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“segunda, que o estudo da filosofia não
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1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da
filosofiafilosofia
“terceira, que até os melhores filósofos
disseram absurdos notórios e
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se arrisca a pensar fora dos caminhos
intelectualmente trilhados corre mais
riscos de se equivocar, e digo isso
como elogio e não como censura
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“quarta, que em determinadas
questões extremamente gerais
aprender a perguntar bem também é
aprender a desconfiar das respostas
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É possível aprender filosofia?É possível aprender filosofia?
Se nos pomos de acordo sobre
a possibilidade de ensinar
filosofia, então precisamos
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quando ensinamos?
2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da
filosofiafilosofia
Pode até haver métodos para
ensinar, mas não há métodos
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controle, mas a aprendizagem
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controle.
2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da
filosofiafilosofia
“Nunca se sabe de antemão como alguém vai aprender –
que amores tornam alguém bom em Latim, por meio de
que encontros se é filósofo, em que dicionários se
aprende a pensar. Os limites das faculdades se
encaixam uns nos outros sob a forma quebrada daquilo
que traz e transmite a diferença. Não há método para
encontrar tesouros nem para aprender, mas um violento
adestramento, uma cultura ou paideia que percorre
inteiramente todo o indivíduo (um albino em que nasce
o ato de sentir na sensibilidade, um afásico em que
nasce a fala na linguagem, um acéfalo em que nasce o
pensar no pensamento).”
Gilles Deleuze, Diferença e Repetição
2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da
filosofiafilosofia
o filósofo é sempre um aprendiz. Está mais
para o rato no labirinto, que precisa
aprender a saída; está mais para o sujeito
de dentro da caverna, que descobre sua
condição e procura a saída, do que para o
sujeito já fora da caverna, que contempla o
verdadeiro saber (a Idéia).
4. da “aprendizibilidade” da4. da “aprendizibilidade” da
filosofiafilosofia
“Aprender vem a ser tão-somente o intermediário entre
não-saber e saber, a passagem viva de um ao outro.
Pode-se dizer que aprender, afinal de contas, é uma
tarefa infinita, mas esta não deixa de ser rejeitada
para o lado das circunstâncias e da aquisição, posta
para fora da essência supostamente simples do
saber como inatismo, elemento a priori ou mesmo
Idéia reguladora. E, finalmente, a aprendizagem está,
antes de mais nada, do lado do rato no labirinto, ao
passo que o filósofo fora da caverna considera
somente o resultado – o saber – para dele extrair os
princípios transcendentais.”
Gilles Deleuze, Diferença e Repetição
2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da
filosofiafilosofia
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5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de
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pensando a filosofia como
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conceitos, a aula de filosofia
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5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de
conceitosconceitos
Oficina de conceitos é experimentação:
“pensar é experimentar, mas a
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está fazendo – o novo, o notável, o
interessante, que substituem a
aparência de verdade e que são
mais exigentes que ela.”
G. Deleuze & F. Guattari, O que é a filosofia?
5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de
conceitosconceitos
Etapas de trabalho numa
“oficina de conceitos”:
1.Sensibilização
2.Problematização
3.Investigação
4.Conceituação
5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de
conceitosconceitos
Sensibilização:
Trata-se de chamar a atenção
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criar uma empatia com ele,
isto é, fazer com que o
tema “afete” aos estudantes
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tema em problema, isto é,
fazer com que ele suscite
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5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de
conceitosconceitos
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filosofiafilosofia
não se cria conceito hoje, não se
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“O conceito não é paradigmático, mas
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A filosofia e seu ensino

  • 1. A Filosofia e seu Ensino:A Filosofia e seu Ensino: conceito e transversalidadeconceito e transversalidade
  • 2. Será possívelSerá possível ensinar filosofia?ensinar filosofia?
  • 3. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia Sim, é possível. Mas devemos ter clareza de que filosofia falamos. E precisamos estar atentos a alguns alertas...
  • 4. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia Três alertas ao professor: Atenção ao filosofar como ato/processo; Atenção à história da filosofia; Atenção à criatividade: recusa da tradição para emergência do novo
  • 5. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia O filósofo espanhol Fernando Savater, em As Perguntas da Vida, apresenta quatro premissas sobre o ensino de filosofia, às quais todo professor precisa estar atento:
  • 6. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia “primeira, que não existe ‘a’ filosofia, mas ‘as’ filosofias e, sobretudo, o filosofar (...) Há uma perspectiva filosófica (em face da perspectiva científica ou artística), mas felizmente ela é multifacetada (...)” Savater, As Perguntas da Vida
  • 7. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia “segunda, que o estudo da filosofia não é interessante porque a ela se dedicaram talentos extraordinários como Aristóteles ou Kant, mas esses talentos nos interessam porque se ocuparam dessas questões de amplo alcance que são tão importantes para nossa própria vida humana, racional e civilizada (...)” Savater, As Perguntas da Vida
  • 8. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia “terceira, que até os melhores filósofos disseram absurdos notórios e cometeram erros graves. Quem mais se arrisca a pensar fora dos caminhos intelectualmente trilhados corre mais riscos de se equivocar, e digo isso como elogio e não como censura (...)” Savater, As Perguntas da Vida
  • 9. 1. da “ensinabilidade” da1. da “ensinabilidade” da filosofiafilosofia “quarta, que em determinadas questões extremamente gerais aprender a perguntar bem também é aprender a desconfiar das respostas demasiado taxativas (...)” Savater, As Perguntas da Vida
  • 10. É possível aprender filosofia?É possível aprender filosofia? Se nos pomos de acordo sobre a possibilidade de ensinar filosofia, então precisamos perguntar: alguém aprende, quando ensinamos?
  • 11. 2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da filosofiafilosofia Pode até haver métodos para ensinar, mas não há métodos para aprender. O método é uma máquina de controle, mas a aprendizagem está para além de qualquer controle.
  • 12. 2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da filosofiafilosofia “Nunca se sabe de antemão como alguém vai aprender – que amores tornam alguém bom em Latim, por meio de que encontros se é filósofo, em que dicionários se aprende a pensar. Os limites das faculdades se encaixam uns nos outros sob a forma quebrada daquilo que traz e transmite a diferença. Não há método para encontrar tesouros nem para aprender, mas um violento adestramento, uma cultura ou paideia que percorre inteiramente todo o indivíduo (um albino em que nasce o ato de sentir na sensibilidade, um afásico em que nasce a fala na linguagem, um acéfalo em que nasce o pensar no pensamento).” Gilles Deleuze, Diferença e Repetição
  • 13. 2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da filosofiafilosofia o filósofo é sempre um aprendiz. Está mais para o rato no labirinto, que precisa aprender a saída; está mais para o sujeito de dentro da caverna, que descobre sua condição e procura a saída, do que para o sujeito já fora da caverna, que contempla o verdadeiro saber (a Idéia).
  • 14. 4. da “aprendizibilidade” da4. da “aprendizibilidade” da filosofiafilosofia “Aprender vem a ser tão-somente o intermediário entre não-saber e saber, a passagem viva de um ao outro. Pode-se dizer que aprender, afinal de contas, é uma tarefa infinita, mas esta não deixa de ser rejeitada para o lado das circunstâncias e da aquisição, posta para fora da essência supostamente simples do saber como inatismo, elemento a priori ou mesmo Idéia reguladora. E, finalmente, a aprendizagem está, antes de mais nada, do lado do rato no labirinto, ao passo que o filósofo fora da caverna considera somente o resultado – o saber – para dele extrair os princípios transcendentais.” Gilles Deleuze, Diferença e Repetição
  • 15. 2. da “aprendizibilidade” da2. da “aprendizibilidade” da filosofiafilosofia o filósofo é um buscador; busca tão intensamente que às vezes chega a pensar que encontrou aquilo que buscará sempre (com a licença poética de Fernando Pessoa...)
  • 16. Por que Filosofia noPor que Filosofia no Ensino Médio?Ensino Médio?
  • 17. 3. por que filosofia?3. por que filosofia? podemos falar em 3 grandes áreas do conhecimento humano, fundamentais em todo processo educativo:  as ciências;  as artes;  as filosofias
  • 18. 3. por que filosofia?3. por que filosofia? as ciências e as artes estão garantidas nos currículos, mas as filosofias nem sempre o estão... há uma especificidade da filosofia que apenas ela pode garantir na formação de alguém
  • 19. A especificidade daA especificidade da FilosofiaFilosofia
  • 20. 4. a especificidade da4. a especificidade da filosofiafilosofia características da filosofia:  pensamento conceitual  caráter dialógico  crítica radical
  • 21. 4. a especificidade da4. a especificidade da filosofiafilosofia o específico da filosofia é o trabalho com o conceito; podemos defini-la como a atividade de criação de conceitos
  • 22. 4. a especificidade da4. a especificidade da filosofiafilosofia o conceito é uma forma racional de equacionar um problema ou problemas, exprimindo uma visão coerente do vivido
  • 23. 4. a especificidade da4. a especificidade da filosofiafilosofia o conceito não é abstrato nem transcendente, mas imanente, uma vez que parte necessariamente de problemas experimentados
  • 24. A aula de filosofia e oA aula de filosofia e o trabalho com otrabalho com o conceitoconceito
  • 25. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos pensando a filosofia como atividade de criação de conceitos, a aula de filosofia deve ser como que uma oficina de conceitos, onde eles são experimentados, criados, testados...
  • 26. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Oficina de conceitos é experimentação: “pensar é experimentar, mas a experimentação é sempre o que se está fazendo – o novo, o notável, o interessante, que substituem a aparência de verdade e que são mais exigentes que ela.” G. Deleuze & F. Guattari, O que é a filosofia?
  • 27. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Etapas de trabalho numa “oficina de conceitos”: 1.Sensibilização 2.Problematização 3.Investigação 4.Conceituação
  • 28. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Sensibilização: Trata-se de chamar a atenção para o tema de trabalho, criar uma empatia com ele, isto é, fazer com que o tema “afete” aos estudantes
  • 29. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Problematização: Trata-se de transformar o tema em problema, isto é, fazer com que ele suscite em cada um o desejo de buscar soluções
  • 30. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Investigação: Trata-se de buscar elementos que permitam a solução do problema. Uma investigação filosófica busca os conceitos na história da filosofia que podem servir como ferramentas
  • 31. 5. Aula como oficina de5. Aula como oficina de conceitosconceitos Conceituação: Trata-se de recriar os conceitos encontrados de modo a equacionarem nosso problema, ou mesmo de criar novos conceitos
  • 32. ciências filosofias artes A transversalidade daA transversalidade da FilosofiaFilosofia
  • 33. 6. a transversalidade da6. a transversalidade da filosofiafilosofia uma característica intrínseca da filosofia é a transversalidade a filosofia não se fecha em si mesma, ensimesmada, mas abre-se sempre a outrem, busca a relação ciências filosofias artes
  • 34. 6. a transversalidade da6. a transversalidade da filosofiafilosofia não se cria conceito hoje, não se produz filosofia, sem o recurso da conexão com as artes e as ciências. Embora sejam distintas e independentes, elas se retroalimentam e se fecundam ciências filosofias artes
  • 35. 6. a transversalidade da6. a transversalidade da filosofiafilosofia “O conceito não é paradigmático, mas sintagmático; não é projetivo, mas conectivo; não é hierárquico, mas vicinal; não é referente, mas consistente. É forçoso, daí, que a filosofia, a ciência e a arte não se organizem mais como os níveis de uma mesma projeção e, mesmo, que não se diferenciem a partir de uma matriz comum, mas se coloquem ou se reconstituam imediatamente numa independência respectiva, uma divisão do trabalho que suscita entre elas relações de conexão.” G. Deleuze & F. Guattari, O que é a filosofia? ciências filosofias artes
  • 36. 6. a transversalidade da6. a transversalidade da filosofiafilosofia no entanto, no contexto de um currículo disciplinar, a filosofia não pode aparecer apenas “transversalizada”; sem a demarcação daquilo que lhe é específico, não há transversalidade possível... ciências filosofias artes
  • 37. 6. a transversalidade da6. a transversalidade da filosofiafilosofia Portanto, num currículo disciplinar é importante que haja uma disciplina de Filosofia, para que ela possa contribuir de fato com os Temas Transversais ciências filosofias artes
  • 38. A periculosidade daA periculosidade da FilosofiaFilosofia “Sabendo portá-la, toda ferramenta é uma arma.” Ani DiFranco
  • 39. 7. a7. a periculosidadepericulosidade dada filosofiafilosofia “pensar suscita a indiferença geral. E todavia não é falso dizer que é um exercício perigoso. É somente quando os perigos se tornam evidentes que a indiferença cessa, mas eles permanecem freqüentemente escondidos, pouco perceptíveis, inerentes à empresa.” Deleuze e Guattari, O que é a Filosofia?
  • 40. 7. a periculosidade da7. a periculosidade da filosofiafilosofia Não se ensina filosofia impunemente; não se aprende filosofia impunemente. A “oficina de conceitos” é um local perigoso, de onde podem brotar conceitos que sejam ferramentas para mudar o mundo