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Curso: Educação para as relações Étnico-raciais
Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Escola de Gestão Pública
Módulo II: Racismo, discriminação e preconceito –
definições conceituais
Aula I: A ideia de Raça
Educador: Luciana Silveira Egres
Orientação: André Luis Pereira
Sociólogo OBSERVAPOA/SMGL
Porto Alegre, 04 de abril de 2013
A Ideia de Raça
• “A situação de exclusão a que a população negra foi
submetida no Brasil desde o século 16 é fruto do racismo.
Como ideologia o racismo foi fundado pelo pensador
francês Joseph-Arthur de Gobineau (1816-1882) em seu
Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas(1853-
1855). Essa doutrina baseava-se em três pontos principais:
a existência de várias raças humanas, a compreensão das
diferenças entre as raças como fatores essenciais do
processo histórico-social e a afirmação de uma raça
superior. Ela serviu de ponto de partida para que no início
do século 20, o britânico Houston Stewart
Chamberlain(1825-1927) difundisse, na Alemanha, o mito
da superioridade da raça ariana.
Etmologia da Palavra Raça
“Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza,
que por sua vez veio do latim ratio, que significa sorte,
categoria, espécie. Na história das ciências naturais, o
conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na
Botânica para classificar as espécies animais e vegetais.
Como a maioria dos conceitos, o de raça tem seu tempo
semântico e uma dimensão temporal e espacial”
•Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
Conceito de Etnia
“Um grupo social cuja indentidade se define pela
comunidade de língua, cultura, tradições, monumentos
históricos e territórios.”( Por Eliana de Oliveira)
“ O conteúdo da raça é morfo-biólogico e o da etnia é sócio-
cultural, histórico e psicológico. Um conjunto populacional
dito raça “branca”, “negra” e “amarela”, pode conter em
seu seio diversas etnias. Uma etnia é um conjunto de
indivíduos que, histórica ou mitologicamente, têm um
ancestral comum; têm uma língua em comum, uma mesma
religião ou cosmovisão; uma mesma cultura e moram
geograficamente num mesmo território.” (Por Prof.Dr.
Kabengele Munanga (USP)
“É também imprudente estudar a ideia de raça
separada de duas outras ideias que renasceram nos
primeiros anos do século XIX. As ideias modernas de
raça, classe e nação surgiram no mesmo meio
europeu e têm muitas similaridades.”
“ A raça, como a classe e a nação, foi um conceito
desenvolvido primeiramente na Europa, para ajudar
a interpretação de novas relações sociais.
A Ideia de Raça – Segundo Michael
Banton
A Racialização do Ocidente
“ E porque o seu continente atravessou em primeiro o
processo de industrialização e era muito mais poderoso que
os outros, os europeus impuseram inconscientemente as suas
categorias sociais aos povos em que muitos casos agora as
adoraram como suas.”
“ Alguns autores notando a ausência de consciência e
antagonismo racial no mundo clássico e medieval, sugeriram
que é possível datar a origem do preconceito racial como
uma característica da cultura europeia e atribuir seu
aparecimento a causas específicas.”
A Racialização do Ocidente
“Sempre houve uma tendência nas pessoas para
preferirem as da sua “própria espécie” e serem
desconfiadas relativamente aos estranhos. Na Europa
medieval o branco tinha um valor positivo e o negro um
valor negativo (Hunter, 1967).”
“ Quer na França quer na Inglaterra a palavra “raça”
começou a mudar de significado por volta de 1800.
Anteriormente, o termo foi utilizado primeiramente no
sentido de “linhagem”; as diferenças entre raças derivam
de circunstâncias da sua história e, embora se
mantivessem através das gerações, não eram fixas.”
A Racialização do Ocidente
“No século XIX, o termo “raça veio a significar uma qualidade
física inerente. Os outros povos passavam a ser vistos como
biologicamente diferentes. Embora a definição continuasse
incerta, as pessoas começaram a pensar que a humanidade
estava dividida em raças. Tinha, portanto, de se explicar a
razão dessas diferenças raciais.”
 O autor cita explicações vindas do catolicismo, oposição
entre saxões e normandos, como uma luta entre duas raças,
desprezo aos judeus, absolutismo, monarquia.
A Racialização do Mundo
“Como o termo “raça” significa diferentes coisas para
diferentes escritores e é a origem de muita confusão, é mais
conveniente usar o conceito de <tipo> como chave para
atravessar o labirinto.”
“ As plantas e as aves eram identificadas primeiramente
como membros de uma classe, depois de ordens, em seguida
de gêneros e, finalmente de espécies.”
“ Tendo racializado o Ocidente, os seus sucessores trataram
de racializar o resto do mundo. Gobineau avançou como uma
teoria de superioridade ariana esboçada em termos muitos
gerais.”
A Racialização do Mundo
“ Nem as teorias raciais foram sempre utilizadas para
minimizar os povos de cor. Na Índia, a teoria ariana
apontava mais para a existência de laços comuns entre os
britânicos e a população nativa que para uma divisão entre
os estrangeiros e locais, ainda que nem britânicos nem
hindus respondessem de maneira uniforme a este fato.”
“ A teoria ariana negaria a igualdade aos indianos não
arianos, incluindo os grupos sem casta como os drávidas,
os povos tribais, árabes e judeus”
A Racialização do Mundo
“Questionamento do escritor negro de Trindade, J.J. Thomas
na sua obra Froudacity: “O que há na natureza das coisas
que desapossa os africanos do direito de participar, nos
tempos futuros, nos altos destinos que, no passado, foram
atribuídos a tantas raças que não foram de modo algum
superiores a nós nas qualificações físicas, morais e
intelectuais, que marcam definitivamente uma raça para a
proeminência entre outras raças?”(1889:180-81) – Banton
pg.74.
A Idéia de Racismo
“ A palavra <racismo> parece ter sido introduzida na Inglaterra no final
dos anos 30, para identificar um tipo de doutrina que, em essência,
afirma que a raça determina a cultura. Uma vantagem desta aplicação é
que não procura abarcar outros fenômenos, com os quais estas
doutrinas estão frequentemente, associadas. Não faz pressuposições
sobre os motivos ou intenções das pessoas que propuseram ou
adoptaram tais doutrinas, nem sobre as funções que a doutrina
desempenha na sociedade global. Para identificar estes aspectos tornar-
se-ia necessário usar outros conceitos. As palavras <<racismo>> e
<<racista>> foram utilizadas por pessoas que desejavam atacar as
doutrinas da desigualdade e assim, dentro dos círculos em que eram
empregues, adquiriram fortes conotações pejorativas que ajudam a
explicar a recente tentativa de ampliar a sua aplicação.”
Racismo no Brasil
‘’A crença da convivência cordial e harmoniosa das
raças/etnias que compuseram a sociedade brasileira, aliada
à construída crença da inferioridade do negro, consolidou
um quadro de desigualdade racial estrutural no país. Deste
modo, o racismo, aqui, toma formas especiais; ele é
negado, velado. Como disse Florestan (FERNANDES, 1972,
P.42): “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito”.
(Dissertação de Luiz Carlos Paixão da Rocha - pg.13)
- A miscigenação contribui com a consolidação da falsa ideia
da não existência do Racismo – este se manifesta em
gradação, atingindo mais as pessoas com um fenótipo mais
próximo da ancestralidade africana e menos conforme a
aparência se aproxime do fenótipo branco.
Racismo no Brasil
“ O Racismo em nossa sociedade se dá de um modo muito
especial: ele se afirma através da sua própria negação. Por
isso dizemos que vivemos no Brasil um racismo ambíguo, o
qual se apresenta, muito diferente de outros contextos onde
esse fenômeno acontece. O racismo no Brasil é alicerçado em
uma constante contradição. A sociedade brasileira sempre
negou insistentemente a existência do racismo e do
preconceito racial mas no entanto as pesquisas atestam que,
no cotidiano, nas relações de gênero, no mercado de
trabalho, na educação básica e na universidade os negros
ainda são discriminados e vivem uma situação de profunda
desigualdade racial, quando comparados com outros
segmentos étnico-raciais do pais. (Por Nilma Lino Gomes)
Frantz Fanon
Nasceu na ilha da Martinica em 1925 e morreu aos 36 anos
Obras fundamentais: “Pele Negra, Máscaras Brancas” de
1952 e “Os condenados da Terra” de 1961.
Fanon diz: “Há na Martinica duzentos brancos que se julgam
superiores a trezentos mil elementos de cor. Na África do
Sul devem existir dois milhões de brancos para
aproximadamente treze milhões de nativos, e nunca passou
pela cabeça de nenhum nativo sentir-se superior a nenhum
branco”
*Imposição psicológica da dominação do grupo dominante –
“eu sei que aqui não é o meu lugar” – “complexo de
inferioridade” e “negação de si mesmo”
Estereótipo
“ Caracteriza, funciona com um CARIMBO: as pessoas
deixam de ser vistas por suas reais qualidades e passam a
ser julgadas pelo carimbo recebido. É uma caricatura, uma
imagem mental coletiva que apoia o preconceito. (
“ São preconceitos cristalizados em imagens ou expressões
verbais. Reduz o diferente em traços pejorativos. São
preconceitos cristalizados em imagens ou expressões
verbais, em geral não se baseiam em experiências
verdadeiras. Atribuem-se traços de personalidade ou
comportamento a pessoas, grupos, etc.” (Por Eliana de
Oliveira)
Preconceito
“ É um julgamento formulado sobre uma pessoa, grupo de
indivíduos ou povo que ainda não se conhece ou não
compreendemos. É um dado universal, ligado à psicologia
humana, um dado inerente a todas as culturas e a todas
civilizações”
Preconceito Racial: ‘Simplesmente uma disposição afetiva
imaginária ligada aos estereótipos étnicos, uma atitude,
uma opinião que pode ser verbalizada ou não, que pode se
tornar uma crença’’ (Por Eliana de Oliveira)
*O Preconceito seria a materialização do estereótipo – são
próximos porque o preconceito é apoiado pelo
estereótipo .
Discriminação
“ A palavra discriminação significa distinguir, isto é,
estabelecer distinção entre as pessoas pelas diferenças que
elas têm de todo tipo. Na medida em que estabelecemos
diferenças para distinguir as pessoas, estamos discriminando-
as. Pode ser positiva ou negativa, é considerar que a
diferença implica diferentes direitos.”(Por Prof. Drando
Joseph Handerson – CEAD-UFPel)
Discriminação Racial: é um comportamento coletivo
observável, até mensurável ligado a certos modos de
funcionamento social. Ela é produzida quando se recusa aos
indivíduos ou aos grupos humanos, a igualdade de
tratamento que tem direito de receber. É o tratamento
depreciativo dado as pessoas de determinada raça.” (Por
Eliana de Oliveira)
Racismo Institucional
• “O Racismo Institucional é atualmente a questão mais
ampla da expressão da discriminação racial, xenofobia e
intolerância. Ele refere-se a práticas institucionais que
tendem a pôr o grupo vitimizado em constante posição de
desvantagem em relação ao grupo dominante na sociedade
em diversas áreas, tais como educação, emprego,
oportunidade de carreira, habitação, saúde e outros
benefícios desigualmente distribuídos.”( Por Peter Fry –
Prof. Titular de Antroplogia do Instituto de Filosofia e
Ciências Socias (IFCS) da UFRJ.)
Considerações Finais
“Embora seja reconhecido a inexistência cientifica da raça e
a inoperabilidade do próprio conceito, este ainda é
justificado como conceito de realidade social e política,
considerando a raça como uma construção sociológica e uma
categoria social de dominação e exclusão.
Os patrimônios genéticos são diferentes, mas essas
diferenças não são suficientes para classificá-las em raças”
“Estamos entrando no terceiro milênio carregando o saldo
negativo de um racismo elaborado no fim do século XVIII aos
meados do século XIX. A consciência política reivindicativa
das vítimas do racismo nas sociedades contemporâneas está
cada vez mais crescente, o que comprova que as práticas
racistas não recuaram.” (Por Prof.Dr. Kabengele Munanga –
USP)
• “Mais uma vez, no início do século 21, muitos se dão conta
de que está novamente em curso um vasto processo de
racialização do mundo. O que ocorreu em outas épocas, a
começar pelo ciclo das grandes navegações,
descobrimentos, conquistas e colonizações, torna a ocorrer
no início do século 21, quando indivíduos e coletividades
povos e nações, compreendendo nacionalidades, são
levadas a dar-se conta de que se definem, também ou
mesmo principalmente, pela etnia, a metamorfose da
etnias em raça, a transfiguração da marca ou traço
fenotípico em estigma. Sim, no século 21 continuam a
desenvolver-se operações de “limpeza étnica”, praticadas
em diferentes países e colônias.” (Por Octavio Ianni –
Artigo: A Dialética das Relações Raciais)
Referências Bibliográficas
SAPEDE.T.C.Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon – Dossiê – II Semináro Sankofa –
GOMES,Nilma Lino.Alguns Termos e Conceitos Presentes no Debate Sobre Relações Raciais no Brasil: Uma
Breve Discussão
ROCHA,Luiz..Políticas Afirmativas e Educação: A lei 10639/03 no contexto das Políticas Educacionais no
Brasil Comtemporâneo. Dissertação(Curso de Mestrado em Educação e Trabalho)
Universidade do Paraná, Curitiba.2006
HANDERSON.D.J. A Força das Palavras: Preconceito, Discriminação e Racismo,Universidade de Pelotas,
Centro de Educação Aberta e a Distância, Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico-
Raciais.
RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – Racismo, pobreza e violência. PNDU – Brasil 2005.
IANNI,Octavio. A Dialética das Relações Raciais
MUNANGA,Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e
etnia,Inclusão Social, um debate necessário?- https://ufmg.br/inclusaosocial
BANTON,Michael. A Ideia de Raça, trad.de Antônio Marques Bessa, Livraria martins fontes, São
Paulo,1977.
INSTITUTO AMMA PSIQUE E NEGRITUDE. Os Efeitos Psicossociais do Racismo.ed.Imprensa Oficial,São
Paulo 2008.
História da África E Diáspora Africana nas Américas do Coletivo Fanon.
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Curso Educação Relações Étnico-Raciais

  • 1. Curso: Educação para as relações Étnico-raciais Prefeitura Municipal de Porto Alegre Escola de Gestão Pública Módulo II: Racismo, discriminação e preconceito – definições conceituais Aula I: A ideia de Raça Educador: Luciana Silveira Egres Orientação: André Luis Pereira Sociólogo OBSERVAPOA/SMGL Porto Alegre, 04 de abril de 2013
  • 2. A Ideia de Raça • “A situação de exclusão a que a população negra foi submetida no Brasil desde o século 16 é fruto do racismo. Como ideologia o racismo foi fundado pelo pensador francês Joseph-Arthur de Gobineau (1816-1882) em seu Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas(1853- 1855). Essa doutrina baseava-se em três pontos principais: a existência de várias raças humanas, a compreensão das diferenças entre as raças como fatores essenciais do processo histórico-social e a afirmação de uma raça superior. Ela serviu de ponto de partida para que no início do século 20, o britânico Houston Stewart Chamberlain(1825-1927) difundisse, na Alemanha, o mito da superioridade da raça ariana.
  • 3. Etmologia da Palavra Raça “Etmologicamente, o conceito de raça veio do italiano razza, que por sua vez veio do latim ratio, que significa sorte, categoria, espécie. Na história das ciências naturais, o conceito de raça foi primeiramente usado na Zoologia e na Botânica para classificar as espécies animais e vegetais. Como a maioria dos conceitos, o de raça tem seu tempo semântico e uma dimensão temporal e espacial” •Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP)
  • 4. Conceito de Etnia “Um grupo social cuja indentidade se define pela comunidade de língua, cultura, tradições, monumentos históricos e territórios.”( Por Eliana de Oliveira) “ O conteúdo da raça é morfo-biólogico e o da etnia é sócio- cultural, histórico e psicológico. Um conjunto populacional dito raça “branca”, “negra” e “amarela”, pode conter em seu seio diversas etnias. Uma etnia é um conjunto de indivíduos que, histórica ou mitologicamente, têm um ancestral comum; têm uma língua em comum, uma mesma religião ou cosmovisão; uma mesma cultura e moram geograficamente num mesmo território.” (Por Prof.Dr. Kabengele Munanga (USP)
  • 5. “É também imprudente estudar a ideia de raça separada de duas outras ideias que renasceram nos primeiros anos do século XIX. As ideias modernas de raça, classe e nação surgiram no mesmo meio europeu e têm muitas similaridades.” “ A raça, como a classe e a nação, foi um conceito desenvolvido primeiramente na Europa, para ajudar a interpretação de novas relações sociais. A Ideia de Raça – Segundo Michael Banton
  • 6. A Racialização do Ocidente “ E porque o seu continente atravessou em primeiro o processo de industrialização e era muito mais poderoso que os outros, os europeus impuseram inconscientemente as suas categorias sociais aos povos em que muitos casos agora as adoraram como suas.” “ Alguns autores notando a ausência de consciência e antagonismo racial no mundo clássico e medieval, sugeriram que é possível datar a origem do preconceito racial como uma característica da cultura europeia e atribuir seu aparecimento a causas específicas.”
  • 7. A Racialização do Ocidente “Sempre houve uma tendência nas pessoas para preferirem as da sua “própria espécie” e serem desconfiadas relativamente aos estranhos. Na Europa medieval o branco tinha um valor positivo e o negro um valor negativo (Hunter, 1967).” “ Quer na França quer na Inglaterra a palavra “raça” começou a mudar de significado por volta de 1800. Anteriormente, o termo foi utilizado primeiramente no sentido de “linhagem”; as diferenças entre raças derivam de circunstâncias da sua história e, embora se mantivessem através das gerações, não eram fixas.”
  • 8. A Racialização do Ocidente “No século XIX, o termo “raça veio a significar uma qualidade física inerente. Os outros povos passavam a ser vistos como biologicamente diferentes. Embora a definição continuasse incerta, as pessoas começaram a pensar que a humanidade estava dividida em raças. Tinha, portanto, de se explicar a razão dessas diferenças raciais.”  O autor cita explicações vindas do catolicismo, oposição entre saxões e normandos, como uma luta entre duas raças, desprezo aos judeus, absolutismo, monarquia.
  • 9. A Racialização do Mundo “Como o termo “raça” significa diferentes coisas para diferentes escritores e é a origem de muita confusão, é mais conveniente usar o conceito de <tipo> como chave para atravessar o labirinto.” “ As plantas e as aves eram identificadas primeiramente como membros de uma classe, depois de ordens, em seguida de gêneros e, finalmente de espécies.” “ Tendo racializado o Ocidente, os seus sucessores trataram de racializar o resto do mundo. Gobineau avançou como uma teoria de superioridade ariana esboçada em termos muitos gerais.”
  • 10. A Racialização do Mundo “ Nem as teorias raciais foram sempre utilizadas para minimizar os povos de cor. Na Índia, a teoria ariana apontava mais para a existência de laços comuns entre os britânicos e a população nativa que para uma divisão entre os estrangeiros e locais, ainda que nem britânicos nem hindus respondessem de maneira uniforme a este fato.” “ A teoria ariana negaria a igualdade aos indianos não arianos, incluindo os grupos sem casta como os drávidas, os povos tribais, árabes e judeus”
  • 11. A Racialização do Mundo “Questionamento do escritor negro de Trindade, J.J. Thomas na sua obra Froudacity: “O que há na natureza das coisas que desapossa os africanos do direito de participar, nos tempos futuros, nos altos destinos que, no passado, foram atribuídos a tantas raças que não foram de modo algum superiores a nós nas qualificações físicas, morais e intelectuais, que marcam definitivamente uma raça para a proeminência entre outras raças?”(1889:180-81) – Banton pg.74.
  • 12. A Idéia de Racismo “ A palavra <racismo> parece ter sido introduzida na Inglaterra no final dos anos 30, para identificar um tipo de doutrina que, em essência, afirma que a raça determina a cultura. Uma vantagem desta aplicação é que não procura abarcar outros fenômenos, com os quais estas doutrinas estão frequentemente, associadas. Não faz pressuposições sobre os motivos ou intenções das pessoas que propuseram ou adoptaram tais doutrinas, nem sobre as funções que a doutrina desempenha na sociedade global. Para identificar estes aspectos tornar- se-ia necessário usar outros conceitos. As palavras <<racismo>> e <<racista>> foram utilizadas por pessoas que desejavam atacar as doutrinas da desigualdade e assim, dentro dos círculos em que eram empregues, adquiriram fortes conotações pejorativas que ajudam a explicar a recente tentativa de ampliar a sua aplicação.”
  • 13. Racismo no Brasil ‘’A crença da convivência cordial e harmoniosa das raças/etnias que compuseram a sociedade brasileira, aliada à construída crença da inferioridade do negro, consolidou um quadro de desigualdade racial estrutural no país. Deste modo, o racismo, aqui, toma formas especiais; ele é negado, velado. Como disse Florestan (FERNANDES, 1972, P.42): “o brasileiro tem preconceito de ter preconceito”. (Dissertação de Luiz Carlos Paixão da Rocha - pg.13) - A miscigenação contribui com a consolidação da falsa ideia da não existência do Racismo – este se manifesta em gradação, atingindo mais as pessoas com um fenótipo mais próximo da ancestralidade africana e menos conforme a aparência se aproxime do fenótipo branco.
  • 14. Racismo no Brasil “ O Racismo em nossa sociedade se dá de um modo muito especial: ele se afirma através da sua própria negação. Por isso dizemos que vivemos no Brasil um racismo ambíguo, o qual se apresenta, muito diferente de outros contextos onde esse fenômeno acontece. O racismo no Brasil é alicerçado em uma constante contradição. A sociedade brasileira sempre negou insistentemente a existência do racismo e do preconceito racial mas no entanto as pesquisas atestam que, no cotidiano, nas relações de gênero, no mercado de trabalho, na educação básica e na universidade os negros ainda são discriminados e vivem uma situação de profunda desigualdade racial, quando comparados com outros segmentos étnico-raciais do pais. (Por Nilma Lino Gomes)
  • 15. Frantz Fanon Nasceu na ilha da Martinica em 1925 e morreu aos 36 anos Obras fundamentais: “Pele Negra, Máscaras Brancas” de 1952 e “Os condenados da Terra” de 1961. Fanon diz: “Há na Martinica duzentos brancos que se julgam superiores a trezentos mil elementos de cor. Na África do Sul devem existir dois milhões de brancos para aproximadamente treze milhões de nativos, e nunca passou pela cabeça de nenhum nativo sentir-se superior a nenhum branco” *Imposição psicológica da dominação do grupo dominante – “eu sei que aqui não é o meu lugar” – “complexo de inferioridade” e “negação de si mesmo”
  • 16. Estereótipo “ Caracteriza, funciona com um CARIMBO: as pessoas deixam de ser vistas por suas reais qualidades e passam a ser julgadas pelo carimbo recebido. É uma caricatura, uma imagem mental coletiva que apoia o preconceito. ( “ São preconceitos cristalizados em imagens ou expressões verbais. Reduz o diferente em traços pejorativos. São preconceitos cristalizados em imagens ou expressões verbais, em geral não se baseiam em experiências verdadeiras. Atribuem-se traços de personalidade ou comportamento a pessoas, grupos, etc.” (Por Eliana de Oliveira)
  • 17. Preconceito “ É um julgamento formulado sobre uma pessoa, grupo de indivíduos ou povo que ainda não se conhece ou não compreendemos. É um dado universal, ligado à psicologia humana, um dado inerente a todas as culturas e a todas civilizações” Preconceito Racial: ‘Simplesmente uma disposição afetiva imaginária ligada aos estereótipos étnicos, uma atitude, uma opinião que pode ser verbalizada ou não, que pode se tornar uma crença’’ (Por Eliana de Oliveira) *O Preconceito seria a materialização do estereótipo – são próximos porque o preconceito é apoiado pelo estereótipo .
  • 18. Discriminação “ A palavra discriminação significa distinguir, isto é, estabelecer distinção entre as pessoas pelas diferenças que elas têm de todo tipo. Na medida em que estabelecemos diferenças para distinguir as pessoas, estamos discriminando- as. Pode ser positiva ou negativa, é considerar que a diferença implica diferentes direitos.”(Por Prof. Drando Joseph Handerson – CEAD-UFPel) Discriminação Racial: é um comportamento coletivo observável, até mensurável ligado a certos modos de funcionamento social. Ela é produzida quando se recusa aos indivíduos ou aos grupos humanos, a igualdade de tratamento que tem direito de receber. É o tratamento depreciativo dado as pessoas de determinada raça.” (Por Eliana de Oliveira)
  • 19. Racismo Institucional • “O Racismo Institucional é atualmente a questão mais ampla da expressão da discriminação racial, xenofobia e intolerância. Ele refere-se a práticas institucionais que tendem a pôr o grupo vitimizado em constante posição de desvantagem em relação ao grupo dominante na sociedade em diversas áreas, tais como educação, emprego, oportunidade de carreira, habitação, saúde e outros benefícios desigualmente distribuídos.”( Por Peter Fry – Prof. Titular de Antroplogia do Instituto de Filosofia e Ciências Socias (IFCS) da UFRJ.)
  • 20. Considerações Finais “Embora seja reconhecido a inexistência cientifica da raça e a inoperabilidade do próprio conceito, este ainda é justificado como conceito de realidade social e política, considerando a raça como uma construção sociológica e uma categoria social de dominação e exclusão. Os patrimônios genéticos são diferentes, mas essas diferenças não são suficientes para classificá-las em raças” “Estamos entrando no terceiro milênio carregando o saldo negativo de um racismo elaborado no fim do século XVIII aos meados do século XIX. A consciência política reivindicativa das vítimas do racismo nas sociedades contemporâneas está cada vez mais crescente, o que comprova que as práticas racistas não recuaram.” (Por Prof.Dr. Kabengele Munanga – USP)
  • 21. • “Mais uma vez, no início do século 21, muitos se dão conta de que está novamente em curso um vasto processo de racialização do mundo. O que ocorreu em outas épocas, a começar pelo ciclo das grandes navegações, descobrimentos, conquistas e colonizações, torna a ocorrer no início do século 21, quando indivíduos e coletividades povos e nações, compreendendo nacionalidades, são levadas a dar-se conta de que se definem, também ou mesmo principalmente, pela etnia, a metamorfose da etnias em raça, a transfiguração da marca ou traço fenotípico em estigma. Sim, no século 21 continuam a desenvolver-se operações de “limpeza étnica”, praticadas em diferentes países e colônias.” (Por Octavio Ianni – Artigo: A Dialética das Relações Raciais)
  • 22. Referências Bibliográficas SAPEDE.T.C.Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon – Dossiê – II Semináro Sankofa – GOMES,Nilma Lino.Alguns Termos e Conceitos Presentes no Debate Sobre Relações Raciais no Brasil: Uma Breve Discussão ROCHA,Luiz..Políticas Afirmativas e Educação: A lei 10639/03 no contexto das Políticas Educacionais no Brasil Comtemporâneo. Dissertação(Curso de Mestrado em Educação e Trabalho) Universidade do Paraná, Curitiba.2006 HANDERSON.D.J. A Força das Palavras: Preconceito, Discriminação e Racismo,Universidade de Pelotas, Centro de Educação Aberta e a Distância, Curso de Aperfeiçoamento em Educação para as Relações Étnico- Raciais. RELATÓRIO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO – Racismo, pobreza e violência. PNDU – Brasil 2005. IANNI,Octavio. A Dialética das Relações Raciais MUNANGA,Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia,Inclusão Social, um debate necessário?- https://ufmg.br/inclusaosocial BANTON,Michael. A Ideia de Raça, trad.de Antônio Marques Bessa, Livraria martins fontes, São Paulo,1977. INSTITUTO AMMA PSIQUE E NEGRITUDE. Os Efeitos Psicossociais do Racismo.ed.Imprensa Oficial,São Paulo 2008. História da África E Diáspora Africana nas Américas do Coletivo Fanon. http://coletivofanon.blogspot.com