Aula do curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar - Hospital Santa Rita - 2013
Professora: Dra Elisa Caroline Assad
Especialista em Infectologia
Mestre em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical pela UFMG.
Organização: PCare - Fisioterapeutas Associados e Grupo Ivan Ervilha
Saiba Mais em www.grupoivanervilha.com.br
Precauções para prevenção de transmissão de agentes infecciosos intra-hospitalar
1. SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA E SEGURANÇA
ASSISTENCIAL
Precauções para prevenção de
transmissão de agentes
infecciosos intra-hospitalar
Elisa Caroline Assad
Especialista em Infectologia
Mestre em Ciências da Saúde: Infectologia e Medicina Tropical pela
UFMG
Aula ministrada na Residência em
Fisioterapia Hospitalar 2013 – Hospital
Santa Rita - www.grupoivanervilha.com.br
2. A EQUIPE
SESA – Serviço de Epidemiologia e
Segurança Assistencial
• Dra. Elisa Assad
• Enf. Fabiana Lelis
• Acad. Ana Paula
• Secretária
Ramal: 1133 / 1136
3. POR QUE ISOLAR O
PACIENTE
Prevenção da transmissão de um
microrganismo de um paciente (colonizado ou
infectado) para outro paciente, de forma
direta ou indireta; e para profissionais de
saúde.
Controle das infecções relacionadas
à assistência a saúde.
5. Transmissão de microrganismos
Contato direto
Ocorre sem que haja uma pessoa ou objeto
contaminado intermediário
• Exposição a sangue e
outros líquidos corpóreos.
6. Transmissão de microrganismos
Contato indireto
Transmissão de um agente infeccioso ocorre por
meio de uma pessoa ou objeto intermediário
contaminado:
- Mãos contaminadas dos profissionais de saúde.
8. Transmissão de microrganismos
Transmissão por gotículas
- Partículas maiores que 5 µm.
- Risco: distância inferior ou igual a 1 metro
Transmissão por aerossóis
- Partículas menores que 5 µm.
- Risco: longas distâncias
9. TIPOS DE PRECAUÇÃO
Precauções padrão: a todos os pacientes
Precauções baseadas no modo de transmissão
(suspeita ou diagnóstico confirmado de
infecção)
Precauções de contato
Precauções para gotículas
Precauções para aerossóis
10. PRECAUÇÃO PADRÃO
Baseadas no princípio de que todo sangue, fluidos
corporais, secreções, excreções (exceto suor), pele
não-íntegra e membranas mucosas podem conter
agentes infecciosos transmissíveis.
DEVE SER APLICADA A TODOS OS PACIENTES
Seu uso é definido pelo nível de exposição às fontes
de infecção esperados.
11. PRECAUÇÃO PADRÃO
Objetivo:
- Evitar infecção cruzada
- Evitar exposição desnecessária do profissional
de saúde aos riscos potenciais de infecção
- Evitar a contaminação ambiental
12. PRECAUÇÃO PADRÃO
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS:
- Sempre que houver sujeira visível nas mãos.
- Antes e após contato com qualquer paciente.
- Entre diferentes procedimentos em um mesmo
paciente (ex: aspiração e troca de curativo).
- Antes e após realização de atos pessoais.
- Após retirar luvas.
- Após manipulação de materiais contaminados.
13. PRECAUÇÃO PADRÃO
Luvas Para tocar sangue, fluidos corporais, secreções,
excreções, itens contaminados, mucosas e pele
não íntegra.
Capote Durante procedimentos de cuidado com o paciente
com provável contato da roupa e/ou pele com
sangue, fluidos corporais, secreções e excreções.
Máscara Durante procedimentos com prováveis respingos ou
esguichos de sangue, fluidos corporais e
e óculos secreções, principalmente aspiração e intubação.
17. Como Higienizar as mãos
palma das mãos dorso interdigitais
ponta dos dedos polegar unhas
18.
19. PRECAUÇÃO PADRÃO
Práticas para controle de infecção para
procedimentos especiais (mielograma, punção
lombar, anestesia espinhal).
- Máscaras faciais
- Luvas estéreis
- Técnica asséptica
20. Precauções baseadas na
transmissão
Utilizadas quando a via de transmissão não
é interrompida completamente pelo uso de
precaução padrão.
Existem três categorias:
• Precauções de contato.
• Precauções para gotículas.
• Precauções respiratórias.
21. PRECAUÇÃO DE CONTATO
Objetivo: prevenir a transmissão de agentes
infecciosos que são disseminados pelo contato direto
ou indireto com o paciente ou seu ambiente.
Aplicações:
Infecção ou colonização por microrganismos
multirresistentes
Pacientes com diarréia
Abcessos ou feridas com drenagem de secreção não
contida
Escabiose, pediculose
22. PRECAUÇÃO DE CONTATO
Quarto EPI Equipamentos
Transporte
Privativo se Se contato Uso Secreções
com o individual contidas
possível paciente
23. PRECAUÇÕES PARA
GOTÍCULAS
Aplicável ao paciente em que o patógeno é transmitido
pelas secreções de vias aéreas em pequenas
distâncias (<1 metro).
Indicações: casos suspeitos e/ ou confirmados de
infecções causadas, por:
Meningite
Caxumba
Coqueluche
Difteria
Rubéola
Vírus da influenza
24. PRECAUÇÕES PARA
GOTÍCULAS
Quarto
EPI
Transporte
Uso pelo Uso pelo
Privativo paciente
profissional
25. PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS
Aplicável ao paciente que o patógeno é transmitido
pelas secreções de vias aéreas em grandes
distâncias (> 1 metro).
Indicações: casos suspeitos e/ ou confirmados de
infecções causadas por:
Tuberculose pulmonar ou laríngea bacilífera
Sarampo
Varicela (R+C)
Herpes zoster disseminado ou em paciente
imunocomprometido (R+C)
29. Por quanto tempo devem ser mantidas as
precauções e isolamento?
Precauções padrão:
- Durante todo o período de internação do paciente.
Precauções baseadas na transmissão (contato,
gotículas e aerossóis):
- Durante o período de transmissibilidade do
microrganismo.
- Bactérias multirresistentes: precaução de contato até
a alta
- Casos suspeitos de influenza A H1N1: 7 dias após
início dos sintomas ou até a resolução da febre, o que
ocorrer por último.
30. Precauções para
Tuberculose
Indicações de isolamento: pacientes com tuberculose pulmonar
ou laríngea, suspeita ou confirmada
Critérios para suspender o isolamento:
- Pacientes com suspeita de tuberculose bacilífera só deverão ser
liberado do isolamento se a doença for considerada improvável
e após 2 baciloscopias negativas.
- Pacientes bacilíferos: após 2 baciloscopias consecutivas
negativas, com 24 horas de intervalo, e realizadas após 2
semanas de tratamento.
31. Precauções para influenza A H1N1
Precaução para transmissão por gotículas:
Máscara cirúrgica
Luvas para contato com secreções
Capote, gorro e óculos: se risco de respingo
32. Precauções para influenza A H1N1
Precauções durante procedimentos com produção de
aerossol (intubação, fisioterapia respiratória,
micronebulização, fibrobroncoscopia, aspiração vias
aéreas):
- Máscara N95, óculos, luva, capote e gorro
Pacientes em ventilação mecânica:
- Uso de máscara N95 ao entrar no isolamento pelo
risco do circuito se desconectar e haver aerolização no
ambiente.
33. COMO COLOCAR A N-95?
1- Alças pendentes
2- Colocar N95 sob o queixo
3, 4 e 5- Posicionar tirante
superior e depois, inferior;
6- Ajustar pinça nasal;
7- Teste de pressão positiva
34. Evolução padrão Tasy
CCIH
NOTIFICAÇÃO DE MEDIDAS DE PRECAUÇÃO E ISOLAMENTO
TIPO DE PRECAUÇÃO / ISOLAMENTO RECOMENDADO:
1 - ( ) CONTATO
2 - ( ) AÉREO
3 - ( ) GOTÍCULA
Data de Início: ____/____/____
Motivo:
Parecer:
35. Exposição ocupacional a material
biológico
PRINCIPAIS DOENÇAS
HIV
Hepatites B e C
HTLV I e II
Sífilis
Doença de Chagas
36. Exposição ocupacional a material
biológico
• Percutânea Risco maior
• Mucosa
• Mordedura
Risco
• Cutânea (pele não íntegra)
menor
37. Exposição ocupacional a material biológico
TIPO DE MATERIAL
Sangue, outros materiais
•Infectantes contendo sangue, sêmen e
secreções vaginais
Líq. de serosas (pleural,
• Potencialmente peritoneal, pericárdico), LCR e
Infectante articular
• Sem risco Suor, lágrima, fezes, urina,
vômitos, secreções nasais e
saliva (exceto em ambiente
odontológico)
38. Exposição ocupacional a material
biológico
Risco de transmissão (acidentes percutâneos)
HIV – 0,3%(acidentes percutâneos)
0,09%(exposição a mucosas)
Hepatite C – 1,8%
Hepatite B – 6 a 30%
39. Exposição ocupacional a material biológico
Condutas pós exposição
Exposição percutânea ou cutânea: lavagem do local
exposto com água e sabão.
Exposição cutânea: lavar exaustivamente com água ou
solução salina.
Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a
expressão do local do ferimento reduzam o risco de
transmissão.
Não devem ser realizados procedimentos que aumentem
a área exposta (cortes e injeções locais).
41. Este material é liberado para uso em estudo pessoal.
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