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            flávia garofalo cavalcanti
Flávia Garofalo Cavalcanti                                                                                                    dados pessoais


                                                                                                                solteira, brasileira, 22 anos.
                                                                                           rua pinto gonçalvez, 48, perdizes, são paulo - sp.
                                                                                           tel. fixo 11 3862 2943 l tel. móvel 11 9467 6928
                                                                                        e-mail fgcflavia@msn.com l flavia.cavalcanti@usp.br


                                                                                                                                     formação


                             quinto - anista da faculdade de arquitetura e urbanismo da universidade de são paulo - usp
                             iniciação cientifica: a adaptação do conceito de cidade jardim na cidade de são paulo, sucessos e insucessos
                             informática - windons l pacote office l adobe photoshop l adobe indesign l adobe illustrator l corel draw l
                                                                              autocad 2011 l sketch up pro l render vray l render kerkythea
                                                                                          francês avançado - leitura l escrita l escuta l fala
                                                                                              inglês fluente - leitura l escrita l escuta l fala


                                                                                                                                  experiência


                             2007 l novembro - dezembro l são paulo l pesquisa de pós ocupação em habitações de
                             interesse social na zona leste da cidade de são paulo e diadema com a arquiteta Katia Kaluli.
                             2010 l janeiro - outubro l são paulo l hotelaria accor brasil - estágio no departamento de implantação
                             de novos hotéis na américa latina, exercendo atividades como coordenação e desenvolvimento de
                             projetos novos e reformas, acompanhamento de obra e visitas tecnicas, contato com fornecedores.
                             2010 l novembro - dezembro l são paulo l roberto loeb e associados - estágio em
                             escritório de arquitetura participando da elaboração de projeto executivo de grande
                             porte como indústrias e centros de inteligencia nas imediações na cidade de São Paulo.
                             2011 l janeiro - atualmente l são paulo l reinach mendonça arquitetos associados - estágio em
                             escritório de arquitetura participando da elaboração de projetos residênciais e coorporativos.



                                                                                                                                     objetivos


                             Vivenciar a arquitetura em suas diversas atividades, desde a análise do terreno até a finalização
                             de uma obra. Participar da elaboração de projetos com diferentes caráteres, casas unifamiliares,
                             edificios públicos, edificios multifamiliares, espaços livres e etc, da construção do edificio à
                             construção da cidade. Colaborar para o desenvolvimento da cidade de São Paulo, incentivando uma
                             ocupação do espaço mais humana e democrática, que atenda à escala do pedestre e melhore a
                             qualidade de vida do conjunto da população. interesse também em comunicação e identidade visual.
concurso público nacional de arquitetura
sede da confederação nacional dos municipios
brasilia l distrito federal l 2010

equipe: Pedro Veloso (arq. responsável), Diogo Bella,
Flávia Garofalo e Victor Berbel (colaboradores)
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) é uma importante entidade de
        fortalecimento da autonomia municipal por meio do agenciamento e articulação
        de soluções técnicas e políticas. Sua abrangência institucional torna latente, no
        âmbito do presente concurso de arquitetura, a expectativa de um edifício de forte
        cunho representativo. E além das demandas arquitetônicas de uma obra dessa
        natureza, as especificidades da paisagem e do espaço urbano de Brasília colocam
        em questão o território como tema balizador de qualquer proposta possível.
1   4   O primeiro gesto [1] propõe um elemento linear que distingue o terreno em
        duas porções. A linha inicia-se paralela à lateral do lote dividindo a ocupação
        longitudinalmente e flexionando-se rumo à quina sudeste. Esse traçado
        irregular tem como pressuposto a programação arquitetônica a ser atendida e,
        principalmente, as diversas características do local, entre elas: entorno próximo,
        massa construída, relação com centro cívico, escalas, acesso, ocupação e clima.
        A linha pretende articular essa relação entre lugar e programa, estabelecendo,
        a partir da implantação, o edifício como elemento constituinte/”constituidor”
        da paisagem urbana. Trata-se de uma arquitetura que, em detrimento de uma
        solução hermética, se pauta na integração entre programa, cidade e paisagem.
2   5
        A linha divisora do território materializa-se como uma grande empena de concreto
        aparente. A partir desta se implanta o edifício como um bloco longitudinal na porção
        norte, emparelhado com outra empena na sua face norte [2 e 3]. Essa disposição
        propicia não só uma forte interação com entorno, como também uma eficiente
        relação com as condicionantes ambientais. A empena desempenha o papel de
        elemento mediador, propiciando orientação favorável, menor ganho térmico e maior
        captação dos ventos úmidos predominantes [6]. Ademais dos ganhos ambientais,
        a irregularidade da empena – sua inflexão e aberturas – asseguram uma relação
        visual com diversos elementos da paisagem, com destaque dois primordiais da
        paisagem brasiliense: o lago Paranoá ao fundo e o eixo monumental ao sul [5].
3   6
B
                                                                                                                                                    1. Auditório
                              11                                                                                                                    2. Estudio de Rádio e TV
                                                                                                                                                    3. Foyer
                                                                                                                                                    4. Café l Estar
                                                                                                                                        4           5. Cozinha
                                                                                      1032.67                                                       6. Depósito
                                                                                                                            5                       7. Salas Moduláveis
                                                                                      9            3           2                                    8. Port Cochère
                                                                 7            8                                                     6               9. Acesso Circulação Vertical
           1034.57
                                                                                                                                                    10. Sanitários
                                                                                                                                                    11. Acesso Subsolo
 A                                                                                        3


                                                                                              10       2
                                                                                                                                            1
                                                                                                                                                A



                                                                                                                                B
Planta Nivel 1032.67 - Térreo - Auditório l Café l Salas Moduláveis l Port Cochère
escala 1:750




                                                                                                                                B
                                                                                                                                                    1. Praça dos Municípios
                                                                                                                                                    2. Recepção l Estar l Controle de acesso
                                                                                                                                                    3. Biblioteca
                                                                                                                                                    4. Circulação Vertical
                                                                                                                                                    5. Representação Estadual
                                                                                                                                                    6. Governança
                                                                                                               6                                    7. Sanitários
                                                                          8               7
                                                                                                                                                    8. Área Técnica
                                                                                                                    5                               9. Reprografia
                                                                                  9                4
                                                                                                                                                    10. Mirante
                                                                                                           2                                        11. Espelho D’Água
 A                                                                                                                      3


                                                                                      1036.47
                                                         1                                                         11
                                                                                                                                                A
                                                                                                                                        10




                                                                                                                                B
Planta Nível 1036.47 - 1° Pavimento - Recepção l Representação Estadual l Biblioteca l Governança l Área Técnica
escala 1:750
B
1. Circulação Vertical l Hall
2. Presidência l Assessorias
3. Varanda
4. Área Jurídica
5. Área Administrativa l Financeiro
6. Reprografia                                                                                                              3
                                                                                                6
7. Sanitários
                                                                                        7
8. Depósito                                                    5      1040.25
                                                                                    8       1               4           2

                                      A


                                                                                                                                         A



                                                                                                                        B
                                                             Planta Nível 1040.25 - 2° Pavimento - Presidência l Jurídico l Financeiro
                                                                                                                         escala 1:750




                                                                                                                        B
1. Circulação Vertical l Hall
2. Refeitório
3. Descanso l Estar
4. Cozinha
5. Salas de Capacitação
6. Depósito                                                                                                     5
7. Sanitários                                                                           7
                                                         1044.03                6                                   3
                                                                                6           1       4   2

                                      A


                                                                                                                                         A



                                                                                                                        B
                                          Planta Nível 1044.03 - Cobertura - Terraço l Restaurante l Descanso l Salas de Capacitação
                                                                                                                        escala 1:750
A distribuição do programa é feita em 3 grandes agrupamentos (ver
                                                                                      B                   perspectiva ao lado).
      1. Circulação Vertical l Hall
      2. Almoxarifado                                                       4     3       2
                                                                                                          Os setores administrativos e técnicos da instituição são dispostos
      3. Central Processamento de Dados
      4. Central de Segurança                                                                             como um edifício pavilhonar que quase toca nas empenas. Esse
                                                                 1                    5           6
      5. Arquivo Morto                                                                                    edifício é organizado verticalmente em duas grandes lajes
      6. Camarins                    A                                                                    longitudinais e um terraço [ A ]. Além do fluxo de pessoas pela
      7. Auditório                                                                                        garagem, através do bloco de circulação vertical, o edifício possui
                                                                                              7
                                                                                                      A   dois acessos principais: a partir da divisa oeste, a topografia
                                                                                                          articula-se como duas rampas. A primeira, descende até o nível
                                                                                                          térreo, local de acesso ao generoso port-cochère e acesso aos
                                                                                      B                   blocos de circulação vertical. A segunda rampa sobe pela porção
                                                                                                          sul alcançando diretamente o patamar da praça que, por sua vez,
Planta Nível 1029.47 - 1° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 68 vagas
                                                                                                          adentra o pórtico da empena. Nesse ponto a empena se afasta do
escala 1:1000
                                                                                                          edifício proporcionando uma escala adequada à convergência dos
                                                                                                          fluxos. Aqui situam-se a recepção, a biblioteca e o espelho d’água
                                                                                      B                   como elementos de transição do espaço da praça para o interior.

                                                                                                          Dentro do edifício, a configuração arquitetônica proposta assegura
                                                                                                          um eficiente desempenho ambiental, estimulando a regulagem e
                                                                                                          aproveitamento dos recursos naturais (luz, ventos e umidade) nas
                                      A                                                                   atividades cotidianas da instituição. Afinal, essa disposição em
                                                                                                          barra permite que todos os espaços internos possuam uma relação
                                                                                                      A   direta com as empenas, usufruindo das interfaces ambientais já
                                                                                                          descritas e de uma generosa organização espacial. Desse modo, as
                                                                                                          empenas, além de exercer o papel de estrutura primária do edifício,
                                                                                      B                   articulam-se como uma pele, filtrando e revelando a paisagem
Planta Nível 1026.27 - 2° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 100 vagas                           conforme a posição do observador.
escala 1:1000
                                                                                                          O centro de convenções é disposto ao rés do chão [ B ]. A grande
                                                                                                          rampa da praça desce para uma ampla área onde se localizam
                                                                                      B                   o port-cochère e os foyers. Esses se dispõem como continuação
                                                                                                          do espaço livre, cuja configuração pode estabelecer diferentes
                                                                                                          níveis de interação com a praça e o port-cochère. Neste nível se
                                                                                                          acessam o bloco das salas moduláveis a oeste e o auditório flexível
                                                                                                          a sudeste. Este último pode ser configurado como um grande
                                      A
                                                                                                          auditório conectado ou como duas salas de audiência médias, tendo
                                                                                                          foyers e acessos independentes.O desenho do auditório segue
                                                                                                      A   recomendações acústicas e estudo de visibilidade. Além disso,
                                                                                                          seu palco encontra-se no nível do subsolo, propiciando o acesso
                                                                                                          independente e o contato direto com funções complementares
                                                                                      B                   (depósitos, camarins, etc.).
Planta Nível 1023.07 - 3° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 92 vagas
escala 1:1000
A
Escritórios
                       Fachada Oeste
                       escala 1:500


B
Centro de Convenções




C
Garagem                Fachada Leste
                       escala 1:500




Corte BB
escala 1:500




Corte AA
escala 1:500
Fachada Norte
escala 1:500




Fachada Sul
escala 1:500
concurso internacional para estudantes de
arquitetura l urban sos 2010
são paulo l capital l 2010

equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel
prof. orientador: Fábio Mariz
imagem 1: topografia e rios de são paulo
pagina anterior: mapa 1 área estudada
atualemnte, encontro dos rios tiête e
tamanduatei
imagem 2: vias estruturas e linhas de ferro de são paulo
São Paulo é a maior cidade da América do Sul e junto com sua Região Metropolitana                                                                         rio tamanduatei
concentra cerca de 20mi de habitantes, número que representa aproximadamente 10%
da população brasileira. A importância da RMSP é incrementada pela proximidade
com a Região Metropolitana de Campinas e a sua relação de interdependência com
a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um eixo de constantes intercâmbios de
pessoas e negócios.

Apesar da posição de liderança no país, a cidade de São Paulo não apresenta uma
infra-estrutura adequada à suas necessidades. Sua história de desenvolvimento levou
à criação de barreiras que atravancam a mobilidade do paulistano. O rodoviarismo criou
grandes vias expressas nas várzeas dos rios, afastando a população das águas que um
dia foram usadas, entre outras coisas, para o lazer (ver imagens 1 e 2). Paralelamente, a
população de alta renda afastou-se do centro da cidade, isolando-se em locais murados
aonde paga por serviços privados como educação, saúde e lazer, perdendo a capacidade
de agir em prol do coletivo. Dessa forma reforçou-se ainda mais as barreiras físicas
existentes, com uma ocupação dispersa, marcada por condomínios fechados próximos                                      favela do moinho entre as estações barra funda e luz
às vias expressas, e criou-se também uma barreira social, fato que é observado no alto
índice de crescimento das favelas na região metropolitana.

Estes obstáculos impedem a real apropriação do espaço público pelos habitantes da
cidade, fato que resultou na perda do sentido de cidadania. As barreiras sociais, como
o distanciamento da população de alta renda dos setores públicos, buscando serviços
privados e locais murados, e as barreiras físicas, como as grandes avenidas de transito
rápido que margeiam os rios , só confirmam São Paulo como cidade não-democrática,
onde boa parte das ruas não possuem vitalidade durante o dia e a noite, onde os rios
ficaram escondidos da população, onde o que poderia ser convivência se tornou mera
passagem.

Beyond enclosures é um projeto que vai na contra-mão desse processo, objetiva a
permeabilidade e fluidez do tecido urbano para a mobilidade do pedestre. Para tal,
decidiu-se por intervir na região central de São Paulo, precisamente a área do rio
                                                                                            mapa 2 l levantamento da área l legenda:
Tamanduatei entre a Av. do Estado e a Marginal Tiete. O valor simbólico intrínseco
a esta região, na qual iniciou-se o processo de ocupação da cidade, representa a                  perimetro de intervenção (potencial de mudanças)
possibilidade do revalorização do espaço público, com a recuperação da vida nas ruas.             barreiras (rios, avenidas, vias expressas)
                                                                                                  pontos chave (cultura, esportes, lazer, história)
As possibilidades de transformação da área escolhida, representa a chance de alterar
a situação vigente em São Paulo. É um modo de substituir os muros pela convivência,               Mobilidade (aeroporto, estações de metro e trem)
os obstáculos por opções de percurso, é responsável pela reinserção dos rios como                 Escolas
parte da cidade, valorizando-os em meio a paisagem urbana. É a substituição da                    Centros culturais
escala do automóvel pela escala do pedestre, do habitante, do turista e daqueles que,
diariamente, são impedidos de experimentar a cidade em sua plenitude.                             Hospitais
mapa 3 l proposta de intervenção l legenda:
       equipamentos públicos existentes (estações, centros de
       convenções, centros de exposições, museus, ect.)
       novos equipamentos propostos visando principalmente a
       habitação, serviços e comércio.
       novo térreo, com ruas e calçadas reformuladas o
       nivel do chão priorizará o pedestre oferencendo novas
       possibilidades de percurso.
       lotes que serão reavaliados e reconfigurados visando
       uma distribuição espacial mais justa, pois tal como
       estão apresentam-se como subutilizados (galpões vazios,
       estacionamentos, fabricas paradas)

       novo parque linear a ser implantado sobre a linha de
       ferro entre as estações barra-funda - luz (linha que será
       enterrada), sobre a avenida tiradentes e sobre a avenida
       do estado (também enterradas que se tornarão vias
       expressas) e que permeará todo perímetro de intervenção.




       A recuperação do curso do rio e suas adjacencias na
       cidade, torna o própio Tamanduateí simbolo deste projeto.
       Nossas bases foram os conceitos de cidade-porto-
       fluvial e cidade-parque-fluvial . Os rios urbanos, vias de
       comunicação, adquirem a intensidade da vida e do espaço
       público, local de encontro, convivência. A água se torna
       novamente um elemento-chave, referencial, simbólica e
       lúdico na cidade, após anos de poluição e afastamento. O
       rio Tamanduateí se aproxima novamente dos habitantes,
       como era na fundação da cidade.

       Águas limpas, parques, novos espaços públicos, novas
       formas de locomoção podem prover um melhor uso da
       cidade, quer para negócios, lazer ou para praticar de
       esportes.
Avenida do Estado com Mercado Municipal ao fundo antes e depois da intervenção.


      A característica mais marcante de São Paulo é a dispersão       A cidade de São Paulo sofre com problemas de
      de sua urbanização sobre o território metropolitano.            mobilidade em todas as escalas. E nestas escalas
      As distâncias superaram metros ou quilómetros: elas             conflitantes percebemos que ferrovias e rodovias são, ao
      representam a segregação das classes sociais e estilos          mesmo tempo, mobilidade e não-mobilidade. Enquanto se
      de vida, a divisão por muros e cercas, a retirada do social     configuram como necessidade real para o escoamento de
      e coletivo da cidade. Este espalhamento leva a uma falta        mercadorias e pessoas, as avenidas e ferrovias também
      do espaço público básico e mobilidade qualificados,             são obstáculos para a apropriação da cidade pelos
      aumentando a sensação de não pertencer a um lugar, o            cidadãos (ver croquis 1 e 2).
      que esvazia o sentido de coletivo e público.
                                                                      O eixo do rio Tamanduateí e seus arredores tem, em
      Mobilidade é a função urbana mais representativa para           um pequeno trecho da cidade, todas as dificuldades e        croqui 1 : Av. do Estado marginal ao rio tamanduatei afasta
      agregar e conectar um espaço urbano que é segregado             desafios colocados pelas barreiras urbanas. Ao mesmo        a população das águas além de ser fator poluidor e agravar
      (do ponto de vista social), disperso (do ponto de vista         tempo que a sua peculiaridade permite explorar diferentes   enchentes. croqui 2: Av. Tiradentes com suas 16 faixas para
      funcional), e descontínuo (do ponto de vista espacial).         possibilidades de projeto.                                  automóveis separa importantes edificios públicos.




                        edifícios públicos                          edifícios históricos      requalificação de edifícios simbólicos para habitação edifícios históricos     terminal de onibus existente




corte esquemático



      Av. Tiradentes enterrada         novos edifícios          Av. do Estado enterrada       nova area de alagamentoo do rio tamanduateí                         novos edifícios




corte esquemático
Encontro dos rios Tamanduateí e Tiête, antes e depois da
intervenção.




O caráter de vias expressas, verdadeiras auto-estradas,
rodovias urbanas, marginais aos canais dos rios elimina as
oportunidades de integração urbanística entre o ambiente
fluvial, os rios, e o desenho da cidade. O pedestre não
consegue mais se aproximar da beira do rio. Assim as
contradições se tornam um ciclo sem fim: o rio está
isolado porque está poluído, o rio continua poluído porque,
isolado, foi esquecido.

Dessa forma, o ponto-chave neste projeto é a caminhada,
capaz de reunir e revitalizar espaços livres, edifícios e
ruas. É a base para ligar vários equipamentos culturais que
deverão melhorar as atividades noturnas, empresariais,
cotidianas, etc. Finalmente, a combinação de um espaço
capaz de refletir a diversidade nas ruas com o vivo
movimento de cada pessoa. Se a cidade falha ao se
interligar com seus habitantes, como podemos esperar
que se interligue no contexto da cidade global?

Esta proposta é uma resposta negativa à muros altos, às
barreiras, à uma cidade desumana. Esta proposta é um
conjunto de possibilidades de as pessoas viverem com as
pessoas, para viver a cidade.
FAU USP l aup 154 l projeto VII l 2010
quadra butantã l equipamentos públicos
esporte, cultura, lazer, comércio, habitação

equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel
prof. orientador: Marcos Acayaba
A praça é o centro social por excelencia, ela é a confluência, é o espaço de
integração, do show, do evento, da contemplação. Como foco de atividades no
coração de uma área intensamente urbanizada, o bairro do butantã na zona oeste de
São Paulo, a praça não deve ser um espaço à parte, mas sim um desenho contínuo
à cidade. A praça sendo a própria cidade, integrada ao tecido urbano, localizada
centralmente entre edifícios públicos e privados. Assim, o objetivo central foi a
mescla de de usos e a ocupação densa do espaço, elimando resíduos, criando no
interior da quadra um verdadeiro tecido urbano.

Situada entre a avenida Vital Brazil e a rua MMDC, a quadra objeto desse estudo
potencializa os anseios do projeto ao se localizar ao lado da estação butantã da
linha amarela de metro. Como um centro de cultura, lazer e esporte, a quadra,
nesse contexto, cumpre sua função plenamente, povoada tanto por aqueles que
vem de longe quanto por quem vem de perto.

Com o objetivo de criar a praça-cidade, misturamos os usos e propusemos ruas para
pedestres, para as quais estão voltados os usos culturais, esportivos, comerciais
e habitacionais. Trata-se da construção de um tecido urbano no interior da quadra
contínuo àquele ao redor. A praça é a rua, é a própria cidade, é onde o encontro
sem formalidades acontece e onde se explicitam as diferenças de personalidades
e tipos físicos, de usos e de edifícios. Diferentemente do proposto pela disciplina
integramos ao programa o edificio de habitação multifamiliar, pois acreditamos que
uma cidade viva é aquela que os seus moradores se sentem parte e se conhecem.

“A praça é o lugar do convívio social inserido na cidade e relacionado às ruas,
à arquitetura e às pessoas.” Alex Sun . A praça então trona-se a rua, torna-se a
própria cidade, torna-se o local de encontro. A rua traz informalidade a esse espaço,
ela é o quintal, é a extensão da casa e da loja, é onde se dá a vida cotidiana.
planta térreo 1:2000




planta primeiro pavimento 1:2000




planta cobertura1:2000
vista do ginásio a partir da av. vital brazil




                           corte bb 1:1000




                           corte dd 1:1000
corte aa 1:1000




corte cc 1:1000
FAU USP l aup 156 l projeto VI l 2009
edifício residencial multifamiliar com
com serviços e comércio no térreo

equipe: Flávia Garofalo, Isadora Marchi e Juliana C.
prof. orientador: Wilson Jorge
O edifício localizado na esquina das ruas Major Diogo e São Domingos, área central
                                                                                              A
da cidade de São Paulo, busca trazer maior permeabilidade visual e mais elementos
verdes para a região. Usando unidades habitacionais em ‘L’ foi possível criar um
aspecto desconstruído que permite boa iluminação e ventilação nos apartamentos,           B       B
além de possibilitar a criação de ‘tetos-jardim’ que podem ser caminháveis ou não.

Há dois grandes vãos quadrados que atravessam todo o edifício e são conformados por           A
oito pilares principais, quatro cada. Neles também ficam duas prumadas hidrossanitárias
responsáveis pela captação de resíduos e distribuição de água.

Buscou-se neste edifício algumas características positivas da vida em residências
térreas, como o contato com o verde, as áreas mais reservadas e a possibilidade de
contato com vizinhos em áreas comuns, seja na praça térrea ou nos terraços de cada
pavimento.

Para as unidades habitacionais partimos de um módulo básico em “L” (figura abaixo),
com apenas uma parede hidraulica capaz de abrigas todas as áreas molhadas (cozinha,
lavanderia e banheiro), concentrado dessa forma as prumadas do edifício. O intuito foi
                                      obter uma planta livre e flexível à necessidade
                                      de cada familia. A seguir encontram-se quatro
                                      estudos de plantas (próxima página), mas as
                                      possibilidades de arranjo são maiores do que
                                      aqui apresentadas.

                                       O encaixe entre as unidades seguiu uma lógica
                                       construtiva e conformou a criação de espaços
                                       comuns e varandas privadas destinados aos
                                       jardins. A variabilidade que encontramos de
                                       um pavimento para outro deve-se a diminuição
                                       gradativa do número de unidades a medida que
                                       subimos de um pavimento para outro.
térreo - lojas e serviços 1:500   mezanino - lojas e serviços 1:500   primeiro pavimento 1:500




segundo pavimento 1:500           terceiro pavimento 1:500            quarto pavimento 1:500




quinto pavimento 1:500            sexto pavimento 1:500               cobertura1:500
corte aa 1:200
corte bb 1:200
concurso escola politécnica usp l 2009
revitalização do grêmio politécnico
área de vivência interna e externa

equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo, Victor Berbel
planta da proposta 1:750




                                                                                                                                   A                                                                                       B
                                                        sobe                                       sobe


                                                               JARDIM      JARDIM




                                                                                                                                                                                                              SEGURANCA   LIMPEZA   COZINHA   BAR




                                                                                                                                                                                                                                                                                                          C
CT-04                                                                                                                 SECRETARIA




                                                                                                                                   C
                                                                                                                                                        W.C.
                                                                                                                                                        FEM.




                                                                                                                                                                                                                            0,00                          0.48           -0,36        -1,32
                                                               LIVRARIA                CENTRO DE          CENTRO DE
             ARQUIVO                          ARQUIVO           EDUSP                                                                           COPA
                                                                                        IDIOMAS            IDIOMAS    SECRETARIA
                                                                                                                                                 G.P.
                                                                                                                                                               W.C.
                                                                                                                                                               MASC.

                                                                                                                      SECRETARIA


                                                                                                                                                                                      XEROX   DEPOSITO ATLETICA




                                                                                                                                                                                      722.49
                                                                                                                                                                                                                                                    6,1
                                                                                                                                                                                                                                                       1%



                                                                                                                                                                                                          -0.96

          sobe
                                                                                                                                                                               sobe

                                                                  JARDIM

                                                                                                                                                                       sobe




                                                                                                                                                                                                                                                                            6,1
                                                                                                                                                                                                                                                                                 5%

        PALCO                    ANFITEATRO                                                                                        ANFITEATRO                                 PALCO




                                                                                                                                                                                                                                                                                         6,2
                                                                              JARDIM


                                                                                                                                                                                                                                                                                              %
                                                               sobe
                                                                                                                                                                                                                                                                                                  -2,16
                                                                                                                                                                                                                  720.82                                         -1,56




                                                                                                                                                                                                                                                                                                          A
        ANFITEATROS




                                                                                                                                                                                                                           B
Revitalizar, integrar e conectar espaço aberto e espaço fechado, ambiente natural e ambiente construido. Criar uma nova àrea onde a vivência estudantil realmente aconteça,
          seja na forma de um rapido café no intervalo de uma aula, seja numa grande festa. Hoje, mal cuidado e mal organizado, o espaço que deveria convidar os alunos da escola
          politécnica da usp para tal convivência é subaproveitado, resultando em lixo e descuido. Acreditando que esse espaço pode abrigar importantes atividades durante o
          desenvolvimento acadêmico, significando um local de encontro e de identificação dos próprios estudantes com sua universidade, busca-se neste projeto concretizar o
          potencial que a área já possui.Trabalhou-se então com eixos e planos, compondo percursos e abrindo visuais de forma a produzir um espaço convidativo à descoberta do
          ambiente interno e do ambiente externo unidos por um mesmo desenho.

          Guiando-se pelos caminhos que as arvores conformam, sem nelas interfirir, e moldando-se pelo relevo do lugar concebeu-se vetores por onde uma praça em diversos níveis
          toma forma, gerando um conjunto inovador que aos poucos se descortina no caminhar do pedestre e continua a se desenvolver dentro do edifício. Através da demarcação de
          uma forte diagonal que se inicia na area externa e invade o interior, coloca-se em posição de destace o Palco Livre, destinado ao uso dos estudantes das mais diversas formas.

          O eixo externo adentra o prédio, atravessa a vivência, configura o volume destinado ao xerox, ao depósito da atlética e a sala de TV, prolonga-se até a área externa atrás
          do edifício do biênio, criando um novo acesso e liberando visuais.O palco ganhou versatilidade. Ao rotacioná-lo 30 graus, conseguiu-se criar duas áreas distintas, uma
          interna, para apresentações pequenas e outra externa, para eventos maiores. A distinção entre as duas áreas é feita por meio de 2 portões basculantes de chapa de aço
          microperfurado, que garante ao mesmo tempo transparência e independência dos espaços.

          A lanchonete ocupará uma área externa à projeção do edifício do biênio, debaixo da marquise existente, onde hoje estão instalações de limpeza, manutenção e segurança.
          No mesmo alinhamento encontra-se o bar, que possui balcões voltados para o interior e para o exterior, facilitando a organização da atlética em dias de eventos maiores.As
          rampas foram projetadas com devida preocupação à acessibilidade universal do espaços interno e externo, o que hoje é comprometido com a falta de acessos adequados.
             planta da situação atual 1:750


                                                                 8.30

                                                 ( 36 )
                                          sobe
                                                                   3.23




                                                                          JARDIM
                                                                                 ( 35 )




                                   2.80                   2.80
                                                                                                                                                                     MANUTENCAO     LIMPEZA


                                                                                                                                                         XEROX


                                                                                                                                                                 VIVENCIA         PALCO
ARQUIVO                  ARQUIVO                                        EDUSP                CENTRO DE         GRUPO DE                                                           LIVRE
                                                                                              IDIOMAS          TEATRO DO          W.C.
                                                                                          GREMIO POLITECNICO GREMIO POLITECNICO   MASC.
                                                                                                                                                    Lanchonete
                                                                                                                                          COZINHA




                                                                                                                                                      722.49




            ANFITEATRO                                                                                           ANFITEATRO
                                                                          sobe




                                                                                                                                                                 720.82
30°
rotação           vivência   palco




eixo
principal




perpendiculares
ao eixo




acessos
Edificio do Bienio   Palco Livre                     jardim e rampas
                                               Lanchonete




corte bb 1:400




                        Lanchonete    Bar Atletica        Palco Livre                                                                     Ponto de onibus




                                             723,46
      722.98
                                                                                  722.62
                                                                                                                        721.66

corte aa 1:400                                                                                                                                              720.82




Deposito Atletica               Lanchonete              Palco Livre                                                                         Av. Professor Almeida Prado




                                                                    723.46
               722.98
                                                                                           722.62
                                                                                                                      721.66

corte cc 1:400                                                                                                                   720.82
iniciação científica l FAUUSP - PIBIC l 2008-09
área de estudo: história do urbanismo
título: adaptação do conceito de Cidade Jardim
no cenário paulistano, sucessos e insucessos.

prof. orientador: José Eduardo de Assis Lefèvre
diagrama n° 3 de Howard
“A sociedade industrial é urbana. A cidade
                                                    é seu horizonte.” Françoise Choay,
                                                 O Urbanismo – Utopias e Realidades.

Este estudo teve como objetivo investigar um recorte particular da história do urbanismo
que se iniciou na inglaterra da Revolução Industrial e chegou à São Paulo da economia
cafeeira. Descobrir como se deu essa transposição de experiencias, de um pais para
outro, inserindo São Paulo num quadro mundial de novas tentativas do planejamento
urbano. Dessa forma, suscitou reflexões acerca da paisagem paulistana que chega aos
nossos olhos atualmente.

Partindo do estudo do cenário inglês no século XIX até a chegada ao século XX, esta
pesquisa clareou o processo histórico de consolidadação do urbanismo enquanto
ciência, confrontando os teóricos daquele momento entre si e com outros periodos da
história. Refletiu se houve mesmo inovação quando o conceito de Cidade - Jardim foi
lançado e abraçado por muitos como a solução para o caos da cidade industrial.

Houve a reflexão acerca da interface paisagem natural/paisagem construida como um
espaço integrado de experiencias que se influenciam mutuamente. A partir de então foi
possivel compreender e refletir sobre a estruturação da paisagem urbana paulistana, o
que não ocorreia se a observação se limitasse ao cenário nacional.

O presente trabalho abre espaço para discussões mais amplas acerca do homem                                                plano do jardim américa 1941
enquanto habitante de um ambiente urbano, suas relações socias, apropriação e
produção dos espaços e seu modo de vida. Discute o caminho trilhado por pensadores         vista aéria atual dos jardins
deste tema, como se relacionaram na busca por um ideal de vida. Traça um panorama
dos fluxos de experiênciasao longo do século XIX que culminam no sucesso da Cidade
Jardim, difundindo o termo além da fronteira onde foi criado.

A inquietação dos aglomerados humanos no fim do século XIX, compostos principalmente
de encortiçados, suscita uma busca de soluções para a desordem reinante. Desde os
utopistas, com suas propostas baseadas no socialismo e cooperativismo, até Jane
Jacobs com suas vivas metrópoles, o planejamento urbano se consolidou como
essencial para a administração e gerenciamento de nossas cidades, porém já nasceu
como um remédio para uma situação indesejada. Nesse longo percurso muitos foram
aqueles que propuseram novas alternativas para a vida em comunidade, asvezes
puros utopistas como Thomas More ou progressistas como William Moris. Como uma
novidade nesse meio temos Hebenezer Howard que, sem pensar em um plano ideal,
seja ele situado no passado ou no futuro, propõe um alternativa calcada na realidade
da sociedade em que vive, mostrando que seria possivel sua implementação. Em 1898,
este inglês, integrante de uma cultura valorizadora do campo e espaços verdes, introduz
o que seria mais tarde considerado uma terceira via no planejamento urbano. Fugindo
do racionalismo e do tradicionalismo, propõe reintegrar a cidade no campo, juntando
as vantagens de ambas além de somar também os pontos positivos do liberalismo e do
socialismo. Estaria formada então a Cidade – Jardim, a sua Garden City.
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  • 1. portfolio flávia garofalo cavalcanti
  • 2.
  • 3. Flávia Garofalo Cavalcanti dados pessoais solteira, brasileira, 22 anos. rua pinto gonçalvez, 48, perdizes, são paulo - sp. tel. fixo 11 3862 2943 l tel. móvel 11 9467 6928 e-mail fgcflavia@msn.com l flavia.cavalcanti@usp.br formação quinto - anista da faculdade de arquitetura e urbanismo da universidade de são paulo - usp iniciação cientifica: a adaptação do conceito de cidade jardim na cidade de são paulo, sucessos e insucessos informática - windons l pacote office l adobe photoshop l adobe indesign l adobe illustrator l corel draw l autocad 2011 l sketch up pro l render vray l render kerkythea francês avançado - leitura l escrita l escuta l fala inglês fluente - leitura l escrita l escuta l fala experiência 2007 l novembro - dezembro l são paulo l pesquisa de pós ocupação em habitações de interesse social na zona leste da cidade de são paulo e diadema com a arquiteta Katia Kaluli. 2010 l janeiro - outubro l são paulo l hotelaria accor brasil - estágio no departamento de implantação de novos hotéis na américa latina, exercendo atividades como coordenação e desenvolvimento de projetos novos e reformas, acompanhamento de obra e visitas tecnicas, contato com fornecedores. 2010 l novembro - dezembro l são paulo l roberto loeb e associados - estágio em escritório de arquitetura participando da elaboração de projeto executivo de grande porte como indústrias e centros de inteligencia nas imediações na cidade de São Paulo. 2011 l janeiro - atualmente l são paulo l reinach mendonça arquitetos associados - estágio em escritório de arquitetura participando da elaboração de projetos residênciais e coorporativos. objetivos Vivenciar a arquitetura em suas diversas atividades, desde a análise do terreno até a finalização de uma obra. Participar da elaboração de projetos com diferentes caráteres, casas unifamiliares, edificios públicos, edificios multifamiliares, espaços livres e etc, da construção do edificio à construção da cidade. Colaborar para o desenvolvimento da cidade de São Paulo, incentivando uma ocupação do espaço mais humana e democrática, que atenda à escala do pedestre e melhore a qualidade de vida do conjunto da população. interesse também em comunicação e identidade visual.
  • 4.
  • 5. concurso público nacional de arquitetura sede da confederação nacional dos municipios brasilia l distrito federal l 2010 equipe: Pedro Veloso (arq. responsável), Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel (colaboradores)
  • 6.
  • 7. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) é uma importante entidade de fortalecimento da autonomia municipal por meio do agenciamento e articulação de soluções técnicas e políticas. Sua abrangência institucional torna latente, no âmbito do presente concurso de arquitetura, a expectativa de um edifício de forte cunho representativo. E além das demandas arquitetônicas de uma obra dessa natureza, as especificidades da paisagem e do espaço urbano de Brasília colocam em questão o território como tema balizador de qualquer proposta possível. 1 4 O primeiro gesto [1] propõe um elemento linear que distingue o terreno em duas porções. A linha inicia-se paralela à lateral do lote dividindo a ocupação longitudinalmente e flexionando-se rumo à quina sudeste. Esse traçado irregular tem como pressuposto a programação arquitetônica a ser atendida e, principalmente, as diversas características do local, entre elas: entorno próximo, massa construída, relação com centro cívico, escalas, acesso, ocupação e clima. A linha pretende articular essa relação entre lugar e programa, estabelecendo, a partir da implantação, o edifício como elemento constituinte/”constituidor” da paisagem urbana. Trata-se de uma arquitetura que, em detrimento de uma solução hermética, se pauta na integração entre programa, cidade e paisagem. 2 5 A linha divisora do território materializa-se como uma grande empena de concreto aparente. A partir desta se implanta o edifício como um bloco longitudinal na porção norte, emparelhado com outra empena na sua face norte [2 e 3]. Essa disposição propicia não só uma forte interação com entorno, como também uma eficiente relação com as condicionantes ambientais. A empena desempenha o papel de elemento mediador, propiciando orientação favorável, menor ganho térmico e maior captação dos ventos úmidos predominantes [6]. Ademais dos ganhos ambientais, a irregularidade da empena – sua inflexão e aberturas – asseguram uma relação visual com diversos elementos da paisagem, com destaque dois primordiais da paisagem brasiliense: o lago Paranoá ao fundo e o eixo monumental ao sul [5]. 3 6
  • 8. B 1. Auditório 11 2. Estudio de Rádio e TV 3. Foyer 4. Café l Estar 4 5. Cozinha 1032.67 6. Depósito 5 7. Salas Moduláveis 9 3 2 8. Port Cochère 7 8 6 9. Acesso Circulação Vertical 1034.57 10. Sanitários 11. Acesso Subsolo A 3 10 2 1 A B Planta Nivel 1032.67 - Térreo - Auditório l Café l Salas Moduláveis l Port Cochère escala 1:750 B 1. Praça dos Municípios 2. Recepção l Estar l Controle de acesso 3. Biblioteca 4. Circulação Vertical 5. Representação Estadual 6. Governança 6 7. Sanitários 8 7 8. Área Técnica 5 9. Reprografia 9 4 10. Mirante 2 11. Espelho D’Água A 3 1036.47 1 11 A 10 B Planta Nível 1036.47 - 1° Pavimento - Recepção l Representação Estadual l Biblioteca l Governança l Área Técnica escala 1:750
  • 9. B 1. Circulação Vertical l Hall 2. Presidência l Assessorias 3. Varanda 4. Área Jurídica 5. Área Administrativa l Financeiro 6. Reprografia 3 6 7. Sanitários 7 8. Depósito 5 1040.25 8 1 4 2 A A B Planta Nível 1040.25 - 2° Pavimento - Presidência l Jurídico l Financeiro escala 1:750 B 1. Circulação Vertical l Hall 2. Refeitório 3. Descanso l Estar 4. Cozinha 5. Salas de Capacitação 6. Depósito 5 7. Sanitários 7 1044.03 6 3 6 1 4 2 A A B Planta Nível 1044.03 - Cobertura - Terraço l Restaurante l Descanso l Salas de Capacitação escala 1:750
  • 10. A distribuição do programa é feita em 3 grandes agrupamentos (ver B perspectiva ao lado). 1. Circulação Vertical l Hall 2. Almoxarifado 4 3 2 Os setores administrativos e técnicos da instituição são dispostos 3. Central Processamento de Dados 4. Central de Segurança como um edifício pavilhonar que quase toca nas empenas. Esse 1 5 6 5. Arquivo Morto edifício é organizado verticalmente em duas grandes lajes 6. Camarins A longitudinais e um terraço [ A ]. Além do fluxo de pessoas pela 7. Auditório garagem, através do bloco de circulação vertical, o edifício possui 7 A dois acessos principais: a partir da divisa oeste, a topografia articula-se como duas rampas. A primeira, descende até o nível térreo, local de acesso ao generoso port-cochère e acesso aos B blocos de circulação vertical. A segunda rampa sobe pela porção sul alcançando diretamente o patamar da praça que, por sua vez, Planta Nível 1029.47 - 1° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 68 vagas adentra o pórtico da empena. Nesse ponto a empena se afasta do escala 1:1000 edifício proporcionando uma escala adequada à convergência dos fluxos. Aqui situam-se a recepção, a biblioteca e o espelho d’água B como elementos de transição do espaço da praça para o interior. Dentro do edifício, a configuração arquitetônica proposta assegura um eficiente desempenho ambiental, estimulando a regulagem e aproveitamento dos recursos naturais (luz, ventos e umidade) nas A atividades cotidianas da instituição. Afinal, essa disposição em barra permite que todos os espaços internos possuam uma relação A direta com as empenas, usufruindo das interfaces ambientais já descritas e de uma generosa organização espacial. Desse modo, as empenas, além de exercer o papel de estrutura primária do edifício, B articulam-se como uma pele, filtrando e revelando a paisagem Planta Nível 1026.27 - 2° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 100 vagas conforme a posição do observador. escala 1:1000 O centro de convenções é disposto ao rés do chão [ B ]. A grande rampa da praça desce para uma ampla área onde se localizam B o port-cochère e os foyers. Esses se dispõem como continuação do espaço livre, cuja configuração pode estabelecer diferentes níveis de interação com a praça e o port-cochère. Neste nível se acessam o bloco das salas moduláveis a oeste e o auditório flexível a sudeste. Este último pode ser configurado como um grande A auditório conectado ou como duas salas de audiência médias, tendo foyers e acessos independentes.O desenho do auditório segue A recomendações acústicas e estudo de visibilidade. Além disso, seu palco encontra-se no nível do subsolo, propiciando o acesso independente e o contato direto com funções complementares B (depósitos, camarins, etc.). Planta Nível 1023.07 - 3° Subsolo - Estacionamento l Áreas de Apoio l 92 vagas escala 1:1000
  • 11. A Escritórios Fachada Oeste escala 1:500 B Centro de Convenções C Garagem Fachada Leste escala 1:500 Corte BB escala 1:500 Corte AA escala 1:500
  • 13.
  • 14.
  • 15. concurso internacional para estudantes de arquitetura l urban sos 2010 são paulo l capital l 2010 equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel prof. orientador: Fábio Mariz
  • 16. imagem 1: topografia e rios de são paulo pagina anterior: mapa 1 área estudada atualemnte, encontro dos rios tiête e tamanduatei
  • 17. imagem 2: vias estruturas e linhas de ferro de são paulo
  • 18. São Paulo é a maior cidade da América do Sul e junto com sua Região Metropolitana rio tamanduatei concentra cerca de 20mi de habitantes, número que representa aproximadamente 10% da população brasileira. A importância da RMSP é incrementada pela proximidade com a Região Metropolitana de Campinas e a sua relação de interdependência com a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um eixo de constantes intercâmbios de pessoas e negócios. Apesar da posição de liderança no país, a cidade de São Paulo não apresenta uma infra-estrutura adequada à suas necessidades. Sua história de desenvolvimento levou à criação de barreiras que atravancam a mobilidade do paulistano. O rodoviarismo criou grandes vias expressas nas várzeas dos rios, afastando a população das águas que um dia foram usadas, entre outras coisas, para o lazer (ver imagens 1 e 2). Paralelamente, a população de alta renda afastou-se do centro da cidade, isolando-se em locais murados aonde paga por serviços privados como educação, saúde e lazer, perdendo a capacidade de agir em prol do coletivo. Dessa forma reforçou-se ainda mais as barreiras físicas existentes, com uma ocupação dispersa, marcada por condomínios fechados próximos favela do moinho entre as estações barra funda e luz às vias expressas, e criou-se também uma barreira social, fato que é observado no alto índice de crescimento das favelas na região metropolitana. Estes obstáculos impedem a real apropriação do espaço público pelos habitantes da cidade, fato que resultou na perda do sentido de cidadania. As barreiras sociais, como o distanciamento da população de alta renda dos setores públicos, buscando serviços privados e locais murados, e as barreiras físicas, como as grandes avenidas de transito rápido que margeiam os rios , só confirmam São Paulo como cidade não-democrática, onde boa parte das ruas não possuem vitalidade durante o dia e a noite, onde os rios ficaram escondidos da população, onde o que poderia ser convivência se tornou mera passagem. Beyond enclosures é um projeto que vai na contra-mão desse processo, objetiva a permeabilidade e fluidez do tecido urbano para a mobilidade do pedestre. Para tal, decidiu-se por intervir na região central de São Paulo, precisamente a área do rio mapa 2 l levantamento da área l legenda: Tamanduatei entre a Av. do Estado e a Marginal Tiete. O valor simbólico intrínseco a esta região, na qual iniciou-se o processo de ocupação da cidade, representa a perimetro de intervenção (potencial de mudanças) possibilidade do revalorização do espaço público, com a recuperação da vida nas ruas. barreiras (rios, avenidas, vias expressas) pontos chave (cultura, esportes, lazer, história) As possibilidades de transformação da área escolhida, representa a chance de alterar a situação vigente em São Paulo. É um modo de substituir os muros pela convivência, Mobilidade (aeroporto, estações de metro e trem) os obstáculos por opções de percurso, é responsável pela reinserção dos rios como Escolas parte da cidade, valorizando-os em meio a paisagem urbana. É a substituição da Centros culturais escala do automóvel pela escala do pedestre, do habitante, do turista e daqueles que, diariamente, são impedidos de experimentar a cidade em sua plenitude. Hospitais
  • 19.
  • 20. mapa 3 l proposta de intervenção l legenda: equipamentos públicos existentes (estações, centros de convenções, centros de exposições, museus, ect.) novos equipamentos propostos visando principalmente a habitação, serviços e comércio. novo térreo, com ruas e calçadas reformuladas o nivel do chão priorizará o pedestre oferencendo novas possibilidades de percurso. lotes que serão reavaliados e reconfigurados visando uma distribuição espacial mais justa, pois tal como estão apresentam-se como subutilizados (galpões vazios, estacionamentos, fabricas paradas) novo parque linear a ser implantado sobre a linha de ferro entre as estações barra-funda - luz (linha que será enterrada), sobre a avenida tiradentes e sobre a avenida do estado (também enterradas que se tornarão vias expressas) e que permeará todo perímetro de intervenção. A recuperação do curso do rio e suas adjacencias na cidade, torna o própio Tamanduateí simbolo deste projeto. Nossas bases foram os conceitos de cidade-porto- fluvial e cidade-parque-fluvial . Os rios urbanos, vias de comunicação, adquirem a intensidade da vida e do espaço público, local de encontro, convivência. A água se torna novamente um elemento-chave, referencial, simbólica e lúdico na cidade, após anos de poluição e afastamento. O rio Tamanduateí se aproxima novamente dos habitantes, como era na fundação da cidade. Águas limpas, parques, novos espaços públicos, novas formas de locomoção podem prover um melhor uso da cidade, quer para negócios, lazer ou para praticar de esportes.
  • 21.
  • 22. Avenida do Estado com Mercado Municipal ao fundo antes e depois da intervenção. A característica mais marcante de São Paulo é a dispersão A cidade de São Paulo sofre com problemas de de sua urbanização sobre o território metropolitano. mobilidade em todas as escalas. E nestas escalas As distâncias superaram metros ou quilómetros: elas conflitantes percebemos que ferrovias e rodovias são, ao representam a segregação das classes sociais e estilos mesmo tempo, mobilidade e não-mobilidade. Enquanto se de vida, a divisão por muros e cercas, a retirada do social configuram como necessidade real para o escoamento de e coletivo da cidade. Este espalhamento leva a uma falta mercadorias e pessoas, as avenidas e ferrovias também do espaço público básico e mobilidade qualificados, são obstáculos para a apropriação da cidade pelos aumentando a sensação de não pertencer a um lugar, o cidadãos (ver croquis 1 e 2). que esvazia o sentido de coletivo e público. O eixo do rio Tamanduateí e seus arredores tem, em Mobilidade é a função urbana mais representativa para um pequeno trecho da cidade, todas as dificuldades e croqui 1 : Av. do Estado marginal ao rio tamanduatei afasta agregar e conectar um espaço urbano que é segregado desafios colocados pelas barreiras urbanas. Ao mesmo a população das águas além de ser fator poluidor e agravar (do ponto de vista social), disperso (do ponto de vista tempo que a sua peculiaridade permite explorar diferentes enchentes. croqui 2: Av. Tiradentes com suas 16 faixas para funcional), e descontínuo (do ponto de vista espacial). possibilidades de projeto. automóveis separa importantes edificios públicos. edifícios públicos edifícios históricos requalificação de edifícios simbólicos para habitação edifícios históricos terminal de onibus existente corte esquemático Av. Tiradentes enterrada novos edifícios Av. do Estado enterrada nova area de alagamentoo do rio tamanduateí novos edifícios corte esquemático
  • 23. Encontro dos rios Tamanduateí e Tiête, antes e depois da intervenção. O caráter de vias expressas, verdadeiras auto-estradas, rodovias urbanas, marginais aos canais dos rios elimina as oportunidades de integração urbanística entre o ambiente fluvial, os rios, e o desenho da cidade. O pedestre não consegue mais se aproximar da beira do rio. Assim as contradições se tornam um ciclo sem fim: o rio está isolado porque está poluído, o rio continua poluído porque, isolado, foi esquecido. Dessa forma, o ponto-chave neste projeto é a caminhada, capaz de reunir e revitalizar espaços livres, edifícios e ruas. É a base para ligar vários equipamentos culturais que deverão melhorar as atividades noturnas, empresariais, cotidianas, etc. Finalmente, a combinação de um espaço capaz de refletir a diversidade nas ruas com o vivo movimento de cada pessoa. Se a cidade falha ao se interligar com seus habitantes, como podemos esperar que se interligue no contexto da cidade global? Esta proposta é uma resposta negativa à muros altos, às barreiras, à uma cidade desumana. Esta proposta é um conjunto de possibilidades de as pessoas viverem com as pessoas, para viver a cidade.
  • 24.
  • 25. FAU USP l aup 154 l projeto VII l 2010 quadra butantã l equipamentos públicos esporte, cultura, lazer, comércio, habitação equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo e Victor Berbel prof. orientador: Marcos Acayaba
  • 26.
  • 27. A praça é o centro social por excelencia, ela é a confluência, é o espaço de integração, do show, do evento, da contemplação. Como foco de atividades no coração de uma área intensamente urbanizada, o bairro do butantã na zona oeste de São Paulo, a praça não deve ser um espaço à parte, mas sim um desenho contínuo à cidade. A praça sendo a própria cidade, integrada ao tecido urbano, localizada centralmente entre edifícios públicos e privados. Assim, o objetivo central foi a mescla de de usos e a ocupação densa do espaço, elimando resíduos, criando no interior da quadra um verdadeiro tecido urbano. Situada entre a avenida Vital Brazil e a rua MMDC, a quadra objeto desse estudo potencializa os anseios do projeto ao se localizar ao lado da estação butantã da linha amarela de metro. Como um centro de cultura, lazer e esporte, a quadra, nesse contexto, cumpre sua função plenamente, povoada tanto por aqueles que vem de longe quanto por quem vem de perto. Com o objetivo de criar a praça-cidade, misturamos os usos e propusemos ruas para pedestres, para as quais estão voltados os usos culturais, esportivos, comerciais e habitacionais. Trata-se da construção de um tecido urbano no interior da quadra contínuo àquele ao redor. A praça é a rua, é a própria cidade, é onde o encontro sem formalidades acontece e onde se explicitam as diferenças de personalidades e tipos físicos, de usos e de edifícios. Diferentemente do proposto pela disciplina integramos ao programa o edificio de habitação multifamiliar, pois acreditamos que uma cidade viva é aquela que os seus moradores se sentem parte e se conhecem. “A praça é o lugar do convívio social inserido na cidade e relacionado às ruas, à arquitetura e às pessoas.” Alex Sun . A praça então trona-se a rua, torna-se a própria cidade, torna-se o local de encontro. A rua traz informalidade a esse espaço, ela é o quintal, é a extensão da casa e da loja, é onde se dá a vida cotidiana.
  • 28. planta térreo 1:2000 planta primeiro pavimento 1:2000 planta cobertura1:2000
  • 29. vista do ginásio a partir da av. vital brazil corte bb 1:1000 corte dd 1:1000
  • 31.
  • 32.
  • 33. FAU USP l aup 156 l projeto VI l 2009 edifício residencial multifamiliar com com serviços e comércio no térreo equipe: Flávia Garofalo, Isadora Marchi e Juliana C. prof. orientador: Wilson Jorge
  • 34.
  • 35. O edifício localizado na esquina das ruas Major Diogo e São Domingos, área central A da cidade de São Paulo, busca trazer maior permeabilidade visual e mais elementos verdes para a região. Usando unidades habitacionais em ‘L’ foi possível criar um aspecto desconstruído que permite boa iluminação e ventilação nos apartamentos, B B além de possibilitar a criação de ‘tetos-jardim’ que podem ser caminháveis ou não. Há dois grandes vãos quadrados que atravessam todo o edifício e são conformados por A oito pilares principais, quatro cada. Neles também ficam duas prumadas hidrossanitárias responsáveis pela captação de resíduos e distribuição de água. Buscou-se neste edifício algumas características positivas da vida em residências térreas, como o contato com o verde, as áreas mais reservadas e a possibilidade de contato com vizinhos em áreas comuns, seja na praça térrea ou nos terraços de cada pavimento. Para as unidades habitacionais partimos de um módulo básico em “L” (figura abaixo), com apenas uma parede hidraulica capaz de abrigas todas as áreas molhadas (cozinha, lavanderia e banheiro), concentrado dessa forma as prumadas do edifício. O intuito foi obter uma planta livre e flexível à necessidade de cada familia. A seguir encontram-se quatro estudos de plantas (próxima página), mas as possibilidades de arranjo são maiores do que aqui apresentadas. O encaixe entre as unidades seguiu uma lógica construtiva e conformou a criação de espaços comuns e varandas privadas destinados aos jardins. A variabilidade que encontramos de um pavimento para outro deve-se a diminuição gradativa do número de unidades a medida que subimos de um pavimento para outro.
  • 36.
  • 37. térreo - lojas e serviços 1:500 mezanino - lojas e serviços 1:500 primeiro pavimento 1:500 segundo pavimento 1:500 terceiro pavimento 1:500 quarto pavimento 1:500 quinto pavimento 1:500 sexto pavimento 1:500 cobertura1:500
  • 40.
  • 41. concurso escola politécnica usp l 2009 revitalização do grêmio politécnico área de vivência interna e externa equipe: Diogo Bella, Flávia Garofalo, Victor Berbel
  • 42. planta da proposta 1:750 A B sobe sobe JARDIM JARDIM SEGURANCA LIMPEZA COZINHA BAR C CT-04 SECRETARIA C W.C. FEM. 0,00 0.48 -0,36 -1,32 LIVRARIA CENTRO DE CENTRO DE ARQUIVO ARQUIVO EDUSP COPA IDIOMAS IDIOMAS SECRETARIA G.P. W.C. MASC. SECRETARIA XEROX DEPOSITO ATLETICA 722.49 6,1 1% -0.96 sobe sobe JARDIM sobe 6,1 5% PALCO ANFITEATRO ANFITEATRO PALCO 6,2 JARDIM % sobe -2,16 720.82 -1,56 A ANFITEATROS B
  • 43. Revitalizar, integrar e conectar espaço aberto e espaço fechado, ambiente natural e ambiente construido. Criar uma nova àrea onde a vivência estudantil realmente aconteça, seja na forma de um rapido café no intervalo de uma aula, seja numa grande festa. Hoje, mal cuidado e mal organizado, o espaço que deveria convidar os alunos da escola politécnica da usp para tal convivência é subaproveitado, resultando em lixo e descuido. Acreditando que esse espaço pode abrigar importantes atividades durante o desenvolvimento acadêmico, significando um local de encontro e de identificação dos próprios estudantes com sua universidade, busca-se neste projeto concretizar o potencial que a área já possui.Trabalhou-se então com eixos e planos, compondo percursos e abrindo visuais de forma a produzir um espaço convidativo à descoberta do ambiente interno e do ambiente externo unidos por um mesmo desenho. Guiando-se pelos caminhos que as arvores conformam, sem nelas interfirir, e moldando-se pelo relevo do lugar concebeu-se vetores por onde uma praça em diversos níveis toma forma, gerando um conjunto inovador que aos poucos se descortina no caminhar do pedestre e continua a se desenvolver dentro do edifício. Através da demarcação de uma forte diagonal que se inicia na area externa e invade o interior, coloca-se em posição de destace o Palco Livre, destinado ao uso dos estudantes das mais diversas formas. O eixo externo adentra o prédio, atravessa a vivência, configura o volume destinado ao xerox, ao depósito da atlética e a sala de TV, prolonga-se até a área externa atrás do edifício do biênio, criando um novo acesso e liberando visuais.O palco ganhou versatilidade. Ao rotacioná-lo 30 graus, conseguiu-se criar duas áreas distintas, uma interna, para apresentações pequenas e outra externa, para eventos maiores. A distinção entre as duas áreas é feita por meio de 2 portões basculantes de chapa de aço microperfurado, que garante ao mesmo tempo transparência e independência dos espaços. A lanchonete ocupará uma área externa à projeção do edifício do biênio, debaixo da marquise existente, onde hoje estão instalações de limpeza, manutenção e segurança. No mesmo alinhamento encontra-se o bar, que possui balcões voltados para o interior e para o exterior, facilitando a organização da atlética em dias de eventos maiores.As rampas foram projetadas com devida preocupação à acessibilidade universal do espaços interno e externo, o que hoje é comprometido com a falta de acessos adequados. planta da situação atual 1:750 8.30 ( 36 ) sobe 3.23 JARDIM ( 35 ) 2.80 2.80 MANUTENCAO LIMPEZA XEROX VIVENCIA PALCO ARQUIVO ARQUIVO EDUSP CENTRO DE GRUPO DE LIVRE IDIOMAS TEATRO DO W.C. GREMIO POLITECNICO GREMIO POLITECNICO MASC. Lanchonete COZINHA 722.49 ANFITEATRO ANFITEATRO sobe 720.82
  • 44. 30° rotação vivência palco eixo principal perpendiculares ao eixo acessos
  • 45. Edificio do Bienio Palco Livre jardim e rampas Lanchonete corte bb 1:400 Lanchonete Bar Atletica Palco Livre Ponto de onibus 723,46 722.98 722.62 721.66 corte aa 1:400 720.82 Deposito Atletica Lanchonete Palco Livre Av. Professor Almeida Prado 723.46 722.98 722.62 721.66 corte cc 1:400 720.82
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  • 49. iniciação científica l FAUUSP - PIBIC l 2008-09 área de estudo: história do urbanismo título: adaptação do conceito de Cidade Jardim no cenário paulistano, sucessos e insucessos. prof. orientador: José Eduardo de Assis Lefèvre
  • 50. diagrama n° 3 de Howard
  • 51. “A sociedade industrial é urbana. A cidade é seu horizonte.” Françoise Choay, O Urbanismo – Utopias e Realidades. Este estudo teve como objetivo investigar um recorte particular da história do urbanismo que se iniciou na inglaterra da Revolução Industrial e chegou à São Paulo da economia cafeeira. Descobrir como se deu essa transposição de experiencias, de um pais para outro, inserindo São Paulo num quadro mundial de novas tentativas do planejamento urbano. Dessa forma, suscitou reflexões acerca da paisagem paulistana que chega aos nossos olhos atualmente. Partindo do estudo do cenário inglês no século XIX até a chegada ao século XX, esta pesquisa clareou o processo histórico de consolidadação do urbanismo enquanto ciência, confrontando os teóricos daquele momento entre si e com outros periodos da história. Refletiu se houve mesmo inovação quando o conceito de Cidade - Jardim foi lançado e abraçado por muitos como a solução para o caos da cidade industrial. Houve a reflexão acerca da interface paisagem natural/paisagem construida como um espaço integrado de experiencias que se influenciam mutuamente. A partir de então foi possivel compreender e refletir sobre a estruturação da paisagem urbana paulistana, o que não ocorreia se a observação se limitasse ao cenário nacional. O presente trabalho abre espaço para discussões mais amplas acerca do homem plano do jardim américa 1941 enquanto habitante de um ambiente urbano, suas relações socias, apropriação e produção dos espaços e seu modo de vida. Discute o caminho trilhado por pensadores vista aéria atual dos jardins deste tema, como se relacionaram na busca por um ideal de vida. Traça um panorama dos fluxos de experiênciasao longo do século XIX que culminam no sucesso da Cidade Jardim, difundindo o termo além da fronteira onde foi criado. A inquietação dos aglomerados humanos no fim do século XIX, compostos principalmente de encortiçados, suscita uma busca de soluções para a desordem reinante. Desde os utopistas, com suas propostas baseadas no socialismo e cooperativismo, até Jane Jacobs com suas vivas metrópoles, o planejamento urbano se consolidou como essencial para a administração e gerenciamento de nossas cidades, porém já nasceu como um remédio para uma situação indesejada. Nesse longo percurso muitos foram aqueles que propuseram novas alternativas para a vida em comunidade, asvezes puros utopistas como Thomas More ou progressistas como William Moris. Como uma novidade nesse meio temos Hebenezer Howard que, sem pensar em um plano ideal, seja ele situado no passado ou no futuro, propõe um alternativa calcada na realidade da sociedade em que vive, mostrando que seria possivel sua implementação. Em 1898, este inglês, integrante de uma cultura valorizadora do campo e espaços verdes, introduz o que seria mais tarde considerado uma terceira via no planejamento urbano. Fugindo do racionalismo e do tradicionalismo, propõe reintegrar a cidade no campo, juntando as vantagens de ambas além de somar também os pontos positivos do liberalismo e do socialismo. Estaria formada então a Cidade – Jardim, a sua Garden City.