O documento discute a perspectiva intercultural no ensino de espanhol, propondo que:
1) O objetivo deve ser formar comunicadores interculturais, não apenas nativos da língua;
2) A cultura deve ser ensinada de forma não-essencialista, reconhecendo a diversidade dentro de cada cultura;
3) As tarefas devem incluir componentes etnográficos, críticos e multimodais para desenvolver uma visão não-estereotipada das culturas.
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
Ensino de espanhol e interculturalidade novo
1. Ensino de espanhol e
interculturalidade:
tecendo caminhos possíveis
Gloria Gil
2. As perguntas que norteiam a minha
fala são as seguintes:
• O que é uma perspectiva intercultural?
• Essa perspectiva substitui o ensino
comunicativo?
• De que forma a relação entre língua e cultura
pode ser trabalhada na sala de aula?
• Como são as tarefas/atividades interculturais?
3. Premissa inicial: a dimensão cultural
da língua
língua na sua
dimensão cultural
MEDIADORA
CULTURAL CONSTITUIDORA DA
IDENTITADE
COMUNICAÇÃO/
INTERAÇÃO
6. PROBLEMAS: ENSINO COMUNICATIVO
- A língua modelo o castelhano
- A cultura padrão da Espanha
- Um objetivo processual ser um nativo
7. PROBLEMA: ENSINO COMUNICATIVO
• Tem a língua como transmissora de
informação
• Evita a diferência e o conflito
• Deixa de lado as funções identitárias e de
mediação cultural da linguagem
8. • Ensino de cultura como diferença – culturas
não são monolíticas.
• Em cada cultura há uma variedade de fatores
relacionados a idade, gênero, origem
regional, background étnico e classe social.
10. Ensino comunicativo: ampliado =
ENSINO INTERCULTURAL
objetivos
Modificação dos modelos de língua e cultura
ESPANHOL PADRÃO + CULTURA ESPANHOLA
HIBRIDISMO
11. Ensino comunicativo: ampliado =
ENSINO INTERCULTURAL
objetivos
• Inclusão das outras duas funções linguísticas
FUNÇÃO COMUNICATIVA +
FUNÇÃO IDENTITARIA + FUNÇÃO MEDIADORA
12. O OBJETIVO DA INTERCULTURALIDADE
• Objetivo processual : um comunicador
intercultural
• O nosso modelo de língua: híbrido
• Cultura: de ser de vários países, regiões ou
grupos do mundo hispano, sempre a partir da
própria cultura.
18. Culturas invisíveis: a produção discursiva do significado
• Suposições e expectativas culturais para uma situação comunicativa: o
olhar, “el piropo”.
• formas de apresentar uma informação, de estruturar um argumento, de
contra-argumentar, interromper ou segurar um turno de fala;
• temas compartilhados socialmente (ou não): dinheiro, política, religião.
• máximas conversacionais constitutivas da cultura: o que pode ou não
pode falar um garção
19. • Precisa desenvolver atitudes
de tolerância e aceitação das
diferenças evitando
estereótipos e
preconceitos, isto é, uma visão
não-essencialista da cultura
20. Visão não-essencialista da cultura: da
sua e da do outro
En ese sentido, Charaudeau (en Guillén Díaz, 2004: 838) señala que:
Lo cultural no es simplemente un conjunto de conocimientos sobre la
historia, la geografía, las instituciones de un país; menos aún sobre las
características turísticas de un país [...] Todo ello no son más que datos en
estado bruto. Tampoco se confundirá lo cultural con un simple conocimiento
referencial necesario para comprender un texto [...]. Lo cultural no es una
realidad global, es una realidad fragmentada, múltiple, plural, que depende
de numerosos factores tales como el lugar geográfico, el estrato social,
la edad, el sexo, las categorías socio profesionales, etc. Hay que hablar,
pues, de las características culturales de un grupo social dado, de una época
dada, y ver las cosas bajo el ángulo de la pluralidad.
21. • Precisa ter uma postura
crítica em relação as
questões de hegemonia e
poder que essas lingua-
culturas veiculam
22. • Precisa entender de que modo as percepções
da propria lingua-cultura e da lingua-cultura
dos outros, em parte, determinam as
percepções que nos e o os outros temos delas
i.e. o modo como cada cultura vê a outra
existe um certo modo “linguístico e
culturalmente determinado” de ver o mundo
23. Definição
• O falante intercultural é aquele
que, consciente de suas identidades e culturas
e das percepções que outras pessoas têm
dessas, é capaz de além de se comunicar na
língua alvo consegue estabelecer relações
entre a cultura da língua materna e a cultura
da língua alvo, isto é, ser um mediador entre
as diferentes culturas, explicar as diferenças
entre elas, aceitá-las e valorizá-las
24. De que forma a interculturalidade
pode ser trabalhada na sala de aula?
25. Várias formas
• Através de um currículo intercultural (Serrani-
Infante, 2004)
• Através dos momentos espontâneos
interculturais
• Através de tarefas interculturais planejadas
26. TAREFAS INTERCULTURAIS
• Conchecimento de linguaculturas visiveis e invisíveis
• Reconhecimento do não-essencialismo cultural
• Inclusão da voz do aluno
• Reconhecimento da existência de modos de ver e
agir no mundo linguística e culturalmente
determinados
28. COMPONENTE ETNOGRÁFICO
Objetivo: desenvolver ‘olhar etnográfico”.
Observação, descrição, comparação e
interpretação.
Valor do conhecimento local
Tarefas: “loja de souvenirs”, “grafitti”, “entrevista:
como aprendi a hablar español”
29. COMPONENTE CRÍTICO e CRIATIVO
• Dar voz ao aluno, valorizando seu conhecimento.
• Mostrar a importância de compreender ‘textos’ além da
significação superficial, e de desconstruir primeiras
impressões, mitos dominantes para poder entender que
o significado esta sempre determinado socio-cultural e
ideológicamente.
• Procurar posturas críticas em relação ao conhecimento,
sem aceitação passiva do conhecimento hegemônico e
também trabalhar na criação de novas formas.
• Exemplos de tarefas: analisando propagandas e piadas
30.
31. ¿Te parecen actitudes machistas? Sí No Depende
Decir piropos a las mujeres en la calle
Valores/atitudes/identidades
Ceder el paso a una mujer al entrar o salir
de un lugar
Decir que los hombres no deben llorar en
público
El que el camarero en un restaurante lleve
la cuenta al hombre
Decir que la política es cosa de hombres
Creer que las mujeres tienen más
paciencia y que por eso hay
más enfermeras y profesoras
Decir que el destino natural de una mujer
es tener hijos
32. COMPONENTE VISUAL E DIGITAL
• Componente visual: imagens, gestos, cenas
• Utilização de novas mídias: fotos, vídeos,
apresentações multimídias, blogs, podcasts.
• ANÁLISE E CRIAÇÃO
34. Na formação de professores
• Uma proposta intercultural não pode fugir de
trabalhar/compreender a língua como
discurso, isto é, como língua em contexto
e/ou em uso.
• Perspectiva Bakhtiniana:gêneros do discurso
• Perspectiva crítica: Bourdieu, Freire,
Fairclough
• Multi-letramentos: Gee, Lankshear,
35. Materiais e bibliografia sobre
tarefas interculturais
GARCÍA-VIÑÓ , M. ; MASSÓ PORCAR, A. Propuestas para desarrollar la consciencia
intercultural en el aula de español lengua extranjera
http://www.educacion.gob.es/dctm/redele/Material-
RedEle/Revista/2006_07/2006_redELE_7_04Garcia.pdf?documentId=0901e72b80df93e
1
MARTÍNEZ TEM. L.; TUTS, M.; POZO.J. Actividades para practicar la interculturalidad en el
Aula Publicado en Carabela nº 54. La interculturalidad en la enseñanza de español como s
Egunda lengua / lengua extranjera. Ed. SGEL. QUERÍAMOS TRABAJADORES Y VINIERON
PERSONAS
http://www.aulaintercultural.org/spip.php?article492
36. BYRAM, MICHAEL Y FLEMING, MICHAEL (2001), Perspectivas interculturales
en el aprendizaje de idiomas. Enfoques a través del teatro y la etnografía.
Madrid. Cambridge University Press
PARAQUETT, M. (2005). Multiculturalismo y aprendizaje de lenguas
extranjeras In: Actas del II Simposio José Carlos Lisboa de Didáctica de
Español para Extranjeros. RJ: Instituto Cervantes
PARAQUETT, M. (2009). Lingüística Aplicada, inclusión social y aprendizaje de
español en el contexto latinoamericano. Revista Nebrija de Lingüística
Aplicada, 6(3), 1-23
PEÑA CALVO, A; GUTIÉRREZ ALMARZA, G. La interculturalidad y el desarrollo
de actividades interculturales para estudiantes principiantes de
ELE, ASELE. Actas XIII (2002).
SERRANI, S. (2004). El docente de lenguas como interculturalista. Lenguas
Vivas, 3/4, 4-14.