O documento apresenta informações sobre bibliografias utilizadas em uma aula sobre técnicas estratigráficas. Inclui títulos de livros e editoras de várias publicações sobre o tema. Também descreve princípios estratigráficos como horizontalidade original, sobreposição de estratos e continuidade lateral. Por fim, explica tipos de descontinuidades estratigráficas como discordâncias, paraconformidades e inconformidades.
1. Aula # 1 - BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Editora Edgard
Editora Dunod Blücher Ltda.
(12ª edição 2003) (1ª reimpressão 2006)
Edição Calouste
Rosa Editora Lda Gulbenkian
(1ª edição 2008) (2002)
2. Aula # 1 - BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Editora LTC –
Livros Técnicos e Editora Bookman
Científicos Ltda. (4ª edição 2006)
(6ª edição 2010)
Elf ep Editora Elf ep Editora
Mémoire 25 Mémoire 19
3. CURSO DE MESTRADO EM RMA
Opção Recursos GasoPetrolíferos
MÓDULO : TÉCNICAS ESTRATIGRÁFICAS
DOCENTES :
Professor André F. Buta Neto
Msc. Kaziluqui Pedro
4. A palavra estratigrafia tem origem latino-grega,
isto é ,
do latim “ stratun “= camadas ou estrato e do
grego “ graphein” = descrição.
A natureza da área fonte, a topografia da bacia receptora e os
paleorelevos das bacias, são os factores primordiais que
determinam as propriedades das sequências sedimentares.
Estes, são factores que permanecem constantes.
Pelo contrário, a Tectónica que se manifesta através de
movimentos verticais, horizontais ou oblíquos, afecta a
grande maioria das sequências (depósitos) sedimentares,
podendo esta ocorrer durante ou apôs a sedimentação.
5. • PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
6.
Os sedimentos que formam
os estratos depositam-se
inicialmente na horizontal.
Toda outra disposição das
camadas (inclinada ou vertical)
é posterior a deposição
horizontal e ligada à fenómeno
de deformação.
7. • PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
8.
Topo
Numa sequência
estratigráfica normal, ou
seja, não deformada,
qualquer estrato ou camada
que se encontrar na base
(no fundo) ou em baixo, é
mais antiga do que aquela
que se encontrar no topo
(por cima).
Base
9. • PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
10.
Um estrato ou camada que se estende lateralmente
(horizontalmente) em todas as direcções tem sempre a
mesma idade ao longo de toda a sua extensão,
independentemente da espessura que esta venha a ter
(variação lateral de fácies). Isto é devido a variações nas
condições de sedimentação de um local para outro.
Permite estabelecer correlações de idade entre estratos
localizados em lugares eventualmente distanciados.
a- calcário b- argila c- arenito d- conglomerados
12. • PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
13. Segundo este princípio, dois estratos ou mais posicionados em
lugares diferentes podem ter a mesma idade desde que
apresentem o mesmo conteúdo fossilífero. Isto porque os
conjuntos de fósseis se sucedem no tempo, um após o outro.
14. Os estratos que se encontram actualmente na diagonal ou
vertical sofreram modificações após a sua deposição.
• PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
15. Segundo este princípio, inclusões ou fragmentos de uma rocha
(enclaves ou xenólitos) posicionados numa outra rocha ou
camada, ela é mais antiga que esta camada rochosa.
No caso de rochas intrusivas, falhas ou dobras, elas são mais
recentes do que as acamadas que elas cortam ou deformam.
Figura pag. 394 Fundamentos de Geologia
16. • PRINCÍPIOS ESTRATIGRÁFICOS
• HORIZONTALIDADE ORIGINAL (Lei de Nicolas Steno ; 1638-1686)
• SOBREPOSIÇÃO DOS ESTRATOS OU CAMADAS (Lei de Steno-Smith)
• CONTINUIDADE LATERAL
• IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA (William Smith)
• INCLUSÃO
• INTERSECÇÃO
17. Segundo este princípio,
No caso de rochas intrusivas ou falhas, elas são mais recentes do
que as acamadas que elas cortam.
18. Segundo este princípio,
No caso de rochas intrusivas ou falhas, elas são mais recentes do
que as acamadas que elas cortam.
19. O princípio da Sobreposição é a base da datação relactiva dos
estratos ou camadas e dos fósseis nelas presentes.
20.
A discordância é comumente usada na delimitação de unidades em
classificações estratigráficas. Podem corresponder ao registo geológico de
importantes eventos, tais como transgressões e regressões marinhas, fases
de orogêneses ou mudanças climáticas que se materializam através de
acentuadas variações faciológicas.
Discordâncias Estratigráficas ou lacunas estratigráficas – Na deposição dos
estratos ou camadas existem vários factores que controlam e variam a sua
contínua acumulação. Essas irregularidades representam descontinuidades
que são classificadas de diversas maneiras (sedimentares, estratigráficas e
diatróficas); (desconformidades, paraconformidade, discordância angular e
inconformidade).
21. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Descontinuidade sedimentar:
Ocorre num intervalo de tempo muito curto, onde se verifica
descontinuidade entre duas camadas ou estratos. Se
corresponder a uma ausência de deposição designa-se por
descontinuidade passiva, se houver destruição parcial ou total
da camada anterior designa-se por descontinuidade erosiva.
(*Lacuna deposicional*)
22. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Descontinuidade estratigráfica ou discordância
estratigráfica: Ocorre quando uma descontinuidade, que
separa duas unidades sucessivas, abranger um intervalo
considerável de tempo. Neste caso têm-se uma
discordância e o intervalo de tempo não representado pelo
estrato ou camada NUMA DETERMINADA ÁREA, HIATO.
23. TIPOS DE DESCONTINUIDADES:
As discordâncias sedimentar e estratigráfica: intervalo de
tempo não representado pelo estrato ou camada numa
determinada área, HIATO, segundo (Dunbar & Rodgers,
1957), DESCONFORMIDADES, PARACONFORMIDADE.
PARACONFORMIDADE
(paraconformity)
24. TIPOS DE DESCONTINUIDADES:
As discordâncias sedimentar e estratigráfica: intervalo de
tempo não representado pelo estrato ou camada numa
determinada área, HIATO, segundo (Dunbar & Rodgers,
1957), DESCONFORMIDADES, PARACONFORMIDADE.
DESCONFORMIDADE
(disconformity)
Discordância erosiva
25. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Descontinuidade diastrófica:
Sucede quando na ausência de uma unidade geológica se
associa uma deformação tectónica (discordância angular).
26. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Descontinuidade diastrófica:
Sucede quando na ausência de uma unidade geológica se
associa uma deformação tectónica (discordância angular).
27. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Inconformidade:
Sucede quando as camadas sedimentares sobrepõem-se as
rochas cristalinas (ígneas e metamórficas) – non conformity
28. TIPOS DE DESCONTINUIDADES
Inconformidade:
Sucede quando as camadas sedimentares sobrepõem-se as
rochas cristalinas (ígneas e metamórficas) – non conformity
31. Tempo continuo
Rochas
preservadas
Escala vertical = time
Escala vertical
Câmbrico
= espessura
Sistema de Câmbrico
rochas Periodo de
tempo
32.
33. Outras designações:
A) Discordâncias angulares o planiangulares a superfície
de separação é plana
B) Discordâncias angulares erosivas em a que a superfície
de separação entre as duas unidades é marcadamente
irregular ou erosiva.
C) Discordâncias progressivas se observam discordâncias
angulares que lateralmente amortizam-se passando á
superfícies de concordância (contemporâneas com o
processo de sedimentação )
Discordâncias basais uma unidade litoestratigráfica que se
superpõe a um embasamento cristalino não estratificado
chamada também por inconformidade (non conformity)
34. Critérios de reconhecimento de paraconformidade
A) Meio marinho
- critérios bioestratigráficos.
- critérios estratigráficos –sedimentológicos
- critérios geoquímicos reconhecível
B) Meios continentais
- Paleosolos
- Calcretas, Silicretas e ferricretas
- Argilas residuais, bauxitas e lateritas
35. Critérios para reconhecer desconformidades no campo
Conglomerados basais:
a unidade que se encontra
por acima está representada por
conglomerados e brechas
•superficies rochosas perfuradas
•carstificação
•calcretas
•paleosolos e bauxitas
36. Descontinuidades com discordâncias critérios de reconhecimento
no campo
Presença de conglomerados basais
Presença de superfícies erosivas com perfurações de organismos
marinhos litófagos, meios costeiros de alta energia
Presença de paleosolos, calcretas argilas residuais tapando a superfície
de descontinuidade
Presença de superfícies cársicas acompanhadas de morfologias
irregulares
Interrupção de superfícies tectónicas
37. Objectivos na interpretação genética das
descontinuidades:
a) Tipos de descontinuidades e trocas laterais do mesmo
b) Idade da interrupção sedimentar
c) Idade da deformação tectónica
d) Dedução da área de afectados pela descontinuidade
O interesse do estudo das discontinuidades
•Constitue a base do reconhecimento de unidades genéticas
• As discontinuidades estratigráficas e as rupturas sedimentar
constituem um excelente critério de correlação entre diferentes
secções estratigráficas
O estudo detalhado das descontinuidades permite conhecer as
características dos intervalos de tempo sem depósito.
38. Factores genéticos principais que influem na origem e
importância das continuidades estratigráficas são as
seguintes
1. Trocas de nível de base
2. Trocas das actividades tectónicas
3. Factores paleo geográficos
4. Trocas climáticas
5. Trocas nas condições oceanográficas
39. REFLECTORES SÍSMICOS
Límites Sísmicos de Sequências; Límites de Sequênciais
O primeiro passo a ser dado numa análise sismo-estratigráfica é a
procura intensa de discordancias nos dados sísmicos, isto porque as
discordâncias, ou as concordancias, separam as sequências sísmicas.
A angularidade que os reflectores formam com o limite superior ou
com a base de uma sequência é importante para a reconstrução da
historia sedimentar. Isto porque essa angularidade permite a um
técnico deduzir as condições ambientais que possivelmente existiam
durante a sedimentação da sequência.
Características dos termos utilizados nos reflectores sísmicos