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Mudar a cidade: Uma introdução crítica ao planejamento e a gestão urbanos Parte III: Instrumentos e institucionalidades Barbara Castoldi Gabriela Saquelli Gabriel Damasceno Julio César Akutagawa Sérgio Caperuci Thaís Elis
1- Tipos de instrumentos e seu conteúdo político. ,[object Object],[object Object],[object Object]
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2- Parâmetros urbanísticos de ocupação do solo. ,[object Object]
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Tributos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
IPTU ,[object Object],[object Object],[object Object]
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Solo Criado “ Solo criado” é, na verdade, o nome popular do instrumento conhecido como  concessão  ou  outorga onerosa do direito de construir .   “ Em sentido genérico, pode-se definir solo criado como sendo a criação de áreas adicionais de piso utilizável não apoiadas diretamente sobre o solo. É a criação de piso artificial. [...]”  (SOUZA , 2002  apud  Lira)
Coeficiente de aproveitamento = 1 Fonte: SOUZA, 2002, p:224.
Histórico... Em 1971 em Roma - defendiam a separação entre o direito de propriedade e o direito de construção. A aplicação do instrumento propriamente dito só viria alguns anos mais tarde, em 1975 na França e 1977 na Itália.
No   Brasil , em 1974 a Prefeitura de São Bernardo do Campo organizou um seminário, três anos depois o Plano de Desenvolvimento Integrado do município previa já o instrumento. Em 1976 seminários em São Sebastião, São Paulo e Embu, resultando a Carta do Embu, onde o “solo criado” foi explicitamente defendido.
Quem ganha e quem perde com a implementação desse tributo? ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Quanto à incidência do ônus, SOUZA diz que, está na dependência do  grau de elasticidade da oferta de solo assim como no grau de elasticidade da demanda por solo . Se a oferta de solo for inelástica, então o ônus tenderá a recair inteiramente sobre o proprietário do terreno. Caso haja elasticidade de oferta e de demanda, o ônus se reparte entre o proprietário do terreno e o comprador. Por fim, se a demanda por solo for inelástica, então o ônus seria exclusivamente do comprador.
Quais as funções do solo criado?  (Quais os objetivos do instrumento) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Riscos e limitações... Só encontra seu fato gerador, em certas porções dos espaços urbanos ou naqueles onde já se verifica que há boas chances de se verificar uma dinâmica de verticalização. A necessidade de se dispor de cadastros e plantas de valores atualizados.
Contribuição da melhoria O  fato gerador  da contribuição de melhoria – isto é, o fenômeno que justifica a sua aplicação – é a  valorização imobiliária decorrente de obras públicas. O beneficiário final,  deveria  ser os moradores de espaços segregados e mal dotados de infra-estrutura técnica e social elementar, como loteamentos irregulares e favelas, áreas que o Estado deveria eleger como alvos prioritários para novos investimentos.
Decreto-Lei nº195, de 24/02/1967. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
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A contribuição de melhoria é um tributo que quase nunca foi aplicado. Por quê? Desperta resistências entre os setores mais privilegiados da sociedade. Também pelos problemas e dificuldades que envolvem seu cálculo e quais seriam os contribuintes.
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[object Object],(SOUZA, 2002:257)
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Questionando a tradição: a ideia de um “zoneamento includente” ou zoneamento de prioridades ,[object Object],[object Object]
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(SOUZA, 2002:269)
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Atualmente, o planejamento busca relativizar a “sustentabilidade ambiental”  e as necessidades de pessoas dotadas de pouca mobilidade. O zoneamento do uso do solo, tem a preocupação de identificar e regular a localização de usos, bem como sua restrição quanto à localização, que possam causar inconvenientes na vizinhança. Exemplo: tráfego (dependendo da intensidade), casas noturnas, postos de gasolina. As próprias condições ambientais (direção dos ventos, topografia, drenagem) densidade do espaço construído já existentes darão margem a restrições.
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“ Cartograficamente, o zoneamento de densidade deverá requerer representação em um mapa à parte, para não tornar pesado o mapa que contiver as recomendações e restrições quanto aos usos e suas intensidades.” (p. 268) “ Zoneamento includente” ou zoneamento de prioridades é uma modalidade de zoneamento: que terá de ser complementado por outros tipos de zoneamento, a saber, pelo de uso do solo e pelo de densidade. Zoneamentos terão de incluir também a área rural, para identificar e delimitar prioridades, como estímulo à agricultura periurbana.
Tanto o zoneamento de prioridades quanto o zoneamento de uso do solo poderão e deverão, de maneira distinta, identificar áreas que demandem proteção ambiental ou atenção específica devido a riscos ambientais. Um quarto tipo de zoneamento (proteção e manejo ambiental) poderá se mostrar útil, como complemento e detalhamento de um aspecto específico do zoneamento de uso do solo.
“ É conveniente que os três tipos de zoneamento – zoneamento de prioridades, zoneamento de uso do solo e zoneamento de densidade -  sejam tratados em dois níveis diferentes: Um, aproximativo, atinente a um esforço de dar conta da escala geográfica mesolocal (ou, ainda, macrolocal), recordando-se, para a representação espacial do conjunto, a mapas em escala variando, normalmente, entre 1:20.000 e 1:200.000, conforme o tamanho da cidade ou do município;  E outro, mais pormenorizado, onde o foco é a escala microlocal e as escalas cartográficas de representação geral oscilam entre 1:5.000 e 1:50.000.” (p. 270-271)
No Brasil, a tradição carioca, com os chamados Projetos  (PLANO) de Estruturação Urbana ou PEUs, apresenta uma solução que poderia ser aperfeiçoada e generalizada. O mesoplano (plano diretor) conteria assim, zoneamentos mais genéricos e aproximativos, os quais seriam detalhados e desdobrados em cada micro-plano (em cada PEU). Situações análogas com respeito ao zoneamento de densidade e ao zoneamento de prioridades podem ser muito facilmente imaginadas para justificar duas escalas distintas e integradas de planejamento local. Estudos preparatórios  análise criteriosa e rigorosa a anteceder qualquer proposta de intervenção. Se tem a origem a diversos mapas específicos, que serão incorporados aos zoneamentos.
O planejamento mesolocal (ou macrolocal) será subdividido, em recortes menores,correspondendo a um espaço de nível microlocal, aos quais o mesoplanejamento será detalhado e aprofundado. Pode-se incorporar sugestões de pormenor referentes a estímulos a empreendimentos dinamizadores/regeneradores em áreas degradadas, recomendação para a instalação de equipamentos de consumo coletivo específico (hospitais, escolas ...)

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Uma introdução crítica aos instrumentos de planejamento urbano

  • 1. Mudar a cidade: Uma introdução crítica ao planejamento e a gestão urbanos Parte III: Instrumentos e institucionalidades Barbara Castoldi Gabriela Saquelli Gabriel Damasceno Julio César Akutagawa Sérgio Caperuci Thaís Elis
  • 2.
  • 3.
  • 4.
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  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Solo Criado “ Solo criado” é, na verdade, o nome popular do instrumento conhecido como concessão ou outorga onerosa do direito de construir .   “ Em sentido genérico, pode-se definir solo criado como sendo a criação de áreas adicionais de piso utilizável não apoiadas diretamente sobre o solo. É a criação de piso artificial. [...]” (SOUZA , 2002 apud Lira)
  • 15. Coeficiente de aproveitamento = 1 Fonte: SOUZA, 2002, p:224.
  • 16. Histórico... Em 1971 em Roma - defendiam a separação entre o direito de propriedade e o direito de construção. A aplicação do instrumento propriamente dito só viria alguns anos mais tarde, em 1975 na França e 1977 na Itália.
  • 17. No Brasil , em 1974 a Prefeitura de São Bernardo do Campo organizou um seminário, três anos depois o Plano de Desenvolvimento Integrado do município previa já o instrumento. Em 1976 seminários em São Sebastião, São Paulo e Embu, resultando a Carta do Embu, onde o “solo criado” foi explicitamente defendido.
  • 18.
  • 19. Quanto à incidência do ônus, SOUZA diz que, está na dependência do grau de elasticidade da oferta de solo assim como no grau de elasticidade da demanda por solo . Se a oferta de solo for inelástica, então o ônus tenderá a recair inteiramente sobre o proprietário do terreno. Caso haja elasticidade de oferta e de demanda, o ônus se reparte entre o proprietário do terreno e o comprador. Por fim, se a demanda por solo for inelástica, então o ônus seria exclusivamente do comprador.
  • 20.
  • 21. Riscos e limitações... Só encontra seu fato gerador, em certas porções dos espaços urbanos ou naqueles onde já se verifica que há boas chances de se verificar uma dinâmica de verticalização. A necessidade de se dispor de cadastros e plantas de valores atualizados.
  • 22. Contribuição da melhoria O fato gerador da contribuição de melhoria – isto é, o fenômeno que justifica a sua aplicação – é a valorização imobiliária decorrente de obras públicas. O beneficiário final, deveria ser os moradores de espaços segregados e mal dotados de infra-estrutura técnica e social elementar, como loteamentos irregulares e favelas, áreas que o Estado deveria eleger como alvos prioritários para novos investimentos.
  • 23.
  • 24.
  • 25. A contribuição de melhoria é um tributo que quase nunca foi aplicado. Por quê? Desperta resistências entre os setores mais privilegiados da sociedade. Também pelos problemas e dificuldades que envolvem seu cálculo e quais seriam os contribuintes.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
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  • 38.
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  • 41.
  • 43.
  • 44. Atualmente, o planejamento busca relativizar a “sustentabilidade ambiental” e as necessidades de pessoas dotadas de pouca mobilidade. O zoneamento do uso do solo, tem a preocupação de identificar e regular a localização de usos, bem como sua restrição quanto à localização, que possam causar inconvenientes na vizinhança. Exemplo: tráfego (dependendo da intensidade), casas noturnas, postos de gasolina. As próprias condições ambientais (direção dos ventos, topografia, drenagem) densidade do espaço construído já existentes darão margem a restrições.
  • 45.
  • 46. “ Cartograficamente, o zoneamento de densidade deverá requerer representação em um mapa à parte, para não tornar pesado o mapa que contiver as recomendações e restrições quanto aos usos e suas intensidades.” (p. 268) “ Zoneamento includente” ou zoneamento de prioridades é uma modalidade de zoneamento: que terá de ser complementado por outros tipos de zoneamento, a saber, pelo de uso do solo e pelo de densidade. Zoneamentos terão de incluir também a área rural, para identificar e delimitar prioridades, como estímulo à agricultura periurbana.
  • 47. Tanto o zoneamento de prioridades quanto o zoneamento de uso do solo poderão e deverão, de maneira distinta, identificar áreas que demandem proteção ambiental ou atenção específica devido a riscos ambientais. Um quarto tipo de zoneamento (proteção e manejo ambiental) poderá se mostrar útil, como complemento e detalhamento de um aspecto específico do zoneamento de uso do solo.
  • 48. “ É conveniente que os três tipos de zoneamento – zoneamento de prioridades, zoneamento de uso do solo e zoneamento de densidade - sejam tratados em dois níveis diferentes: Um, aproximativo, atinente a um esforço de dar conta da escala geográfica mesolocal (ou, ainda, macrolocal), recordando-se, para a representação espacial do conjunto, a mapas em escala variando, normalmente, entre 1:20.000 e 1:200.000, conforme o tamanho da cidade ou do município; E outro, mais pormenorizado, onde o foco é a escala microlocal e as escalas cartográficas de representação geral oscilam entre 1:5.000 e 1:50.000.” (p. 270-271)
  • 49. No Brasil, a tradição carioca, com os chamados Projetos (PLANO) de Estruturação Urbana ou PEUs, apresenta uma solução que poderia ser aperfeiçoada e generalizada. O mesoplano (plano diretor) conteria assim, zoneamentos mais genéricos e aproximativos, os quais seriam detalhados e desdobrados em cada micro-plano (em cada PEU). Situações análogas com respeito ao zoneamento de densidade e ao zoneamento de prioridades podem ser muito facilmente imaginadas para justificar duas escalas distintas e integradas de planejamento local. Estudos preparatórios análise criteriosa e rigorosa a anteceder qualquer proposta de intervenção. Se tem a origem a diversos mapas específicos, que serão incorporados aos zoneamentos.
  • 50. O planejamento mesolocal (ou macrolocal) será subdividido, em recortes menores,correspondendo a um espaço de nível microlocal, aos quais o mesoplanejamento será detalhado e aprofundado. Pode-se incorporar sugestões de pormenor referentes a estímulos a empreendimentos dinamizadores/regeneradores em áreas degradadas, recomendação para a instalação de equipamentos de consumo coletivo específico (hospitais, escolas ...)