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Interpretação de Texto
e Redação Oficial
Profª Maria Tereza
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Interpretação de Texto e Redação Oficial
Professora: Maria Tereza
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ÚLTIMO EDITAL
Compreensão e Interpretação de textos.
Tipologia textual.
Homônimos e parônimos.
Redação Oficial.
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Interpretação de Texto
Leitura, análise e interpretação de texto.
PROCEDIMENTOS
1.	 Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;
2.	 identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos,
etc.);
3.	 leitura do enunciado.
EXEMPLIFICANDO
NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC
Pós-11/9
Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo,
ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado
o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia
anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais
véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada
quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados
Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades
para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito
de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima
reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”.
Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido,
não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo
começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão
da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo
que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo.
No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou
atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho
para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar
mais na humanidade.
A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será
diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez
de setembro” na rua.
(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)
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1.	 Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo –
é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros.
2.	 O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes,
identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em
determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetição
da expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”,
por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônica
baseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, a
qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido.
3.	 Trata-se de uma CRÔNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia
do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para,
posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto
de vista.
4.	 No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A tragédia de 11 de setembro”
(totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias.
5.	 Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e
verbais).
6.	 Identificação das palavras-chave no texto.
7.	 Resposta correta = paráfrase mais completa do texto.
1.	 Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela
a)	 foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.
(preâmbulo / véspera da História).
b)	 exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais
drásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA).
c)	 estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de
solidariedade. (cotidiano de Nova York).
d)	 abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar
um novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido /
oportunidade do novo começo).
e)	 faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado
nacionalismo.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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8.	 Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos
do texto (IDEIA CENTRAL).
SABESP-ANALISTA DE GESTÃO – 2012 – FCC
EXEMPLIFICANDO
Inferno e paraíso
Por certo, existe o Carnaval. Mas a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se
trabalha corresponde, em boa medida, a um preconceito, quando se tomam em comparação
os padrões vigentes nas sociedades europeias, por exemplo.
Já se a métrica for a realidade de países asiáticos, não há razão para tomar como especialmente
infelizes as declarações do empresário taiwanês Terry Gou, presidente da Foxconn, a respeito
da operosidade dos brasileiros.
O Brasil – país em que a empresa de componentes eletrônicos planeja investir uma soma
bilionária para fabricar telefones e tablets –, tem grande potencial, disse Terry Gou numa
entrevista à TV taiwanesa. Mas os brasileiros “não trabalham tanto, pois estão num paraíso”,
acrescentou o investidor.
(Folha de S.Paulo. Editoriais. A2 opinião. Domingo, 26 de fevereiro de 2012. p. 2 – Adaptado)
2.	 No primeiro parágrafo, quando o autor
a)	 vale-se da expressão Por certo, está tornando patente que a frase constitui uma resposta ao
empresário taiwanês, que supostamente pôs em dúvida essa expressão cultural brasileira,
o carnaval.
b)	 emprega a expressão uma espécie de, está antecipando o detalhamento que fará do grupo
a que pertence o Brasil em função de seus hábitos culturais.
c)	 refere-se ao Carnaval, está apresentando um fato que poderia, em parte, ser tomado como
justificativa para a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha.
d)	 menciona um preconceito, está expressando seu entendimento de que a ideia de que o
Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha é um prejulgamento absolutamente
inaceitável.
e)	 cita os padrões vigentes nas sociedades europeias, está remetendo a uma base de
comparação que considera sinônimo de excelência.
Anotações
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ERROS COMUNS
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um
século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de
formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas
cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento.
Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado,
um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns
veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas
por enclaves fechados e espaços exclusivos.
(Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad.
Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009)
3.	 No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas
a)	 cujos habitantes se sentirão ameaçados.
b)	 em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania.
c)	 de transformação social.
d)	 de grande aglomeração humana.
e)	 constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso.
Comentário:
a)	 EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades.
b)	 EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação social.
c)	 REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação social.
e)	 CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De eoutro lado [...] por
enclaves fechados e espaços exclusivos.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS
1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA.
Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná-
lo mais fácil ao entendimento.
Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento.
Exemplo:- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc.
EXEMPLIFICANDO
BB – 2012
Adeus, caligrafia
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
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24.
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26.
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29.
O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas
práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.
Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma
“boa letra” – já dada como anacronismo.
O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de
protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A
escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada
a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,
há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada
tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger
reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de
escrever.
Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos
realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca
de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses
novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para
meninos e a costura para as meninas.
As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra
de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A
escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A
prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao
processamento visual.
Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista
Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com
movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades
motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.
Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de
fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a
mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
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4.	 (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em
a)	 As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedente.
b)	 o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos.
c)	 pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepção.
d)	 por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do teclado.
e)	 implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural.
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no
universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível
aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje
dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais.
O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca
pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada.
Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa,
fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam
entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o
emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje.
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras
línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica
a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a
perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm
claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve
justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e
empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de
impressionar os neófitos.
(Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São
Paulo, 24 de março de 2013. p. 7)
5.	 No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as
palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido
mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo
a)	 da religião.
b)	 do trabalho.
c)	 da geografia.
d)	 da medicina.
e)	 do esporte.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS:
•• advérbios e expressões totalizantes;
•• expressões enfáticas;
•• expressões restritivas.
EXEMPLIFICANDO
Advérbios e Expressões Totalizantes
BB – 2012
Adeus, caligrafia
01.
02.
03.
04.
05.
06.
07.
08.
09.
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29.
O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas
práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos.
Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma
“boa letra” – já dada como anacronismo.
O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de
protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A
escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada
a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se,
há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada
tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger
reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de
escrever.
Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos
realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca
de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses
novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para
meninos e a costura para as meninas.
As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra
de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A
escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A
prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao
processamento visual.
Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista
Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com
movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades
motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou.
Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de
fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a
mão?” – indaga. O tempo dirá.
(Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
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6.	 (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo Martin
Heidegger e do neurocientista Roberto Lent
a)	 são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízo
para certas áreas neuronais.
b)	 são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo para
as atividades culturais, como viu o filósofo.
c)	 baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passo
que o outro avalia as implicações biológicas.
d)	 opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundo
reconhece tão somente efeitos positivos.
e)	 aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocesso
para as atividades culturais da humanidade.
7.	 (12240) Atente para as seguintes afirmações.
I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de
comunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito.
II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade a
exclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares.
III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono da
caligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva.
Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em
a)	 I.
b)	 II.
c)	 III.
d)	 II e III.
e)	 I e II.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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Expressões enfáticas
8.	 (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana,
a)	 gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra
a escrita mecanizada. (não contemporâneo)
b)	 teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas.
c)	 provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como
indispensável ter “boa letra”.
d)	 repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que
emocional.
e)	 granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação
neurológica.
TJ-RJ – 2013
Expressões restritivas
Receita de casa
Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos
profissionais achem que não.
Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão,
um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável
porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar
móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério das
coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques,
as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que
outrora andaram em caminhos longe.
(Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância)
9.	 (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa
a)	 destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da
família vê sentido em preservar.
b)	 caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempo
morto, ali acumulados.
c)	 reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questão
de não esquecer.
d)	 resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dos
antepassados, ali recolhida e administrada.
e)	 esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um desses
museus que a ninguém mais interessa visitar.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e
de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”:
provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...
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EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que
está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa
galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em
projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo
e espaço.
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização,
superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina-
se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação
tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do
gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao
gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos
nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como
parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de
que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras.
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)
10.	Considere.
I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço,
questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução
oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade.
II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados
ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum
modo, conectados à realidade.
III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos
em teoria, acredita-se que seja possível.
Está correto o que se afirma APENAS em
a)	 I e II.
b)	 I e III.
c)	 II e III.
d)	 II.
e)	 III.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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AS QUESTÕES PROPOSTAS
Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual.
e
Inferência
Observe a seguinte frase:
A água voltou. Já podemos lavar a roupa.
Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:
a)	 que a água voltou;
b)	 que a roupa pode ser lavada.
Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito,
que havia faltado água e que havia roupa suja.
INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do
texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase.
Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc.
EXEMPLIFICANDO
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa
ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível
poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos
recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente
os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento
franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites
humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das
sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos
os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central
do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis
ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram
fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias,
a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o
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bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza,
o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
11.	Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de
a)	 dissimulação.
b)	 lisura.
c)	 observação.
d)	 condescendência.
e)	 intolerância.
EXTRATEXTUALIDADE
A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno
conhecimento mais amplo de mundo.
EXEMPLIFICANDO
TJ-RJ – 2012
A Era do Automóvel
E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre
os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo
transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para
as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso,
eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só
pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer.
Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de
guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte
ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando
voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da
Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta
fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a
elegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém
adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante da
máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa
que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aos
pôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...]
Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se,
avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou,
arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente
nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.
(João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)
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12.	(12237) A afirmativa correta é
a)	 a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio de
Janeiro.
b)	 João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes.
c)	 a elegância dos hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do
texto.
d)	 a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de
veículos.
e)	 a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
EXEMPLIFICANDO
BB - 2012
13.	(12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em
I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas
de escrever.
II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita.
III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal.
Atende ao enunciado APENAS o que consta em
a)	 I.
b)	 II.
c)	 III.
d)	 I e II.
e)	 II e III.
Anotações
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Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado
objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP - 2012
Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem, ou
não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), campus de
Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e se reproduzem
em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo com o estudo,
a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal pode levar ao
desaparecimento de diversas espécies.
O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima a
Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos de produção
de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usar as
plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat natural
− ou até substituí-lo.
Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nos
fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos,
ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, por
causa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisador
Marcelo Gonçalves Campolin.
A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução de
algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −, para
serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreas
protegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientes
naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou
até mesmo a desaparecer”, prevê o professor.
(José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações)
14.	(12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que
a)	 no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo
proposto pelo pesquisador.
b)	 o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta
relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas.
c)	 o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com
conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa.
d)	 o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo,
que são retomadas nos seguintes.
e)	 as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido
determinado com precisão o objetivo do estudo.
Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.
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Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da
apresentação de argumentos que as defendam e comprovem.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não
é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio e o
sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa antes
demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão
paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um
paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças
necessárias de fora.
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da
mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente
brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo
terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português
brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante.
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração
conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, entre 1900 e
1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração
de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os
bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar,
porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta,
também “intacta, boiando no ar.”
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em
particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar,
para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás
genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque
quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no
plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da
poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.”
Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213
15.	(12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido
a)	 destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na
época em que a cidade era conhecida como terra da garoa.
b)	 analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião
crítica sobre a cidade que a acolheu.
c)	 contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas
da época em que o autor compunha.
d)	 fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas
favoráveis a respeito do compositor.
e)	 critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça
que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
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Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não
faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto
expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto
expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
EXEMPLIFICANDO
TRE-SP – 2012
O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os
portugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europa
desde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característica que faz com que
religião e teatro de bonecos se misturem desde a origem.
Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos. Histórias e
linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadas de geração
para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principal característica o
improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e o enredo não
são fixos.
Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O rural é o
mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, e cujo universo
social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os humildes e as
autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novas personagens e
circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém um enredo, embora
não abra mão do improviso.
(Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, n
o
21, p. 46-49, com adaptações)
16.	(12227) Fica evidente no texto que
a)	 os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da
necessária participação do público em momentos específicos.
b)	 o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente
consegue criar personagens e cenas citadinas.
c)	 as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que
caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização.
d)	 o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas
apresentações a um público participante.
e)	 o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos
e de gosto de seu público tradicional.
Anotações
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Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos
e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo.
EXEMPLIFICANDO
17.	Considere as afirmações.
I – O texto verbal é, predominantemente, injuntivo.
II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular,
exigindo do leitor conhecimento prévio.
III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação.
Quais estão corretas?
a)	 Apenas I.
b)	 Apenas II.
c)	 Apenas III.
d)	 Apenas I e II.
e)	 I, II e III.
Anotações
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GÊNEROS TEXTUAIS
EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não
expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos
bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se
(explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções.
EXEMPLIFICANDO
TST-2012
Cursos
Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se
contra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que o
aluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação
de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à
velha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento que
ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita,
retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as
fragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os
especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem
graduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que
emerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior de
segunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência.
Mas, no geral, resta muito que avançar.
À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhores
cursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempo
inteiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta
a doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por
exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre
que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz
respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos
aqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos
indicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a
aulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à
vontade a biblioteca e os laboratórios.
No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituições
pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quase
um terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pela
excelência.
(Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114)
18.	(12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos
a)	 priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas
mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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b)	 incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a
supervisão do professor.
c)	 procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para
os estudos, além das telessalas.
d)	 promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos
momentos em que estiver verdadeiramente concentrado.
e)	 contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer
ao aluno um retorno imediato de seu progresso.
ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira
responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
EXEMPLIFICANDO
TRF-2ª REGIÃO – 2012
O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de calçar um
par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com alto poder
aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida e caminhada.
Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos
brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, associada a uma
alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável.
A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo e questões
culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e Florianópolis, locais
de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se exercita. Já Recife é a capital
do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem mais do que habitantes de
países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do que europeus, japoneses e
americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus times, é a capital do futebol.
Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre.
A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking
da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns
de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de
diabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista
Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. “Em movimento constante, nosso
organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.”
(Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações)
19.	(12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são
a)	 alimentação regrada e hábitos esportivos.
b)	 sedentarismo e modalidades favoritas.
c)	 praias e tradição dos times de futebol.
d)	 poder aquisitivo e questões culturais.
e)	 parques e existência de áreas planas.
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NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o
de informar, não o de convencer.
EXEMPLIFICANDO
Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos
econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento
sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia
Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”.
Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político-
sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio
entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e
redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento
econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração
de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana.
(Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665)
20.	(12211) O sentido do Texto está corretamente exposto em
a)	 sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas,
não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes.
b)	 Tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um
real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas.
c)	 Só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de
todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo.
d)	 O conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico
ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente.
e)	 Desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e
padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação
ambiental.
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista
apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo,
baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é
predominantemente coloquial.
EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
“O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o
que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois.
Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do
presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento
dessa impossibilidade.
Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade.
Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos
amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor.
O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado.
Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como
disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais
o mesmo aquele rio.
Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não
puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste,
mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser
recuperado.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)
21.	No texto, o autor
a)	 contrapõe o amor à amizade, em defesa desta.
b)	 lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos.
c)	 admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor.
d)	 constata que o passado é irrecuperável.
e)	 critica o caráter insondável das relações interpessoais.
BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor
expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais.
EXEMPLIFICANDO
TRT 6ª REGIÃO PE – 2012
Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem
é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado,
o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela;
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Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas
Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que
a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas
Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros.
A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos
os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol.
Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre
trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o
sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos
dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e
este é seu suplício”.
(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-
25)
22.	(12215) Atente para as afirmações abaixo.
I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato
de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de
maneira inteligível.
II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira
coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana.
III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e
condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem
a)	 I e II.
b)	 I e III.
c)	 II e III.
d)	 I.
e)	 III.
PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre
produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência
em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de
publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta
informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente,
apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar
determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional
e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e
em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem.
CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual
com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga,
ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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CHARGE
CARTUM
QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas
peculiaridades.
Anotações
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TEXTO LITERÁRIO
EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem
os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra
na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
23.	No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua
atenção é
a)	 fresta.
b)	 marca.
c)	 alma.
d)	 solidão.
e)	 penumbra.
SEMÂNTICA
SINONÍMIA E ANTONÍMIA
Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Porém os sinônimos podem ser
•• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente.
Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião
•• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante.
Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio
Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do
acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal x bem
fraco x forte
subir x descer
possível x impossível
simpático x antipático
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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EXEMPLIFICANDO
SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014
“O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o
que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio
preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois.
Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do
presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento
dessa impossibilidade.
Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade.
Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos
amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor.
O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado.
Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como
disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais
o mesmo aquele rio.
Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não
puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste,
mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser
recuperado.
(Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013)
24.	Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade. (1º
parágrafo)
Considerando-se o contexto, os termos grifados acima podem ser corretamente substituídos,
na ordem dada, por
a)	 crescente − silencioso
b)	 verdadeira − nefasto
c)	 legítima − implícito
d)	 real − ilusório
e)	 sincera − sombrio
Anotações
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TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa
ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível
poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos
recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente
os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento
franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites
humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das
sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos
os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central
do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis
ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram
fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias,
a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o
bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza,
o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
25.	O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original do
texto substituindo-se o elemento grifado por
a)	 inatingível.
b)	 intacto.
c)	 inativo.
d)	 impalpável.
e)	 insolente.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação: significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em “estado de
dicionário“.
Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades
devido às associações que ela provoca.
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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EXEMPLIFICANDO
SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014
A marca da solidão
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem
os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra
na tarde quente.
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto
caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas,
ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver.
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
26.	No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é
a)	 menino.
b)	 chão.
c)	 testa.
d)	 penumbra.
e)	 tenda.
TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014
O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da
literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa
ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível
poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos
recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente
os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura
grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o
incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder
a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio
atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento
franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites
humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das
sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos
os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central
do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis
ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram
fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.
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Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias,
a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o
bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza,
o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
27.	Há no texto
a)	 rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao
primeiro.
b)	 juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em relação aos navegantes e elogio à
astúcia de Orfeu.
c)	 crítica à forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio à astúcia
de Ulisses.
d)	 censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida.
e)	 comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se
apresenta a eles.
28.	Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo)
A frase acima
a)	 contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar.
b)	 assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias.
c)	 descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias.
d)	 introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias.
e)	 sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias.
PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS
Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam
significados diferentes.
•• Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra)
•• Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de)
ALGUNS OUTROS EXEMPLOS
absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair)
ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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comprimento (extensão) cumprimento (saudação)
deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar) dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam
mantimentos)
dispensa (ato de dispensar)
docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país)
eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente) fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar) emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços) infração (violação)
infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial) mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de
cavalos)
pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar) retificar (corrigir)
recrear (divertir) recriar (criar novamente)
soar (produzir som) suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito)
sustar (suspender) suster (sustentar)
tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente)
Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados
diferentes.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na
pronúncia.
São Jorge / São várias as causas / Homem são
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Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da
vogal tônica “o” / “e”.
O molho / Eu molho
A colher / Vou colher
Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente.
Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido
Acender = pôr fogo / Ascender = subir
ALGUNS OUTROS EXEMPLOS
Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se
assenta
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção
Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar
Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção ou
tenção
Propósito Intensão ou tensão Intensidade
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas
se cortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Paço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia
Cesta Recipiente de vime,
palha ou outro material
trançado
Sexta Dia da semana; numeral
ordinal (fem.)
Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor,
departamento
Sessão = reunião
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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EXEMPLIFICANDO
29.	Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão
sinônima.
a)	 emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
b)	 emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
c)	 delatar = expandir; dilatar = denunciar
d)	 deferir = diferenciar; diferir = conceder
e)	 dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
30.	Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo.
Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos
os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do
presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a)	 discriminar – tráfico – infligiu
b)	 discriminar – tráfico – infringiu
c)	 descriminar – tráfego – infringiu
d)	 descriminar – tráfego – infligiu
e)	 descriminar – tráfico – infringiu
31.	Leia as frases abaixo.
1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi.
2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 – ___________ dias que não falo com Zambeli.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes.
a)	 concerto – há – a – cessões – Há.
b)	 conserto – a – há – sessões – Há.
c)	 concerto – a – há – seções – A.
d)	 concerto – a – há – sessões – Há.
e)	 conserto – há – a – sessões – A.
Anotações
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32.	Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau).
“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____
seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os
primos e a tia.
a)	 mau – mal – mais – mas
b)	 mal – mal – mais – mais
c)	 mal – mau – mas – mais
d)	 mal – mau – mas – mas
e)	 mau – mau – mas – mais
33.	Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses.
a)	 O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas).
b)	 Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu).
c)	 Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou).
d)	 Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava).
e)	 Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).
34.	Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e
respectivamente, os espaços nas orações abaixo.
I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso)
II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/
expectadores)
III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato)
Assinale a alternativa que traz a sequência correta.
a)	 senso – expectadores – extrato
b)	 senso – espectadores – estrato
c)	 censo – expectadores – estrato
d)	 senso – espectadores – extrato
e)	 censo – espectadores – extrato
COMPREENSÃO GRAMATICAL DO TEXTO
PRONOMINALIZAÇÃO
MPE-RS – Analista do Ministério Público Estadual - Suporte Técnico - Tecnologia da Informação
– FCC – 2012
Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder
público tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma
situação de total isonomia entre os gêneros, como parecem querer os discursos dos políticos.
Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto
de educação ou de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não foi,
porém, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em “The Sexual Paradox”. Para ela, não se
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas. Elas se materializam
estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por
profissões e regimes de trabalho.
35.	Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo)
O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto,
a)	 as diferenças de comportamento entre homens e mulheres.
b)	 os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres.
c)	 as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres.
d)	 o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho.
e)	 o cálculo estatístico quanto às preferências femininas por determinadas profissões.
TJ-RJ – 2012
Manuel Bandeira publicou diversos textos durante o “mês modernista”, espaço aberto para
o movimento no jornal carioca A Noite, em dezembro de 1925. O poeta era então assíduo
frequentador do restaurante Reis, no velho centro do Rio. Eram dias de vida boêmia, e, apesar
de todo o resguardo que tocava a um “tísico profissional”, Bandeira descia do morro do Curvelo
ao sorvedouro da Lapa e vizinhanças, à vida pobre e corriqueira aos pés da Glória, onde a poesia
se mesclava a um pouco de tudo. O poeta já não é o ser exclusivamente voltado para si mesmo,
na busca da expressão da pura subjetividade, mas antes um sujeito que se abre ao mundo.
Uma tal atitude, cheia de consequências para a poesia brasileira, tinha enormes implicações.
Implicava algo geral e, ao mesmo tempo, muito particular: uma abertura maior da vida do
espírito para a realidade de um país largamente desconhecido de si mesmo e para a novidade
de fatos palpáveis da existência material de todo dia, tal como afloravam chocantes no espaço
modernizado das cidades.
A fratura da antiga convenção poética coincidia com a brecha do novo, por onde os fatos do dia
penetravam no universo da arte, exigindo um tratamento artístico igualmente renovado.
(Adaptado de Davi Arrigucci. Humildade, paixão e morte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. p.92-93)
36.	(12248) A atitude a que o autor se refere no início do 2º parágrafo é a de
a)	 desvendar os mistérios da existência por meio da poesia.
b)	 buscar matéria poética nos fatos triviais do cotidiano.
c)	 encontrar inspiração para o fazer artístico nos sentimentos pessoais.
d)	 cultivar a vida boêmia como fonte de inspiração para o fazer poético.
e)	 recorrer à criação poética para escapar das agruras do cotidiano.
Anotações
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METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC
A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens
sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni-
los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com
a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística
era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os
idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados
de geração em geração.
O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco,
contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras
quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12
desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo,
linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e
coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de
fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados
sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o
Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e
inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.
Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de
Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário
de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio
imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078
línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores
forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a
nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam
falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso.
Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último
falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais
pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco.
(Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações)
37.	Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial ... (3º
parágrafo)
A expressão grifada acima estabelece relação de sentido com a afirmativa de que
a)	 Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação
comprometida, a construção foi cancelada.
b)	 Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos,
passados de geração em geração.
c)	 ... o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-
brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles...
d)	 ... muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam
ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.
e)	 Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas
falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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PONTUAÇÃO
BB – 2013
Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria
para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização.
O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais
era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 homens
partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se
fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda
como força dominante no comércio mundial.
Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a
consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da
Europa à Ásia. “O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da
Europa para fugir do isolamento”, diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de
Vermeer.
Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: “Mais gente aprendia novas
línguas e se ajustava a costumes desconhecidos”. O estímulo a esse movimento era o desejo
irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio
refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à
evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial
sob a forma de toneladas de prata).
Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito
de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem
econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia
de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande
potência empresarial do século XVII.
(Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012)
38.	(12205) - A Companhia das Índias Orientais – a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a)	 busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b)	 especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c)	 contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d)	 enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e)	 enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela Empresa.
Anotações
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FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas
Públicas – FCC – 2012
Somos seres tribais que dividem o mundo em dois grupos: o “nosso” e o “deles”. Nos últimos
40 anos surgiu vasta literatura científica para explicar por que razão somos tão tribais. Que
fatores em nosso passado evolutivo condicionaram a necessidade de armar coligações que não
encontram justificativa na civilização moderna?
Seres humanos são capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no
reino animal, porque viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. Agrupar-se foi
a necessidade mais premente para escapar de predadores, obter alimentos e construir abrigos
seguros para criar os filhos.
A própria complexidade do cérebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta às
solicitações da vida comunitária. Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas
vezes significou destruir outros. Quando grupos antagônicos competem por território e bens
materiais, a habilidade para formar coalizões confere vantagens logísticas capazes de assegurar
maior probabilidade de sobrevivência aos descendentes dos vencedores.
A contrapartida do altruísmo em relação aos “nossos” é a crueldade dirigida contra os “outros”.
Na violência intergrupal do passado remoto estão fincadas as raízes dos preconceitos atuais.
Para nos defendermos, criamos fronteiras que agrupam alguns e separam outros em obediência
a critérios de cor da pele, religião, nacionalidade, convicções políticas e até times de futebol.
Demarcada a linha divisória entre “nós” e “eles”, discriminamos os que estão do lado de lá. Às
vezes, com violência.
(Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptações)
39.	O emprego constante de aspas, como em “nós” e “eles”,
a)	 aponta aspectos do comportamento individual, que resultam da semelhança de convicções
políticas e religiosas.
b)	 assinala a permanência da colaboração entre os participantes de grupos sociais, ainda
necessária no mundo moderno, mesmo que haja divergências de opinião entre eles.
c)	 enfatiza a impossibilidade de haver relacionamento harmonioso entre os indivíduos,
principalmente em razão de escolhas pessoais diferenciadas.
d)	 estabelece relação direta com as situações abordadas, referentes à ligação com
determinados grupos ou ao afastamento social e afetivo deles.
e)	 busca identificar os diversos grupos sociais, a partir de características pessoais de seus
componentes e do comportamento coletivo.
BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012
40.	O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro
mártir da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal. (considerado o
primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a)	 citação fiel de outro autor.
b)	 comentário explicativo.
c)	 informação repetitiva.
d)	 retificação necessária.
e)	 enumeração de fatos
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Técnico Legislativo – FCC – 2012
41.	A tentativa de jogar a culpa por uma situação indesejada − de desastres naturais a guerras,
de crises econômicas a epidemias − nas costas de um único indivíduo ou grupo quase sempre
inocente é uma prática tão disseminada que alguns estudiosos a consideram essencial para
entender a vida em sociedade. Como é possível que explicações irracionais convençam tanta
gente, apesar da falta de evidências?
− de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − (1º parágrafo) O segmento
isolado por travessões
a)	 amplia o sentido da expressão anterior.
b)	 reproduz citação exata da opinião de estudiosos do assunto.
c)	 enfatiza a descrição de uma situação de calamidade.
d)	 insiste em uma informação já apresentada.
e)	 denota mudança no foco de interesse do parágrafo.
TEMPOS VERBAIS
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio
Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012
A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do
país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento,
conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a
região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de
explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos
sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em
prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria
cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é
conservacionismo também.
Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases
de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a
expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado,
quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos.
Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.”
(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)
42.	Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida
política socioambiental ... (1º parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica
a)	 restrição à afirmativa anterior.
b)	 condição da realização de um fato.
c)	 finalidade de uma ação futura.
d)	 tempo passado em correlação com outro.
e)	 hipótese passível de se realizar.
www.acasadoconcurseiro.com.br44
43.	Winston Churchill, primeiro-ministro que ...... a Inglaterra durante os conflitos da Segunda
Guerra Mundial, ...... mais do que todos que o país ...... os alemães.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a)	 conduzia - acredita - venceriam
b)	 conduziu - acreditou - venceria
c)	 conduz - acreditavam - venceria
d)	 conduziu - acreditaram - venceu
e)	 conduzira - acreditou - venceu
FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas
Públicas – FCC – 2012
44.	Pouco após chegar ao Brasil com a família real, em 1808, o piano já se tornara símbolo de status
e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato não acontecia.
...o piano já se tornara símbolo de status...
O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato
a)	 futuro em relação a outro já passado.
b)	 presente em relação a uma situação passada.
c)	 anterior ao momento da fala, mas não totalmente concluído.
d)	 passado em relação a outro fato também passado.
e)	 incerto, que pode ou não vir a ocorrer.
45.	No século 19, a elite das cidades ...... organizar saraus em suas casas, momentos em que as
moças, em sua maioria, ...... suas habilidades no piano, já que ainda não ...... aparelhos
eletrônicos.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:
a)	 costumava - demonstravam - havia
b)	 costumavam - demonstrava - haviam
c)	 costumava - demonstrava - haviam
d)	 costumavam - demonstravam - havia
e)	 costumava - demonstrava - havia
Anotações
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 45
BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012
A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância
para a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela
grande imprensa eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa
irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de
multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia
sido possível. Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os
correios e telégrafos, principais responsáveis pela distribuição dos jornais, assim como meio de
comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de jornais mantivessem
contato com os acontecimentos do momento.
Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira
década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio
dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de
várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas.
*prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa.
(Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138)
46.	Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira
década do século XX ...
O emprego dos tempos dos verbos grifados acima indica, respectivamente,
a)	 fato a se realizar no futuro e ação repetitiva no passado.
b)	 situação presente e ação habitual também no presente.
c)	 ação realizada no presente e situação passada, sob certa condição.
d)	 fato habitual, repetitivo, e desejo de que uma ação se realize.
e)	 tempo passado anterior a outro e ação contínua na época referida.
TCE-AP – Técnico de Controle Externo – FCC – 2012
47.	... que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter
posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. (2º parágrafo)
O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto,
a)	 fato pressuposto como verdadeiro já terminado.
b)	 ação que deverá ser tomada futuramente.
c)	 realização de uma ideia no futuro.
d)	 ação concluída no passado.
e)	 fato previsto e não concretizado.
www.acasadoconcurseiro.com.br46
NEXOS
METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC
A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens
sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni-
los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com
a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística
era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os
idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados
de geração em geração.
O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco,
contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras
quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12
desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo,
linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e
coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de
fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados
sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o
Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e
inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma.
Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de
Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário
de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio
imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078
línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores
forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a
nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam
falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso.
Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último
falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais
pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco.
(Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações)
48.	Por isso, caíram em desuso. (3º parágrafo)
A expressão grifada na frase acima
a)	 retoma as causas que resultaram na extinção de muitos falares indígenas e de idiomas
estrangeiros no Brasil.
b)	 faz a defesa de medidas restritivas a certos idiomas, tomadas em épocas diferentes por
autoridades de governo.
c)	 indica as condições em que ocorreu a extinção ou a diminuição do número de idiomas no
território brasileiro.
d)	 aponta consequências da dificuldade de entendimento entre falantes de línguas diferentes
num mesmo território.
e)	 salienta a finalidade principal da existência de múltiplas línguas, como garantia de
preservação da história de um povo.
TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 47
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio
Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012
A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do
país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento,
conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a
região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de
explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos
sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em
prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria
cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é
conservacionismo também.
Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases
de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a
expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado,
quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos.
Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.”
(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)
49.	... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo)
O segmento grifado acima denota
a)	 finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto.
b)	 ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior.
c)	 temporalidade necessária à concretização da ação prevista.
d)	 causa que justifica o posicionamento do pesquisador.
e)	 condição para a realização da hipótese anterior a ele.
COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO-METRÔ – Assistente Administrativo Júnior
– FCC – 2012
50.	Atente para os dois segmentos abaixo que compõem um período do último parágrafo do texto.
1. Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás,
2. é menos surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem
de grande potencial.
A relação que se estabelece entre ambos na frase permite concluir que o segmento
a)	 1 fundamenta o que se afirma em 2.
b)	 2 é causa do que se afirma em 1.
c)	 1 exprime a finalidade do que se afirma em 2.
d)	 2 estabelece uma condição para a realização do que se afirma em 1.
e)	 1 é uma ressalva ao que se afirma em 2.
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Adeus à caligrafia: fim dos exercícios de letra cursiva nas escolas americanas

  • 1. Interpretação de Texto e Redação Oficial Profª Maria Tereza
  • 2.
  • 3. www.acasadoconcurseiro.com.br Interpretação de Texto e Redação Oficial Professora: Maria Tereza
  • 4.
  • 5. www.acasadoconcurseiro.com.br ÚLTIMO EDITAL Compreensão e Interpretação de textos. Tipologia textual. Homônimos e parônimos. Redação Oficial.
  • 6.
  • 7. www.acasadoconcurseiro.com.br 7 Interpretação de Texto Leitura, análise e interpretação de texto. PROCEDIMENTOS 1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título; 2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, etc.); 3. leitura do enunciado. EXEMPLIFICANDO NOSSA CAIXA – ADVOGADO – 2011 – FCC Pós-11/9 Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”. Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade. A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua. (Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)
  • 8. www.acasadoconcurseiro.com.br8 1. Trata-se de uma crônica (observar fonte bibliográfica); o autor – Luis Fernando Verissimo – é um dos maiores cronistas (senão o maior) brasileiros. 2. O TÍTULO pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por meio dele, certas vezes, identifica-se a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar afirmações feitas em determinadas alternativas. No texto em questão, o título – Pós-11/9 –, somado à repetição da expressão na terceira linha do texto e ao uso de expressões coloquiais (“radicalíssima”, por exemplo), remete imediatamente o leitor ao gênero do texto que lerá: uma crônica baseada em fato ainda presente – a queda das Torres Gêmeas, nos EUA, em 11/9/01, a qual mudou o mundo ocidental tal como era conhecido. 3. Trata-se de uma CRÔNICA (linguagem predominantemente coloquial): fotografia do cotidiano, realizada pelo cronista que se apropria de um fato do dia a dia, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. 4. No ENUNCIADO, observa-se a presença da expressão “A tragédia de 11 de setembro” (totalidade), o que norteia a estratégia de apreensão das ideias. 5. Destaque das palavras-chave das alternativas/afirmativas (expressões substantivas e verbais). 6. Identificação das palavras-chave no texto. 7. Resposta correta = paráfrase mais completa do texto. 1. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor observa que ela a) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas. (preâmbulo / véspera da História). b) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais drásticas que as então vigentes. (revisão da política dos EUA). c) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de solidariedade. (cotidiano de Nova York). d) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo caminho. (seus cidadãos / permitem nações se repensarem no bom sentido / oportunidade do novo começo). e) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo. Anotações
  • 9. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 9 8. Identificação do “tópico frasal”: intenção textual percebida, geralmente, no 1º e 2º períodos do texto (IDEIA CENTRAL). SABESP-ANALISTA DE GESTÃO – 2012 – FCC EXEMPLIFICANDO Inferno e paraíso Por certo, existe o Carnaval. Mas a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha corresponde, em boa medida, a um preconceito, quando se tomam em comparação os padrões vigentes nas sociedades europeias, por exemplo. Já se a métrica for a realidade de países asiáticos, não há razão para tomar como especialmente infelizes as declarações do empresário taiwanês Terry Gou, presidente da Foxconn, a respeito da operosidade dos brasileiros. O Brasil – país em que a empresa de componentes eletrônicos planeja investir uma soma bilionária para fabricar telefones e tablets –, tem grande potencial, disse Terry Gou numa entrevista à TV taiwanesa. Mas os brasileiros “não trabalham tanto, pois estão num paraíso”, acrescentou o investidor. (Folha de S.Paulo. Editoriais. A2 opinião. Domingo, 26 de fevereiro de 2012. p. 2 – Adaptado) 2. No primeiro parágrafo, quando o autor a) vale-se da expressão Por certo, está tornando patente que a frase constitui uma resposta ao empresário taiwanês, que supostamente pôs em dúvida essa expressão cultural brasileira, o carnaval. b) emprega a expressão uma espécie de, está antecipando o detalhamento que fará do grupo a que pertence o Brasil em função de seus hábitos culturais. c) refere-se ao Carnaval, está apresentando um fato que poderia, em parte, ser tomado como justificativa para a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha. d) menciona um preconceito, está expressando seu entendimento de que a ideia de que o Brasil é uma espécie de paraíso onde pouco se trabalha é um prejulgamento absolutamente inaceitável. e) cita os padrões vigentes nas sociedades europeias, está remetendo a uma base de comparação que considera sinônimo de excelência. Anotações
  • 10. www.acasadoconcurseiro.com.br10 ERROS COMUNS EXTRAPOLAÇÃO Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural. REDUÇÃO É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de que o texto é um conjunto de ideias. EXEMPLIFICANDO SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014 A renovação do interesse pelas cidades marcou o início do novo século. O século XXI será um século urbano, quando mais pessoas viverão em cidades do que em qualquer outro tipo de formação espacial. Há o temor de que grande parte desse processo de urbanização se dê nas cidades do sul global, cidades que têm sido caracterizadas pelo hipercrescimento. Mas há muita discordância sobre como interpretar a paisagem urbana de hoje. De um lado, um discurso otimista vê as cidades como arenas de transformação social. De outro lado, alguns veem nelas o surgimento de formas fragmentadas e dispersas de cidadania urbana, constituídas por enclaves fechados e espaços exclusivos. (Adaptado de: ALSAYAD, Nezar; ROY, Ananya. Modernidade medieval: cidadania e urbanismo na era global. Trad. Joaquim Toledo Jr. Novos Estudos CEBRAP, n. 85, 2009) 3. No texto, afirma-se categoricamente que as cidades no século XXI serão áreas a) cujos habitantes se sentirão ameaçados. b) em que prevalecerão as práticas democráticas de cidadania. c) de transformação social. d) de grande aglomeração humana. e) constituídas por espaços públicos amplos e de fácil acesso. Comentário: a) EXTRAPOLAÇÃO: habitantes ameaçados > temor de hipercrescimento das cidades. b) EXTRAPOLAÇÃO: práticas democráticas de cidadania > arenas de transformação social. c) REDUÇÃO: de um lado [...] arenas de transformação social < áreas de transformação social. e) CONTRAPOSIÇÃO: espaços públicos amplos e de fácil acesso ≠ De eoutro lado [...] por enclaves fechados e espaços exclusivos. Anotações
  • 11. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 11 ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS 1. PALAVRAS DESCONHECIDAS = PARÁFRASES e CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA. Paráfrase = versão de um texto, geralmente mais extensa e explicativa, cujo objetivo é torná- lo mais fácil ao entendimento. Campo Semântico = conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de conhecimento. Exemplo:- Medicina: estetoscópio, cirurgia, esterilização, medicação, etc. EXEMPLIFICANDO BB – 2012 Adeus, caligrafia 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos. Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma “boa letra” – já dada como anacronismo. O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se, há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever. Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para meninos e a costura para as meninas. As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao processamento visual. Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou. Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a mão?” – indaga. O tempo dirá. (Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
  • 12. www.acasadoconcurseiro.com.br12 4. (12242) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em a) As lamúrias têm um precedente ilustre (l.06) = os lamentos têm um nobre antecedente. b) o currículo que desobriga os estudantes (l.03) = a grade escolar que sanciona os alunos. c) pagarão um certo custo cognitivo (l.19) = demandarão prejuízo da percepção. d) por meio da percussão de teclas (l.25) = na prática rítmica do teclado. e) implicações culturais da mudança (l.27) = inclusões da altercação cultural. SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014 Hermético e postiço, jargão incentiva ‘espírito de corpo’ Na maioria dos textos produzidos no universo corporativo, vê-se um registro muito particular da língua, nem sempre compreensível aos “não iniciados”. É o que se pode chamar de “jargão corporativo”, uma linguagem hoje dominada por grande quantidade de decalques do inglês − ou ingênuas traduções literais. O termo “jargão”, que em sua origem quer dizer “fala ininteligível”, guarda certa marca pejorativa, fruto de sua antiga associação ao pedantismo, ao uso da linguagem empolada. Embora os jargões sejam coisa muito antiga, foi nos séculos 19 e 20 que proliferaram na Europa, fruto de uma maior divisão do trabalho nas sociedades industriais. Na época, já figuravam entre as suas características o uso de termos de línguas estrangeiras como sinal de prestígio e o emprego de metáforas e eufemismos, exatamente como vemos hoje. Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético, como por seu viés pretensioso. A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para outros, revela traços de xenofobia. Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de impressionar os neófitos. (Adaptado de: CAMARGO, Thaís Nicoleti de. Caderno “Negócios e carreiras”, do jornal Folha de S. Paulo. São Paulo, 24 de março de 2013. p. 7) 5. No título e no último parágrafo, a autora aproxima intencionalmente, de modo criativo, as palavras “espírito” e “corpo”. No texto, a expressão “espírito de corpo” assume um sentido mais diretamente relacionado a agrupamentos que se constituem no universo a) da religião. b) do trabalho. c) da geografia. d) da medicina. e) do esporte. Anotações
  • 13. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 13 2. PALAVRAS DE CUNHO CATEGÓRICO NAS ALTERNATIVAS: •• advérbios e expressões totalizantes; •• expressões enfáticas; •• expressões restritivas. EXEMPLIFICANDO Advérbios e Expressões Totalizantes BB – 2012 Adeus, caligrafia 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. O anúncio do fim dos exercícios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas práticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos. Dezenas de escolas já adotaram o currículo que desobriga os estudantes de ter uma “boa letra” – já dada como anacronismo. O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se não de protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamúrias têm um precedente ilustre: “A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita e degrada a palavra, tornando-a um simples meio para o tráfego da comunicação”, queixou-se, há quase setenta anos, o filósofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o caráter do indivíduo”. Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever. Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos realizados recentemente, o adolescente daquele país manda e recebe todo mês cerca de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses novos hábitos – um dia também foi preciso tirar do currículo a marcenaria para meninos e a costura para as meninas. As crianças que deixarem de aprender letra cursiva (também já chamada de “letra de mão”) pagarão um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. A prática do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regiões ligadas ao processamento visual. Mas a substituição da escrita manual pela digitação não assusta o neurocientista Roberto Lent. “Não há grande diferença entre traduzir ideias em símbolos com movimentos cursivos ou por meio da percussão de teclas. Ambas são atividades motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma área do cérebro”, afirmou. Para ele, as implicações culturais da mudança são mais preocupantes do que as de fundo biológico. “Será interessante para a humanidade não saber mais escrever a mão?” – indaga. O tempo dirá. (Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74)
  • 14. www.acasadoconcurseiro.com.br14 6. (12228) Em relação ao progressivo abandono da escrita cursiva, as posições do filósofo Martin Heidegger e do neurocientista Roberto Lent a) são convergentes, pois ambos acreditam que o fim da prática de caligrafia implicará prejuízo para certas áreas neuronais. b) são antagônicas, pois o neurologista não vê, com o fim da caligrafia, qualquer prejuízo para as atividades culturais, como viu o filósofo. c) baseiam-se em ênfases distintas: um trata do reconhecimento autoral ameaçado, ao passo que o outro avalia as implicações biológicas. d) opõem-se diametralmente, já que o primeiro vê desvantagens exatamente onde o segundo reconhece tão somente efeitos positivos. e) aproximam-se bastante: há, em ambos, a suspeita de que a digitação trará sério retrocesso para as atividades culturais da humanidade. 7. (12240) Atente para as seguintes afirmações. I – Para Martin Heidegger, a escrita mecanizada acaba por constituir um canal impessoal de comunicação, ocultando aspectos reveladores da identidade do sujeito. II – O autor lembra que reformas curriculares ocorrem eventualmente, não sendo novidade a exclusão de atividades que deixam de ter justificativa como práticas escolares. III – Há consenso entre especialistas de várias áreas quanto aos ônus que o abandono da caligrafia trará para o desenvolvimento da nossa capacidade cognitiva. Em relação ao texto, está correto o que consta APENAS em a) I. b) II. c) III. d) II e III. e) I e II. Anotações
  • 15. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 15 Expressões enfáticas 8. (12231) Afirma-se que o anúncio do fim da caligrafia, ocorrido em Indiana, a) gerou protestos veementes do filósofo Martin Heidegger, que levantou argumentos contra a escrita mecanizada. (não contemporâneo) b) teve como efeito a exclusão da letra cursiva em boa parte das escolas norte-americanas. c) provocou uma reação crítica, anacrônica e injustificável por parte de quem vê como indispensável ter “boa letra”. d) repercutiu desfavoravelmente entre nós, em uma reação menos crítico-analítica do que emocional. e) granjeou sérios adversários, que passaram a alertar contra os riscos de uma degradação neurológica. TJ-RJ – 2013 Expressões restritivas Receita de casa Juro que entendo alguma coisa de arquitetura urbana, embora alguns pobres arquitetos profissionais achem que não. Assim vos direi que a primeira coisa a respeito de uma casa é que ela deve ter um porão, um bom porão com entrada pela frente e saída pelos fundos. Esse porão deve ser habitável porém inabitado; e ter alguns quartos sem iluminação alguma, onde se devem amontoar móveis antigos, quebrados, objetos desprezados e baús esquecidos. Deve ser o cemitério das coisas. Ali, sob os pés da família, como se fosse no subconsciente dos vivos, jazerão os leques, as cadeiras, as fantasias do carnaval do ano de 1920, as gravatas manchadas, os sapatos que outrora andaram em caminhos longe. (Adaptado de Rubem Braga, Casa dos Braga – Memórias de infância) 9. (12235) Depreende-se do texto que, para o autor, o porão é o espaço de uma casa a) destinado ao despejo de coisas inúteis, inexpressivas e sem vida, que nenhum membro da família vê sentido em preservar. b) caracterizado tanto pelo aspecto sombrio como pelos mais variados vestígios de um tempo morto, ali acumulados. c) reservado às vivas lembranças de uma época mais feliz, que a família faz absoluta questão de não esquecer. d) resguardado de qualquer vestígio do presente que possa macular a história solene dos antepassados, ali recolhida e administrada. e) esvaziado de sentido, tanto pelo fato de não ser funcional como por parecer um desses museus que a ninguém mais interessa visitar. Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente, é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo...
  • 16. www.acasadoconcurseiro.com.br16 EXEMPLIFICANDO TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014 Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos Anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecendo no mundo no momento em que o filme foi feito. Não no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em projeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer uma adequada distância de tempo e espaço. Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus piores problemas: desumanização, superpopulação, totalitarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realidade, mas imagina- se, sonha-se, cria-se outra realidade onde possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essencial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cinematográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades coletivas futuras. (Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um filme. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.) 10. Considere. I – Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, com distanciamento de tempo e espaço, questões controversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser aplicada para resolver os problemas da realidade. II – Parte do poder de convencimento da ficção científica deriva do fato de serem apresentados ao espectador objetos imaginários que, embora não existam na vida real, estão, de algum modo, conectados à realidade. III – A ficção científica extrapola os limites da realidade, mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredita-se que seja possível. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) II. e) III. Anotações
  • 17. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 17 AS QUESTÕES PROPOSTAS Compreensão do texto: resposta correta = paráfrase textual. e Inferência Observe a seguinte frase: A água voltou. Já podemos lavar a roupa. Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita: a) que a água voltou; b) que a roupa pode ser lavada. Ao utilizar a forma verbal “voltou” e o advérbio “já”, comunica também, de modo implícito, que havia faltado água e que havia roupa suja. INFERÊNCIA = ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura do texto, de certas palavras ou expressões contidas na frase. Enunciados = “Infere-se”, Deduz-se”, “Depreende-se”, etc. EXEMPLIFICANDO TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o
  • 18. www.acasadoconcurseiro.com.br18 bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 11. Depreende-se do texto que as sereias atingiam seus objetivos por meio de a) dissimulação. b) lisura. c) observação. d) condescendência. e) intolerância. EXTRATEXTUALIDADE A questão formulada por meio do texto encontra-se fora do universo textual, exigindo do aluno conhecimento mais amplo de mundo. EXEMPLIFICANDO TJ-RJ – 2012 A Era do Automóvel E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os descombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se tivesse visto um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo do esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na futura influência do Automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na corriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos baloiços e aos pôneis mansos? Ninguém! Absolutamente ninguém. [...] Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. [...] Ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano. (João do Rio. “A era do automóvel”. Crônicas. São Paulo: Companhia das Letras. 2005. p. 17-18)
  • 19. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 19 12. (12237) A afirmativa correta é a) a crônica aborda transformações decorrentes da chegada do automóvel às ruas do Rio de Janeiro. b) João do Rio mostra uma cidade multifacetada, dividida entre poderosos e humildes. c) a elegância dos hábitos da sociedade carioca da época é destaque no desenvolvimento do texto. d) a cronista se desencanta com as ruas malcuidadas da cidade, que impedem a circulação de veículos. e) a crônica é uma reportagem sobre os perigos do tráfego de automóveis nas ruas do Rio. TIPOLOGIA TEXTUAL Narração: modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. EXEMPLIFICANDO BB - 2012 13. (12252) Estão presentes características típicas de um discurso narrativo em I – Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da adoção progressiva das máquinas de escrever. II – A escrita mecanizada priva a mão da dignidade no domínio da palavra escrita. III – A escrita manual estimularia os processos de memorização e representação verbal. Atende ao enunciado APENAS o que consta em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. Anotações
  • 20. www.acasadoconcurseiro.com.br20 Descrição: é a modalidade na qual se apontam as características que compõem determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Usam-se adjetivos para tal. EXEMPLIFICANDO TRE-SP - 2012 Pela primeira vez, um estudo pretende demonstrar como as plantações de citros favorecem, ou não, a fauna de uma região. Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), campus de Sorocaba, mostra que pelo menos 50% das aves mais comuns na região vivem e se reproduzem em fragmentos de mata naturais, e não em áreas agrícolas e pomares. De acordo com o estudo, a possível redução das reservas previstas na proposta do novo Código Florestal pode levar ao desaparecimento de diversas espécies. O trabalho de campo para a pesquisa foi realizado na zona rural de Pilar do Sul, próxima a Sorocaba. A área é tomada por plantações de tangerinas, além de pastos e campos de produção de grãos. O objetivo da pesquisa era verificar se as espécies avaliadas poderiam usar as plantações de tangerina, que são culturas permanentes, como acréscimo ao seu hábitat natural − ou até substituí-lo. Segundo o estudo, das 122 espécies da amostra, 60 foram detectadas nas plantações e nos fragmentos florestais (áreas com vegetação nativa), e as demais somente nesses fragmentos, ou seja, 62 espécies não ocorrem nos pomares. “A mata nativa quase não existe mais e, por causa disso, muitas espécies desapareceram ou estão ameaçadas”, lamenta o pesquisador Marcelo Gonçalves Campolin. A pesquisa também chama a atenção para o novo Código Florestal, que prevê a redução de algumas áreas − hoje legalmente protegidas, como matas ciliares e topos de morros −, para serem utilizadas para a agropecuária. “Ficamos receosos de que as mudanças nas áreas protegidas possam ser terríveis para as aves e para outros animais, que vão perder ambientes naturais. E aquelas que não conseguem sobreviver nas plantações tendem a se tornar raras ou até mesmo a desaparecer”, prevê o professor. (José Maria Tomazela. O Estado de S. Paulo, Vida, A15, 26 de junho de 2011, com adaptações) 14. (12229) Considerando-se o desenvolvimento textual, afirma-se corretamente que a) no 2º parágrafo apresentam-se as razões que levaram à escolha do tipo de frutas no estudo proposto pelo pesquisador. b) o levantamento, no 3º parágrafo, das áreas nativas e das áreas cultivadas não apresenta relação com o número de espécies estudadas em cada uma dessas áreas. c) o 1º parágrafo apresenta, em resumo, o assunto que vai ser exposto nos demais, com conclusão expressa nas falas do responsável pela pesquisa. d) o texto é repetitivo, nada havendo de acréscimo às informações constantes do 1º parágrafo, que são retomadas nos seguintes. e) as conclusões apresentadas no final do texto mostram certa incoerência por não ter sido determinado com precisão o objetivo do estudo. Obs.: observe os trechos predominantemente descritivos ao longo do texto.
  • 21. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 21 Argumentação: modalidade na qual se expõem ideias e opiniões gerais, seguidas da apresentação de argumentos que as defendam e comprovem. EXEMPLIFICANDO TRE-SP – 2012 Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A idéia foi excelente, porque um artista inventa antes demais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes européias. Adoniran é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças necessárias de fora. Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção, alimentadas inclusive pelo terreno fértil das Escolas, se alia com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante. São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha caipira, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, o Triângulo, as Cantinas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar.” A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, na Casa Verde, na Avenida São João, na 23 de Maio, no Brás genérico, no recente metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira.” Adaptado de Antônio Cândido. Texos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213 15. (12256) No primeiro parágrafo, Antônio Cândido a) destaca a contribuição de Adoniran Barbosa para a comunidade italiana de São Paulo, na época em que a cidade era conhecida como terra da garoa. b) analisa o contexto histórico em que a obra de Adoniran Barbosa aflorou, emitindo opinião crítica sobre a cidade que a acolheu. c) contextualiza a obra de Adoniran Barbosa, expondo as características positivas e negativas da época em que o autor compunha. d) fornece alguns dados biográficos sobre Adoniran Barbosa e emite opiniões críticas favoráveis a respeito do compositor. e) critica João Rubinato por ter alterado o seu nome tipicamente brasileiro, embora reconheça que o pseudônimo escolhido tem maior força poética.
  • 22. www.acasadoconcurseiro.com.br22 Exposição: apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato. EXEMPLIFICANDO TRE-SP – 2012 O teatro de mamulengos, como a maioria das artes de bonecos, chegou ao Brasil, com os portugueses, sob a forma de presépio. Esse tipo de apresentação já era realizado na Europa desde a Idade Média, com o objetivo de difusão religiosa, característica que faz com que religião e teatro de bonecos se misturem desde a origem. Muita coisa mudou na arte do mamulengo, a começar pela duração dos espetáculos. Histórias e linguagem também variam bastante de um grupo para outro. Histórias são passadas de geração para geração, enquanto outras são criadas. Esse teatro tem como principal característica o improviso, e os espectadores participam dele o tempo todo, por isso o roteiro e o enredo não são fixos. Com o tempo se desenvolveram dentro da modalidade dois tipos de mamulengos. O rural é o mais tradicional, que conserva figuras alegóricas bíblicas, como a alma e o diabo, e cujo universo social reproduz os hábitos cotidianos, os valores culturais, os conflitos entre os humildes e as autoridades nas fazendas e povoados. Já o mamulengo urbano adota novas personagens e circunstâncias relacionadas à dinâmica das cidades e do tempo e mantém um enredo, embora não abra mão do improviso. (Conhecimento Prático Língua Portuguesa. São Paulo: escala educacional, n o 21, p. 46-49, com adaptações) 16. (12227) Fica evidente no texto que a) os roteiros do teatro de bonecos se mantêm tradicionalmente os mesmos, em razão da necessária participação do público em momentos específicos. b) o teatro de mamulengos, voltado para as histórias de um mundo rural, dificilmente consegue criar personagens e cenas citadinas. c) as situações bastante antigas de convívio social com base em aspectos religiosos, que caracterizavam os mamulengos, se alteraram em razão da urbanização. d) o elemento mais importante da arte dos mamulengos é a improvisação, marca de suas apresentações a um público participante. e) o teatro de mamulengos está deixando de despertar interesse devido à mudança de hábitos e de gosto de seu público tradicional. Anotações
  • 23. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 23 Injunção: indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. EXEMPLIFICANDO 17. Considere as afirmações. I – O texto verbal é, predominantemente, injuntivo. II – A segunda oração do texto verbal faz referência contrária a conhecido ditado popular, exigindo do leitor conhecimento prévio. III – O texto não verbal é dispensável, visto que não acrescenta informação. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. Anotações
  • 24. www.acasadoconcurseiro.com.br24 GÊNEROS TEXTUAIS EDITORIAL: texto opinativo/argumentativo, não assinado, no qual o autor (ou autores) não expressa a sua opinião, mas revela o ponto de vista da instituição. Geralmente, aborda assuntos bastante atuais. Busca traduzir a opinião pública acerca de determinado tema, dirigindo-se (explícita ou implicitamente) às autoridades, a fim de cobrar-lhes soluções. EXEMPLIFICANDO TST-2012 Cursos Os cursos universitários a distância costumavam ser malvistos na academia brasileira. Lutava-se contra a sua regulamentação, que só se deu em 1996. A má fama dessa modalidade em que o aluno se forma praticamente sem ir à universidade − já tão disseminada em países de educação de alto nível − persiste até hoje no Brasil. Em parte, pela resistência de uma turma aferrada à velha ideia de que ensino bom, só na sala de aula. Mas também pelo desconhecimento que ainda paira sobre esses cursos. Uma nova pesquisa, conduzida pela Fundação Victor Civita, retirou um conjunto deles dessa zona de sombra, produzindo um estudo que rastreou as fragilidades e o que dá certo e pode ser exemplar para os demais. Durante cinco meses, os especialistas analisaram os cursos de oito faculdades (públicas e particulares) que oferecem graduação a distância em pedagogia, a área que, de longe, atrai mais alunos. O retrato que emerge daí ajuda a desconstruir a visão de que esses cursos fornecem educação superior de segunda classe. Em alguns casos, eles já chegam a ombrear com tradicionais ilhas de excelência. Mas, no geral, resta muito que avançar. À luz das boas experiências, não há dúvida sobre os caminhos que elevam o nível. Os melhores cursos souberam implementar o mais básico. “Não dá para deixar o aluno por si só o tempo inteiro. É preciso fazer uso constante da tecnologia para conectá-lo ao professor”, alerta a doutora em educação Elizabeth Almeida, coordenadora da pesquisa. Isso significa, por exemplo, usar a internet para envolver os estudantes em debates liderados por um mestre que, se bem treinado, pode alçar a turma a um novo patamar. Outra fragilidade brasileira diz respeito ao tutor, profissional que deve guiar os estudantes nos desafios intelectuais. Muitos aqui não estão preparados para a função, como enfatiza a pesquisa. Os casos bem-sucedidos indicam ainda a relevância de o aluno não ir à faculdade apenas para fazer prova ou assistir a aulas esporádicas nas telessalas, como é usual. Ele precisa ser também incentivado a visitar à vontade a biblioteca e os laboratórios. No Brasil, até uma década atrás, os cursos de graduação a distância estavam em instituições pequenas e pouco conhecidas. Hoje, esparramaram-se pelas grandes e vão absorver quase um terço dos universitários até 2015. São números que reforçam a premência da busca pela excelência. (Adaptado de VEJA. ano 45, n. 31, 1o de agosto de 2012. p. 114) 18. (12202) Os cursos de graduação a distância bem-sucedidos a) priorizam o bom relacionamento dos alunos com os colegas, por meio de atividades lúdicas mediadas pela tecnologia, como bate-papos virtuais.
  • 25. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 25 b) incentivam os alunos a usar a internet o máximo de tempo possível, desde que sob a supervisão do professor. c) procuram despertar no aluno o desejo de frequentar outras instalações importantes para os estudos, além das telessalas. d) promovem a autonomia do aluno, deixando-o livre para frequentar a telessala apenas nos momentos em que estiver verdadeiramente concentrado. e) contam com avaliações virtuais frequentes, por meio das quais o professor pode fornecer ao aluno um retorno imediato de seu progresso. ARTIGOS: são os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é da inteira responsabilidade de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor. EXEMPLIFICANDO TRF-2ª REGIÃO – 2012 O Brasil é um país de preguiçosos. A pequena parcela da população com disposição de calçar um par de tênis para se exercitar é formada majoritariamente por homens jovens e com alto poder aquisitivo. O futebol é, disparado, o esporte mais praticado, seguido por corrida e caminhada. Essas são as principais conclusões da maior pesquisa já feita sobre os hábitos esportivos dos brasileiros. Os resultados preocupam. É indiscutível que a prática de esportes, associada a uma alimentação regrada, está diretamente ligada a uma vida mais saudável. A pesquisa traçou ainda um mapa da prática de esportes no Brasil. Poder aquisitivo e questões culturais explicam as modalidades favoritas de cada região. Porto Alegre e Florianópolis, locais de alto padrão de renda, são as cidades em que a população mais se exercita. Já Recife é a capital do sedentarismo. Pelos mesmos motivos, os brasileiros se mexem mais do que habitantes de países pobres da América Latina, África e Ásia. Mas bem menos do que europeus, japoneses e americanos. O Rio de Janeiro, com suas praias e a tradição de seus times, é a capital do futebol. Brasília, plana e cheia de parques, é onde mais se corre. A saúde aparece como o principal motivo para a procura por atividades físicas. No ranking da Organização Mundial de Saúde dos principais fatores de risco para as causas mais comuns de morte, como infarto e derrame, o sedentarismo figura na quarta posição, atrás apenas de diabetes, tabagismo e hipertensão. “O corpo humano foi feito para se mexer”, diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. “Em movimento constante, nosso organismo realiza melhor todas as suas funções. Parado, adoece.” (Otávio Cabral e Giuliana Bergamo. Veja, 28 de setembro de 2011, p. 103-104, com adaptações) 19. (12212) Os mesmos motivos para a prática de exercícios físicos, referidos no 2º parágrafo, são a) alimentação regrada e hábitos esportivos. b) sedentarismo e modalidades favoritas. c) praias e tradição dos times de futebol. d) poder aquisitivo e questões culturais. e) parques e existência de áreas planas.
  • 26. www.acasadoconcurseiro.com.br26 NOTÍCIAS: são autorais, apesar de nem sempre serem assinadas. Seu objetivo é tão somente o de informar, não o de convencer. EXEMPLIFICANDO Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Desenvolvimento sustentável foi um termo utilizado pela primeira vez em 1987, como resultado da Assembleia Geral das Nações Unidas, e definido como aquele que “atende as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas”. Trata-se, portanto, de uma nova visão de mundo com implicação direta nas relações político- sociais, econômicas, culturais e ecológicas, ao integrar em um mesmo processo o equilíbrio entre as dimensões econômicas, sociais e ambientais. Diz respeito à necessidade de revisar e redefinir meios de produção e padrões de consumo vigentes, de tal modo que o crescimento econômico não seja alcançado a qualquer preço, mas considerando-se os impactos e a geração de valores sociais e ambientais decorrentes da atuação humana. (Adaptado de: http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3912,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28665) 20. (12211) O sentido do Texto está corretamente exposto em a) sistema econômico sustentável, como propôs em 1987 a Assembleia das Nações Unidas, não condiz com uma visão moderna dos padrões de consumo vigentes. b) Tentar diminuir os atuais padrões de consumo será o melhor caminho para se chegar a um real desenvolvimento econômico, de acordo com a proposta das Nações Unidas. c) Só será possível atender as necessidades futuras com um real crescimento econômico de todos os meios de produção, independentemente dos atuais padrões de consumo. d) O conceito de sustentabilidade é relativamente datado, pois o crescimento econômico ampliou a necessidade da interferência humana na exploração do meio ambiente. e) Desenvolvimento sustentável é aquele em que há equilíbrio entre meios de produção e padrões de consumo vigentes, ao lado de uma preocupação ecológica, de preservação ambiental. Anotações
  • 27. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 27 CRÔNICA: fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente coloquial. EXEMPLIFICANDO SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014 “O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade. Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio. Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste, mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser recuperado. (Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013) 21. No texto, o autor a) contrapõe o amor à amizade, em defesa desta. b) lamenta que antigos amantes não possam mais ser amigos. c) admite nutrir a expectativa de recuperar um antigo amor. d) constata que o passado é irrecuperável. e) critica o caráter insondável das relações interpessoais. BREVE ENSAIO: é autoral; trata-se de texto opinativo/argumentativo, assinado, no qual o autor expressa a sua opinião. Geralmente, aborda assuntos universais. EXEMPLIFICANDO TRT 6ª REGIÃO PE – 2012 Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela;
  • 28. www.acasadoconcurseiro.com.br28 Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros. A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”. (Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124- 25) 22. (12215) Atente para as afirmações abaixo. I – O autor sugere que se rememore a descrição da Inveja feita por Ovídio com base no fato de que antes dele nenhum autor de tamanha magnitude havia descrito esse sentimento de maneira inteligível. II – A importância do mito de Aglauros deriva do fato de que, a partir dele, se explica de maneira coerente e lógica a origem de um dos males da personalidade humana. III – Ao personificar a Inveja, Ovídio a descreve como alguém acometido por ressentimentos e condenado à infelicidade, na medida em que não tolera a alegria de outrem a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I. e) III. PEÇA PUBLICITÁRIA: a propaganda é um modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política, visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação. A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal de influenciar uma audiência. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente (possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação apresentada. Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando elementos não verbais para reforçar a mensagem. CHARGE: é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
  • 29. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 29 CHARGE CARTUM QUADRINHOS: hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades. Anotações
  • 30. www.acasadoconcurseiro.com.br30 TEXTO LITERÁRIO EXEMPLIFICANDO SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014 A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 23. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é a) fresta. b) marca. c) alma. d) solidão. e) penumbra. SEMÂNTICA SINONÍMIA E ANTONÍMIA Sinônimos: palavras que possuem significados iguais ou semelhantes. Porém os sinônimos podem ser •• perfeitos: significado absolutamente igual, o que não é muito frequente. Ex.: morte = falecimento / idoso = ancião •• imperfeitos: o significado das palavras é apenas semelhante. Ex.: belo~formoso/ adorar~amar / fobia~receio Antônimos: palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de um prefixo de sentido oposto ou negativo. Exemplos: mal x bem fraco x forte subir x descer possível x impossível simpático x antipático
  • 31. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 31 EXEMPLIFICANDO SABESP – CONTROLADOR DE SISTEMAS – FCC – 2014 “O amor acaba”, disse Paulo Mendes Campos, em sua crônica mais bonita; só não disse o que fica no lugar. É na esperança, talvez, de entender essa estranha melancolia, esse vazio preenchido por boas lembranças e algumas cicatrizes, que a encontro a cada ano ou dois. Marcamos um almoço num dia de semana. Falamos do passado, mas não muito. Falamos do presente, mas não muito. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade. Dois velhos amigos, quando se reveem, voltam no ato para o território comum de sua amizade. Reconstroem o pátio da escola, o prédio em que moraram − e o adentram. Para antigos amantes, no entanto, é impossível restabelecer o elo, o elo morreu com o amor, era o amor. O que sobra é feito um cômodo dentro da gente, cheio de objetos valiosos, porém trancado. Sentimos saudades do que está ali dentro, mas não podemos nem queremos entrar. Como disse um grego que viveu e amou há 2.500 anos: não somos mais aquelas pessoas nem é mais o mesmo aquele rio. Uma vez vi um filme em que alguém declarava: “Se duas pessoas que um dia se amaram não puderem ser amigas, então o mundo é um lugar muito triste”. O mundo é um lugar triste, mas não porque antigos amantes não podem ser amigos: sim porque o passado não pode ser recuperado. (Adaptado de: PRATA, Antonio. Folha de S.Paulo, 20/02/2013) 24. Há uma vontade genuína de se aproximar e o tácito reconhecimento dessa impossibilidade. (1º parágrafo) Considerando-se o contexto, os termos grifados acima podem ser corretamente substituídos, na ordem dada, por a) crescente − silencioso b) verdadeira − nefasto c) legítima − implícito d) real − ilusório e) sincera − sombrio Anotações
  • 32. www.acasadoconcurseiro.com.br32 TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo. Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 25. O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4º parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substituindo-se o elemento grifado por a) inatingível. b) intacto. c) inativo. d) impalpável. e) insolente. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO Denotação: significação objetiva da palavra – valor referencial; é a palavra em “estado de dicionário“. Conotação: significação subjetiva da palavra; ocorre quando a palavra evoca outras realidades devido às associações que ela provoca.
  • 33. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 33 EXEMPLIFICANDO SABESP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC – 2014 A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 26. No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é a) menino. b) chão. c) testa. d) penumbra. e) tenda. TRF3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC – 2014 O canto das sereias é uma imagem que remonta às mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama é comum. As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Mediterrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraídos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes. Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia. Quando a embarcação na qual ele navegava entrou inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma música ainda mais sublime do que aquela que vinha da ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo. A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e corajoso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos seus inescapáveis limites humanos. Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e ordenou que o amarrassem ao mastro central do navio. O surpreendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de não soltá-lo até que estivessem longe da zona de perigo.
  • 34. www.acasadoconcurseiro.com.br34 Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante do herói era clara: a falsa promessa de gratificação imediata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em sua própria alma. (Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Autoengano. São Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK) 27. Há no texto a) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, cujo talento musical causava inveja ao primeiro. b) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu. c) crítica à forma pouco original com que Orfeu decide enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses. d) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia quase lhe custou seu projeto de vida. e) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles. 28. Doce o caminho, amargo o fim. (3º parágrafo) A frase acima a) contrapõe a natureza singela das sereias à violência do mar. b) assinala a vitória de Ulisses sobre o poder mágico das sereias. c) descreve a principal consequência do confronto entre Ulisses e as sereias. d) introduz a razão pela qual Orfeu venceu o embate contra as sereias. e) sintetiza o percurso dos navegantes quando eram seduzidos pelas sereias. PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS Parônimos – palavras que são muito parecidas na escrita ou na pronúncia, porém apresentam significados diferentes. •• Ao encontro de (a favor) / De encontro a (contra) •• Ao invés de (oposto) / Em vez de (no lugar de) ALGUNS OUTROS EXEMPLOS absolver (perdoar, inocentar) absorver (asprirar, sorver) apóstrofe (figura de linguagem) apóstrofo (sinal gráfico) aprender (tomar conhecimento) apreender (capturar, assimilar) arrear (pôr arreios) arriar (descer, cair) ascensão (subida) assunção (elevação a um cargo) bebedor (aquele que bebe) bebedouro (local onde se bebe) cavaleiro (que cavalga) cavalheiro (homem gentil)
  • 35. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 35 comprimento (extensão) cumprimento (saudação) deferir (atender) diferir (distinguir-se, divergir) delatar (denunciar) dilatar (alargar) descrição (ato de descrever) discrição (reserva, prudência) descriminar (tirar a culpa) discriminar (distinguir) despensa (local onde se guardam mantimentos) dispensa (ato de dispensar) docente (relativo a professores) discente (relativo a alunos) emigrar (deixar um país) imigrar (entrar num país) eminência (elevado) iminência (qualidade do que está iminente) eminente (elevado) iminente (prestes a ocorrer) esbaforido (ofegante, apressado) espavorido (apavorado) estada (permanência em um lugar) estadia (permanência temporária em um lugar) flagrante (evidente) fragrante (perfumado) fluir (transcorrer, decorrer) fruir (desfrutar) fusível (aquilo que funde) fuzil (arma de fogo) imergir (afundar) emergir (vir à tona) inflação (alta dos preços) infração (violação) infligir (aplicar pena) infringir (violar, desrespeitar) mandado (ordem judicial) mandato (procuração) peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos) pião (tipo de brinquedo) precedente (que vem antes) procedente (proveniente; que tem fundamento) ratificar (confirmar) retificar (corrigir) recrear (divertir) recriar (criar novamente) soar (produzir som) suar (transpirar) sortir (abastecer, misturar) surtir (produzir efeito) sustar (suspender) suster (sustentar) tráfego (trânsito) tráfico (comércio ilegal) vadear (atravessar a vau) vadiar (andar ociosamente) Homônimos – palavras que são iguais na escrita e/ou na pronúncia, porém têm significados diferentes. Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticas na escrita e na pronúncia. São Jorge / São várias as causas / Homem são
  • 36. www.acasadoconcurseiro.com.br36 Homônimos homógrafos têm a mesma escrita, porém diferente pronúncia na abertura da vogal tônica “o” / “e”. O molho / Eu molho A colher / Vou colher Homônimos homófonos têm a mesma pronúncia, mas escrita diferente. Apreçar = combinar o preço de / Apressar = tornar mais rápido Acender = pôr fogo / Ascender = subir ALGUNS OUTROS EXEMPLOS Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se assenta Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante Caçar Perseguir a caça Cassar Anular Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção Cela Pequeno aposento Sela Arreio de cavalgadura Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas Censo Recenseamento Senso Juízo claro Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar Cerrar Fechar Serrar Cortar Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico Círio Vela grande de cera Sírio da Síria Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído Incipiente Principiante Insipiente Ignorante Intenção ou tenção Propósito Intensão ou tensão Intensidade Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se cortam Laço Laçada Lasso Cansado Maça Clava Massa Pasta Paço Palácio Passo Passada Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia Cesta Recipiente de vime, palha ou outro material trançado Sexta Dia da semana; numeral ordinal (fem.) Cessão = doação, anuência Se(c)cão = divisão, setor, departamento Sessão = reunião
  • 37. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 37 EXEMPLIFICANDO 29. Assinale a alternativa correta, considerando que à direita de cada palavra há uma expressão sinônima. a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) c) delatar = expandir; dilatar = denunciar d) deferir = diferenciar; diferir = conceder e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação 30. Indique a alternativa na qual as palavras completam corretamente os espaços das frases abaixo. Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez. / Hoje são muitos os governos que passaram a combater com rigor o ______ de entorpecentes. / O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos. a) discriminar – tráfico – infligiu b) discriminar – tráfico – infringiu c) descriminar – tráfego – infringiu d) descriminar – tráfego – infligiu e) descriminar – tráfico – infringiu 31. Leia as frases abaixo. 1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi. 2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. 3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor. 4 – ___________ dias que não falo com Zambeli. Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes. a) concerto – há – a – cessões – Há. b) conserto – a – há – sessões – Há. c) concerto – a – há – seções – A. d) concerto – a – há – sessões – Há. e) conserto – há – a – sessões – A. Anotações
  • 38. www.acasadoconcurseiro.com.br38 32. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau). “Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia. a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais d) mal – mau – mas – mas e) mau – mau – mas – mais 33. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses. a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas). b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos. (imergiu-emergiu). c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou). d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava). e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso). 34. Verifique quais dos homônimos homófonos entre parênteses completam, correta e respectivamente, os espaços nas orações abaixo. I – Seu ___________ de humor é ótimo! (censo/senso) II – Os __________ ficaram decepcionados com o desfecho da peça de teatro. (espectadores/ expectadores) III – Não gosto de perfumes com __________ de alfazema. (estrato/ extrato) Assinale a alternativa que traz a sequência correta. a) senso – expectadores – extrato b) senso – espectadores – estrato c) censo – expectadores – estrato d) senso – espectadores – extrato e) censo – espectadores – extrato COMPREENSÃO GRAMATICAL DO TEXTO PRONOMINALIZAÇÃO MPE-RS – Analista do Ministério Público Estadual - Suporte Técnico - Tecnologia da Informação – FCC – 2012 Não há dúvida de que o preconceito contra a mulher é forte no Brasil e que cabe ao poder público tomar medidas para reduzi-lo. Pergunto-me, porém, se faz sentido esperar uma situação de total isonomia entre os gêneros, como parecem querer os discursos dos políticos. Nos anos 60 e 70, acreditava-se que as diferenças de comportamento entre os sexos eram fruto de educação ou de discriminação. Quando isso fosse resolvido, surgiria o equilíbrio. Não foi, porém, o que ocorreu, como mostra Susan Pinker, em “The Sexual Paradox”. Para ela, não se
  • 39. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 39 pode mais negar que há diferenças biológicas entre machos e fêmeas. Elas se materializam estatisticamente (e não deterministicamente) em gostos e aptidões e, portanto, na opção por profissões e regimes de trabalho. 35. Quando isso fosse resolvido ... (2º parágrafo) O pronome grifado acima substitui corretamente, considerando-se o contexto, a) as diferenças de comportamento entre homens e mulheres. b) os problemas referentes à educação e à discriminação contra mulheres. c) as medidas governamentais para reduzir o preconceito contra as mulheres. d) o equilíbrio entre os sexos a partir das opções por profissões e regimes de trabalho. e) o cálculo estatístico quanto às preferências femininas por determinadas profissões. TJ-RJ – 2012 Manuel Bandeira publicou diversos textos durante o “mês modernista”, espaço aberto para o movimento no jornal carioca A Noite, em dezembro de 1925. O poeta era então assíduo frequentador do restaurante Reis, no velho centro do Rio. Eram dias de vida boêmia, e, apesar de todo o resguardo que tocava a um “tísico profissional”, Bandeira descia do morro do Curvelo ao sorvedouro da Lapa e vizinhanças, à vida pobre e corriqueira aos pés da Glória, onde a poesia se mesclava a um pouco de tudo. O poeta já não é o ser exclusivamente voltado para si mesmo, na busca da expressão da pura subjetividade, mas antes um sujeito que se abre ao mundo. Uma tal atitude, cheia de consequências para a poesia brasileira, tinha enormes implicações. Implicava algo geral e, ao mesmo tempo, muito particular: uma abertura maior da vida do espírito para a realidade de um país largamente desconhecido de si mesmo e para a novidade de fatos palpáveis da existência material de todo dia, tal como afloravam chocantes no espaço modernizado das cidades. A fratura da antiga convenção poética coincidia com a brecha do novo, por onde os fatos do dia penetravam no universo da arte, exigindo um tratamento artístico igualmente renovado. (Adaptado de Davi Arrigucci. Humildade, paixão e morte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. p.92-93) 36. (12248) A atitude a que o autor se refere no início do 2º parágrafo é a de a) desvendar os mistérios da existência por meio da poesia. b) buscar matéria poética nos fatos triviais do cotidiano. c) encontrar inspiração para o fazer artístico nos sentimentos pessoais. d) cultivar a vida boêmia como fonte de inspiração para o fazer poético. e) recorrer à criação poética para escapar das agruras do cotidiano. Anotações
  • 40. www.acasadoconcurseiro.com.br40 METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni- los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração. O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco, contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12 desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo, linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma. Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078 línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso. Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco. (Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações) 37. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial ... (3º parágrafo) A expressão grifada acima estabelece relação de sentido com a afirmativa de que a) Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. b) Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração. c) ... o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro- brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles... d) ... muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma. e) Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo.
  • 41. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 41 PONTUAÇÃO BB – 2013 Ao longo do século XVII, a Holanda foi um dos dois motores de um fenômeno que transformaria para sempre a natureza das relações internacionais: a primeira onda da chamada globalização. O outro motor daquela era de florescimento extraordinário das trocas comerciais e culturais era um império do outro lado do planeta − a China. Só na década de 1650, 40.000 homens partiram dos portos holandeses rumo ao Oriente, em busca dos produtos cobiçados que se fabricavam por lá. Mas a derrota em uma guerra contra a França encerrou os dias da Holanda como força dominante no comércio mundial. Se o século XVI havia sido marcado pelas grandes descobertas, o seguinte testemunhou a consequência maior delas: o estabelecimento de um poderoso cinturão de comércio que ia da Europa à Ásia. “O sonho de chegar à China é o fio imaginário que percorre a história da luta da Europa para fugir do isolamento”, diz o escritor canadense Timothy Brook, no livro O chapéu de Vermeer. Isso determinou mudanças de comportamento e de valores: “Mais gente aprendia novas línguas e se ajustava a costumes desconhecidos”. O estímulo a esse movimento era o desejo irreprimível dos ocidentais de consumir as riquezas produzidas no Oriente. A princípio refratários ao comércio com o exterior, os governantes chineses acabaram rendendo-se à evidência de que o comércio significava a injeção de riqueza na economia local (em especial sob a forma de toneladas de prata). Sob vários aspectos, a China e a Holanda do século XVII eram a tradução de um mesmo espírito de liberdade comercial. Mas deveu-se só à Holanda a invenção da pioneira engrenagem econômica transnacional. A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas. Beneficiando-se dos baixos impostos e da flexibilidade administrativa, ela tornou-se a grande potência empresarial do século XVII. (Adaptado de: Marcelo Marthe. Veja, p. 136-137, 29 ago. 2012) 38. (12205) - A Companhia das Índias Orientais – a primeira grande companhia de ações do mundo, criada em 1602 – foi a mãe das multinacionais contemporâneas. O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio. b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio. c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada. d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa. e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela Empresa. Anotações
  • 42. www.acasadoconcurseiro.com.br42 FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas Públicas – FCC – 2012 Somos seres tribais que dividem o mundo em dois grupos: o “nosso” e o “deles”. Nos últimos 40 anos surgiu vasta literatura científica para explicar por que razão somos tão tribais. Que fatores em nosso passado evolutivo condicionaram a necessidade de armar coligações que não encontram justificativa na civilização moderna? Seres humanos são capazes de colaborar uns com os outros numa escala desconhecida no reino animal, porque viver em grupo foi essencial à adaptação de nossa espécie. Agrupar-se foi a necessidade mais premente para escapar de predadores, obter alimentos e construir abrigos seguros para criar os filhos. A própria complexidade do cérebro humano evoluiu, pelo menos em parte, em resposta às solicitações da vida comunitária. Pertencer a um agrupamento social, no entanto, muitas vezes significou destruir outros. Quando grupos antagônicos competem por território e bens materiais, a habilidade para formar coalizões confere vantagens logísticas capazes de assegurar maior probabilidade de sobrevivência aos descendentes dos vencedores. A contrapartida do altruísmo em relação aos “nossos” é a crueldade dirigida contra os “outros”. Na violência intergrupal do passado remoto estão fincadas as raízes dos preconceitos atuais. Para nos defendermos, criamos fronteiras que agrupam alguns e separam outros em obediência a critérios de cor da pele, religião, nacionalidade, convicções políticas e até times de futebol. Demarcada a linha divisória entre “nós” e “eles”, discriminamos os que estão do lado de lá. Às vezes, com violência. (Drauzio Varella. Folha de S. Paulo, E12 Ilustrada, 30 de junho de 2012, com adaptações) 39. O emprego constante de aspas, como em “nós” e “eles”, a) aponta aspectos do comportamento individual, que resultam da semelhança de convicções políticas e religiosas. b) assinala a permanência da colaboração entre os participantes de grupos sociais, ainda necessária no mundo moderno, mesmo que haja divergências de opinião entre eles. c) enfatiza a impossibilidade de haver relacionamento harmonioso entre os indivíduos, principalmente em razão de escolhas pessoais diferenciadas. d) estabelece relação direta com as situações abordadas, referentes à ligação com determinados grupos ou ao afastamento social e afetivo deles. e) busca identificar os diversos grupos sociais, a partir de características pessoais de seus componentes e do comportamento coletivo. BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012 40. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal. (considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam a) citação fiel de outro autor. b) comentário explicativo. c) informação repetitiva. d) retificação necessária. e) enumeração de fatos
  • 43. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 43 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO – Técnico Legislativo – FCC – 2012 41. A tentativa de jogar a culpa por uma situação indesejada − de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − nas costas de um único indivíduo ou grupo quase sempre inocente é uma prática tão disseminada que alguns estudiosos a consideram essencial para entender a vida em sociedade. Como é possível que explicações irracionais convençam tanta gente, apesar da falta de evidências? − de desastres naturais a guerras, de crises econômicas a epidemias − (1º parágrafo) O segmento isolado por travessões a) amplia o sentido da expressão anterior. b) reproduz citação exata da opinião de estudiosos do assunto. c) enfatiza a descrição de uma situação de calamidade. d) insiste em uma informação já apresentada. e) denota mudança no foco de interesse do parágrafo. TEMPOS VERBAIS TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012 A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também. Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.” (Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46) 42. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental ... (1º parágrafo) O emprego da forma verbal grifada na frase acima indica a) restrição à afirmativa anterior. b) condição da realização de um fato. c) finalidade de uma ação futura. d) tempo passado em correlação com outro. e) hipótese passível de se realizar.
  • 44. www.acasadoconcurseiro.com.br44 43. Winston Churchill, primeiro-ministro que ...... a Inglaterra durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial, ...... mais do que todos que o país ...... os alemães. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, a) conduzia - acredita - venceriam b) conduziu - acreditou - venceria c) conduz - acreditavam - venceria d) conduziu - acreditaram - venceu e) conduzira - acreditou - venceu FUNDAÇÃO PAULISTANA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – Assistente de Gestão de Políticas Públicas – FCC – 2012 44. Pouco após chegar ao Brasil com a família real, em 1808, o piano já se tornara símbolo de status e de sintonia com uma forma mais culta de vida, mesmo quando essa de fato não acontecia. ...o piano já se tornara símbolo de status... O tempo verbal empregado na frase acima exprime um fato a) futuro em relação a outro já passado. b) presente em relação a uma situação passada. c) anterior ao momento da fala, mas não totalmente concluído. d) passado em relação a outro fato também passado. e) incerto, que pode ou não vir a ocorrer. 45. No século 19, a elite das cidades ...... organizar saraus em suas casas, momentos em que as moças, em sua maioria, ...... suas habilidades no piano, já que ainda não ...... aparelhos eletrônicos. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: a) costumava - demonstravam - havia b) costumavam - demonstrava - haviam c) costumava - demonstrava - haviam d) costumavam - demonstravam - havia e) costumava - demonstrava - havia Anotações
  • 45. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 45 BB – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – FCC – 2012 A mecanização dos meios de comunicação e da impressão foi de fundamental importância para a expansão da imprensa no início do século XX. Os novos prelos (*) utilizados pela grande imprensa eram comemorados em pequenos comentários dos semanários de narrativa irreverente paulistana. Surgiam as Marionis e outras tantas marcas de prelos, capazes de multiplicar os exemplares e combinar textos e imagens como, durante o século XIX, nunca havia sido possível. Aliados à maior capacidade de produção, impressão e composição estavam os correios e telégrafos, principais responsáveis pela distribuição dos jornais, assim como meio de comunicação fundamental para que leitores e os próprios produtores de jornais mantivessem contato com os acontecimentos do momento. Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX em pequenas notas e comentários críticos dos jornais satíricos, por meio dos correios se faziam entregas em locais distantes do interior paulista, recebiam-se jornais de várias partes do mundo e correspondências de leitores e colaboradores das folhas. *prelo − aparelho manual ou mecânico que serve para imprimir; máquina impressora, prensa. (Paula Ester Janovitch. Preso por trocadilho. São Paulo: Alameda, 2006. p.137-138) 46. Apesar de sua péssima fama, que atravessara o século XIX e permanecia ao longo da primeira década do século XX ... O emprego dos tempos dos verbos grifados acima indica, respectivamente, a) fato a se realizar no futuro e ação repetitiva no passado. b) situação presente e ação habitual também no presente. c) ação realizada no presente e situação passada, sob certa condição. d) fato habitual, repetitivo, e desejo de que uma ação se realize. e) tempo passado anterior a outro e ação contínua na época referida. TCE-AP – Técnico de Controle Externo – FCC – 2012 47. ... que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. (2º parágrafo) O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto, a) fato pressuposto como verdadeiro já terminado. b) ação que deverá ser tomada futuramente. c) realização de uma ideia no futuro. d) ação concluída no passado. e) fato previsto e não concretizado.
  • 46. www.acasadoconcurseiro.com.br46 NEXOS METRÔ-SP – AGENTE DE SEGURANÇA – 2011 – FCC A narrativa bíblica da Torre de Babel conta que Deus se enfureceu ao notar que os homens sonhavam com o reino dos céus e construíam uma torre para alcançá-lo. Resolveu, então, puni- los por sua arrogância. Logo, cada um dos homens começou a falar uma língua diferente e, com a comunicação comprometida, a construção foi cancelada. Se na Bíblia a pluralidade linguística era uma condenação, para a história é uma bênção, pois mostra a riqueza da humanidade. Os idiomas guardam a alma de um povo, sua história, seus costumes e conhecimentos, passados de geração em geração. O Atlas das línguas do mundo em perigo de desaparecer 2009, divulgado pela Unesco, contempla a situação de 155 países e divide os idiomas na categoria extinta e em outras quatro de risco. Ele apresenta a situação de 190 línguas brasileiras, todas indígenas. Dessas, 12 desapareceram e as demais estão em risco. Segundo o americano Denny Moore, antropólogo, linguista colaborador do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e coordenador da área de linguística do Museu Emílio Goeldi, em Belém, o documento deixou de fora os dialetos de descendentes de imigrantes e de grupos afro-brasileiros por falta de dados sistematizados sobre eles − estima-se que sejam 20 línguas. Para ele, as informações sobre o Brasil devem ser vistas com cautela − muitas das línguas citadas são extremamente parecidas e inteligíveis entre si e poderiam ser consideradas pelos linguistas como o mesmo idioma. Com o objetivo de entender melhor nosso universo linguístico, o Iphan montou o Grupo de Trabalho da Diversidade Linguística do Brasil (GTDL), que se dedica à criação de um inventário de línguas brasileiras. Hoje, o governo reconhece a importância de preservar esse patrimônio imaterial, mas nem sempre foi assim. Segundo historiadores, em 1500 eram faladas 1.078 línguas indígenas. Para colonizar o país e catequizar os povos indígenas, os descobridores forçaram o aprendizado do português. Durante o governo Getúlio Vargas defendeu-se a nacionalização do ensino, e os idiomas falados por descendentes de estrangeiros simbolizavam falta de patriotismo. Por isso, caíram em desuso. Mas por que as línguas desaparecem? Por diversos motivos, como a morte de seu último falante. Em tempos de globalização, é comum também que um idioma mais forte, com mais pessoas que o utilizam em grandes centros, sufoque um mais fraco. (Cláudia Jordão. Istoé, 11/3/2009, pp.60-62, com adaptações) 48. Por isso, caíram em desuso. (3º parágrafo) A expressão grifada na frase acima a) retoma as causas que resultaram na extinção de muitos falares indígenas e de idiomas estrangeiros no Brasil. b) faz a defesa de medidas restritivas a certos idiomas, tomadas em épocas diferentes por autoridades de governo. c) indica as condições em que ocorreu a extinção ou a diminuição do número de idiomas no território brasileiro. d) aponta consequências da dificuldade de entendimento entre falantes de línguas diferentes num mesmo território. e) salienta a finalidade principal da existência de múltiplas línguas, como garantia de preservação da história de um povo.
  • 47. TRE/RS – Interpretação de Texto e Redação Oficial – Profª Maria Tereza www.acasadoconcurseiro.com.br 47 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11 REGIÃO – Analista Judiciário - Área Apoio Especializado - Especialidade Enfermagem – FCC – 2012 A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também. Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. “O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil.” (Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46) 49. ... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela ... (2º parágrafo) O segmento grifado acima denota a) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto. b) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior. c) temporalidade necessária à concretização da ação prevista. d) causa que justifica o posicionamento do pesquisador. e) condição para a realização da hipótese anterior a ele. COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO-METRÔ – Assistente Administrativo Júnior – FCC – 2012 50. Atente para os dois segmentos abaixo que compõem um período do último parágrafo do texto. 1. Com tão poucas culturas importantes, todas elas domesticadas milhares de anos atrás, 2. é menos surpreendente que muitas áreas no mundo não tenham nenhuma planta selvagem de grande potencial. A relação que se estabelece entre ambos na frase permite concluir que o segmento a) 1 fundamenta o que se afirma em 2. b) 2 é causa do que se afirma em 1. c) 1 exprime a finalidade do que se afirma em 2. d) 2 estabelece uma condição para a realização do que se afirma em 1. e) 1 é uma ressalva ao que se afirma em 2.