Apostila - Fisiologia Vegetal - USPGuellity Marcel
 

Mais de Guellity Marcel (20)

O que é evolução e quem foi Darwin?
O que é evolução e quem foi Darwin?O que é evolução e quem foi Darwin?
O que é evolução e quem foi Darwin?
 
Teoria Darwiniana - Nova Síntese
Teoria Darwiniana - Nova SínteseTeoria Darwiniana - Nova Síntese
Teoria Darwiniana - Nova Síntese
 
Seleção Natural e Adaptação
Seleção Natural e AdaptaçãoSeleção Natural e Adaptação
Seleção Natural e Adaptação
 
Evolução Molecular
Evolução MolecularEvolução Molecular
Evolução Molecular
 
As Evidências da Evolução
As Evidências da EvoluçãoAs Evidências da Evolução
As Evidências da Evolução
 
Histórico da Evolução até Darwin
Histórico da Evolução até DarwinHistórico da Evolução até Darwin
Histórico da Evolução até Darwin
 
Genética Geral - Evolução
Genética Geral - EvoluçãoGenética Geral - Evolução
Genética Geral - Evolução
 
Apostila divisão celular - USP
Apostila divisão celular - USPApostila divisão celular - USP
Apostila divisão celular - USP
 
Apostila divisão celular - UNIP
Apostila divisão celular - UNIPApostila divisão celular - UNIP
Apostila divisão celular - UNIP
 
Apostila divisão celular - UFRGS
Apostila divisão celular - UFRGSApostila divisão celular - UFRGS
Apostila divisão celular - UFRGS
 
Apostila divisão celular - UFPB
Apostila divisão celular - UFPBApostila divisão celular - UFPB
Apostila divisão celular - UFPB
 
Apostila divisão celular - UFF
Apostila divisão celular - UFFApostila divisão celular - UFF
Apostila divisão celular - UFF
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Biologia molecular
Biologia molecularBiologia molecular
Biologia molecular
 
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPBLivro - Fisiologia Vegetal - UFPB
Livro - Fisiologia Vegetal - UFPB
 
Pratica Fotossíntese - IB/USP
Pratica Fotossíntese - IB/USPPratica Fotossíntese - IB/USP
Pratica Fotossíntese - IB/USP
 
Apostila - Fotossintese - UFC
Apostila - Fotossintese - UFCApostila - Fotossintese - UFC
Apostila - Fotossintese - UFC
 
Apostila - Fisiologia Vegetal - USP
Apostila - Fisiologia Vegetal - USPApostila - Fisiologia Vegetal - USP
Apostila - Fisiologia Vegetal - USP
 

Último

Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppttreinamento brigada incendio 2024 no.ppt
treinamento brigada incendio 2024 no.ppt
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 

Curso Identificação Botânica Espécies Arbóreas Amazônica

  • 1. Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica
  • 2. Ficha Técnica Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc Secretária-Executiva Izabella Teixeira Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro Antônio Carlos Hummel Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro Antônio Carlos Hummel Cláudia Ramos José Natalino Silva Luiz Carlos Joels Thaís Juvenal Chefe do Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor) Cristina Galvão Elaboração Marcelo C. Scipioni (Cenaflor) Revisão de Texto e Diagramação Cecília Jorge (Cenaflor) Ilustração da Capa Therese von Behr Brasília, agosto/2009
  • 3. 1 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNIC1. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICOOOO O sistema de classificação baseia-se na taxonomia vegetal para identificarção de todas as espécies de plantas, agrupando-as por semelhança morfológica e por ligações de parentesco genético. Esta tarefa pressupõe o levantamento completo de toda a flora mundial, desde plantas diminutas a grandes árvores. Os sistemas de classificação têm o objetivo de organizar os componentes do Reino Vegetal em agrupamentos hierárquicos que partem do Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e terminam na base específica, a Espécie. HistóricoHistóricoHistóricoHistórico O processo evolutivo do sistema de classificação da nomenclatura botânica caracteriza-se por três períodos histórico-evolutivos. O primeiro, o PréPréPréPré----LiLiLiLineano,neano,neano,neano, baseava-se na classificação das plantas por diferentes métodos e características, como o hábito das plantas (árvores e ervas), o ambiente de ocorrência predominante (planta de terra, água) ou o sistema sexual (dico/monodicotiledôneas). Esse sistema foi utilizado no período das civilizações grega e romana. Em 1735, o sueco Carl Linneu buscou, com a obra Systema Naturae, padronizar o uso da nomenclatura botânica por um sistema binominal. Surge, dessa forma, um novo período para a botânica sistemática: o LineanoLineanoLineanoLineano, que revolucionou o pensamento taxonômico. Outra obra de sua autoria, Species Plantarum, de 1753, consolidou também o sistema de prioridade de nomes. O surgimento dos modernos estudos filogenéticos e as correlações de caracteres morfológicos evolucionários das plantas com base na ciência abriram as portas para o NovoNovoNovoNovo período. Ele caracteriza-se por permitir um arranjamento constante dos sistemas de parentesco das plantas. Dentre os trabalhos de base filogenética de grande importância, no Novo período, pode-se citar o trabalho realizado no grupo das angiospermas que recentemente remodelou e reordenou os grupos familiares dessas plantas. Esse estudo é vulgarmente conhecido pelas siglas APG, do inglês Angiosperm Phylogeny Group. A primeira versão, o APG I, é de 1999, e a última, o APG II, de 2003. Atualmente, é o sistema de nomenclatura de maior reconhecimento e uso. Maiores informações:Maiores informações:Maiores informações:Maiores informações: Angiosperm Phylogeny Website – (APG) http://www.mobot.org/MOBOT/Research/APweb/welcome.html 2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA2. NOMENCLATURA BOTÂNICA A nomenclatura botânica é regida por regras internacionais e revista em reuniões da Sessão de Nomenclatura dos sucessivos Congressos Internacionais de Botânica. O Código Internacional válido nos dias de hoje é o Código de Viena, publicado em 2005 no Congresso realizado na cidade austríaca. Esse novo código revogou o Código de Saint Louis, Missouri, Estados Unidos,
  • 4. 2 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica realizado em 2000. O código de nomenclatura abrange: algas, briófitas, plantas fósseis, fungos e plantas vasculares. (BICUDO e PRADO, 2007). Dentre os princípios da nomenclatura botânica podem-se citar a prioridade de publicação e o nome científicos de grupos taxonômicos regidos em latim. As regras básicas para redação botânica para família, nome de gênero, epíteto específico e autor(es) estão descritos a seguir. 2.1 Família2.1 Família2.1 Família2.1 Família A redação da nomenclatura do nome família tem o NNNNOME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE)OME + terminação (ACEAE). Exemplos: SAPOTACEAEACEAEACEAEACEAE, MYRTACEAEACEAEACEAEACEAE, ARECACEAEACEAEACEAEACEAE, FABACEAEACEAEACEAEACEAE, LAURACEAEACEAEACEAEACEAE, SAPINDACEAEACEAEACEAEACEAE, POACEAEACEAEACEAEACEAE, BIGNONIACEAEACEAEACEAEACEAE, CIATHEACEAEACEAEACEAEACEAE, ARAUCARIACEAEACEAEACEAEACEAE Nomes de longo uso têm validade conforme os Artigos 18.5 e 18.6 do Código Internacional de Nomenclatura. Exemplos: LEGUMINOSAE = FABACEAE, LABIATEA = LAMIACEAE, GUTTIFERAE = CLUSIACEAE, PALMAE = ARECACEAE, COMPOSITAE = ASTERACEAE e GRAMINEAE = POACEAE. No artigo 19.7, a família Papilionaceae pode ser considerada família quando essa for desagrupada do restante das Leguminosae, ou Subfamília quando essa for considerada dentro de Fabaceae/Leguminosae. *Papilionaceae*Papilionaceae*Papilionaceae*Papilionaceae ==== família ≠ do restante das Leguminosae, ou, ou, ou, ou *Papiloinoideae*Papiloinoideae*Papiloinoideae*Papiloinoideae = SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE)= SUBFAMÍLIA (OIDEAE) dentro Fabaceae/Leguminosae. RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO:RECOMENDAÇÃO: - USAR somente FABACEAE ou FABACEAE (M) na distinção de sub-família. -Importante conhecer as Sub-famílias das Fabacaea/ Leguminosae: (bibliografias) Mimosoideae (M) Caesalpinioideae (C) Papilonoideae (P) 2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero2.2 Nome de gênero A origem dos nomes genéricos vem de antigas designações usuais da língua latina popular.
  • 5. 3 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica Línguas antigas (Akakia, Acacia - Grego antigo = espinho). Nomes indígenas (Butia e Inga, tupi-guarani). Nomes de personalidades (Cabralea, Pedro Álvares Cabral). Localização geográfica e ecológica (Allophylus, do Grego, állo = outro e phyllus = nação, origem de nação estrangeira). Elementos da morfologia ou taxonomia vegetal (Enterolobium, do grego, enteron = intestine e lobos = legume). 2.3 Nome específico2.3 Nome específico2.3 Nome específico2.3 Nome específico Minúsculas, sendo normalmente constituída de uma única palavra ou raramente por duas palavras unidas por hífen. Exemplo: • crenata: ressalta a margem crenada dos folíolos. • polymorpha: ao polimorfismo da espécie. • obtusifolia: refere-se as folhas com ápice obtuse. • triplinervia: as três nervuras salientes que partem da base do limbo. A origem dos nomes genéricos é de antigas designações usuais da língua latina popular. Entretanto, esses termos têm várias origens, como em outras línguas antigas (Akakia, Acacia - Grego antigo = espinho), nomes indígenas (Butia e Inga, tupi-guarani), nome de personalidades (Cabralea, Pedro Álvares Cabral), localização geográfica e ecológica (Allophylus, do Grego, állo = outro e phyllus = nação, origem de nação estrangeira) e elementos da morfologia ou taxonomia vegetal (Enterolobium, do grego, enteron = intestine e lobos = legume). 2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es):2.4 Nome dos Autor(es): O(s) nome(s) do autor(es) faz(em) parte do nome científico, sempre disposto logo após os nomes do gênero e/ou do epíteto específico. O nome refere a(s) pessoa(s) responsável(is) pela descrição da botânica da espécie, podendo estar escrito de forma inteira ou abreviada. Exemplo: - Determinador do Gênero: Pouteria Aubl. - Determinador da Espécie: Pouteria guianensis Aubl., Pouteria maxima T.D. Penn. 3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA3. TERMINOLOGIA DENDROLÓGICA (conforme, Roderjam, 2008) 3.1 Árvore3.1 Árvore3.1 Árvore3.1 Árvore Vegetal superior lenhoso constituído de uma porção superior folhosa, denominada copa, de um tronco suporte livre de ramificações, denominado fuste, e de um sistema radicial - raiz que prende este conjunto ao solo.
  • 6. 4 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 3.2 Hábito3.2 Hábito3.2 Hábito3.2 Hábito Aspecto geral da árvore em vista da proporção da copa em relação à sua altura do solo. CopaCopaCopaCopa baixa ou copadabaixa ou copadabaixa ou copadabaixa ou copada: a copa ocupa mais de 50% da altura total da árvore. Copa altaCopa altaCopa altaCopa alta: a copa ocupa menos de 50% da altura total da árvore. Forma específicaForma específicaForma específicaForma específica: quando cresce isolada ou livre de concorrência. Forma florestalForma florestalForma florestalForma florestal: quando cresce em conjunto com outras árvores, concorrendo pelo espaço disponível para o seu desenvolvimento. 3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore3.3 Porte da árvore Aspecto geral da árvore em relação à sua altura total e diâmetro a 1,30 m do solo (altura do peito - DAP). PortePortePortePorte Altura totalAltura totalAltura totalAltura total DAPDAPDAPDAP Pequeno: < 10 m < 15 cm Médio: 10 - 25 m 15 - 50 cm Grande: > 25 m > 50 cm 3.4 Raízes3.4 Raízes3.4 Raízes3.4 Raízes Parte inferior das árvores, geralmente subterrânea, com duas funções principais: - Mecânica - sustentação e fixação ao solo. - Fisiológica - absorção da água e nutrientes. subtersubtersubtersubterrânerânerânerânea superficiaisa superficiaisa superficiaisa superficiais aéaéaéaéreas (escoras)reas (escoras)reas (escoras)reas (escoras) respiratóriasrespiratóriasrespiratóriasrespiratórias
  • 7. 5 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 3.5 Fuste3.5 Fuste3.5 Fuste3.5 Fuste Parte do tronco livre de ramificações e suscetível de ser industrializada. tipos formastipos formastipos formastipos formas basebasebasebase 3.6 Folha3.6 Folha3.6 Folha3.6 Folha Estrutura aérea de crescimento, geralmente laminar, com função fotossintetizante. Pode ser simples (3.6.1) ou composta (3.6.2). 3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples3.6.1 Folha Simples Apenas uma lâmina foliar após a gema axilar. 3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas3.6.2 Folhas Compostas Apresenta mais de uma lâmina foliar (folíolo) após a gema axilar.
  • 8. 6 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia3.6.3 Filotaxia É o arranjo das folhas ao longo do eixo caulinar. 3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha3.6.4 Forma da folha 3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha3.6.5 Ápice da folha 3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha3.6.6 Base da folha 3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha3.6.7 Margem da folha
  • 9. 7 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação)3.6.8 Nervação (venação) 3333.6.9.6.9.6.9.6.9 EstípulasEstípulasEstípulasEstípulas Estruturas geralmente foliáceas e em parte na base do pecíolo das folhas, ou solitárias apicais. 3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo)3.6.10 Pulvino (genículo) Estrutura presente na base ou no ápice do pecíolo, permitindo certa articulação da folha. 3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade3.6.11 Pilosidade Pilosidade é a presença de estruturas como pelos, escamas ou pelos glandulares na superfície da planta. A ausência dessas estruturas na superfície é chamada comumente de glabra. Esses elementos diagnósticos são importantes pois são os responsáveis pela diferenciação visual das faces das superfícies foliares nas folhas discolores e na sensação do tato com o dedo sobre a superfície.
  • 10. 8 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica 3.6.123.6.123.6.123.6.12 DomáceasDomáceasDomáceasDomáceas Estruturas como bolsas, orifícios, sacos, tufos de pelos que permitem o alojamento de insetos, comumente encontradas nas axilas das nervuras, ápice do pecíolo e base da lâmina foliar ou ramo. 3.6.133.6.133.6.133.6.13 GlândulasGlândulasGlândulasGlândulas Órgãos especializados minúsculos que secretam algum tipo de substância. Apresentam diferentes formas e tamanhos, sendo fonte de informação para diferenciação e determinação botânica. 3.73.73.73.7 CascaCascaCascaCasca Conjunto de tecidos do caule e da raiz situado por fora do câmbio, ordinariamente em casca interna (viva) e casca externa ou ritidoma (morta). Casca internaCasca internaCasca internaCasca interna Parte da periderme formada por tecidos felogênicos vivos, não sofrendo influência do ambiente. Características diagnósticas: - Cor; - Textura: determinada pelos elementos constituintes. Pode ser fibrosa (fibras longas), curto-fibrosa (fibras curtas), arenosa (com elementos pétreos - sílica) ou pastosa (com elementos adesivos). - Estrutura: disposição dos seus elementos constituintes. Pode ser compacta, trançada ou laminada. Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma)Casca externa (Ritidoma) O revestimento externo dos vegetais lenhosos é formado por tecidos mortos do floema. O desprendimento pode ser pulverulento (pó), em escamas (tecidos friáveis), lâminas (tecidos
  • 11. 9 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica consistentes, flexíveis) ou em placas (tecidos consistentes, rígidos). Aparência do RitidomaAparência do RitidomaAparência do RitidomaAparência do Ritidoma: Aspecto quando observado a uma certa distância (1 m). Pode ser: As fissuras podem ser descritas como: - Microfissuradas: menos que 2 mm de largura; - Mesofissuradas: de 2 a 10 mm de largura; - Macrofissuradas: com mais de 10 mm de largura. Elementos eventurais da cascaElementos eventurais da cascaElementos eventurais da cascaElementos eventurais da casca - ÁculeosÁculeosÁculeosÁculeos (não vascularizados): facilmente removível sem desprender parte do tecido da epiderme. - EspinhosEspinhosEspinhosEspinhos (vascularizados): de difícil remoção, normalmente danificando a epiderme do tecido quando retirado. -LenticelasLenticelasLenticelasLenticelas (aberturas ou vesículas para aeração dos tecidos internos. Podem variar em forma, tamanho, cor, densidade e pilosidade). - Cicatrizes peciolaresCicatrizes peciolaresCicatrizes peciolaresCicatrizes peciolares (cicatrizes formadas pela queda das folhas. Em algumas espécies são persistentes. Outras características úteisOutras características úteisOutras características úteisOutras características úteis
  • 12. 10 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica - ExsudaçõesExsudaçõesExsudaçõesExsudações: na forma de resinas (translúcidas, rígidas), gomas (elementos pastosos, adesivos) ou látex (líquidos, de várias cores); - OdoresOdoresOdoresOdores: certas espécies, gêneros e até famílias possuem odores característicos, agradáveis ou não; - SaboresSaboresSaboresSabores: pode-se, eventualmente, detectar sabores característicos na casca viva (adstringentes, picantes). 4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA4. COLETA BOTÂNICA A coleta botânica é uma forma de registrar a confirmação da espécie em estudos científicos, levantamentos florísticos e inventários florestais. A coleta de material botânico de espécies arbóreas em ambiente florestal para confirmação é essencial, principalmente quando os caracteres dendrológicos diagnósticos não são evidentes no tronco e casca. Assim, torna-se necessário a realização de coleta de material vegetativo para determinação correta da espécie, podendo a coleta ser descartada ou herborizada. 4.14.14.14.1 Atividades de PréAtividades de PréAtividades de PréAtividades de Pré----ColetaColetaColetaColeta Antes de realizar alguma atividade de coleta botânica e trabalho de campo, a pessoa deve levar em consideração o tipo e o objetivo do trabalho a ser realizado, para ter noção da quantidade de material a ser coletado e da logística necessária para o preparo das coletas. Primeiramente, definir se o trabalho necessitará de muitas coletas botânicas, o cronograma de atividades e a dificuldade de execução da coleta. No caso de espécies arbóreas, a estrutura vertical (altura) é um fator determinante no tipo de equipamento a ser usado. Esse fator também define a necessidade de pessoa qualificada para atividade em altura, tanto em técnica de escalada quanto em preparo físico. Os materiais básicos para coleta são instrumentos para remoção e condicionamento do material botânico em campo (sacos de coleta, prensas, jornais, acessórios para prensagem, como cordões e tiras de borrachas). Os equipamentos de remoção variam conforme a estrutura do vegetal. Lenhosos normalmente usam-se podões, facões e tesouras de poda. Enquanto os materiais herbáceos, que necessitam da remoção do sistema radicular para a execução da coleta, usam-se formões. Em florestas com árvores de fustes elevados, além do uso de podões de cabo extensível, podem-se usar equipamentos de escalada e atiradeiras (bodoque) para a realização da coleta botânica. 4.24.24.24.2 Atividades de ColetaAtividades de ColetaAtividades de ColetaAtividades de Coleta Com os equipamentos precisos e materiais de coleta em quantidades adequadas, parte-se para o campo para a execução da amostragem da vegetação. Em árvores, inicialmente deve-se realizar uma sondagem no entorno da base do tronco e nas partes baixas do fuste para constatar a
  • 13. 11 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica existência de algum ramo ladrão com folhas, que auxilie na identificação botânica. Com isso, evitam-se procedimentos trabalhosos de coleta com perda de tempo. Nas árvores que necessitam de esforço de coleta, é feita uma tentativa inicial com o podão de cabo extensível, que apresenta diferentes metragens de alcance, podendo ser encontrado no mercado cabos de alumínio ou carbono, que são materiais leves e de fácil manuseio. Caso o alcance do cabo seja insuficiente, poderão ser utilizadas outras técnicas para o alcance do material. Dentre as técnicas associadas ou não com o uso de podão de cabo telescópico, destaca- se a escalada e o uso de escada, essas normalmente de alumínio. O objetivo dessas técnicas associadas é a melhor projeção do podão de cabo extensível para alcançar o material a ser coletado. Outra técnica é o uso de projéteis contra a copa da árvore, na tentativa de derrubar de ramos e folhas. Com o estilingue (atiradeira, bodoque), usam-se pedras como projéteis ou chumbada com linhada, que serve para enroscar um fio de náilon em ramos ou galhos. Tracionando-os, derruba- se o material botânico. Após a coleta, o material deve ser condicionado em sacolas ou bolsas para garantir a segurança da coleta e evitar a sua perda. Coletas de inventários florestais devem ser registradas com fita adesiva (crepe) para marcar o número da árvore e também anotadas em caderneta de campo com o respectivo número da árvore e data de coleta. Esse procedimento é importante para a correta correspondência entre material recolhido e a planta matriz. O procedimento seguinte é a prensagem. Logo após a realização da(s) coleta(s) ou no fim do dia de trabalho, realiza-se a prensagem do material, com uso de prensas normalmente feitas de madeira, conforme Figura 1. A primeira opção, com prensagem diretamente no campo, evita o uso de sacos de coleta. É ideal nos dias quentes, pois as plantas podem murchar rapidamente, comprometendo a qualidade estética do material a ser herborizado. Para a segunda opção é necessário o uso de sacos de coleta que devem apresentar um sistema de fechamento da boca para evitar perda de coletas. O volume ideal é de 50 litros. No ambiente florestal, prefere-se realizar, em inventários, a prensagem após o trabalho de campo, pois normalmente o volume de coleta é pequeno. Com isso, é desnecessário o transporte de materiais de prensagem que dificultam e geram peso extra no deslocamento. Já nos trabalhos que exigem muitas coletas, devido à falta de conhecimento da florística local ou à necessidade de registro em herbário, a prensagem imediata torna-se uma medida aconselhável, visto que melhora a aparência e conservação do material herborizado.
  • 14. 12 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1 –––– Modelo de prensa para herborização de material botânico. 4.34.34.34.3 Atividades de PósAtividades de PósAtividades de PósAtividades de Pós----ColetaColetaColetaColeta Com o material botânico prensado entre jornais e cartões de papelão, as prensas devem ser levadas para secar em estufa elétrica (Anexo A). Para materiais carnosos (frutos, folhas, flores) ou com muita exsudação, o jornal deve ser trocado diariamente e a prensa recolocada novamente na estufa até que o material encontre-se totalmente desidratado. A planta é considerada seca quando estiver rígida, sem dobrar ao ser suspensa. O tempo necessário para secar uma planta vai depender de sua natureza, bem como do processo de secagem, nível e constância da temperatura na estufa. No equipamento elétrico, o tempo varia de 24 a 48 horas. Para uma boa secagem, deve haver uma circulação de ar adequada, com a remoção do ar quente e úmido do ambiente interno da estufa e uma temperatura não muito elevada, o ideal é entre 40 e 60º C.
  • 15. 13 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica Terminada a fase de secagem, as coletas devem ser armazenadas em ordem alfabética de família e sequencialmente por espécie dentro da pasta-catálogo de dorso aberto que possibilita a expansão com uso de parafusos de maior comprimento (3 - 5 cm). Em cada saco plástico será introduzido uma exsicata por espécie. Junto de cada planta, por saco plástico, adiciona-se uma folha A4, contendo os seguintes dados: Família, Nome Científco, Nome Vulgar, Local, Data da Coleta, Nome do Coletor, Determinador. A pasta-catálogo serve como um pequeno herbário de consulta. De fácil manuseio, auxilia na identificação das espécies. Para a conservação desse material, deve-se somente anexar plantas bem desidratadas e guardá-lo em locais secos e fechados para evitar ataque de pragas. Caso apresente início de formação de fungos sobre alguma exsicata, o ideal é removê-la para borrifar álcool sobre a coleta. O objetivo desse procedimento é eliminar os micélios do(s) fungo(s). Em seguida, a planta deve passar pelo mesmo processo de secagem visto anteriormente. Esse processo também deve ser realizado no saco plástico que a exsicata estava armazenada. No fim do processo de expurgo, anexar novamente o saco plástico com a coleta no catálogo. 5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA5. IDENTIFICAÇÃO BOTÂNICA A correta determinação botânica depende muitas vezes de consulta a especialistas. O especialista deve ser consultado antes do envio de qualquer material para identificação, a fim de que ele possa decidir se tem interesse em estudar o material. Hoje, existem sites que auxiliam na busca por especialistas e herbários reconhecidos. O site Taxonomia Vegetal, lotado no servidor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tem os contatos de taxonomistas e especialistas brasileiros, além da Rede Brasileira de Herbários (http://www.ufrgs.br/taxonomia/). Outro site útil é o Index Herbariorum, mantido pelo Herbário de Nova York, que apresenta um banco de dados de informação de mais de 3.382 herbários em 168 países. No site pode-se pesquisar herbários existentes num país, estado ou cidade. Para conferir nomes científcos, alguns bancos de dados podem ser consutados, principalmente, para verificação de autores e nomes válidos. Podem-se citar: - The International Plant Names Index (IPNI): banco de nomes de plantas produzido em colaboração com os herbários The Royal Botanic Gardens, Kew, The Harvard University Herbaria e o Australian National Herbarium - http://www.ipni.org/. - TROPICOS - Missouri Botanical Garden: banco de dados com mais de 3.766.657 espécies - http://www.tropicos.org/.
  • 16. 14 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica ANEXOANEXOANEXOANEXO AAAA ---- Modelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânicoModelo de estufa elétrica para secagem de material botânico Modelo conforme MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G.; CORADIN, L., 1989. AAAA. base da estufa e suas dimensões. BBBB. banco de lâmpadas conectadas em série. CCCC. posição da tampa removível de tela. DDDD. estufa com uma só prensa; note como as lâmpadas acesas podem ficar separadas com o auxílio de uma tábua. EEEE. estufa 'carregada' com prensas.
  • 17. 15 Curso de Identificação Botânica de Espécies Arbóreas da Região Amazônica REFERÊNCIAREFERÊNCIAREFERÊNCIAREFERÊNCIASSSS BIBLIOGRBIBLIOGRBIBLIOGRBIBLIOGRÁFICASÁFICASÁFICASÁFICAS BICUDO, C.E. de M. & PRADO, J. Código Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura BotânicaCódigo Internacional de Nomenclatura Botânica (Código de Viena, 2005). IBT, IAPT, SBSP, São Carlos: Editora Rima, 2007. 181 p. MARCHIORI, J. N. C. Elementos de DendrologiaElementos de DendrologiaElementos de DendrologiaElementos de Dendrologia. Santa Maria: Ed. UFSM, 1995. 163 p. MORI, S.A.; SILVA, L.A.M.; LISBOA, G.; CORADIN, L. Manual de manejo do herbárioManual de manejo do herbárioManual de manejo do herbárioManual de manejo do herbário fanerogâmicofanerogâmicofanerogâmicofanerogâmico. Centro de Pesquisa do Cacau, Ilhéus, 1989. 44 p. RIBEIRO, J. E. L.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO, J. M.; MARTINS, L. H. P.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A. C. L; PEREIRA, E. C.; MESQUITA, S. M. R.; PROCÓPIO, L. C. FlFlFlFlora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus. INPA, 1999. 799 p. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADABIBLIOGRAFIA RECOMENDADA BARALOTO, C.; WALTHIER, F.; FERREIRA, E.; ROCKWELL, C. Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre,Árvores Madeireiras do Acre, Brasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateirosBrasil: um guia para os mateiros. Disponível em: <http://fm2.fieldmuseum.org/plantguides/guide_pdfs/187-12.pdf >. Acesso em: 15 jul. 2009. BONIFACIO, M; JUSTINIANO, J.; TOLEDO, M.; FREDERICKSEN, T. Guía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica de Especies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de BoliviaEspecies Forestales de Bolivia. Santa Cruz, 2 ed., 2003. 245 p. JUSTINIANO, M. J.; PENÃ-CLAROS, M.; TOLEDO, M.; JORDÁN, C. Guía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica deGuía Dendrológica de EEEEspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Boliviaspecies Forestales de Bolivia, v. 2. Santa Cruz de la Sierra, 2003. 231 p. RIBEIRO, J. E. L.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS, C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO, J. M.; MARTINS, L. H. P.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A. C. L; PEREIRA, E. C.; MESQUITA, S. M. R.; PROCÓPIO, L. C. FlFlFlFlora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Duckeora da Reserva Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. Manaus. INPA, 1999. 799 p. SITES DE CONSULTASITES DE CONSULTASITES DE CONSULTASITES DE CONSULTA TROPICOS - Missouri Botanical Garden – banco de dados com mais de 3.766.657 espécies. http://www.tropicos.org/ The International Plant Names Index (IPNI) – banco dados de nomes de plantas, produzido em colaboração com os herbários: The Royal Botanic Gardens, Kew, The Harvard University Herbaria, e o Australian National Herbarium. http://www.ipni.org/ Index Herbariorum – Banco de dados de informação de 3.382 herbários em 168 países. http://sciweb.nybg.org/science2/IndexHerbariorum.asp Taxonomia Vegetal – Taxonomistas e especialistas; Rede Brasileira de Herbários. http://www.ufrgs.br/taxonomia/