O documento discute o contrato didático que rege as relações entre alunos e professores e como ele pode ser reorganizado. Ele explica que o contrato didático estabelece os papéis e responsabilidades de cada parte e como mudanças nesses papéis podem causar mal-entendidos se não forem claramente comunicadas. A reorganização do contrato didático requer identificar problemas, analisar suas causas e consequências, e compartilhar novas bases para os direitos e deveres de todos os envolvidos.
1. O CONTRATO DIDÁTICO QUE REGE AS
SITUAÇÕES DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
São regras
próprias
da escola que
REGULAM ESTABELECEM MODELAM
a relação que o direitos e deveres os papéis dos
aluno e o professor em relação às diferentes atores do
mantêm com o situações de ensino processo educativo
conhecimento e aprendizagem
2. DIREITOS E DEVERES EM RELAÇÃO ÀS
SITUAÇÕES DE ENSINO APRENDIZAGEM
DOS CONTEÚDOS ESCOLARES
O imaginário social está povoado
de crenças e expectativas sobre os
papéis que professor e aluno
mantêm na rotina escolar.
EX: Historicamente, a
responsabilidade pela correção de
uma produção de texto sempre foi
do professor.Se tivermos como
objetivo didático que o próprio aluno
analise criticamente suas
produções e consequentemente
corrigí-los, tanto o papel do
professor quanto do aluno está
sendo subvertido.
3. O QUE ACONTECE ?
ALUNOS: Passam a assumir parte da responsabilidade
que era exclusivamente do professor (corrigir textos).
PROFESSOR: Assume uma nova responsabilidade,
que é a de ensinar os alunos a desenvolver atitude
crítica e procedimentos de análise. Precisará fazer um
tipo de correção diferente da que fazia-se até então.
4. RESULTADO
Esse novo objetivo cria novas necessidades para a
prática; e exige mudanças em um CONTRATO DIDÁTICO
antigo em relação à correção de textos produzidos.
Se compreendemos a implicação disso, fica mais fácil
entender, por exemplo, as eventuais resistências dos
alunos em realizar o árduo trabalho de revisão do que
produzem.
5. PRESENÇA DE UM CONTRATO DIDÁTICO
A inexistência de um contrato claro e compartilhado por todos,
favorece a projeção de diferentes representações dos envolvidos
nas relações que tem lugar na escola, dessa forma acabam sendo
inevitáveis os mal-entendidos e frequentes conflitos.
Diante disso, a presença de um contrato bem elaborado e
socializado com todos da escola, pode evitar interpretações
distorcidas que, ainda assim, certamente acontecerão.
As representações pessoais em relação ao contrato interferem
consideravelmente nas relações educativas.
6. A FALTA DE UM CONTRATO EXPLÍCITO
PODE OCASIONAR
PROJEÇÃO DE
REPRESENTAÇÕES
PESSOAIS A
RESPEITO
das obrigações
das normas e das recíprocas e dos
regras responsabilidades papéis que cabem
a cada um
7. COMO REORGANIZAR O CONTRATO
DIDÁTICO ?
Quando os acontecimentos e as situações escolares
estão sendo interpretados de acordo com as
perspectivas e expectativas pessoais do educador é
preciso uma reorganização do contrato didático , que
implica em uma razoável capacidade de análise e de
distanciamento por parte dos educadores para que se
possa identificar quais são de fato os problemas, pois
não se pode encontrar soluções para problemas que
não forem identificados adequadamente.
8. CONTINUAÇÃO
É preciso desvendar o contrato que rege as relações
que têm lugar na escola e estabelecer quais são as
modificações desejáveis, analisando suas prováveis
consequências.
Compartilhar com todos as novas bases nas quais se
assentam os direitos e deveres atuais dos atores do
processo educativo.
Simone Alves
Vânia Barros
JUNHO DE 2012