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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
GLACEMI TEREZINHA PORTZ LOCH RA: 5312969868
PROFESSOR-TUTOR A DISTÂNCIA NIVALDO COSTA
BARBOSA
JARAGUÁ DO SUL – SC / 2014
INTRODUÇÃO
Analisando a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil desde no século XIX até o dia de hoje, é
possível entendê-la como um processo educacional ligado a interesses econômicos, políticos, sociais e culturais.
Hoje, a nova metodologia de ensino na EJA considera o reconhecimento e respeito das manifestações e necessidades
físicas, cognitivas, emocionais e afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas. A identificação dos
problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa face a realidades complexas, com vistas a contribuir
para a superação de exclusões sociais permite ao educando um aprendizado relevante e significativo.
Nessa ATPS apresentaremos a elaboração de um Plano de Aula que contempla as considerações acima descritas
pautados nos objetivos, conteúdos e propostas pedagógicas segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
de Jovens e Adultos, além de uma reflexão sobre a importância da Educação de Jovens e Adultos na sociedade atual,
levando em conta que o aluno é construtor do seu próprio conhecimento.
CARACTERÍSTICAS DO ALUNO DA EJA
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi regulamentada no artigo 37, da lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996 seu
objetivo é receber jovens e adultos que não puderam e não tiveram a oportunidade de ter uma educação básica em sua época.
Mas está sendo um grande desafio para o jovem e o adulto estudarem. O aluno do EJA traz consigo uma bagagem de
experiências que envolvem conhecimentos e saberes vivido ao longo dos anos e, como explica Paulo Freire, sua própria “leitura
de mundo”, já que esses jovens, adultos e idosos são trabalhadores, subempregados, oprimidos e muitas vezes excluídos.
Para essas pessoas, são vários os motivos que levaram a abandonar a escola, como por exemplo: trabalhar para ajudar no
sustento da casa, chegar muito tarde em casa do serviço e ter que ir para a escola, ou ter que ir direto mesmo, estudar muito
cansado ou com muito sono, gravidez precoce, evasão escolar, distorção idade-série, entre outros.
Algumas pessoas alegam que o trabalho é muito importante para a sua sobrevivência, então acabam se lamentando por não
ter muito tempo para se dedicar ao estudo. Para outras já ultrapassaram a idade estabelecida no período diurno por motivo de
muitas reprovações e são levados a estudar à noite, e outros por motivo de desmotivação.
Os alunos do EJA buscam novas perspectivas de vida, melhores empregos e boa remuneração, e por isso necessitam do
acolhimento, atenção e compreensão por parte dos professores atuantes na EJA, uma vez que enfrentam inúmeras dificuldades
para retornar ao ambiente educativo e nele permanecer.
Os alunos da EJA buscam na escola uma forma de integrar-se à sociedade letrada. O desejo dessas pessoas é participar, ser
sujeito ativo na comunidade em que vive, e exercer o direito de cidadão com dignidade. Eles têm a consciência de que o domínio
da leitura e da escrita são ferramentas que possibilitam uma nova visão do mundo, e entendem que, apesar das dificuldades,
somente o estudo pode oferecer uma oportunidade de uma vida melhor e mais digna.
OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Segundo a proposta curricular para a Educação de Jovens e Adultos (MEC, pag. 47 e 48), espera-se que
os educandos sejam capazes de:
“• Dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no
mundo em que vivem.
• Ter acesso a outros graus ou modalidades de ensino básico e profissionalizante, assim como a outras
oportunidades de desenvolvimento cultural.
• Incorporar-se ao mundo do trabalho com melhores condições de desempenho e participação na
distribuição da riqueza produzida.
• Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecer direitos e deveres da cidadania.
• Desempenhar de modo consciente e responsável seu papel no cuidado e na educação das crianças, no
âmbito da família e da comunidade.
• Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitar diferenças de gênero, geração, raça e
credo, fomentando atitudes de não-discriminação.
• Aumentar a autoestima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a
educação como meio de desenvolvimento pessoal e social.
• Reconhecer e valorizar os conhecimentos científicos e históricos, assim como a produção literária e
artística como patrimônios culturais da humanidade.
• Exercitar sua autonomia pessoal com responsabilidade, aperfeiçoando a convivência em diferentes
espaços sociais.”
A EDUCAÇÃO PARA A CONSCIÊNCIA VIA PAULO FREIRE
Mais do que um método de alfabetização, Paulo Freire construiu uma concepção de vida e de ciência. E dentro destas
concepções, existe algumas que pregam uma educação diferente, levando à substituição da educação bancária por uma educação
emancipadora, libertadora, onde o agente do conhecimento é o próprio aluno.
Na metodologia de alfabetização freiriana, a leitura é apenas uma parcela da aprendizagem, frente às novas possibilidades de
vida que vão sendo desenhadas pela conscientização. As pessoas que são alfabetizados por este método começam crer no poder
de transformação, inicialmente pela leitura do seu mundo e depois a leitura da palavra.
A conscientização é resultado de um compromisso histórico, é ato de ação e reflexão, obrigando que os homens admitam o
papel de sujeitos ativos da história, que lutem pelo seu direito de existir e não se acomodem às condições em que se encontram,
considerando que, a conscientização convoca o homem a assumir uma posição diante da sociedade.
A análise de sua proposta metodológica mostra um aspecto político relacionado à identidade cultural do aluno, num processo
emancipatório do conhecimento, na intenção de minimizar o distanciamento cultural e social do analfabeto, pois, sendo pessoa
vivente de um mundo letrado, busca seu lugar por uma vida melhor, que diminua a violência cultural da exclusão, discriminação e
opressão.
Primeiramente, o método foi usado por Freire em Angicos, Pernambuco, onde alfabetizou 300 trabalhadores em 40 horas e, 30
anos depois, progrediu em São Paulo quando criou o MOVA. Este método se desenrolava nos círculos de cultura, com uma
educação significativa tanto no âmbito individual quanto no cultural manifestada nas palavras geradoras, e ao mesmo tempo dá
validade à universalidade do processo, pois o analfabeto faz parte da humanidade e está submetido a direitos e deveres universais.
Segundo Paulo Freire, a educação precisa procurar desenvolver a tomada de consciência e a atitude crítica, pois, graças a ela
o homem aprende a optar, escolher e decidir, concedendo-lhe liberdade ao invés de submissão e adaptação, como ainda acontece
com muita frequência na educação atual em um grande número de países do mundo. O homem, ao mudar a sua realidade, se
transforma, na medida em que se integra ao seu contexto social e, ao se comprometer, constrói a si mesmo. O homem consciente e
crítico é capaz de reconhecer que não vive num eterno presente, e sim num tempo mutante, composto de hoje, ontem e amanhã, e
esta consciência de sua temporalidade lhe permite conhecer e agir sobre sua historicidade.
A EDUCAÇÃO PARA A CONSCIÊNCIA VIA PAULO FREIRE (continuação)
Com a pedagogia crítico dialógica (a pedagogia da pergunta), entra em foco a prática da liberdade, que só se torna eficaz a partir da
participação livre e crítica dos educandos e, estando a alfabetização ligada à democratização da cultura, ela precisa ser entendida como
ato de criação e recriação, capaz de contribuir com a composição reflexiva do pensamento, opondo-se à inexperiência democrática.
Na proposta, a alfabetização deve partir sempre do vocabulário do grupo a ser alfabetizado e deve estar entrelaçada à tomada de
consciência da situação real de vida dos aprendentes. A bagagem cultural do alfabetizando é o ponto de partida da alfabetização se
tornando conhecida em uma relação dialógica, sempre refutando as fórmulas prontas ou pré-determinadas. O professor precisa aprender
primeiro o mundo do educando, enquanto que o educando precisa partir do conhecimento da sua condição social de analfabeto, oprimido,
pobre que necessita aprender a falar sobre seus problemas, suas misérias, seus sonhos.
Partindo da realidade vivenciada pelo alfabetizando, conhecendo as estruturas que o oprimem, a pedagogia toma um aspecto ético-
crítico, poia a reflexão prática sobre a própria comunidade faz com que o alfabetizando tenha uma nova visão de mundo, que evolui da
consciência ingênua para a consciência crítica.
O entendimento antropológico da cultura é fundamental. Faz com que o alfabetizando se perceba como um sujeito ético digno, como
sujeito atuante do seu processo de libertação, compreendendo-se como indivíduo fazedor de cultura, transformador, participante do
processo sociocultural, político e econômico. O alfabetizando educa a si mesmo dentro do seu próprio processo histórico, comunitário e
real, lhe permitindo condições de transformar seu modo de viver e colaborando para a sua inserção no mundo.
Antes de Freire, política e educação pareciam áreas distintas e antagônicas. No entanto sua doutrina e pensamento mostraram
exatamente o contrário, pois sua pedagogia de aspecto progressista rompeu com a visão de escola neutra e mostrou que ela impedia o
exercício da democracia e da cidadania.
E, para concluir, quando se fala em Educação de Jovens e Adultos no Brasil, é impossível ignorar a enorme contribuição de Paulo
Freire, pois suas experiências permitiram explorar certas dimensões educacionais que, até então, não tinham sido focalizadas
convenientemente, em especial as dimensões sociais e políticas do processo de alfabetização. E, graças à difusão internacional do
pensamento freiriano, em todos os fóruns internacionais sobre educação, afirma-se que não é possível afastar-se da prática pedagógica
dialógica e inclusiva quando se refere à alfabetização, principalmente a Educação de Jovens e Adultos.
PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS
Público alvo: Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental (1º ciclo: 4º e 5ºano).
Justificativa: A visão de mundo de um indivíduo que retorna aos estudos quando adulta, após algum tempo afastada da escola, ou
mesmo aquela pessoa que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida, é muito peculiar. Seus conhecimentos são inúmeros e
adquiridos ao longo de sua história de vida e estão diretamente associados às suas práticas sociais. Essas práticas guiam não somente
os saberes do dia-a-dia, como também os saberes aprendidos na escola. Então, nada mais coerente que fazer correlação entre estes
saberes com os que se deseja ensinar, e sabendo que compras em supermercado faz-se presente no cotidiano da maioria dos alunos da
EJA, adotamos a comparação de preços para elaborar este trabalho.
Objetivos: Promover a leitura e a escrita; utilizar estratégias de cálculo aproximado baseadas em conhecimentos sobre o sistema de
numeração e uso das propriedades das operações; reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números
e operações; organizar dados e informações em tabelas com o uso de planilhas e calculadoras; inserir alunos na linguagem das
tecnologias da informação e comunicação; permitir a descoberta da importância do computador como meio de aprendizagem e
compreender a tecnologia como uma ferramenta que proporciona novas formas de apropriação do conhecimento.
Conteúdo(s): Língua portuguesa: leitura e escrita; Matemática: números e operações; Natureza e sociedade: usos e costumes;
Tratamento da informação: uso de equipamentos eletrônicos e ambiente virtual.
Tempo estimado das atividades: cinco aulas.
Plano de ações: composto por oito etapas, a seguir:
1ª etapa: os alunos devem pesquisar no ambiente virtual o que é uma cesta básica; fazer uma lista de quais produtos podem fazer
parte de uma cesta para uma família de quatro pessoas: dois adultos e duas crianças em idade escolar; debater a escolha entre qualidade
de produtos, preço mais baixo, quantidade de produtos e preferência familiar; fazer uma pesquisa de preços em vários supermercados e
trazer os folhetos das ofertas para a sala de aula.
PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS (continuação)
2ª etapa: em duplas, os alunos devem listar cinco itens iguais que apareçam em pelo menos três folhetos e que façam parte da cesta
básica escolhida; o professor irá distribuir uma tabela para cada dupla (modelo sugestivo abaixo), e instruirá alunos a usar os dados
apresentados nos folhetos para preenchê-la, colocando os preços ao lado do nome de cada produto; o aluno deve circular no folheto, com
caneta colorida, o menor preço de cada item.
Produto Supermercado A Supermercado B Supermercado C
Arroz 5 kg
Feijão 1 kg
Óleo de soja 900 ml
Café 500 grs
Açúcar 5 kg
TOTAL
3ª etapa: a dupla deve calcular em qual supermercado é mais vantajoso comprar toda a lista de produtos, “arredondando” os
centavos para facilitar as operações.
4ª etapa: o professor discutirá com os alunos como eles fizeram para encontrar o total gasto nos três estabelecimentos, estimulando-
os a descrever as estratégias com detalhes e fazendo perguntas para ajudar na elaboração dessas explicações.
5ª etapa: com as tabelas elaboradas na 2ª etapa em mãos, as duplas devem conferir se as estimativas mentalmente realizadas se
aproximam com o valor exato em cada supermercado. Para isso, devem fazer cálculos utilizando uma calculadora.
6ª etapa: no ambiente de tecnologia recriar planilhas com as tabelas da 2ª etapa, desta vez usando algumas ferramentas dos
programas Excel e/ou Calc para os cálculos. (Se possível, imprimir as tabelas)
PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS (continuação)
7ª etapa: o professor apresentará aos alunos tabelas diversas (modelo sugestivo abaixo) para cálculos a serem realizados pelos
alunos (a princípio o cálculo mental e depois o uso das ferramentas tecnológicas). Usando a multiplicação, por exemplo, teremos:
Quantidade Produto Supermercado A Supermercado A Supermercado A
3 Arroz 5 kg Qtidade x preço unitário
5 Feijão 1 kg
6 Óleo de soja 900 ml
3 Café 500 grs
4 Açúcar 5 kg
TOTAL
8ª etapa: Finalizar o assunto com um debate analisando em qual local precisariam mais dinheiro. Se essa informação é a mesma
encontrada quando fizeram uma estimativa do gasto antes e depois dos equipamentos eletrônicos. Quando é conveniente fazer um
cálculo mental e quando é melhor fazer uso do cálculo exato. Se valer a pena fazer pesquisa de preços para melhorar a economia
doméstica, etc.
Recursos necessários: folhas de papel A4, copiadora, canetas coloridas, folhetos de ofertas, calculadora, ambiente de tecnologia
Avaliação: a avaliação ocorrerá durante todo o processo, tomando como referência principalmente o cumprimento, a participação
nas tarefas e as dinâmicas propostas em sala de aula. A partir do envolvimento, do cumprimento das tarefas, da resolução das
questões e do levantamento de dados, será possível identificar pontos que representam a ampliação dos conhecimentos, assim como
as habilidades matemáticas e o uso das ferramentas tecnológicas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desenvolver este trabalho permitiu entender a temática da EJA sob uma nova perspectiva. Entendemos que, para
se ensinar na EJA, precisamos de técnicas diferentes das que são utilizadas para crianças. Afinal, os educandos dessa
categoria já trazem consigo uma bagagem sociocultural, advindo de suas experiências de vida.
O método adotado por Paulo Freire representa uma ruptura nas formas de educar jovens e adultos, pois teve como
fio condutor a alfabetização voltada à liberação, tanto no campo cognitivo, mas essencialmente nos campos social e
político. Essa nova metodologia de ensino veio para romper com a concepção utilitária do ato educativo e propôs uma
nova maneira de alfabetizar.
Consideramos que, o importante é que repensemos nosso conceito de EJA. Esses “clientes” têm vontade de ler e
aprender, só que precisa que seja de uma maneira mais ampla, abrangendo sua experiência de vida, necessitando
bem mais que a própria escrita e leitura convencional. Precisa, acima de tudo, ler e entender as entrelinhas impostas
pela problemática social e estar plenamente ciente de seu exercício para a cidadania.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidade a sua própria produção ou a sua construção”.
Paulo Freire
REFERÊNCIAS
FERNANDES, Elisângela. Por que jovens de 15 a 17 anos estão na EJA. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.
br/politicas-publicas/jovens-15-17-anos-estao-eja-639052.shtml?page=0. Acesso em 03/09/2014.
FRAIDENRAICH, Verônica. EJA em segundo plano. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-
publicas/modalidades/eja-plano-618045.shtml. Acesso em 05/09/2014.
MEDEIROS, Maria das Neves. A educação de Jovens e Adultos como expressão da Educação Popular: a contribuição do
pensamento de Paulo Freire. V Colóquio Internacional Paulo Freire, 2005. Disponível em: http://scholar.googleusercontent.
com/scholar?q=cache:t2uxlq730Q8J:Scholar.google.com/&hl=en&as_sdt=0,5 Acesso em: 27/08/2014.
PITON, Ivania Marini, KOZELSKI Adriana Cristina. Educação de Jovens e Adultos e cidadania: a concepção de cidadania
dos professores de EJA. IX Congresso de Educação – Educere, 2009. Disponível em: www.pucpr.
br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/25891463.pdf Acesso em: 25/08/2014.
SOUZA, Maria Antônia de. Educação de Jovens e Adultos. 2ª ed. Curitiba: Ibpex, 2011.
As contribuições de Paulo Freire para a alfabetização de adultos. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/lingua-
portuguesa/alfabetizacaoinicial/contribuicoes-paulo-freire-alfabetizacao-515563.shtml. Acesso em 29/08/2014
Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular - 1º segmento / coordenação e texto final (de)
Vera Maria Masagão Ribeiro; — São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.
br/secad/arquivos/pdf/eja/propostacurricular/primeirosegmento/propostacurricular.pdf. Acesso em 02/09/2014.

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  • 1. UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS GLACEMI TEREZINHA PORTZ LOCH RA: 5312969868 PROFESSOR-TUTOR A DISTÂNCIA NIVALDO COSTA BARBOSA JARAGUÁ DO SUL – SC / 2014
  • 2. INTRODUÇÃO Analisando a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil desde no século XIX até o dia de hoje, é possível entendê-la como um processo educacional ligado a interesses econômicos, políticos, sociais e culturais. Hoje, a nova metodologia de ensino na EJA considera o reconhecimento e respeito das manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais e afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas. A identificação dos problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa face a realidades complexas, com vistas a contribuir para a superação de exclusões sociais permite ao educando um aprendizado relevante e significativo. Nessa ATPS apresentaremos a elaboração de um Plano de Aula que contempla as considerações acima descritas pautados nos objetivos, conteúdos e propostas pedagógicas segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação de Jovens e Adultos, além de uma reflexão sobre a importância da Educação de Jovens e Adultos na sociedade atual, levando em conta que o aluno é construtor do seu próprio conhecimento.
  • 3. CARACTERÍSTICAS DO ALUNO DA EJA A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi regulamentada no artigo 37, da lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996 seu objetivo é receber jovens e adultos que não puderam e não tiveram a oportunidade de ter uma educação básica em sua época. Mas está sendo um grande desafio para o jovem e o adulto estudarem. O aluno do EJA traz consigo uma bagagem de experiências que envolvem conhecimentos e saberes vivido ao longo dos anos e, como explica Paulo Freire, sua própria “leitura de mundo”, já que esses jovens, adultos e idosos são trabalhadores, subempregados, oprimidos e muitas vezes excluídos. Para essas pessoas, são vários os motivos que levaram a abandonar a escola, como por exemplo: trabalhar para ajudar no sustento da casa, chegar muito tarde em casa do serviço e ter que ir para a escola, ou ter que ir direto mesmo, estudar muito cansado ou com muito sono, gravidez precoce, evasão escolar, distorção idade-série, entre outros. Algumas pessoas alegam que o trabalho é muito importante para a sua sobrevivência, então acabam se lamentando por não ter muito tempo para se dedicar ao estudo. Para outras já ultrapassaram a idade estabelecida no período diurno por motivo de muitas reprovações e são levados a estudar à noite, e outros por motivo de desmotivação. Os alunos do EJA buscam novas perspectivas de vida, melhores empregos e boa remuneração, e por isso necessitam do acolhimento, atenção e compreensão por parte dos professores atuantes na EJA, uma vez que enfrentam inúmeras dificuldades para retornar ao ambiente educativo e nele permanecer. Os alunos da EJA buscam na escola uma forma de integrar-se à sociedade letrada. O desejo dessas pessoas é participar, ser sujeito ativo na comunidade em que vive, e exercer o direito de cidadão com dignidade. Eles têm a consciência de que o domínio da leitura e da escrita são ferramentas que possibilitam uma nova visão do mundo, e entendem que, apesar das dificuldades, somente o estudo pode oferecer uma oportunidade de uma vida melhor e mais digna.
  • 4. OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Segundo a proposta curricular para a Educação de Jovens e Adultos (MEC, pag. 47 e 48), espera-se que os educandos sejam capazes de: “• Dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem. • Ter acesso a outros graus ou modalidades de ensino básico e profissionalizante, assim como a outras oportunidades de desenvolvimento cultural. • Incorporar-se ao mundo do trabalho com melhores condições de desempenho e participação na distribuição da riqueza produzida. • Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecer direitos e deveres da cidadania. • Desempenhar de modo consciente e responsável seu papel no cuidado e na educação das crianças, no âmbito da família e da comunidade. • Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitar diferenças de gênero, geração, raça e credo, fomentando atitudes de não-discriminação. • Aumentar a autoestima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social. • Reconhecer e valorizar os conhecimentos científicos e históricos, assim como a produção literária e artística como patrimônios culturais da humanidade. • Exercitar sua autonomia pessoal com responsabilidade, aperfeiçoando a convivência em diferentes espaços sociais.”
  • 5. A EDUCAÇÃO PARA A CONSCIÊNCIA VIA PAULO FREIRE Mais do que um método de alfabetização, Paulo Freire construiu uma concepção de vida e de ciência. E dentro destas concepções, existe algumas que pregam uma educação diferente, levando à substituição da educação bancária por uma educação emancipadora, libertadora, onde o agente do conhecimento é o próprio aluno. Na metodologia de alfabetização freiriana, a leitura é apenas uma parcela da aprendizagem, frente às novas possibilidades de vida que vão sendo desenhadas pela conscientização. As pessoas que são alfabetizados por este método começam crer no poder de transformação, inicialmente pela leitura do seu mundo e depois a leitura da palavra. A conscientização é resultado de um compromisso histórico, é ato de ação e reflexão, obrigando que os homens admitam o papel de sujeitos ativos da história, que lutem pelo seu direito de existir e não se acomodem às condições em que se encontram, considerando que, a conscientização convoca o homem a assumir uma posição diante da sociedade. A análise de sua proposta metodológica mostra um aspecto político relacionado à identidade cultural do aluno, num processo emancipatório do conhecimento, na intenção de minimizar o distanciamento cultural e social do analfabeto, pois, sendo pessoa vivente de um mundo letrado, busca seu lugar por uma vida melhor, que diminua a violência cultural da exclusão, discriminação e opressão. Primeiramente, o método foi usado por Freire em Angicos, Pernambuco, onde alfabetizou 300 trabalhadores em 40 horas e, 30 anos depois, progrediu em São Paulo quando criou o MOVA. Este método se desenrolava nos círculos de cultura, com uma educação significativa tanto no âmbito individual quanto no cultural manifestada nas palavras geradoras, e ao mesmo tempo dá validade à universalidade do processo, pois o analfabeto faz parte da humanidade e está submetido a direitos e deveres universais. Segundo Paulo Freire, a educação precisa procurar desenvolver a tomada de consciência e a atitude crítica, pois, graças a ela o homem aprende a optar, escolher e decidir, concedendo-lhe liberdade ao invés de submissão e adaptação, como ainda acontece com muita frequência na educação atual em um grande número de países do mundo. O homem, ao mudar a sua realidade, se transforma, na medida em que se integra ao seu contexto social e, ao se comprometer, constrói a si mesmo. O homem consciente e crítico é capaz de reconhecer que não vive num eterno presente, e sim num tempo mutante, composto de hoje, ontem e amanhã, e esta consciência de sua temporalidade lhe permite conhecer e agir sobre sua historicidade.
  • 6. A EDUCAÇÃO PARA A CONSCIÊNCIA VIA PAULO FREIRE (continuação) Com a pedagogia crítico dialógica (a pedagogia da pergunta), entra em foco a prática da liberdade, que só se torna eficaz a partir da participação livre e crítica dos educandos e, estando a alfabetização ligada à democratização da cultura, ela precisa ser entendida como ato de criação e recriação, capaz de contribuir com a composição reflexiva do pensamento, opondo-se à inexperiência democrática. Na proposta, a alfabetização deve partir sempre do vocabulário do grupo a ser alfabetizado e deve estar entrelaçada à tomada de consciência da situação real de vida dos aprendentes. A bagagem cultural do alfabetizando é o ponto de partida da alfabetização se tornando conhecida em uma relação dialógica, sempre refutando as fórmulas prontas ou pré-determinadas. O professor precisa aprender primeiro o mundo do educando, enquanto que o educando precisa partir do conhecimento da sua condição social de analfabeto, oprimido, pobre que necessita aprender a falar sobre seus problemas, suas misérias, seus sonhos. Partindo da realidade vivenciada pelo alfabetizando, conhecendo as estruturas que o oprimem, a pedagogia toma um aspecto ético- crítico, poia a reflexão prática sobre a própria comunidade faz com que o alfabetizando tenha uma nova visão de mundo, que evolui da consciência ingênua para a consciência crítica. O entendimento antropológico da cultura é fundamental. Faz com que o alfabetizando se perceba como um sujeito ético digno, como sujeito atuante do seu processo de libertação, compreendendo-se como indivíduo fazedor de cultura, transformador, participante do processo sociocultural, político e econômico. O alfabetizando educa a si mesmo dentro do seu próprio processo histórico, comunitário e real, lhe permitindo condições de transformar seu modo de viver e colaborando para a sua inserção no mundo. Antes de Freire, política e educação pareciam áreas distintas e antagônicas. No entanto sua doutrina e pensamento mostraram exatamente o contrário, pois sua pedagogia de aspecto progressista rompeu com a visão de escola neutra e mostrou que ela impedia o exercício da democracia e da cidadania. E, para concluir, quando se fala em Educação de Jovens e Adultos no Brasil, é impossível ignorar a enorme contribuição de Paulo Freire, pois suas experiências permitiram explorar certas dimensões educacionais que, até então, não tinham sido focalizadas convenientemente, em especial as dimensões sociais e políticas do processo de alfabetização. E, graças à difusão internacional do pensamento freiriano, em todos os fóruns internacionais sobre educação, afirma-se que não é possível afastar-se da prática pedagógica dialógica e inclusiva quando se refere à alfabetização, principalmente a Educação de Jovens e Adultos.
  • 7. PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS Público alvo: Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental (1º ciclo: 4º e 5ºano). Justificativa: A visão de mundo de um indivíduo que retorna aos estudos quando adulta, após algum tempo afastada da escola, ou mesmo aquela pessoa que inicia sua trajetória escolar nessa fase da vida, é muito peculiar. Seus conhecimentos são inúmeros e adquiridos ao longo de sua história de vida e estão diretamente associados às suas práticas sociais. Essas práticas guiam não somente os saberes do dia-a-dia, como também os saberes aprendidos na escola. Então, nada mais coerente que fazer correlação entre estes saberes com os que se deseja ensinar, e sabendo que compras em supermercado faz-se presente no cotidiano da maioria dos alunos da EJA, adotamos a comparação de preços para elaborar este trabalho. Objetivos: Promover a leitura e a escrita; utilizar estratégias de cálculo aproximado baseadas em conhecimentos sobre o sistema de numeração e uso das propriedades das operações; reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações; organizar dados e informações em tabelas com o uso de planilhas e calculadoras; inserir alunos na linguagem das tecnologias da informação e comunicação; permitir a descoberta da importância do computador como meio de aprendizagem e compreender a tecnologia como uma ferramenta que proporciona novas formas de apropriação do conhecimento. Conteúdo(s): Língua portuguesa: leitura e escrita; Matemática: números e operações; Natureza e sociedade: usos e costumes; Tratamento da informação: uso de equipamentos eletrônicos e ambiente virtual. Tempo estimado das atividades: cinco aulas. Plano de ações: composto por oito etapas, a seguir: 1ª etapa: os alunos devem pesquisar no ambiente virtual o que é uma cesta básica; fazer uma lista de quais produtos podem fazer parte de uma cesta para uma família de quatro pessoas: dois adultos e duas crianças em idade escolar; debater a escolha entre qualidade de produtos, preço mais baixo, quantidade de produtos e preferência familiar; fazer uma pesquisa de preços em vários supermercados e trazer os folhetos das ofertas para a sala de aula.
  • 8. PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS (continuação) 2ª etapa: em duplas, os alunos devem listar cinco itens iguais que apareçam em pelo menos três folhetos e que façam parte da cesta básica escolhida; o professor irá distribuir uma tabela para cada dupla (modelo sugestivo abaixo), e instruirá alunos a usar os dados apresentados nos folhetos para preenchê-la, colocando os preços ao lado do nome de cada produto; o aluno deve circular no folheto, com caneta colorida, o menor preço de cada item. Produto Supermercado A Supermercado B Supermercado C Arroz 5 kg Feijão 1 kg Óleo de soja 900 ml Café 500 grs Açúcar 5 kg TOTAL 3ª etapa: a dupla deve calcular em qual supermercado é mais vantajoso comprar toda a lista de produtos, “arredondando” os centavos para facilitar as operações. 4ª etapa: o professor discutirá com os alunos como eles fizeram para encontrar o total gasto nos três estabelecimentos, estimulando- os a descrever as estratégias com detalhes e fazendo perguntas para ajudar na elaboração dessas explicações. 5ª etapa: com as tabelas elaboradas na 2ª etapa em mãos, as duplas devem conferir se as estimativas mentalmente realizadas se aproximam com o valor exato em cada supermercado. Para isso, devem fazer cálculos utilizando uma calculadora. 6ª etapa: no ambiente de tecnologia recriar planilhas com as tabelas da 2ª etapa, desta vez usando algumas ferramentas dos programas Excel e/ou Calc para os cálculos. (Se possível, imprimir as tabelas)
  • 9. PLANO DE AULA: COMPARANDO PREÇOS E TABELAS (continuação) 7ª etapa: o professor apresentará aos alunos tabelas diversas (modelo sugestivo abaixo) para cálculos a serem realizados pelos alunos (a princípio o cálculo mental e depois o uso das ferramentas tecnológicas). Usando a multiplicação, por exemplo, teremos: Quantidade Produto Supermercado A Supermercado A Supermercado A 3 Arroz 5 kg Qtidade x preço unitário 5 Feijão 1 kg 6 Óleo de soja 900 ml 3 Café 500 grs 4 Açúcar 5 kg TOTAL 8ª etapa: Finalizar o assunto com um debate analisando em qual local precisariam mais dinheiro. Se essa informação é a mesma encontrada quando fizeram uma estimativa do gasto antes e depois dos equipamentos eletrônicos. Quando é conveniente fazer um cálculo mental e quando é melhor fazer uso do cálculo exato. Se valer a pena fazer pesquisa de preços para melhorar a economia doméstica, etc. Recursos necessários: folhas de papel A4, copiadora, canetas coloridas, folhetos de ofertas, calculadora, ambiente de tecnologia Avaliação: a avaliação ocorrerá durante todo o processo, tomando como referência principalmente o cumprimento, a participação nas tarefas e as dinâmicas propostas em sala de aula. A partir do envolvimento, do cumprimento das tarefas, da resolução das questões e do levantamento de dados, será possível identificar pontos que representam a ampliação dos conhecimentos, assim como as habilidades matemáticas e o uso das ferramentas tecnológicas.
  • 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS Desenvolver este trabalho permitiu entender a temática da EJA sob uma nova perspectiva. Entendemos que, para se ensinar na EJA, precisamos de técnicas diferentes das que são utilizadas para crianças. Afinal, os educandos dessa categoria já trazem consigo uma bagagem sociocultural, advindo de suas experiências de vida. O método adotado por Paulo Freire representa uma ruptura nas formas de educar jovens e adultos, pois teve como fio condutor a alfabetização voltada à liberação, tanto no campo cognitivo, mas essencialmente nos campos social e político. Essa nova metodologia de ensino veio para romper com a concepção utilitária do ato educativo e propôs uma nova maneira de alfabetizar. Consideramos que, o importante é que repensemos nosso conceito de EJA. Esses “clientes” têm vontade de ler e aprender, só que precisa que seja de uma maneira mais ampla, abrangendo sua experiência de vida, necessitando bem mais que a própria escrita e leitura convencional. Precisa, acima de tudo, ler e entender as entrelinhas impostas pela problemática social e estar plenamente ciente de seu exercício para a cidadania. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidade a sua própria produção ou a sua construção”. Paulo Freire
  • 11. REFERÊNCIAS FERNANDES, Elisângela. Por que jovens de 15 a 17 anos estão na EJA. Disponível em: http://revistaescola.abril.com. br/politicas-publicas/jovens-15-17-anos-estao-eja-639052.shtml?page=0. Acesso em 03/09/2014. FRAIDENRAICH, Verônica. EJA em segundo plano. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/politicas- publicas/modalidades/eja-plano-618045.shtml. Acesso em 05/09/2014. MEDEIROS, Maria das Neves. A educação de Jovens e Adultos como expressão da Educação Popular: a contribuição do pensamento de Paulo Freire. V Colóquio Internacional Paulo Freire, 2005. Disponível em: http://scholar.googleusercontent. com/scholar?q=cache:t2uxlq730Q8J:Scholar.google.com/&hl=en&as_sdt=0,5 Acesso em: 27/08/2014. PITON, Ivania Marini, KOZELSKI Adriana Cristina. Educação de Jovens e Adultos e cidadania: a concepção de cidadania dos professores de EJA. IX Congresso de Educação – Educere, 2009. Disponível em: www.pucpr. br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/25891463.pdf Acesso em: 25/08/2014. SOUZA, Maria Antônia de. Educação de Jovens e Adultos. 2ª ed. Curitiba: Ibpex, 2011. As contribuições de Paulo Freire para a alfabetização de adultos. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/lingua- portuguesa/alfabetizacaoinicial/contribuicoes-paulo-freire-alfabetizacao-515563.shtml. Acesso em 29/08/2014 Educação para jovens e adultos: ensino fundamental: proposta curricular - 1º segmento / coordenação e texto final (de) Vera Maria Masagão Ribeiro; — São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov. br/secad/arquivos/pdf/eja/propostacurricular/primeirosegmento/propostacurricular.pdf. Acesso em 02/09/2014.