Este documento discute a pedagogia liberal e laica que surgiu durante o período das Revoluções Burguesas no século XVIII. As ideias iluministas defendiam uma educação laica e universal sob o controle do Estado, em oposição ao ensino religioso. Filósofos como Rousseau, Kant e enciclopedistas influenciaram a pedagogia com ideias como educação voltada para o aluno, desenvolvimento moral e racionalidade. A Reforma Pombalina introduziu essas ideias na educação portuguesa.
Prática pedagógica, didática geral e inovação tecnológica
A pedagogia liberal e laica durante o Iluminismo
1.
2. Alunas participantesAlunas participantes
Lucia Nazaré Alves da Silva
Luciene de Carvalho Gonçalves Pereira Jorge
Giselle Romblsperger Marinho
Thayzia Noura Ribeiro de Lima
Verônica dos Santos Camilo Nascimento
ECELAH - Pedagogia – J201 – Noite
2013
3. Trabalho de História da EducaçãoTrabalho de História da Educação
Parte I - A pedagogia liberal e laicaParte I - A pedagogia liberal e laica
Foto: Ruína de São Miguel
Professora: Neide Ana Pereira
5. Em 1750 a entrada da máquina à
vapor nas fábricas, marcou o início da
Revolução Industrial que alterou
definitivamente o panorama
socioeconômico com a mercanização
da indústria.
6. As ideias iluministasAs ideias iluministas
O iluminismo ou ilustração é uma das
marcas importantes do século XVIII.
7. No século XVII o
racionalismo e a
Revolução Científica
já tinha apresentado
essa tendência,
porém é no Século
Luzes que o
indivíduo se torna
confiante, como
artífice do futuro.
8. As ideias iluministas nas principaisAs ideias iluministas nas principais
áreas da vida cotidianaáreas da vida cotidiana
• Na economia – o liberalismo representava
as aspirações da burguesia desejosa de
gerenciar seus negócios, sem a
intervenção do Estado Mercantilista.
• Na política - as ideias liberais opunhavam-
se ao absolutismo.
• Na moral - também se buscavam formas
laicas, que permitissem a naturalização do
comportamento humano.
• Na religião - o deísmo é uma espécie de
“religião natural” onde não havia lugar para
os dogmas e fanatismos.
9. O depotismo ilustradoO depotismo ilustrado
A ilustração marcou presença em
alguns países como Prússia, Áustria,
Rússia e Portugal. Onde persistia o
absolutismo, então chamado de
depotismo esclarecido ou ilustratos.
Nesse sentido pregava-se a
modernização do país, a ser alcançada
pelo progresso científico e pela difusão
do saber dos pensadores modernos.
10. Em Portugal essas
mudanças ocorreram no
tempo do rei Dr. José I,
por meio da atuação do
primeiro-ministro, o
marquês de Pombal.
Chamado de Sebastião
José de Carvalho e Melo
(1699-1782).
12. Eram defendidas algumas ideias,Eram defendidas algumas ideias,
nem sempre praticadas, como:nem sempre praticadas, como:
- educação sob encargo do Estado;
- obrigatoriedade e gratuidade do ensino
elementar;
- nacionalismo, ou seja, recusa do
universalismo jesuítico;
- ênfase nas línguas vernáculas, em
substituição ao latim;
- orientação prática, voltada para as ciências,
técnicas e ofícios, desprestigiando o estudo
exclusivamente humanista.
-surgiram ideais de educação universal, para
todos.
13. Era crítica a situação do ensino na Europa.
Além das queixas quanto ao conteúdo,
excessivamente literário e pouco científico, as
escolas eram insuficientes e os mestres sem
qualificação, adequada.
Abusavam da prática de castigos corporais.
Apesar dos projetos de estender a educação a
todos os cidadãos, prevaleceu o dualismo escolar.
O estado demonstrava mais interesse pelo ensino
médio porque via com desconfiança a iniciativa do
ensino particular.
Por se descuidar da instrução primaria gratuita e
popular aos poucos esse segmento foi retomado
pelo clero.
Dificuldade do ensinoDificuldade do ensino
14. REFORMA NA ALEMANHA:REFORMA NA ALEMANHA:
•O ensino nos Estados da Alemanha era diferente.
•Ao torna-se obrigatório o ensino primário, ampliou-se a
rede de escolas elementares, com especial atenção ao
método e o conteúdo de ensino .
•Na Alemanha, Basedow (1723-1790), iniciou o importante
movimento pedagógico conhecido como filantropismo, no
qual muitas ideias iluministas foram postas em prática.
•Vários locais implantaram colégios semelhantes.
•Além das escolas populares elementares e das
tradicionais, foi criada a Realschule (Escola Real), com
ensino técnico e científico.
•Foi a Alemanha que iniciou o processo de oposição ao
ensino tradicional e exclusivo da humanidade.
15. Portugal e a Reforma PombalinaPortugal e a Reforma Pombalina
-- Na primeira metade do século XVIII
ainda continuava a influência dos jesuítas.
-- Em Portugal, o grande gestor da
introdução das ideias iluministas foi o
marquês de pombal, que agiu com rigor
na reforma do ensino.
-- Pombal instituiu as aulas régias.
-- Começou estruturando os chamados
Estudos Menores, que correspondiam ao
ensino fundamental e médio.
-- Em 1772 foi iniciada a segunda fase,
com a Reforma dos Estudos Maiores,
quando se reestruturou a Universidade de
Coimbra.
16. Um dos aspectos marcantes do Iluminismo, período muito
rico em reflexos pedagógicos, foi à política educacional
focada no esforço para tornar a escola leiga e função do
Estado.
Três tendências pedagógicas fundamentais: os
enciclopedistas, o naturalismo de Rousseau e a pedagogia
idealista de Kant.
No espírito do Iluminismo, os filósofos franceses Diderot,
D’Alembert, Voltaire, Rousseau e Helvetius não eram
propriamente educadores, mas encaravam o ensino como
veículo importante das luzes da razão e no combate às
superstições e ao obscurantismo religioso.
O ideal liberal, mas voltado para os interesses da alta
burguesia, temerosa de que a educação das massas
provocasse o desequilíbrio na ordem que então se
estabelecia.
17. O pensamento iluministaO pensamento iluminista
• Um dos aspectos marcantes do iluminismo foi a política
educacional focada no esforço para tornar a escola leiga
(laica) e função do estado.
• No espírito iluminista, os filósofos franceses Diderot,
D’Alembert, Voltaire, Rousseau e Helvetius não eram
propriamente educadores, mas encaravam o ensino
como veículo importante das luzes da razão e no
combate as supertições e ao obscurantismo religioso.
• Alguns deles mantiveram um vié aristocrático.
• Voltarie e Filangieri defendia uma educação liberal mas
voltada para os interesses da burguesia.
• Ao contrário deles Diderot, mesmo como um dos mais
ativos organizadores da inciclopédia, defendia posição
mais democrática, “É bom que todos saibam ler e
escrever, contar desde o primeiro ministro ao mais
humilde campones ...Porque é mais difícil explorar um
camponês que sabe ler do que um analfabeto.”
18.
19. Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi
um filósofo suíço que levou uma vida
conturbada cheio de aventuras e
perseguições religiosas, ele que produziu
uma teoria de educação que não ficou só
no século XVIII, seu pensamento constituiu
um marco na pedagogia contemporânea,
ele ocupa ligar de destaque na pedagogia
política.
20. A concepção política deA concepção política de
RousseauRousseau
• Assim com Locke, Rousseau criticou o
absolutismo e elaborou os fundamentos da
doutrina Liberal.
• Para Rousseau, o indivíduo em estado de
natureza é bom, mas se corrompe na sociedade,
que destrói sua liberdade: "O homem nasce livre
e por toda parte encontra-se a ferros" .
• A concepção política de Rousseau foi menos
elitista que a de Locke, pois para Rousseau os
cidadãos não precisava eleger representantes,
porque para ele só o povo é soberano.
21. Naturalismo e Educação NegativaNaturalismo e Educação Negativa
• Costuma-se dizer que Rousseau provocou uma revolução
Copernicana na pedagogia: Assim como Copérnico reverteu
o modelo astronômico, retirando a Terra do centro, Rousseau
centralizou os interesses pedagógicos no aluno e não mais
no professor.
• Ele escreveu a obra "Emilio" que relata de forma romanceada
a educação de um jovem, acompanhada por uma percepção
ideal e afastado da sociedade corruptora.
• A educação natural consiste na recusa ao intelectualismo,
que leva fatalmente ao ensino formal e livresco. Ou seja, a
pessoa não se reduz a dimensão intelectual.
• Além de naturalista, a educação preconizada por Rousseau é
também de inicio negativa.
• Educação Negativa- Consiste não em ensinar a virtude ou a
verdade e sim em preservar o coração do vício e o espírito do
erro(...) Sem preconceitos, sem hábitos, nada teria ele em si
que pudesse contrariar o resultado de vossos cuidados.
22. O preceptor: a dialéticaO preceptor: a dialética
"liberdade e obediência""liberdade e obediência"
• É delicada a função do professor na pedagogia Roussea
uniana.Não se deve impor o saber à criança, nem
tampouco pode deixá-la no puro espontaneísmo.
• Exemplo: Emílio quebra a vidraça, deixando-o dormir ao
vento. Se a quebra de novo é colocado em um quarto
sem janela, mas sem raiva, delicadamente. Enquanto
sucumbe ao impulso, é escravo do seu desejo e,
quando aprender que existe leis, sozinho as descobre: a
liberdade é pois, a obediência á lei por ele mesmo
aceita.
• Rousseau defende a religião natural, como a do deísmo
iluminista, e por isso foi ameaçado de prisão.
23. Avaliando as críticas a RousseauAvaliando as críticas a Rousseau
• Ele recebeu várias criticas, e uma delas é:
• Propor uma educação elitista, já que Emílio é
acompanhado por um preceptor, procedimento próprio
dos ricos.
• Outra critica refere-se a separação entre aluno e
sociedade: neste caso, estaria defendendo uma
educação individualista.
• E por fim a critica a educação das mulheres, que
segundo ele deve ser educada para servir aos homens.
• Mesmo procedendo essas criticas não convém esquecer
que Rousseau recorre a abstração metodológica de uma
relação ideal, hipotética - semelhante a do contrato
social- a fim de formular a teoria pedagógica.
24. Kant e a pedagogia idealistaKant e a pedagogia idealista
• Immanuel Kant (1724-1804) construiu um dois mais
importantes sistemas filosóficos no século XVIII, de
marcante influencia na história do pensamento.
• A importância atribuída por Kant a educação encontra-
se fundamentada nas obras mais clássicas, Critica da
razão pura, no qual desenvolveu a critica do
conhecimento, e a Critica da razão pratica, em que
analisa a moralidade.
• Kant retoma o debate entre os racionalistas
representado por Decartes e os empiristas Bacon e
Luke e elabora uma teoria que investiga o valor do
nosso conhecimento a partir da critica das possibilidades
e limites da razão.
• Para Kant “o nosso conhecimento experimental é um
composto do que recebemos por impressão e do que a
nossa própria faculdade de conhecer a si mesma tira por
ocasião de tais impressões”.
25. A consciência moralA consciência moral
• Para Kant a razão não é capaz de conhecer a realidades
que não se oferecem a nossa experiência sensitível, tais
como Deus, a imortalidade da alma, a liberdade e a
infinitude do Universo.
• Ele defende que o indivíduo é capaz de exercer a
consciência moral. Estes princípios são racionais. Razão
pratica que orienta o ser humano, a vida pratica e moral.
• Assim não temos o mesmo poder moral de dizer “se
você quer ser feliz, ajude o próximo” ou “não mate,
senão você será preso”, são exemplos de imperativo
hipotéticos, nos quais agir é condicionada a uma
vantagem desejada ou a uma punição a ser desejada.
• Agir moralmente, é portanto, agir pelo dever.
26. “Age de modo que a máxima da
tua ação possa sempre valer ao
mesmo tempo como princípio
universal de conduta”.
Kant
27. Educação e liberdadeEducação e liberdade
• Cabe a educação, ao desenvolver a faculdade da razão,
formar o caráter moral: “O homem só pode tornar-se
homem pela educação e ele é tão-somente o que a educação
fez dele”
• Kant destaca também os aspectos morais sobre os
intelectuais na formação dos jovens: “Mandamos, em
primeiro lugar, as crianças à escola, não na intenção de que
ela aprenda alguma coisa, mais a fim de que ela se habituem
a observar pontualmente o que lhes é ordenado,”.
• Ensiná-las a submeter-se a uma disciplina atingindo a
obediência voluntária, sendo capaz de reconhecer que
as exigências são razoáveis e superiores aos caprichos
momentâneos.
• Ao unir a educação a liberdade, Kant redefine a relação
pedagógica, reforçando a atividade do aluno, que deve
aprender a “PENSAR POR SI MESMO”.
29. • D. Luís da Cunha (1662-1740), viveu no reino
de D. João V, serviu como diplomata em
várias capitais, sofrendo as influências das
ideias iluministas, comparando a estagnação
de Portugal com países onde a economia se
desenvolvia, analisou as causas em
testamento político.
• Ribeiro Sanches (1699-1783) era médico
renomado que atuou na corte da Rússia e em
Paris e conviveu com os iluministas.
• Escreveu o método para aprender a estudar a
medicina, na área da Pedagogia, elaborou
cartas sobre a Educação da mocidade.
• Defendia o ensino publico totalmente
administrado pelo Estado.
30. • Luis Antonio Verney (1763-1792) era
sacerdote formado em direito. Viveu na Itália
onde escreveu “O verdadeiro método de
estudar”, na língua moderna.
• A proposta de Verney salienta o valor básico
da gramática nacional: a língua de origem
como referência de comunicação verbal.
• Foi preconizador da educação das mulheres,
para que pudessem aprender bem a língua,
se ocupassem com atividades, que não
fossem fríbolas, além do mais as mães
sempre foram as primeiras educadoras.
31. ConclusãoConclusão
Observamos mudanças nas relações entre os
seres humanos: sociais, políticas,
econômicas, que exigiram transformações na
educação, em vistas de diferentes metas a
serem alcançadas. As ideias foram as poucos
incorporadas, alimentando sonhos e
mudanças.