1. Na Teosofia e
em outras Culturas
O ABSOLUTO
E A TRINDADE
DIVINA
Estudo comparativo de religião,
filosofia e ciência
2. Onde quer que haja manifestação, ou seja, relatividade,
tem de haver dualidade e, portanto, ao descer ao Plano da
Manifestação, a Essência Divina Eterna divide-se em dois pólos:
o espiritual, ativo, masculino, positivo, reflexo de Parabrahman;
e o material, receptivo, feminino, negativo, reflexo de
Mulaprakriti.
Filosofia Sânkhya – Rishi Kapila
ESPÍRITO
(Purusha - Pai Divino)
MATÉRIA
(Prakriti - Mãe Divina)
PARABRAHMAN
(Essência Divina)
FILHO
LUZ DO MUNDO
(Consciência sujeito-objeto)
3. FILHO DIVINO
(Consciência)
Matéria
(Mãe Divnina)
ESPÍRITO
(Pai Divino)
PARABRAHMAN
(Essência Divina)
Assim, na aurora da nova Manifestação Universal,
do seio do Uno, da Grande Noite Cósmica em que o
Pai e a Mãe Divinos se tinham unido completamente,
surge a dupla polaridade:
Espírito e Matéria (Purusha e Prakriti).
4. Da relação, do Amor entre estes dois pólos
– Espírito e Matéria, Purusha e Prakriti, Pai Divino e Mãe Divina –
surge o Filho, a Luz do Mundo, a Consciência de Relação
(diferente da Consciência Absoluta do Espírito).
A Unidade Divina desdobra-se, portanto, numa Trindade:
Espírito, Consciência e Matéria, ou Pai Divino, Filho Divino e
Mãe Divina.
ESSÊNCIA DIVINA
ETERNA
FILHO
DIVINO
MÃE
DIVINA
PAI DIVINO
5. Para a Teosofia,
o “Absoluto” é o “Espaço Infinito”
é o “Não-Ser” ou “Não-Eu”, a “Seidade”
ou “Ipseidade”, “Aquele”.
6. Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky:
ABSOLUTO
Para a Teosofia, o Universo manifesto é
considerado como relativo já, que, tem começo,
meio e fim e, portanto, não pode ser considerado absoluto.
O Absoluto é o Espaço Infinito e Incondicionado onde surge o
Espaço Condicionado da manifestação Logoica (mundo relativo já
que a manifestação tem começo, meio e fim).
O Absoluto é considerado um Princípio Onipotente, Eterno,
Ilimitado e Imutável – sobre o qual toda a especulação intelectual é
impossível, porque transcende o poder de percepção humana.
Qualquer expressão da inteligência só poderia diminuí-lo. Está fora
dos limites e do alcance do pensamento, e segundo as palavras do
Mandukya, é “impensável e impronunciável”.
Para o hindu é Parabrahman, aquele que se encontra além de
Brahmâ. Realidade sem atributos e sem segundo. É o Supremo
Princípio Eterno Impessoal, Onipresente, Infinito, Imutável,
Inconcebível, Inominável, Inefável.
7. Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky:
AQUELE
“Aquele” quando se manifesta aparece como
uma unidade dual, espírito-matéria.
O termo “Aquele” se refere ao Todo Absoluto, o Eterno Absoluto,
fora do qual nada existe, do qual tudo procede e no qual tudo se
resolve; a causa instrumental e material do Universo; a substância
e essência do Universo.
É a existência Una, incognoscível, cuja primeira manifestação é o
Espírito.
O Espaço e o Tempo são apenas formas d’Aquele.
8. Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky:
ESPAÇO INFINITO
O espaço é chamado a “Mãe”, antes da sua
atividade cósmica, e “Pai-Mãe” (Yin/Yang) na primeira
etapa do seu despertar.
O Espaço é o Mundo Real, enquanto o nosso mundo é um
mundo artificial.
O TODO ÚNICO, sem segundo; a Raiz da Natureza visível e
invisível, objetiva e subjetiva, que há de perceber-se por meio
da mais elevada intuição espiritual, mas que jamais pode ser
plenamente compreendida.
Melhor seria para nossa mente finita e limitada pelos sentidos
físicos e psíquicos, não tentar formalizar nenhuma imagem e
compreender este “algo” mais como um “estado”
(Mahaparanirvana) do que um lugar ou alguma entidade.
9. O Logos Triplice
“A Divindade é um círculo cujo núcleo, está
em toda parte e a circunferência, em lugar
nenhum.”
H. P. Blavatsky
A Doutrina Secreta de HPB:
“Saindo das profundidades da existência Una, do inconcebível e
inefável Uno, um Logos*, impondo-se a si mesmo um limite,
circunscrevendo voluntariamente a extensão de seu próprio Ser,
se faz o Deus manifestado, e ao traçar os limites de sua esfera
de atividade, determina a área de seu Universo.”
* Segundo Platão, o princípio de ordem, mediador entre o mundo sensível e Inteligível.
10. A Doutrina Secreta de HPB:
“Dentro de tal esfera nasce, evolui, e morre
este universo. O universo que no Logos vive, se
move e tem o seu ser.
A matéria do Universo é a emanação do Logos, e
suas forças e energias são as correntes de sua vida.
O Logos é imanente em cada átomo, é
omnipenetrante; tudo sustenta, tudo o desenvolve.
É o princípio (origem) e o fim do universo, sua causa
e objeto, seu centro e circunferência... Está em
todas as coisas, e todas as coisas estão nele.”
11. Todas as grandes concepções religiosas e/ou
filosóficas, o Deus Uno, a Vida Una de onde tudo
procede, desdobra-se na sua manifestação
periódica (Manvantaras e Pralayas) em uma
Trindade.
12. Blavatsky:
“Em metafísica oculta existem, a bem dizer, dois ‘UM’:
o Um no plano inacessível do Absoluto e do Infinito,
sobre o qual não é possível nenhuma especulação,
e o segundo "Um", no plano das Emanações.
1
2 3
IMANIFESTO
1
2 3
MANIFESTAÇÃO:
TRINDADE DE TODAS AS RELIGIÕES
13. O Logos Cósmico tem uma natureza dual.
Por um lado, Ele é parte do Eterno-Não-Manifesto e, por
outro, Sua Consciência é a base suprema do Manifesto.
O Princípio Logóico que é a sede da Ideação Cósmica e a
fonte de infinitos universos que seguem um ao outro na
eterna sucessão de Manvantara e Pralaya.
Como base suprema do universo manifesto, contém
inúmeras galáxias e sistemas solares e existe em todos os
graus possíveis de sutileza.
No primeiro, Sua consciência pode ser considerada voltada
para o interior; no segundo, ela pode ser considerada
voltada para o exterior.
Esse mistério de Sua natureza dual, esta alternância de
consciência entre o Manifesto e o Não-Manifesto é
representado pelos hindus, pelo ritmo de tambor (damaru)
de Shiva. Quando ele soa tudo vem a Manifestação.
Quando ele silencia, tudo entra em repouso.
Shiva e o tambor que
marca o ritmo de
Sua Manifestação.
O Logos Cósmico
14. O tambor em forma de ampulheta representa
o som da criação do Universo.
No Hinduísmo, o Universo brota da sílaba
“Om” (AUM).
É interessante comparar essa afirmação com o
conhecido prólogo do Evangelho de São João:
“No princípio era o Verbo (a sílaba, o som). E o
Verbo era Deus. (...) Tudo foi feito por Ele
(o Verbo) e sem Ele nada se fez”.
15. O Primeiro não produz emanação nem
pode ser dividido, pois é eterno, absoluto e
imutável; mas o segundo, sendo por assim
dizer, o reflexo do primeiro Um (pois é o
Logos, ou Isvara, no Universo de Ilusão),
pode fazê-lo.
Emite de si mesmo os Sete Raios ou
Dhyân Chohans*; em outras palavras, o
Homogêneo se converte no Heterogêneo.”
* Senhores de Luz e/ou de Sabedoria o Tathagatas do Budismo
Isvara
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IMANIFESTO
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2 3
16. Três Qualidades Divinas Fundamentais
Estas trindades, e tantas outras mencionadas
pelas mais diversas filosofias religiosas, aludem
consubstanciam, afinal, as três qualidades
fundamentais em que se desdobra o Deus Uno,
a Vida Divina, a Energia Universal,
representando apenas formas diferentes de as
designar:
Vontade ou Poder, Amor-Sabedoria e Atividade
Criadora Inteligente.
Na Teosofia estas três qualidades fundamentais
da Vida Divina são habitualmente nomeadas por
1º Logos, 2º Logos e 3º Logos ou por 1º Aspecto,
2º Aspecto e 3º Aspecto Divinos.
A Trindade no Egito:
Osiris, Horus e Ísis
17. O Logos se desprende de si mesmo manifestando-se em forma tríplice:
1. O Primeiro Logos é a raiz e origem do Ser; dele procede o
2. O Segundo Logos, manifestando os aspectos de Vida-forma,
Espírito-matéria, positivo-negativo, ativo-recepetivo, sujeito e
objeto, pai-mãe dos mundos; e por último, o
3. O Terceiro Logos, a Mente universal, na qual existe o arquétipo
de todas as coisas, fonte dos seres, manancial das energias
formadoras, arca onde se encontram armazenados todas as
formas originais que haverão de se manifestar e aperfeiçoar
nas classes inferiores de matéria durante a evolução do universo.
SEGUNDO
LOGOS
TERCEIRO
LOGOS
PRIMEIRO
LOGOS
ABSOLUTO
(Espaço Infinito)
18. A Matéria do universo é a emanação do Logos, e as
forças e as correntes de energias que o compõe são as
correntes de sua vida.
O Logos é imanente em cada átomo e, portanto,
onipresente; sustenta tudo; desenvolve tudo.
É o princípio (a origem), e o fim do universo (como
diriam os gregos é o Alfa e Ômega de todas as coisas).
Como já foi dito, o universo tem no Logos sua causa e
objeto, seu centro e circunferência.
Está em todas as coisas e todas as coisas estão nele.
Poeticamente falando o Logos pode se ilustrado como o
penetrante perfume que impregna o ar e todos os
objetos de um quarto, ou ainda como a água do mar que
penetra a esponja contida em seu seio.
O Logos se desprende de si mesmo manifestando-se de
uma forma tríplice: o Primeiro Logos como raiz e origem
do Ser; dele procedem os Segundo e o Terceiro Logos.
1º Logos
"É o primeiro Inata
(não nascido), ou o
Ego no Cosmo, e
todos os demais
Egos... são apenas
o seu reflexo e
manifestação...”
D.S.
19. O Primeiro Logos é impessoal e, em Filosofia, o não-
Manifestado, o precursor do Manifestado.
É o Aspecto Pai no Cristianismo.
É a “Causa Primeira”; a “Luz do Mundo”; o Segundo e o
Terceiro Logos são suas sombras mais densas.
Para Pitágoras é “A Mônada é o ápice do triângulo
equilátero manifestado, o Pai.”
Para os Budista é Adhi-Buddha Vajradhara, o Buddha
Supremo de Raio, o Vencedor Supremo, O Senhor de
todos os Mistérios, O Uno sem princípio nem fim,
também chamado Dorjechang (Sânscrito: portador de
Raio) e Dharmakaya (o Corpo do Dharma).
1º Logos
Budismo:
Adhi-Buddha
Vajradhara
Shambogha-Kaya Nirmana-Kaya
Dharma Kaya
Vacuidade (Sunnyata)
20. Para os hebreus é Kether a Potência Suprema também
chamada a “Coroa” o a “Coroa do Universo”; a criação
inteira é o “Reino da Coroa”.
É a Coroa e não o rei, pois a idéia de um rei implicaria
na de um ídolo. Para o Cabalista Deus é infinitamente
desconhecido. Sua natureza escapa completamente de
nossas investigações.
Kether simboliza o Potencial Puro das manifestações
que acontecem nos outros Mundos ou Dimensões da
Árvore da Vida.
Kether pode ser visto como uma Fonte Impessoal e
Eterna de toda a Vida; como o princípio absoluto do
ser e dos seres.
Essa Fonte é para todos os seres o “Fermento”, o
“Maná”, o “Alimento ou Pão da Vida”, para
manutenção de suas existências.
Kether pode-se considerar como o momento zero,
a criação em potencial, mas não expandida, o tempo
de Plank do Big-Bang.
1º Logos
KETHER
O Cume do Céu
21. A palavra “Kether” também pode significar ainda
“Cume” ou “Pináculo”, um local alto de onde se pode
vislumbrar tudo o que nos rodeia, transmitindo a
mensagem da necessidade de nos colocarmos num
patamar “acima da nossa vida banal” e “olhar o nosso
lugar dentro do esquema completo das coisas”. “See
through Heavens Eyes”
De acordo com o Bahir (Livro da Iluminação)
“A primeira Séfira é chamada a Coroa, uma vez que a
coroa é usada acima da cabeça.
A Coroa refere-se assim a coisas que se encontra
acima das capacidades intelectuais de compreensão.
22. Para os hindus o
Primeiro Logos é Shiva
“O imenso esforço e a energia
requeridos para a manifestação de
um universo provém da Vontade
Divina de Shiva, a Consciência
universal, e aparece inicialmente
através do âkâsha sob a forma de
Nâda, o Som integrado, do qual
são derivados todas as formas de
vibração e modos de movimento
no reino da manifestação.”
Yoga-Sutra de Patanjali
23. Na Teosofia, o Segundo Logos corresponde ao aspecto
Amor-Sabedoria.
O Segundo Logos e se expressa como os aspectos de vida
e de forma, a primitiva dualidade, que constituem os
primitivos dois polos da Natureza entre os quais se
desenvolve o drama do Universo: Vida-Forma, Espírito-
Matéria, positivo-negativo, ativo-receptivo, pai-mãe dos
Mundos.
Proveniente do Segundo Logos, a segunda grande Onda-
de-vida divina desce para a matéria vivificada pelo Terceiro
Logos: isto é habitualmente conhecido como Segunda
Emanação.
Assim , a Segunda Pessoa da Trindade toma forma não
apenas com a matéria “virgem”, improdutiva, mas como a
matéria já animada pela vida da Terceira Pessoa, de forma
que ambas, vida e matéria, cobrem-Na como se fossem
uma vestimenta.
Portanto, é exata a afirmação que diz que a Segunda
Pessoa “encarnou do Espírito Santo e da Virgem Maria”;
esse é o verdadeiro significado dessa importante passagem
do credo cristão.
2º Logos
O Segundo Logos,
o Amor Universal, o
Cristo Cósmico,
encarna pela relação
entre o Espírito Santo e
a Virgem Maria
24. No Egito Hórus era o deus do céu, filho de
Osíris e Ísis.
No Cristianismo é O Filho, representado na
figura de Jesus Cristo.
Na Cabala, Chochmah – Realidade. A Divina
Revelação. Yesh me-ayin – Ser vindo do
Nada (O Poder da Sabedoria).
É o Adão Kadmon; o Homem arquetípico; o
“Homem Celeste”; a Humanidade.
Na índia, temos Vishnu, um deus que se
reencarnou como Krishna para sofrer pelos
pecados dos homens.
(Qualquer semelhança entre o a história de Krishna e Jesus
Cristo não é mera coincidência)
2º Logos
Hórus
O Filho no Cristianismo
Vishnu e Krisnha
25. 1- Jesus é perseguido por Herodes, rei da Judéia,
porém foge para o Egito, guiado por um anjo; para
assegurar-se de sua morte, Herodes ordena que
sejam mortos 40.000 inocentes. - Krishna é
perseguido por Kanza, tirano de Mathurâ, porém
escapa de maneira milagrosa; esperando matar o
menino, o rei manda matar milhares de meninos;
2- A mãe de Jesus era Mariam ou Miriam; casou-se,
continuando virgem, porém teve vários filhos depois
do primogênito Jesus. A mãe de Krishna era Devakî,
uma virgem imaculada (porém havia dado à luz oito
filhos antes de Krishna;
3- Jesus opera milagres, retira demônios do corpo,
lava os pés de seus discípulos, morre, desce ao
inferno e sobe ao céu, depois de salvar os mortos. -
Krishna faz outro tanto, com a diferença de que lavou
os pés dos brâhmanes e subiu ao paraíso Vaikuntha
ou paraíso de Vishnu;
4- Um e outro divulgam os segredos do santuário e
morrem, Cristo numa cruz (uma árvore) e Krishna
numa árvore, com o corpo atravessado por uma
flecha.
Jesus e Krishna
O texto extraído do Glossário
Teosófico de HPB
26. Krishna, o Avatar do
Amor, mostra sua forma
universal (Vishnu) ao
guerreiro Arjuna, durante
uma pausa na guerra, no
campo de batalha
chamado Kurukshetra.
28. Como dissemos anteriormente,
o Terceiro Logos em Teosofia é a “Inteligência Ativa”,a
Mente Universal, na qual existe o arquétipo de todas as
coisas, fonte do seres, manancial das energias formadoras,
arca onde se encontram armazenadas todas as formas
originais que virão a se manifestar e aperfeiçoar nas classes
inferiores de matéria durante a evolução do universo.
ABSOLUTO
AMOR-SABEDORIA
(Vida-Forma)
INTELIGÊNCIA ATIVA
(Força-Matéria)
VONTADE
29. O Terceiro Logos é a Ideação Cósmica,
Mahat ou Inteligência, a Mãe Divina, a
Mãe do Mundo ou a Alma do Mundo
(Anima Mundi).
Para os hindus e Senhor Prajâpati ou
Brahmâ. Ele cria tudo isso só com a mente,
por meio de Dhyâna, ou meditação abstrata
e poderes místicos.
É o Númeno ou Noumeno de Platão.
Aquilo que está por detrás do fenômeno, e
o Noûs da Matéria, a base das operações
inteligentes da Natureza, também chamada
Mahâ-Buddhi (Mahat).
Deus Brahmâ
3º Logos
30. A Matéria e os Planos de Existência
Seguindo um princípio cósmico, da
SUA CONSCIÊNCIA (o segundo
Aspecto, o "Filho" da trindade Cristã),
ele dimana as partículas de sua
própria consciência, chamadas em
Teosofia de Mônadas (do grego, a
unidade sem divisão).
A Mônada é o verdadeiro Átomo, no
sentido da indivisibilidade, mas não
com relação à matéria, mas sim em
relação ao Espírito.
A Mônada é a "Chispa Divina", o
"Cristo em Nós" (segundo o apóstolo
Paulo), que evolui através da sua
relação com os planos de existência.
31. No laboratório do Terceiro Logos, do Demiurgo,
do Ptah do egípcios, do Vulcano da mitologia
romana, se efetua a divina alquimia, que é a base
de nosso universo material.
Representação de
Demiurgo, o deus criador
segundo os gnósticos
Vulcano
Ptah
32. Glossário Teosófico de HPB:
Anima Mundi (Lat.) – “Alma do Mundo”; o
mesmo que o Alaya dos budistas do Norte; a
essência divina que a tudo preenche, penetra,
anima e informa, desde o átomo mais diminuto
da matéria até o homem e o deus.
Em certo sentido, é a “Mãe de sete peles” das
estâncias da Doutrina Secreta, a essência dos
sete planos da inconsciência, consciência e
diferenciação moral e física.
Em seu aspecto mais elevado, é o Nirvâna e, no
inferior, é a Luz Astral.
3º Logos
34. O Terceiro Logos era feminino entre os
gnósticos, os cristãos primitivos e os nazarenos;
bissexual nas demais seitas, que a
consideravam apenas em seus quatro planos
inferiores.
De natureza ígnea, etérea no objetivo mundo da
forma (e, portanto, éter), e divina e espiritual em
seus três planos mais elevados.
Quando se diz que cada alma humana nasce ao
se desprender da Anima Mundi, isso significa,
esotericamente, que nossos Eus superiores são
de idêntica essência àquela da Alma do Mundo,
que é uma irradiação do Absoluto Universal,
sempre desconhecido.
3º Logos
35. Assim como nada há mais próximo de nós do que a
nossa própria consciência, e desde que nossa
consciência é a única coisa que podemos conhecer
diretamente, é natural que por meio de nossa própria
consciência principie o propósito de conhecer algo da
Trindade Divina.
O Estudo da consciência corresponde à Psicologia, e
esta ciência reconhece uma função trina da
consciência, a saber: vontade, percepção e
pensamento, correspondem aos três aspectos da
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Nosso Deus interno é trino como Deus externo.
A Trindade
Humana
Texto extraído do livro
“O Fogo Criador” de
J.J. Van Der Leeuw - Ed.
Pensamento).
MÔNADA
BUDDHI
ATMA
MANAS
36. A trina manifestação da consciência se chama em
Teosofia a Trindade humana de Atma-Buddhi-Manas
(Vontade-Amor-Inteligência).
Atma é a vontade divina, a “volição“ da Psicologia.
Buddhi é o divino amor e compreensão, a
“percepção” da Psicologia.
Manas é a mente divina ou o “pensamento” da
ciência psicológica.
Esta Trindade humana é algo mais do que o reflexo
ou representação da Trindade divina, pois, de uma
maneira inefável e maravilhosa são a mesma
Trindade.
Assim, por meio de Atma nos aproximamos do
aspecto de Deus Pai; por meio de Buddhi nos
aproximamos do aspecto de Deus Filho ou o amor,
e por meio de Manas, de Deus Espírito Santo, o
criador.
A Trindade
Humana
42. Os objetivos da
Sociedade Teosófica são:
1. Formar um núcleo da Fraternidade
Universal da Humanidade, sem
distinção de raça, credo, sexo,
casta ou cor.
2. Encorajar o estudo de Religião
comparada, Filosofia e Ciência
3. Investigar as leis não explicadas da
Natureza e os poderes latentes no
homem.
43. Liberdade de Pensamento
A Sociedade não impõe nenhuma crença
sobre seus membros, que se unem
espontaneamente pelo objetivo comum de
buscar a Verdade e o desejo de aprender o
significado e propósito da existência,
dedicando-se ao estudo, reflexão, pureza
de vida e serviço voluntário.
Não há pré-requisitos nem limitações
para qualquer um associar-se, desde que o
candidato declare se identificar com os três
objetivos básicos, e a Sociedade enfatiza
a liberdade de pensamento, de pesquisa
e de debate.
44. O Absoluto e a Trindade Divina - Parte III
O Absoluto e a Trindade na Teosofia
Formatação:
Jaime Yeboles Camaño
Material didático de uso interno e exclusivo dos
membros da Sociedade Teosófica