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OFICINAS DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA EM FEIRA DE
CIÊNCIAS


                                                         Carlos Eduardo Monteiro Rodrigues1




RESUMO

             O presente trabalho, é um relato das atividades desenvolvidas pelos bolsistas
PIBID/PUC-SP em conjunto com alunos do 5º ano do ensino fundamental da EMEF Prof.
Carlos Pasquale, em oficinas de Astronomia e Astronáutica, como parte do trabalho
interdisciplinar de Feira de Ciências Exatas, envolvendo trabalhos de Matemática, Física e
Língua Portuguesa.



Palavras-chave: oficina, astronomia, astronáutica, feira, ciências




INTRODUÇÃO

           A Feira de Ciências é um evento que constitui o mais completo processo de
divulgação científica, pois além de transmitir cultura, é um momento de integração e
divulgação dos trabalhos e experiências desenvolvidas pelos alunos participantes.

           Alguns pontos positivos podem ser destacados quando da realização de um
evento desta natureza, como a troca de ideias, do reconhecimento do trabalho desenvolvido
pelos alunos e da superação de seus próprios limites, do relacionamento com outras pessoas.

           Estas atividades são realizadas em muitas das escolas do país anualmente e o
resultado da participação dos alunos e da aprendizagem é muito significativo, o que é
confirmado pelo Programa Nacional de Apoio as Feiras de Ciências da Educação Básica
(FENABECEB) vinculado ao Ministério da Educação do Governo Federal.

           O objetivo deste artigo é relatar as experiências na realização da Feira de
Ciências Exatas de forma interdisciplinar entre as disciplinas de Ciências e Matemática, com
o propósito de apresentar à comunidade escolar da EMEF Prof. Carlos Pasquale os
conhecimentos gerais dessas áreas, e propiciar aos envolvidos formas de investigação dos
mesmos.



   1. Carlos Eduardo Monteiro Rodrigues, PUC-SP, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia.
“Os trabalhos de pesquisa em ensino mostram que os
                    estudantes aprendem muito mais sobre ciência e desenvolvem melhor
                    seus conhecimentos conceituais quando participam de investigações
                    científicas, semelhantes às feitas nos laboratórios de pesquisa [...].
                    Essas investigações, quando propostas aos alunos, tanto podem ser
                    resolvidas na forma de práticas de laboratório como de problemas de
                    lápis e papel. [...] Uma atividade investigativa é, sem dúvida, uma
                    importante estratégia no ensino de Física e Ciências em geral. Moreira
                    e Levandowski (1983) ressaltam que a atividade experimental „é
                    componente indispensável no ensino de Física‟ e que „esse tipo de
                    atividade pode ser orientada para a consecução de diferentes
                    objetivos‟. É preciso que sejam realizadas diferentes atividades, que
                    devem estar acompanhadas de situações problematizadoras,
                    questionadoras e de diálogo, envolvendo a resolução de problemas e
                    levando à introdução de conceitos para que os alunos possam construir
                    seu conhecimento (Carvalho et al., 1995)” (Azevedo, 2004).

            Nós, como cientistas e educadores devemos procurar alternativas para aumentar
a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização,
concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a
socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Do ponto de vista
do professor, propiciar ferramentas que supram as dificuldades(2) dos professores dos anos
iniciais eventualmente tenham para tratar dos temas relacionados ao tema.



DESENVOLVIMENTO

             Neste trabalho, alunos bolsistas da PUC/SP (Projeto PIBID) estiveram
responsáveis pela orientação dos alunos e professores do 4º ano, no desenvolvimento de
várias atividades ligadas à astronomia e astronáutica. Todas as oficinas desenvolvidas foram
baseadas no programa de ensino e divulgação de astronomia, astronáutica e astrofísica
“FAMÍLIA DO UNIVERSO”(3), programa desenvolvido com êxito e ótimos resultados
educacionais do Planetário e Escola Municipal de Astrofísica Prof. Aristóteles Orsini, que
conta no programa com diversas oficinas, dentre elas, as relacionadas a seguir. Os bolsistas
responsáveis pela condução das atividades também tiveram apoio dos funcionários do
Planetário e Escola de Astrofísica.



           TEMAS

           As atividades iniciaram-se com a apresentação dos temas para todos os alunos
selecionados pelos professores. O temas inicialmente propostos foram:

           Construção de foguete com garrafa PET. Um foguete espacial é uma máquina
que se desloca expelindo atrás de si um fluxo de fluido a alta velocidade. Por extensão, o
veículo, geralmente espacial, que possui motor(es) de propulsão deste tipo é denominado
foguete ou míssil. Normalmente, o seu objetivo é enviar objetos (especialmente satélites
artificiais e sondas espaciais) e/ou naves espaciais e homens ao espaço. Apesar de parecer
muito complicado, existem várias formas de se construir e lançar foguetes.O foguete de
garrafa pet(5) desenvolvido com os alunos, não visa o aprofundamento de conceitos físicos
que os alunos só terão contato no ensino médio, no entanto, os principais conceitos
relacionados ao funcionamento e finalidade dos foguetes (propulsão, aerodinâmica,
monitoramento de superfície, telecomunicações, história da astronáutica) será abordado por
meio de questionários ao longo das oficinas.

            As fases da lua como são denominados os quatro aspectos básicos que o satélite
natural da Terra, a Lua, apresenta conforme o ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo
Sol. A atividade proposta é fases da lua com caixa de papelão(4). Os conceitos de ótica e
movimentos planetários, denominado mecânica celeste, foram abordados sem
aprofundamento matemático corriqueiro, haja vista a falta de maturidade matemática dos
alunos envolvidos no processo.

             A reprodução de um cometa com gelo seco. Cometa é um corpo menor do
sistema solar que orbita o Sol é composto basicamente de dióxido de carbono congelado,
água, moléculas orgânicas (baseadas em carbono) e silicatos. Estes elementos são detectados
pelos telescópios e pelas sondas que recolheram e analisaram partículas dos cometas quando
de sua passagem pelas proximidades da Terra. Quando se aproxima do Sol, um cometa passa
a exibir uma atmosfera difusa, denominada coma, e uma cauda, ambas causadas pelos
efeitos da radiação solar sobre o núcleo cometário. Os núcleos cometários são compostos de
gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos, variando em tamanho de alguns quilômetros
até algumas dezenas de quilômetros.

           O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos
astronômicos que se ligam ao Sol através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham
sido formados por meio de um colapso de uma nuvem gigante há 4,6 bilhões de anos atrás.
Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida
dentro de oito planetas relativamente solitários e cujas órbitas são quase circulares e se
encontram dentro de um disco quase plano, denominado plano da eclíptica.

           Na apresentação, cada tema foi individualmente discutido. De inicio todos os
alunos manifestaram interesse na oficina de foguetes, mas diante da exposição de que os
temas deveriam ser diversificados, todos concordaram em diversificar a escolha com outros
temas.Mesmo com a abertura para que os alunos desenvolvessem os próprios temas, as
turmas das 4ªs séries optaram pelos temas propostos inicialmente, e selecionaram por grupo,
os temas mencionados.

           ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

           O inicio dos trabalhos se dedicou à pesquisa do tema, onde os alunos tinham que
debater com toda a turma os temas propostos para serem escolhidos e após a definição,
começamos a explicação da montagem dos projetos, passando pela seleção dos materiais
(todos de fácil utilização, recicláveis, em acordo com a proposta do tema Sustentabilidade).

            Durante o trabalho, os encontros aconteciam semanalmente com todas as turmas
nos horários das 14 as 18 hs, tratamos com alunos da manhã e da tarde, sendo 2 horas
dedicadas à cada grupo de alunos (manhã e tarde). Ao longo do projeto, alguns alunos se
interessaram por outros temas, tanto que a maior parte dos grupos acabou fazendo o próprio
foguete (mesmo que não fosse responsabilidade do seu grupo) para ser lançado. Houve
momentos em que os alunos queriam ao menos entender o que se passava nos trabalhos dos
outros e de certa forma “brincar” com os outros experimentos. Na medida do possível,
incentivamos essa prática fazendo com que os alunos praticassem a exposição do seu
trabalho para outro público.

            A maior parte dos materiais utilizados nas oficinas foi trazida pelos próprios
alunos (garrafas pet, bolas de borracha, caixas de papelão, etc), enquanto outros de custo
mais alto ou difícil aquisição (gelo seco, areia, bolas, etc) eram trazidos pelos bolsistas a fim
de tornar as atividades mais simples para os mesmos.

            Durante todas as fases, houve muito interesse dos alunos nos temas, recursos
tecnológicos (pesquisas na internet, softwares de astronomia, vídeos de astronomia, jogos
educativos para tablets, simuladores, etc) foram utilizados para os alunos se familiarizarem
com as tarefas e entenderem os fenômenos que estavam se relacionando.

            Desenvolvemos todas as oficinas até o dia 18/ago/2012, deixando a última
semana exclusivamente para testes e revisão dos conceitos tratados para apresentação, nestas
ocasiões, atividades (questionários, pesquisas, etc) foram entregues corrigidos para que os
alunos pudessem estudar e estar aptos a apresentar os assuntos durante a feira. Nas últimas 2
semanas os encontros foram mais frequentes, sendo 2 a 3 vezes por semana, para que os
detalhes de organização para o dia da feira, fossem corrigidos.




            APRESENTAÇÃO DA FEIRA DE CIÊNCIAS

            No dia da apresentação da feira, todos os alunos compareceram com uma hora
de antecedência à abertura da sala de astronomia. Foi feita uma reunião onde repassamos a
responsabilidade de cada um sobre o seu experimento, todos foram montados e testados, a
decoração da sala ficou a cargo dos alunos com auxílio de professores dos mesmos, e depois
da abertura geral da feira, todos tomaram seus postos diante dos experimentos.

            Por segurança, os experimentos que envolviam algum risco mínimo (tratar com
gelo seco, lançar o foguete à alta pressão), eram desenvolvidos pelos bolsistas, sendo que os
alunos apenas auxiliavam nas tarefas e explicavam do que se tratava o experimento.
Durante a apresentação, os alunos se mostraram ansiosos principalmente com o
lançamento dos próprios foguetes (interesse também do público presente) e da mostra do
cometa com gelo seco. Também manifestaram maior interesse na apresentação, quando pais
e parentes chegavam à sala para ver a mostra que haviam desenvolvido.



CONCLUSÃO

            O desenvolvimento de todas as etapas da feira de ciências exatas, desde a
concepção até a apresentação para a comunidade escolar, foi de grande proveito para
complemento da formação dos orientadores e dos orientados, pois o trabalho em oficinas
foge da rotina de trabalhos em sala de aula, o que exige uma dinâmica diferente da sala de
aula para todos os envolvidos no processo. Para o desenvolvimento acadêmico do aluno, foi
perceptível o interesse deles em todos os trabalhos das oficinas, com os recorrentes
comentários sobre o desejo de “ser cientista” quando crescer, o que por si só, demonstra a
afinidade dos alunos quanto em contato com os assuntos ligados à astronomia.
REFERÊNCIAS

http://www.feiradeciencias.com.br/ - site sobre feiras de ciências, desde elaboração
conceitual a construção física, com foco em experimentos de física, voltados a alunos de 6°
a 9° anos, com alguns experimentos mais simples e mais lúdicos para anos anteriores

LANGUI, R. e NARDI, R. - DIFICULDADES INTERPRETADAS NOS DISCURSOS DE
PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO
AO ENSINO DA ASTRONOMIA.

http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num2/v08n02a02.pdf

http://www.relea.ufscar.br/num4/A1_n4.pdf

http://www.pucsp.br/iniciacaocientifica/downloads/artigos/LIVIA_CAMARGOS_CRUZ.pd
f

http://universo.liada.net/Memorias/3%20-%20Simula__o_de_um_cometa__.pdf

http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_k15.asp

CAPELARI, D.;1 ZUKOVSKI, S. N. S. 2 - A IMPORTÂNCIA DA FÍSICA
EXPERIMENTAL NO COTIDIANO E A EDUCAÇÃO

http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_i3701

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Oficinas de Astronomia e Astronáutica em Feira de Ciências

  • 1. OFICINAS DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA EM FEIRA DE CIÊNCIAS Carlos Eduardo Monteiro Rodrigues1 RESUMO O presente trabalho, é um relato das atividades desenvolvidas pelos bolsistas PIBID/PUC-SP em conjunto com alunos do 5º ano do ensino fundamental da EMEF Prof. Carlos Pasquale, em oficinas de Astronomia e Astronáutica, como parte do trabalho interdisciplinar de Feira de Ciências Exatas, envolvendo trabalhos de Matemática, Física e Língua Portuguesa. Palavras-chave: oficina, astronomia, astronáutica, feira, ciências INTRODUÇÃO A Feira de Ciências é um evento que constitui o mais completo processo de divulgação científica, pois além de transmitir cultura, é um momento de integração e divulgação dos trabalhos e experiências desenvolvidas pelos alunos participantes. Alguns pontos positivos podem ser destacados quando da realização de um evento desta natureza, como a troca de ideias, do reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos alunos e da superação de seus próprios limites, do relacionamento com outras pessoas. Estas atividades são realizadas em muitas das escolas do país anualmente e o resultado da participação dos alunos e da aprendizagem é muito significativo, o que é confirmado pelo Programa Nacional de Apoio as Feiras de Ciências da Educação Básica (FENABECEB) vinculado ao Ministério da Educação do Governo Federal. O objetivo deste artigo é relatar as experiências na realização da Feira de Ciências Exatas de forma interdisciplinar entre as disciplinas de Ciências e Matemática, com o propósito de apresentar à comunidade escolar da EMEF Prof. Carlos Pasquale os conhecimentos gerais dessas áreas, e propiciar aos envolvidos formas de investigação dos mesmos. 1. Carlos Eduardo Monteiro Rodrigues, PUC-SP, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia.
  • 2. “Os trabalhos de pesquisa em ensino mostram que os estudantes aprendem muito mais sobre ciência e desenvolvem melhor seus conhecimentos conceituais quando participam de investigações científicas, semelhantes às feitas nos laboratórios de pesquisa [...]. Essas investigações, quando propostas aos alunos, tanto podem ser resolvidas na forma de práticas de laboratório como de problemas de lápis e papel. [...] Uma atividade investigativa é, sem dúvida, uma importante estratégia no ensino de Física e Ciências em geral. Moreira e Levandowski (1983) ressaltam que a atividade experimental „é componente indispensável no ensino de Física‟ e que „esse tipo de atividade pode ser orientada para a consecução de diferentes objetivos‟. É preciso que sejam realizadas diferentes atividades, que devem estar acompanhadas de situações problematizadoras, questionadoras e de diálogo, envolvendo a resolução de problemas e levando à introdução de conceitos para que os alunos possam construir seu conhecimento (Carvalho et al., 1995)” (Azevedo, 2004). Nós, como cientistas e educadores devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, desenvolvendo a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas. Do ponto de vista do professor, propiciar ferramentas que supram as dificuldades(2) dos professores dos anos iniciais eventualmente tenham para tratar dos temas relacionados ao tema. DESENVOLVIMENTO Neste trabalho, alunos bolsistas da PUC/SP (Projeto PIBID) estiveram responsáveis pela orientação dos alunos e professores do 4º ano, no desenvolvimento de várias atividades ligadas à astronomia e astronáutica. Todas as oficinas desenvolvidas foram baseadas no programa de ensino e divulgação de astronomia, astronáutica e astrofísica “FAMÍLIA DO UNIVERSO”(3), programa desenvolvido com êxito e ótimos resultados educacionais do Planetário e Escola Municipal de Astrofísica Prof. Aristóteles Orsini, que conta no programa com diversas oficinas, dentre elas, as relacionadas a seguir. Os bolsistas responsáveis pela condução das atividades também tiveram apoio dos funcionários do Planetário e Escola de Astrofísica. TEMAS As atividades iniciaram-se com a apresentação dos temas para todos os alunos selecionados pelos professores. O temas inicialmente propostos foram: Construção de foguete com garrafa PET. Um foguete espacial é uma máquina que se desloca expelindo atrás de si um fluxo de fluido a alta velocidade. Por extensão, o
  • 3. veículo, geralmente espacial, que possui motor(es) de propulsão deste tipo é denominado foguete ou míssil. Normalmente, o seu objetivo é enviar objetos (especialmente satélites artificiais e sondas espaciais) e/ou naves espaciais e homens ao espaço. Apesar de parecer muito complicado, existem várias formas de se construir e lançar foguetes.O foguete de garrafa pet(5) desenvolvido com os alunos, não visa o aprofundamento de conceitos físicos que os alunos só terão contato no ensino médio, no entanto, os principais conceitos relacionados ao funcionamento e finalidade dos foguetes (propulsão, aerodinâmica, monitoramento de superfície, telecomunicações, história da astronáutica) será abordado por meio de questionários ao longo das oficinas. As fases da lua como são denominados os quatro aspectos básicos que o satélite natural da Terra, a Lua, apresenta conforme o ângulo pelo qual é vista a face iluminada pelo Sol. A atividade proposta é fases da lua com caixa de papelão(4). Os conceitos de ótica e movimentos planetários, denominado mecânica celeste, foram abordados sem aprofundamento matemático corriqueiro, haja vista a falta de maturidade matemática dos alunos envolvidos no processo. A reprodução de um cometa com gelo seco. Cometa é um corpo menor do sistema solar que orbita o Sol é composto basicamente de dióxido de carbono congelado, água, moléculas orgânicas (baseadas em carbono) e silicatos. Estes elementos são detectados pelos telescópios e pelas sondas que recolheram e analisaram partículas dos cometas quando de sua passagem pelas proximidades da Terra. Quando se aproxima do Sol, um cometa passa a exibir uma atmosfera difusa, denominada coma, e uma cauda, ambas causadas pelos efeitos da radiação solar sobre o núcleo cometário. Os núcleos cometários são compostos de gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos, variando em tamanho de alguns quilômetros até algumas dezenas de quilômetros. O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos que se ligam ao Sol através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de um colapso de uma nuvem gigante há 4,6 bilhões de anos atrás. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida dentro de oito planetas relativamente solitários e cujas órbitas são quase circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado plano da eclíptica. Na apresentação, cada tema foi individualmente discutido. De inicio todos os alunos manifestaram interesse na oficina de foguetes, mas diante da exposição de que os temas deveriam ser diversificados, todos concordaram em diversificar a escolha com outros temas.Mesmo com a abertura para que os alunos desenvolvessem os próprios temas, as turmas das 4ªs séries optaram pelos temas propostos inicialmente, e selecionaram por grupo, os temas mencionados. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS O inicio dos trabalhos se dedicou à pesquisa do tema, onde os alunos tinham que debater com toda a turma os temas propostos para serem escolhidos e após a definição,
  • 4. começamos a explicação da montagem dos projetos, passando pela seleção dos materiais (todos de fácil utilização, recicláveis, em acordo com a proposta do tema Sustentabilidade). Durante o trabalho, os encontros aconteciam semanalmente com todas as turmas nos horários das 14 as 18 hs, tratamos com alunos da manhã e da tarde, sendo 2 horas dedicadas à cada grupo de alunos (manhã e tarde). Ao longo do projeto, alguns alunos se interessaram por outros temas, tanto que a maior parte dos grupos acabou fazendo o próprio foguete (mesmo que não fosse responsabilidade do seu grupo) para ser lançado. Houve momentos em que os alunos queriam ao menos entender o que se passava nos trabalhos dos outros e de certa forma “brincar” com os outros experimentos. Na medida do possível, incentivamos essa prática fazendo com que os alunos praticassem a exposição do seu trabalho para outro público. A maior parte dos materiais utilizados nas oficinas foi trazida pelos próprios alunos (garrafas pet, bolas de borracha, caixas de papelão, etc), enquanto outros de custo mais alto ou difícil aquisição (gelo seco, areia, bolas, etc) eram trazidos pelos bolsistas a fim de tornar as atividades mais simples para os mesmos. Durante todas as fases, houve muito interesse dos alunos nos temas, recursos tecnológicos (pesquisas na internet, softwares de astronomia, vídeos de astronomia, jogos educativos para tablets, simuladores, etc) foram utilizados para os alunos se familiarizarem com as tarefas e entenderem os fenômenos que estavam se relacionando. Desenvolvemos todas as oficinas até o dia 18/ago/2012, deixando a última semana exclusivamente para testes e revisão dos conceitos tratados para apresentação, nestas ocasiões, atividades (questionários, pesquisas, etc) foram entregues corrigidos para que os alunos pudessem estudar e estar aptos a apresentar os assuntos durante a feira. Nas últimas 2 semanas os encontros foram mais frequentes, sendo 2 a 3 vezes por semana, para que os detalhes de organização para o dia da feira, fossem corrigidos. APRESENTAÇÃO DA FEIRA DE CIÊNCIAS No dia da apresentação da feira, todos os alunos compareceram com uma hora de antecedência à abertura da sala de astronomia. Foi feita uma reunião onde repassamos a responsabilidade de cada um sobre o seu experimento, todos foram montados e testados, a decoração da sala ficou a cargo dos alunos com auxílio de professores dos mesmos, e depois da abertura geral da feira, todos tomaram seus postos diante dos experimentos. Por segurança, os experimentos que envolviam algum risco mínimo (tratar com gelo seco, lançar o foguete à alta pressão), eram desenvolvidos pelos bolsistas, sendo que os alunos apenas auxiliavam nas tarefas e explicavam do que se tratava o experimento.
  • 5. Durante a apresentação, os alunos se mostraram ansiosos principalmente com o lançamento dos próprios foguetes (interesse também do público presente) e da mostra do cometa com gelo seco. Também manifestaram maior interesse na apresentação, quando pais e parentes chegavam à sala para ver a mostra que haviam desenvolvido. CONCLUSÃO O desenvolvimento de todas as etapas da feira de ciências exatas, desde a concepção até a apresentação para a comunidade escolar, foi de grande proveito para complemento da formação dos orientadores e dos orientados, pois o trabalho em oficinas foge da rotina de trabalhos em sala de aula, o que exige uma dinâmica diferente da sala de aula para todos os envolvidos no processo. Para o desenvolvimento acadêmico do aluno, foi perceptível o interesse deles em todos os trabalhos das oficinas, com os recorrentes comentários sobre o desejo de “ser cientista” quando crescer, o que por si só, demonstra a afinidade dos alunos quanto em contato com os assuntos ligados à astronomia.
  • 6. REFERÊNCIAS http://www.feiradeciencias.com.br/ - site sobre feiras de ciências, desde elaboração conceitual a construção física, com foco em experimentos de física, voltados a alunos de 6° a 9° anos, com alguns experimentos mais simples e mais lúdicos para anos anteriores LANGUI, R. e NARDI, R. - DIFICULDADES INTERPRETADAS NOS DISCURSOS DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM RELAÇÃO AO ENSINO DA ASTRONOMIA. http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol8/Num2/v08n02a02.pdf http://www.relea.ufscar.br/num4/A1_n4.pdf http://www.pucsp.br/iniciacaocientifica/downloads/artigos/LIVIA_CAMARGOS_CRUZ.pd f http://universo.liada.net/Memorias/3%20-%20Simula__o_de_um_cometa__.pdf http://www.feiradeciencias.com.br/sala24/24_k15.asp CAPELARI, D.;1 ZUKOVSKI, S. N. S. 2 - A IMPORTÂNCIA DA FÍSICA EXPERIMENTAL NO COTIDIANO E A EDUCAÇÃO http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=pmd&cod=_pmd2005_i3701