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GêneroGênero TreponemaTreponema
Gênero TreponemaGênero Treponema
 Faz  parte  dos  espiroquetídios,    que  englobam  três 
gêneros  de  importância  clínica:  Treponema, 
Borrelia e Leptospira.
 O Gênero Treponema é composto por pelo menos 10 
espécies,  sendo  que  apenas  4  são  patógenos  do 
homem. Sendo estas:
     ­ T. Pallidum subs.  pallidum
     ­ T. Pallidum subs.  endemicum
     ­ T. Pallidum subs.  carateum
     ­ T. Pallidum subs.  Pertenue
Existem também as espiroquetas orais similares a
 T. pallidum  (podem causar gengivite e periodontite), 
e os que habitam o trato intestinal podendo causar 
diarreias.
Membrana
citoplásmica
Membrana
externa
Filamentos axiales
ESPIROQUETAS: ESTRUTURAESPIROQUETAS: ESTRUTURA
TREPONEMA PALLIDUM
M. CAMPO ESCURO IFD
GêneroGênero TreponemaTreponema
 PATOGENICIDADE­  os  fatores  de  virulência  não  são 
bem  determinados  neste  gênero,  porém  acredita­se  que 
ocorra como segue:
­ A fixação­ ocorre por suas extremidades que se fixam no 
mucopolissacarídeos  dos  tecidos­  provável  receptor  a 
Fibronectina.
­ A invasão­ produção da mucopolissacaridase, permitindo 
a passagem da bactéria pelos endotélios.
­  A  cápsula­  função  antifagocítica  composta  por  ác. 
hialurônico e sulfato de condroitina.
­ Imunossupressão do hospedeiro provavelmente induzida 
pelos mucopolissacarídeos bacterianos.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 O T. Palidum é o agente etiológico da sífilis
 Qualquer  tecido  ou  órgão  pode  ser  invadido,  incluindo 
SNC.
 De acordo com as observações clínicas podemos dividir a 
doença em estágios:
    ­ Incubação
    ­ Sífilis Primária
    ­ Sífilis Secundária
    ­ Sífilis Latente ou Tardia
     As  complicações  podem  gerar  a    Sífilis  Tardia  e 
Cardiovascular
 Pode  ocorrer  a  transmissão  transplacentária  –  Sífilis 
Congênita.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Incubação­  varia  de  3  a  90  dias,  em  média  3 
semanas.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Incubação­  varia  de  3  a  90  dias,  em  média  3 
semanas.
 Sífilis  Primária­  ocorre  lesão  primária  no  local  da 
infecção  (geralmente  genital),  com  lesão 
(geralmente única) ulcerosa (cancro duro.
 As lesões desaparecem espontaneamente dentro de 
2  a  8  semanas,  mas  podem  persistir  por  períodos 
mais longos, especialmente em imunossuprimidos;
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Sífilis  Secundária­  ocorre  intensa  proliferação  dos 
microrganismos e caracteriza a etapa mais ostensiva da 
doença.  Erupção  disseminada  macular  ou  não, 
maculopapular ou pustulosa. Tipicamente na palma das 
mãos, planta dos pés e em áreas úmidas e alopécia.
 Nesse  momento  a  resposta  imune  se  torna  bastante 
intensa  e  então  pode  se  desenvolver  um  quadro  de 
glomerulonefrite;
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Sífilis Latente­ sintomas subclínicos. Dividida em latente 
precoce  (até  4  nos)  e  latente  tardio  (sem  duração 
definida).
 Nesta  fase  podem  ocorrer  recidivas,  geralmente  na 
latente precoce.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Sífilis  Tardia­  incluem  alterações  do  SNC,  anomalias 
cardiovasculares,  lesões  granulomatosas  em  qualquer 
órgão  (gomas).  Pode  acorrer  a  sífilis  neuromuscular 
sintomática ou assintomática.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Sífilis  Tardia  “Benigna”­  formação  de  gomas  (lesões 
granulomatosas  inespecíficas).  Clinicamente  são  lesões 
maciças  destrutivas  que  podem  se  confundir  com 
carcinomas, porém trata­se de uma resposta imune ativa.
Infecções porInfecções por TreponemaTreponema
 Sífilis Congênita­ ocorre transmissão transplacentária a 
partir  do  4º  mês  de  gravidez.  A  maioria  do  fetos 
infectados morrem ou são assintomáticos.
 Caracteriza­se  por  hepatoesplenomegalia,  meningite, 
trombocitopenia e lesões ósseas.
DiagnósticoDiagnóstico
 Na sífilis primária (antes do aparecimento de anticorpos) ,
faz -se o diagnóstico laboratorial. Este baseia-se na
detecção direta do patógeno a partir de lesões (cancro) em
microscopia de campo escuro ou por DFA-TP ( método de
anticorpos fluorescente direto).
Diagnóstico – SorologiaDiagnóstico – Sorologia
Para os demais estágios da sífilisPara os demais estágios da sífilis
Testes não Treponêmicos (utilizam a
cardiolipina como antígeno, usados como
triagem)
– VDRL (Veneral Disease Reasearch Laboratory),
RPR (Rapid Plasmie Reagim Test), ART
(Automated Reagim Test).
– Positivos 1-4 semanas após o cancro primário, 6
semanas após exposição
Testes Treponêmicos (testes de confirmação)
– TP-PA (Treponema pallidum particle), MHA-TP
Interpretação da sorologiaInterpretação da sorologia
VDRL
FTA-ABS INTERPRETAÇÃO
+ + Sífilis recente ou prévia
+ - Falso positivo
- + Sífilis primária ou latente
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- - Ausência de infecção ou período de
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Exame do líquorExame do líquor
 Celularidade, proteínas, VDRL
 Indicado:
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– Terciária
– Manifestações neurológicas
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– Pessoas tratadas e sem resposta sorológica adequada
– HIV+, com quadro neurológico*, ou falta de
resposta sorológica ao tratamento
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TratamentoTratamento
 A penicilina é a droga de escolha. Não se constatou
resistência a Penicilina em T. Pallidum.
 A dosagem depende do estágio da doença.
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as Cefalosporinas, Tetraciclinas e Eritromicina.
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 Ceftriaxone ou Azitromicina
Reação de Jarisch- HerxheimerReação de Jarisch- Herxheimer
 Reação febril
 Adinamia e dores articulares
 8 a 12 horas após tratamento
 Mais comum na sífilis recente
 Não se trata de alergia
 Duração de poucas horas
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Acompanhamento sorológicoAcompanhamento sorológico
 Primária, secundária e latente recente:
– 1, 3, 6, 12 e 24 meses após o tratamento
 Latente tardia e terciária:
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 Neurossífilis:
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Gênero Treponema e Sífilis

  • 2. Gênero TreponemaGênero Treponema  Faz  parte  dos  espiroquetídios,    que  englobam  três  gêneros  de  importância  clínica:  Treponema,  Borrelia e Leptospira.  O Gênero Treponema é composto por pelo menos 10  espécies,  sendo  que  apenas  4  são  patógenos  do  homem. Sendo estas:      ­ T. Pallidum subs.  pallidum      ­ T. Pallidum subs.  endemicum      ­ T. Pallidum subs.  carateum      ­ T. Pallidum subs.  Pertenue Existem também as espiroquetas orais similares a  T. pallidum  (podem causar gengivite e periodontite),  e os que habitam o trato intestinal podendo causar  diarreias.
  • 5. GêneroGênero TreponemaTreponema  PATOGENICIDADE­  os  fatores  de  virulência  não  são  bem  determinados  neste  gênero,  porém  acredita­se  que  ocorra como segue: ­ A fixação­ ocorre por suas extremidades que se fixam no  mucopolissacarídeos  dos  tecidos­  provável  receptor  a  Fibronectina. ­ A invasão­ produção da mucopolissacaridase, permitindo  a passagem da bactéria pelos endotélios. ­  A  cápsula­  função  antifagocítica  composta  por  ác.  hialurônico e sulfato de condroitina. ­ Imunossupressão do hospedeiro provavelmente induzida  pelos mucopolissacarídeos bacterianos.
  • 6. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  O T. Palidum é o agente etiológico da sífilis  Qualquer  tecido  ou  órgão  pode  ser  invadido,  incluindo  SNC.  De acordo com as observações clínicas podemos dividir a  doença em estágios:     ­ Incubação     ­ Sífilis Primária     ­ Sífilis Secundária     ­ Sífilis Latente ou Tardia      As  complicações  podem  gerar  a    Sífilis  Tardia  e  Cardiovascular  Pode  ocorrer  a  transmissão  transplacentária  –  Sífilis  Congênita.
  • 7. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Incubação­  varia  de  3  a  90  dias,  em  média  3  semanas.
  • 8. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Incubação­  varia  de  3  a  90  dias,  em  média  3  semanas.  Sífilis  Primária­  ocorre  lesão  primária  no  local  da  infecção  (geralmente  genital),  com  lesão  (geralmente única) ulcerosa (cancro duro.  As lesões desaparecem espontaneamente dentro de  2  a  8  semanas,  mas  podem  persistir  por  períodos  mais longos, especialmente em imunossuprimidos;
  • 9. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Sífilis  Secundária­  ocorre  intensa  proliferação  dos  microrganismos e caracteriza a etapa mais ostensiva da  doença.  Erupção  disseminada  macular  ou  não,  maculopapular ou pustulosa. Tipicamente na palma das  mãos, planta dos pés e em áreas úmidas e alopécia.  Nesse  momento  a  resposta  imune  se  torna  bastante  intensa  e  então  pode  se  desenvolver  um  quadro  de  glomerulonefrite;
  • 10.
  • 11. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Sífilis Latente­ sintomas subclínicos. Dividida em latente  precoce  (até  4  nos)  e  latente  tardio  (sem  duração  definida).  Nesta  fase  podem  ocorrer  recidivas,  geralmente  na  latente precoce.
  • 12. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Sífilis  Tardia­  incluem  alterações  do  SNC,  anomalias  cardiovasculares,  lesões  granulomatosas  em  qualquer  órgão  (gomas).  Pode  acorrer  a  sífilis  neuromuscular  sintomática ou assintomática.
  • 13. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Sífilis  Tardia  “Benigna”­  formação  de  gomas  (lesões  granulomatosas  inespecíficas).  Clinicamente  são  lesões  maciças  destrutivas  que  podem  se  confundir  com  carcinomas, porém trata­se de uma resposta imune ativa.
  • 14. Infecções porInfecções por TreponemaTreponema  Sífilis Congênita­ ocorre transmissão transplacentária a  partir  do  4º  mês  de  gravidez.  A  maioria  do  fetos  infectados morrem ou são assintomáticos.  Caracteriza­se  por  hepatoesplenomegalia,  meningite,  trombocitopenia e lesões ósseas.
  • 15. DiagnósticoDiagnóstico  Na sífilis primária (antes do aparecimento de anticorpos) , faz -se o diagnóstico laboratorial. Este baseia-se na detecção direta do patógeno a partir de lesões (cancro) em microscopia de campo escuro ou por DFA-TP ( método de anticorpos fluorescente direto).
  • 16. Diagnóstico – SorologiaDiagnóstico – Sorologia Para os demais estágios da sífilisPara os demais estágios da sífilis Testes não Treponêmicos (utilizam a cardiolipina como antígeno, usados como triagem) – VDRL (Veneral Disease Reasearch Laboratory), RPR (Rapid Plasmie Reagim Test), ART (Automated Reagim Test). – Positivos 1-4 semanas após o cancro primário, 6 semanas após exposição Testes Treponêmicos (testes de confirmação) – TP-PA (Treponema pallidum particle), MHA-TP
  • 17. Interpretação da sorologiaInterpretação da sorologia VDRL FTA-ABS INTERPRETAÇÃO + + Sífilis recente ou prévia + - Falso positivo - + Sífilis primária ou latente Previamente tratada ou não tratada - - Ausência de infecção ou período de incubação
  • 18. Exame do líquorExame do líquor  Celularidade, proteínas, VDRL  Indicado: – Sífilis congênita – Terciária – Manifestações neurológicas – Estágio latente, VDRL > 1:16 – Pessoas tratadas e sem resposta sorológica adequada – HIV+, com quadro neurológico*, ou falta de resposta sorológica ao tratamento  *AVC, anormalidades de pares cranianos e uveíte
  • 19. TratamentoTratamento  A penicilina é a droga de escolha. Não se constatou resistência a Penicilina em T. Pallidum.  A dosagem depende do estágio da doença. – Em caso de alergia a Penicilina se recomendam as Cefalosporinas, Tetraciclinas e Eritromicina. – Gestantes com alergia à penicilina: Eritromicina Outras opções terapêuticasOutras opções terapêuticas  Ceftriaxone ou Azitromicina
  • 20. Reação de Jarisch- HerxheimerReação de Jarisch- Herxheimer  Reação febril  Adinamia e dores articulares  8 a 12 horas após tratamento  Mais comum na sífilis recente  Não se trata de alergia  Duração de poucas horas  Tratar com sintomáticos
  • 21. Acompanhamento sorológicoAcompanhamento sorológico  Primária, secundária e latente recente: – 1, 3, 6, 12 e 24 meses após o tratamento  Latente tardia e terciária: – 12 e 24 meses após o tratamento  Neurossífilis: – 6, 12 e 24 meses após o tratamento  HIV+: – 1, 3, 6, 12 e 24 após tratamento e depois anualmente