1. O documento discute problemas sociais globais como violência, desemprego, fome e educação precária.
2. A doutrina espírita ensina que as almas reencarnam para progredir moralmente e que os problemas sociais ocorrem em mundos como a Terra que servem para provas e expiações.
3. A solução proposta é seguir a lei de Deus e praticar a caridade, justiça e solidariedade para construir uma ordem social melhor.
12. •Violência e criminalidade:
Dados do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública indicam que,
somente em 2013, registramos 50.806
homicídios no Brasil. Outros crimes
também tiveram números altos, como
os estupros, 50.320.
13. •Desemprego:
Há países no globo em que o
desemprego chega a assustadores 22%
da população economicamente ativa,
como a Espanha, sendo que, entre os
jovens, o índice vai a 51,4%. (Dados de
junho de 2015)
14. • Fome:
Índice Global da Fome 2012 mostra que o
problema continua severo na África
subsaariana e no Sul da Ásia. Burundi,
Eritreia e Haiti têm as maiores percentagens
de residentes subnutridos – mais de 50 %.
Na lista constam 120 países nos quais a fome
é relevante.
(International Food Policy Research Institute)
16. • Educação precária:
Dados da UNESCO, de 2008, indicam que
796 milhões de adultos, 412 milhões no sul
da Ásia e outros 176 milhões na África
subsaariana, são incapazes de ler e escrever.
16% da população adulta mundial. Apenas a
título de curiosidade, o Brasil é o 8º nessa
lista.
26. Kardec responde
• “Ninguém pois se iluda: o estudo do
Espiritismo é imenso, interessa a todas as
questões da Metafísica e da ordem social,
é um mundo que se abre diante de nós”
(Allan Kardec, Livro dos Espíritos,
Introdução , XIII)
27. Como solucionar tais problemas?
O Espiritismo responde
•“Quando praticar a Lei de Deus, terá o
homem uma ordem social fundada na
justiça e na solidariedade e ele
próprio também será melhor”. (Allan
Kardec, O Livro dos Espíritos, questão
930, parágrafo 2º)
28. Doutrina Espírita
• Preexistência das almas;
• Reencarnação;
• Pluralidade dos mundos habitados;
• Evolução material e moral dos mundos.
29. •Deus pôs no coração dos homens o
sentimento, as regras da verdadeira
justiça
(O Livro dos Espíritos – questões 873 e
876)
876 – “O sublime da religião cristão tem
sido de tomar o direito pessoal por base
do direito do próximo.”
30. • “As leis divinas são eternas; as humanas, mudam
com o progresso” (O Livro dos Espíritos, questão
763)
• “ Os Espíritos prepostos de Deus agem sobre os
próprios homens, aconselhando, inspirando
ideias e resoluções políticas e sociais;
sustentando o bom ânimo dos dirigentes das
sociedades terrestres” (A Gênese, XVIII, 3)
31. A verdadeira propriedade
• 1. O que é, verdadeiramente, nossa
propriedade?
• 2. E nossos bens materiais?
• 3. A quem pertencem os bens da Terra?
• 4. Como devemos agir na posse de bens
materiais?
• 5. Quando a propriedade é legítima aqui
na Terra?
32. A quem pertencem os bens da
Terra?
• “Os bens da Terra pertencem a Deus, que os
distribui a seu grado, não sendo o homem senão
o usufrutuário, o administrador, mais ou menos
íntegro desses bens”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – capítulo
XVI, 10)
• “Deus concede a riqueza a quem bem lhe
pareça a fim de que a administre em proveito de
todos. O rico tem, pois, uma missão a cumprir”
(ESE – capítulo XVI, 14)
33. • Não há condenação da riqueza no Espiritismo:
“Se a riqueza somente males houvesse de
produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete
ao homem fazê-la produzir o bem”.
(Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVI, 7,
parágrafo 5º)
“Abolir toda a fortuna e condená-la como
prejudicial à vida na Terra seria condenar a lei do
trabalho e do progresso que a podem
proporcionar”.
34. • Nesse sentido, Ney Lobo “O Plano Social de Deus
e as classes sociais segundo a Doutrina Espírita”,
comenta a diferença da visão de propriedade na
ordem jurídica terrena e na ordem jurídica
divina:
• Na primeira, a propriedade é direito temporal
natural e o proprietário é seu titular (detém o
direito);
• Na segunda, a propriedade é um dever espiritual
para com o próximo e o proprietário é seu
administrador (detém a posse).
35. Missão das grandes fortunas
• Dever de bem empregar os bens materiais,
promovendo o semelhante. Verdadeira
fraternidade.
• Promover o bem-estar , o progresso da
Ciência, dos conhecimentos tecnológicos,
médicos, proporcionar condições de
trabalho, enfim, a satisfação das
necessidades materiais do maior número
possível de indivíduos.
36. A Educação
• Pestalozzi e Herculano Pires chamam a
atenção para a necessidade de promover a
educação daqueles que não tiveram
acesso a ela. Assim, evita-se a criação de
dependentes da caridade alheia e oferta-
se a oportunidade do crescimento a todos.
(Pedagogia Espírita – Herculano Pires).
37. Sucessão evolutivo –social dos
mundos habitados
• I – Mundos inferiores:
a) Mundos primitivos – Destinados às
primeiras encarnações da alma humana;
b) Mundos de provas e expiações –
Destinados às expiações de faltas passadas e
provas para o futuro. Domina o mal. (Ex.
Terra)
38. Sucessão evolutivo –social dos
mundos habitados
• II – Mundos intermediários:
Mundos de regeneração – O mal ainda não
deixou de existir. Destinados às almas que
ainda têm o que expiar. As almas haurem
novas forças, repousando das fadigas da
luta.
39. Sucessão evolutivo –social dos
mundos habitados
• III – Mundos superiores:
a) Mundos ditosos – O bem sobrepuja o
mal;
b) Mundos celestes ou divinos – Destinado
à habitação de Espíritos depurados.
Exclusivamente reina o bem.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap.
III)
40. Continuum evolutivo
• Kardec diz mais:
• Em “Obras Póstumas” comenta da
passagem de uma aristocracia baseada na
força, para outra baseada no poder
econômico, depois na inteligência e, por
fim, à aristocracia intelecto-moral, que se
implantará por ser inevitável.
41. • “Não será ele (o Espiritismo), portanto, que fará
as instituições do mundo regenerado, os homens
é que as farão, sob o império das ideias de
justiça, de caridade, de fraternidade e de
solidariedade, melhor compreendidas e
desenvolvidas graças ao Espiritismo”
(Allan Kardec, Obras Póstumas)
42. Mundo de Provas e Expiações X
Mundo de Regeneração
• Ordem Social:
1. Opressão dos fracos . Uns vivem à custa das
privações dos outros. Os maus são maioria e
ditam as leis aos bons.
2. Equidade preside as relações sociais.
Organização social criteriosa e previdente.
Ordem social fundada na justiça e solidariedade
(Evangelho, cap. XVII, LE – q. 930, Gênese – cap.
XVIII).
43. Mundo de Provas e Expiações X
Mundo de Regeneração
• Bem – Estar Social:
1. Existe a miséria. Classes sofredoras.
Desigualdade social.
2. Onde todo homem de boa vontade esteja certo
de não lhe faltar o necessário (LE – q. 793).
44. Mundo de Provas e Expiações X
Mundo de Regeneração
• Transformações sociais:
1. Instituições do passado e antiquadas. Luta
entre os querem tomar e os que querem reter.
Revoluções, convulsões sociais e crises
recorrentes.
2. Renovação social. Fim da miséria. Ordem social
fundada na justiça e na solidariedade (Gênese,
XVIII e ESE – III, 17).
45. Mundos Divinos
• “Reina lá (nos mundos superiores) a
verdadeira fraternidade, porque não há
egoísmo; a verdadeira igualdade, porque
não há orgulho; a verdadeira liberdade,
por não haver desordens a reprimir, nem
ambiciosos que procurem oprimir os
fracos”
(O Céu e o Inferno. III, 11, par. 3º)
46. Mundos Divinos
• Espíritos que os habitam:
a) alcançaram a soma de perfeições de que eram
suscetíveis (LE – q. 113);
b) Reúnem em si ‘todas as perfeições’ (LE – q. 128);
c) Percorreram todos os graus da escala evolutiva(
LE – q. 113);
d) Adquiriram ‘todos os conhecimentos’ (LE – q.
566, 560);
e) Gozam da suprema felicidade (LE – q. 967; CI –
1º, III, 7, par. 4º).
47. • “Conhecemos daqui os maus dirigentes e os
maus dirigidos, não como ricos e pobres, mas
como homens avarentos e revoltados”
(Emmanuel, O Consolador. Nº 57)
Estando a Lei de Deus gravada na nossa
consciência, a ela opomos resistência, que vai
caindo com as sucessivas encarnações. Vamos,
paulatinamente, nos aproximando do ideal.
48. Posicionamentos possíveis frente à
questão social:
• Sem o conhecimento espírita:
- Considera ter nascido em determinada classe
social por mero acaso, por sorte ( classe
favorecida) ou azar (classe desfavorecida);
- A posição social que ocupa nada influencia no
seu bem espiritual futuro (é mero acaso);
- Se as diferenças sociais não vêm do acaso, então
vêm de Deus, e, nesse caso, Deus não é justo;
49. - Se Deus não é justo, nem poderia existir, porque a
justiça é essencial ao conceito do Criador;
- Revolta-se com sua posição social inferior, ou
exalta-se com a posição superior. Pode ser
invadido pela inveja ou pelo desprezo aos menos
afortunados;
- Na falta de solução outra, muitas vezes recorre à
violência para solucionar as “injustiças sociais”.
50. • Com o conhecimento espírita:
- Tem consciência de que está, na presente
encarnação, na condição social necessária para seu
aprimoramento moral;
- Se passa por dificuldades, sabe que pode ter
provocado a presente situação para aprendizado
no seu interesse;
- Conclui que as diferenças sociais não atingem a
integridade da Justiça Divina, pelo contrário, a
reafirmam;
51. - É resignado em posição humilde e humilde em
posição social elevada. Por consequência, não cabe
a inveja, nem o desprezo pelos socialmente mais
carentes;
- Confia na Doutrina como “luz” a fornecer o
caminho da questão social, ou seja, a reforma
íntima e generalizada dos homens.
52. • “Rico é sempre todo aquele que sabe
contentar-se com o necessário. Terá a paz
do espírito, porque não experimentará as
necessidades fictícias, nem será
atormentado pela sede de honrarias e do
supérfluo, pela febre da ambição, da inveja
e do ciúme”
(ALLAN KARDEC, Obras Póstumas)
53. Caridade
• Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver
caridade, tenho-me tornado como o bronze que soa, ou
como o címbalo que retine.
Se eu tiver o dom de profecia, e souber todos os
mistérios e toda a ciência; se tiver toda a fé a ponto de
remover montes, e não tiver caridade, nada sou.
1 Coríntios 13:1,2
54. • A caridade é paciente, é benigna, a caridade não é
invejosa, não se jacta, não se ensoberbece,
não se porta inconvenientemente, não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal,
não se regozija com a injustiça, mas regozija-se com a
verdade;
tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
1 Coríntios 13:4-7
• 13 Mas agora permanecem estas três: a fé, a esperança, a
caridade; porém a maior destas é a caridade.
55. Caridade
• A chave para a transformação social do mundo
se encontra na transformação íntima de cada um
de nós;
• Fazer ao nosso semelhante tudo aquilo que
pudermos e que gostaríamos que nos fosse feito
pelos outros;
• Exemplo de caridade: Cárita, martirizada em
Roma – Cap. XIII, item 13 do Evangelho.
56. Caridade
• Parábola do Samaritano.
Viajante ferido – Humanidade saqueada de seus bens
espirituais e sua liberdade pelos poderosos do mundo;
Sacerdote e levita – Religiosos interessados em seus
dogmas;
Samaritano – Jesus;
Azeite – Símbolo da fé;
Vinho – Espírito da sua palavra;
Dois denários – Caridade e a sabedoria.
Hospedeiro – Todos os que receberam a mensagem de
Jesus para cuidar do viajante saqueado. (Cairbar Schutel.
Parábolas e Ensinos de Jesus. Casa Editora ‘O Clarim’).
57. “Lembra-te de que amanhã restituirás à vida
o que a vida te emprestou, em nome de
Deus, e que os tesouros de teu espírito serão
apenas aqueles que houveres conquistado
em teu próprio benefício, no campo de
educação e das boas obras”.
Emmanuel “Palavras de Vida Eterna”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.