SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
Prova Escrita de Filosofia
11.º Ano de Escolaridade
Prova 714/2.ª Fase	 8 Páginas
Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.
2013
VERSÃO 1
Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho
EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 1/ 8
Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).
A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de
escolha múltipla.
Na folha de respostas, indique claramente o percurso selecionado (A ou B) para responder aos
itens 2. e 3. do Grupo II. A ausência de indicação do percurso selecionado implica a classificação
com zero pontos das respostas aos itens referidos.
Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.
Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo
que pretende que não seja classificado.
Escreva, de forma legível, a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respetivas respostas.
As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com
zero pontos.
Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um
mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar.
Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas:
•  o número do item;
•  a letra que identifica a única opção escolhida.
As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova.
A prova inclui, em anexo, uma tabela de símbolos lógicos.
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 2/ 8
GRUPO I
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 9., selecione a única opção correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.  A ação intencional é
(A)  um acontecimento que depende apenas de causas externas à vontade do agente.
(B)  um acontecimento que envolve o agente, mas não depende da sua vontade.
(C)  uma interferência voluntária do agente no curso dos acontecimentos.
(D)  um comportamento não dirigido nem controlado pelo agente.
2.  De acordo com o relativismo cultural,
(A)  existe um padrão universal para avaliar os costumes.
(B)  os códigos morais são idênticos em todas as culturas.
(C)  os critérios valorativos não variam de cultura para cultura.
(D)  todas as práticas culturais devem ser toleradas.
3.  «A crença no livre-arbítrio é universal, porque todas as pessoas acreditam que escolhem realmente o que
fazem».
Este argumento incorre na falácia seguinte:
(A)  boneco de palha.
(B)  falso dilema.
(C)  petição de princípio.
(D)  apelo à ignorância.
4.  Do ponto de vista dedutivo, é correto afirmar que
(A)  a validade dos argumentos depende unicamente do conteúdo.
(B)  os argumentos são inválidos se as premissas forem falsas e a conclusão verdadeira.
(C)  a validade dos argumentos depende da forma e do conteúdo.
(D)  os argumentos são inválidos se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa.
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 3/ 8
5.  Acerca da relação entre crença e conhecimento, é correto afirmar que
(A)  há crenças falsas, mas nenhuma crença falsa é conhecimento.
(B)  podemos conhecer aquilo em que não acreditamos.
(C)  as crenças são falsas, mas o conhecimento é verdadeiro.
(D)  não podemos acreditar naquilo que não conhecemos.
6.  Os racionalistas defendem que
(A)  os sentidos são a única fonte do conhecimento universal e necessário.
(B)  o conhecimento se fundamenta a posteriori.
(C)  não há conhecimento a priori.
(D)  a razão é a única fonte do conhecimento universal e necessário.
7.  Considere os seguintes enunciados relativos à posição de David Hume sobre a indução.
1.  As nossas crenças acerca do mundo dependem, em grande parte, da indução.
2.  A crença no valor da indução é justificada pela razão.
3.  As inferências indutivas decorrem do hábito ou costume.
4.  A indução é o método que permite descobrir a verdade.
Deve afirmar-se que
(A)  1 e 3 são corretos; 2 e 4 são incorretos.
(B)  2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
(C)  2 é correto; 1, 3 e 4 são incorretos.
(D)  1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.
8.  O conhecimento científico caracteriza-se, entre outros aspetos, por ser
(A)  metódico e subjetivo.
 (B) qualitativo e assistemático.
 (C) metódico e explicativo.
 (D) verdadeiro e definitivo.
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 4/ 8
9.  Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da natureza das teorias
científicas.
1.  As teorias científicas são refutáveis e conjeturais.
2.  A função da experiência consiste em verificar ou em confirmar as teorias científicas.
3.  As teorias científicas surgem, por indução, a partir de factos e de observações simples.
4.  O critério de cientificidade de uma teoria é a sua falsificabilidade.
Deve afirmar-se que
(A)  1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto.
(B)  1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.
(C)  2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
(D)  3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos.
GRUPO II
1.  Leia a fala seguinte de Górgias dirigindo-se a Sócrates.
GÓRGIAS – […] Se um orador e um médico se apresentarem numa cidade qualquer à tua
escolha, e se se discutir na assembleia do povo ou em qualquer reunião qual dos dois deve ser
eleito médico, garanto-te que o médico deixa simplesmente de existir e que aquele que domina
a arte da palavra se fará eleger se quiser.
Do mesmo modo, seja qual for o profissional com quem entre em competição, o orador conseguirá
que o prefiram a qualquer outro, porque não há matéria sobre a qual um orador não fale, diante
da multidão, de maneira mais persuasiva do que qualquer profissional. Tal é a qualidade e a força
desta arte que é a retórica.
Platão, Górgias, Lisboa, Ed. 70, 1997
A partir do texto, mostre por que razão a retórica sofística, para Platão, é uma forma de manipulação.
Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 5/ 8
Os itens 2. e 3. apresentam dois percursos:
Percurso A – Lógica Aristotélica – e Percurso B – Lógica Proposicional.
Indique claramente o percurso selecionado (A ou B). A ausência de indicação do percurso selecionado implica
a classificação das respostas aos itens 2. e 3. com zero pontos.
PERCURSO A
2. A.  Considere os termos seguintes.
Termo maior – «convincentes».
Termo médio – «oradores».
Termo menor – «políticos».
Construa um silogismo categórico válido da terceira figura, utilizando os termos apresentados.
Indique o modo do silogismo construído.
3. A.  Considere o argumento seguinte.
Todos os músicos são artistas.
Alguns artistas são pintores.
Logo, alguns pintores são músicos.
Identifique o tipo de falácia formal presente no argumento.
Justifique a sua resposta, mediante a enunciação da regra infringida e a explicitação da respetiva
infração.
PERCURSO B
2. B.  Considere a fórmula seguinte.
(P Ʌ Q) → ¬R
Traduza em linguagem natural a fórmula apresentada.
Comece por criar um dicionário apropriado.
3. B.  Considere as proposições seguintes.
«Se Espinosa tem razão, então tudo está determinado ou não há livre-arbítrio. Ora, Espinosa tem
razão.»
Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores, aplicando uma
das formas de inferência válida estudadas.
Indique a forma de inferência válida aplicada.
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 6/ 8
GRUPO III
Leia o texto seguinte.
1
5
Não existe sistema moral algum no qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em
conflito. Estas são as verdadeiras dificuldades, os momentos intrincados na teoria ética e na
orientação conscienciosa da conduta pessoal. São ultrapassados, na prática, com maior ou
menor sucesso, segundo o intelecto e a virtude dos indivíduos; mas dificilmente pode alegar-
-se que alguém está menos qualificado para lidar com eles por possuir um padrão último para
o qual podem ser remetidos os direitos e os deveres em conflito. Se a utilidade é a fonte última
das obrigações morais, pode ser invocada para decidir entre elas quando as suas exigências
são incompatíveis. Embora a aplicação do padrão possa ser difícil, é melhor do que não ter
padrão algum […].
S. Mill, Utilitarismo, Lisboa, Gradiva, 2005 (adaptado)
1.  Stuart Mill afirma que «a utilidade é a fonte última das obrigações morais» (linhas 6 e 7).
Esclareça o conceito de «utilidade», integrando-o na ética de Stuart Mill.
2.  Atente na primeira afirmação do texto de Stuart Mill: «Não existe sistema moral algum no qual não ocorram
casos inequívocos de obrigações em conflito.» (linhas 1 e 2).
Confronte as perspetivas de Kant e de Stuart Mill acerca da forma de resolver conflitos de obrigações.
Na sua resposta, recorra a um exemplo de conflito de obrigações.
GRUPO IV
1.  Leia o texto seguinte.
1
5
Dado que nascemos crianças e que formulámos vários juízos acerca das coisas sensíveis
antes que tivéssemos o completo uso da nossa razão, somos desviados do conhecimento da
verdade por muitos preconceitos, dos quais parece não podermos libertar-nos a não ser que,
uma vez na vida, nos esforcemos por duvidar de todos aqueles em que encontremos a mínima
suspeita de incerteza.
Será mesmo útil considerar também como falsas aquelas coisas de que duvidamos, para
que assim encontremos mais claramente o que é certíssimo e facílimo de conhecer.
Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença, 1995
A partir do texto, esclareça o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da verdade» (linhas 2 e 3).
Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.
2.  Redija um texto argumentativo em que discuta a perspetiva de Thomas Kuhn acerca do desenvolvimento
da ciência.
Na sua resposta, deve:
•  integrar os conceitos de «ciência normal» e de «ciência extraordinária»;
•  apresentar uma posição crítica fundamentada.
FIM
COTAÇÕES
GRUPO I
1.	............................................................................................................	 5 pontos
2.	............................................................................................................	 5 pontos
3.	............................................................................................................	 5 pontos
4.	............................................................................................................	 5 pontos
5.	............................................................................................................	 5 pontos
6.	............................................................................................................	 5 pontos
7.	............................................................................................................	 5 pontos
8.	............................................................................................................	 5 pontos
9.	............................................................................................................	 5 pontos
45 pontos
GRUPO II
1.	............................................................................................................	 15 pontos
2.  (A ou B)	 ............................................................................................	 15 pontos
3.  (A ou B)	 ............................................................................................	 15 pontos
45 pontos
GRUPO III
1.	............................................................................................................	 25 pontos
2.	............................................................................................................	 30 pontos
55 pontos
GRUPO IV
1.	............................................................................................................	 25 pontos
2.	............................................................................................................	 30 pontos
55 pontos
	TOTAL..........................................  200 pontos
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 7/ 8
Prova 714.V1/2.ª F. • Página 8/ 8
Anexo
TABELA DE SÍMBOLOS LÓGICOS
NOME
SÍMBOLO
ADOTADO
EXEMPLO ALTERNATIVAS
Letras proposicionais P, Q, R, . . . P A, B, C, . . .;	 p, q, r, . . .
Negação ¬ ¬P ͠ P -P	P
--
Conjunção Ʌ P Ʌ Q P & Q	 P . Q
Disjunção V P V Q PQ	 P + Q
Condicional → P → Q P ⊃ Q	 P ⇒ Q
Bicondicional ↔ P ↔ Q P  Q	 P ⇔ Q
Sinal de conclusão 
P Ʌ Q
 P
P Ʌ Q
–––––
P
	
P Ʌ Q  P
P Ʌ Q  P
P Ʌ Q } P
Parêntesis (...) (P Ʌ Q) V P [...]	 {...}

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A crença na ideia de conexão necessária
A crença na ideia de conexão necessáriaA crença na ideia de conexão necessária
A crença na ideia de conexão necessáriaLuis De Sousa Rodrigues
 
Ficha de trabalho – filosofia – 11º ano
Ficha de trabalho – filosofia – 11º anoFicha de trabalho – filosofia – 11º ano
Ficha de trabalho – filosofia – 11º anoj_sdias
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesAnaGomes40
 
Crença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofiaCrença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofiaAMLDRP
 
falácias informais
falácias informaisfalácias informais
falácias informaisIsabel Moura
 
Sermão Santo António aos Peixes Exórdio
Sermão Santo António aos Peixes ExórdioSermão Santo António aos Peixes Exórdio
Sermão Santo António aos Peixes ExórdioAlexandra Madail
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoRaffaella Ergün
 
Listas das falácias informais
Listas das falácias informaisListas das falácias informais
Listas das falácias informaisIsabel Moura
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio InesTeixeiraDuarte
 
Descartes - Trab grupo III
Descartes - Trab grupo IIIDescartes - Trab grupo III
Descartes - Trab grupo IIImluisavalente
 

Mais procurados (20)

Argumentos por analogia
Argumentos por analogiaArgumentos por analogia
Argumentos por analogia
 
As relações de ideias
As relações de ideiasAs relações de ideias
As relações de ideias
 
A crença na ideia de conexão necessária
A crença na ideia de conexão necessáriaA crença na ideia de conexão necessária
A crença na ideia de conexão necessária
 
Ficha de trabalho – filosofia – 11º ano
Ficha de trabalho – filosofia – 11º anoFicha de trabalho – filosofia – 11º ano
Ficha de trabalho – filosofia – 11º ano
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Actos Ilocutórios
Actos IlocutóriosActos Ilocutórios
Actos Ilocutórios
 
Teste 1
Teste 1Teste 1
Teste 1
 
Crença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofiaCrença verdadeira justificada - filosofia
Crença verdadeira justificada - filosofia
 
Descartes críticas
Descartes críticasDescartes críticas
Descartes críticas
 
falácias informais
falácias informaisfalácias informais
falácias informais
 
Recursos Estilísticos
Recursos EstilísticosRecursos Estilísticos
Recursos Estilísticos
 
Camões sonetos
Camões sonetosCamões sonetos
Camões sonetos
 
A falácia do falso dilema
A falácia do falso dilemaA falácia do falso dilema
A falácia do falso dilema
 
Sermão Santo António aos Peixes Exórdio
Sermão Santo António aos Peixes ExórdioSermão Santo António aos Peixes Exórdio
Sermão Santo António aos Peixes Exórdio
 
Resumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões líricoResumos de Português: Camões lírico
Resumos de Português: Camões lírico
 
Listas das falácias informais
Listas das falácias informaisListas das falácias informais
Listas das falácias informais
 
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
Filosofia 10º Ano - O Problema do Livre-Arbítrio
 
O problema da indução
O problema da induçãoO problema da indução
O problema da indução
 
Ondas do mar de vigo
Ondas do mar de vigoOndas do mar de vigo
Ondas do mar de vigo
 
Descartes - Trab grupo III
Descartes - Trab grupo IIIDescartes - Trab grupo III
Descartes - Trab grupo III
 

Destaque

Guia geral de exames 2014
Guia geral de exames 2014Guia geral de exames 2014
Guia geral de exames 2014Pedro França
 
Exame de filosofia critérios
Exame de filosofia   critériosExame de filosofia   critérios
Exame de filosofia critériosAntónio Daniel
 
Ficha formativa fil 10
Ficha formativa fil 10Ficha formativa fil 10
Ficha formativa fil 10Julia Martins
 
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrio
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrioExercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrio
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrioESMERALDINO123
 
O acto de conhecer
O acto de conhecerO acto de conhecer
O acto de conhecerPaulo Gomes
 
Análise Capitulo XV - Os Maias
Análise Capitulo XV -  Os MaiasAnálise Capitulo XV -  Os Maias
Análise Capitulo XV - Os Maiasmonicasantosilva
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnJorge Barbosa
 
Resumos de Filosofia- Racionalismo e Empirismo
Resumos de Filosofia- Racionalismo e EmpirismoResumos de Filosofia- Racionalismo e Empirismo
Resumos de Filosofia- Racionalismo e EmpirismoAna Catarina
 
Juízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorJuízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorDanilo Pires
 
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015Correcção 11 01 03 teste provincial 2015
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015Avatar Cuamba
 
Lógica formal
Lógica formalLógica formal
Lógica formalAlan
 
Lógica Aristotélica
Lógica AristotélicaLógica Aristotélica
Lógica AristotélicaJorge Barbosa
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesTeorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesJorge Barbosa
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação joanana
 
A definição tradicional de conhecimento
A definição tradicional de conhecimentoA definição tradicional de conhecimento
A definição tradicional de conhecimentoLuis De Sousa Rodrigues
 
Adivinanzas sobre el agua
Adivinanzas sobre el aguaAdivinanzas sobre el agua
Adivinanzas sobre el agualailoleilo
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoDina Baptista
 

Destaque (20)

Guia geral de exames 2014
Guia geral de exames 2014Guia geral de exames 2014
Guia geral de exames 2014
 
Exame de filosofia critérios
Exame de filosofia   critériosExame de filosofia   critérios
Exame de filosofia critérios
 
Ficha formativa fil 10
Ficha formativa fil 10Ficha formativa fil 10
Ficha formativa fil 10
 
Exame biologia 2014
Exame biologia 2014Exame biologia 2014
Exame biologia 2014
 
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrio
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrioExercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrio
Exercicio rac-logico-inss-intensivao-cesgranrio
 
O acto de conhecer
O acto de conhecerO acto de conhecer
O acto de conhecer
 
Racionalismo - Descartes
Racionalismo - Descartes  Racionalismo - Descartes
Racionalismo - Descartes
 
Análise Capitulo XV - Os Maias
Análise Capitulo XV -  Os MaiasAnálise Capitulo XV -  Os Maias
Análise Capitulo XV - Os Maias
 
Conhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - KuhnConhecimento Científico - Kuhn
Conhecimento Científico - Kuhn
 
Resumos de Filosofia- Racionalismo e Empirismo
Resumos de Filosofia- Racionalismo e EmpirismoResumos de Filosofia- Racionalismo e Empirismo
Resumos de Filosofia- Racionalismo e Empirismo
 
Juízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valorJuízo de fato e Juízo de valor
Juízo de fato e Juízo de valor
 
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015Correcção 11 01 03 teste provincial 2015
Correcção 11 01 03 teste provincial 2015
 
Lógica formal
Lógica formalLógica formal
Lógica formal
 
Lógica Aristotélica
Lógica AristotélicaLógica Aristotélica
Lógica Aristotélica
 
Os maias a intriga
Os maias   a intrigaOs maias   a intriga
Os maias a intriga
 
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - DescartesTeorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
Teorias Explicativas do Conhecimento - Descartes
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 
A definição tradicional de conhecimento
A definição tradicional de conhecimentoA definição tradicional de conhecimento
A definição tradicional de conhecimento
 
Adivinanzas sobre el agua
Adivinanzas sobre el aguaAdivinanzas sobre el agua
Adivinanzas sobre el agua
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 

Semelhante a Exame filosofia 2ª fase

Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Isabel Moura
 
Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Isabel Moura
 
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica Filosofia - PACC 2015 Prova Específica
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica Sérgio Lagoa
 
Resumo e questões filosofia 11º
Resumo e questões filosofia 11ºResumo e questões filosofia 11º
Resumo e questões filosofia 11ºmalaiko
 
Resolução_teste_diagnóstico_11
Resolução_teste_diagnóstico_11Resolução_teste_diagnóstico_11
Resolução_teste_diagnóstico_11Isabel Moura
 
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdf
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdfAlmossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdf
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdfVIEIRA RESENDE
 
Filosofia II bimestre- 2º ano
Filosofia  II bimestre- 2º anoFilosofia  II bimestre- 2º ano
Filosofia II bimestre- 2º anoMary Alvarenga
 
Binder1 (9)
Binder1 (9)Binder1 (9)
Binder1 (9)hc car
 
Correção ficha de revisões 1 teste 11
Correção ficha de revisões 1 teste 11Correção ficha de revisões 1 teste 11
Correção ficha de revisões 1 teste 11Isabel Moura
 
ae_pfug10_teste_2.docx
ae_pfug10_teste_2.docxae_pfug10_teste_2.docx
ae_pfug10_teste_2.docxAngelaRamos98
 
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosófico
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosóficoFicha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosófico
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosóficoAnaKlein1
 
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011Jose Rocha
 
Dissertação esquema básico 2014
Dissertação esquema básico 2014Dissertação esquema básico 2014
Dissertação esquema básico 2014Karin Cristine
 

Semelhante a Exame filosofia 2ª fase (20)

Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1Ex fil714-f2-2017-v1
Ex fil714-f2-2017-v1
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
2014 a prova_1_fase
2014 a prova_1_fase2014 a prova_1_fase
2014 a prova_1_fase
 
Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2Ex fil714-f2-2017-v2
Ex fil714-f2-2017-v2
 
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica Filosofia - PACC 2015 Prova Específica
Filosofia - PACC 2015 Prova Específica
 
Filosofia.pdf
Filosofia.pdfFilosofia.pdf
Filosofia.pdf
 
Resumo e questões filosofia 11º
Resumo e questões filosofia 11ºResumo e questões filosofia 11º
Resumo e questões filosofia 11º
 
Resolução_teste_diagnóstico_11
Resolução_teste_diagnóstico_11Resolução_teste_diagnóstico_11
Resolução_teste_diagnóstico_11
 
Falácias e sofismas
Falácias e sofismasFalácias e sofismas
Falácias e sofismas
 
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdf
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdfAlmossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdf
Almossawi - O livro ilustrado dos maus argumentos.pdf
 
Instrumentos do trabalho filosofico
Instrumentos do trabalho filosoficoInstrumentos do trabalho filosofico
Instrumentos do trabalho filosofico
 
Filosofia II bimestre- 2º ano
Filosofia  II bimestre- 2º anoFilosofia  II bimestre- 2º ano
Filosofia II bimestre- 2º ano
 
Binder1 (9)
Binder1 (9)Binder1 (9)
Binder1 (9)
 
Lógica.pptx
Lógica.pptxLógica.pptx
Lógica.pptx
 
Correção ficha de revisões 1 teste 11
Correção ficha de revisões 1 teste 11Correção ficha de revisões 1 teste 11
Correção ficha de revisões 1 teste 11
 
ae_pfug10_teste_2.docx
ae_pfug10_teste_2.docxae_pfug10_teste_2.docx
ae_pfug10_teste_2.docx
 
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosófico
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosóficoFicha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosófico
Ficha de trabalho - A dimensão discursiva do trabalho filosófico
 
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011
Klc concursos prova assistente legislativo I 13-11-2011
 
Dissertação esquema básico 2014
Dissertação esquema básico 2014Dissertação esquema básico 2014
Dissertação esquema básico 2014
 

Mais de António Daniel

Mais de António Daniel (15)

A aprendizagem
A aprendizagemA aprendizagem
A aprendizagem
 
Thomas kuhn
Thomas kuhnThomas kuhn
Thomas kuhn
 
Kant. Conhecimento.
Kant. Conhecimento.Kant. Conhecimento.
Kant. Conhecimento.
 
Fundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumesFundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumes
 
Fundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumesFundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumes
 
Cepticismo
CepticismoCepticismo
Cepticismo
 
Mente corpo
Mente corpoMente corpo
Mente corpo
 
Utilitarismo
UtilitarismoUtilitarismo
Utilitarismo
 
Thomas hobbes
Thomas hobbesThomas hobbes
Thomas hobbes
 
John locke
John lockeJohn locke
John locke
 
Truísmos à volta da beleza
Truísmos à volta da belezaTruísmos à volta da beleza
Truísmos à volta da beleza
 
Fundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumesFundamentação metafísica dos costumes
Fundamentação metafísica dos costumes
 
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderadoDeterminismo, libertismo e determinismo moderado
Determinismo, libertismo e determinismo moderado
 
Estética
EstéticaEstética
Estética
 
Concepções de justiça e john rawls
Concepções de justiça e john rawlsConcepções de justiça e john rawls
Concepções de justiça e john rawls
 

Exame filosofia 2ª fase

  • 1. Prova Escrita de Filosofia 11.º Ano de Escolaridade Prova 714/2.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. 2013 VERSÃO 1 Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Prova 714.V1/2.ª F. • Página 1/ 8 Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2). A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de escolha múltipla. Na folha de respostas, indique claramente o percurso selecionado (A ou B) para responder aos itens 2. e 3. do Grupo II. A ausência de indicação do percurso selecionado implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens referidos. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Não é permitido o uso de corretor. Em caso de engano, deve riscar de forma inequívoca aquilo que pretende que não seja classificado. Escreva, de forma legível, a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respetivas respostas. As respostas ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos. Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se escrever mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar. Para responder aos itens de escolha múltipla, escreva, na folha de respostas: •  o número do item; •  a letra que identifica a única opção escolhida. As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova. A prova inclui, em anexo, uma tabela de símbolos lógicos.
  • 2. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 2/ 8 GRUPO I Na resposta a cada um dos itens de 1. a 9., selecione a única opção correta. Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida. 1.  A ação intencional é (A)  um acontecimento que depende apenas de causas externas à vontade do agente. (B)  um acontecimento que envolve o agente, mas não depende da sua vontade. (C)  uma interferência voluntária do agente no curso dos acontecimentos. (D)  um comportamento não dirigido nem controlado pelo agente. 2.  De acordo com o relativismo cultural, (A)  existe um padrão universal para avaliar os costumes. (B)  os códigos morais são idênticos em todas as culturas. (C)  os critérios valorativos não variam de cultura para cultura. (D)  todas as práticas culturais devem ser toleradas. 3.  «A crença no livre-arbítrio é universal, porque todas as pessoas acreditam que escolhem realmente o que fazem». Este argumento incorre na falácia seguinte: (A)  boneco de palha. (B)  falso dilema. (C)  petição de princípio. (D)  apelo à ignorância. 4.  Do ponto de vista dedutivo, é correto afirmar que (A)  a validade dos argumentos depende unicamente do conteúdo. (B)  os argumentos são inválidos se as premissas forem falsas e a conclusão verdadeira. (C)  a validade dos argumentos depende da forma e do conteúdo. (D)  os argumentos são inválidos se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa.
  • 3. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 3/ 8 5.  Acerca da relação entre crença e conhecimento, é correto afirmar que (A)  há crenças falsas, mas nenhuma crença falsa é conhecimento. (B)  podemos conhecer aquilo em que não acreditamos. (C)  as crenças são falsas, mas o conhecimento é verdadeiro. (D)  não podemos acreditar naquilo que não conhecemos. 6.  Os racionalistas defendem que (A)  os sentidos são a única fonte do conhecimento universal e necessário. (B)  o conhecimento se fundamenta a posteriori. (C)  não há conhecimento a priori. (D)  a razão é a única fonte do conhecimento universal e necessário. 7.  Considere os seguintes enunciados relativos à posição de David Hume sobre a indução. 1.  As nossas crenças acerca do mundo dependem, em grande parte, da indução. 2.  A crença no valor da indução é justificada pela razão. 3.  As inferências indutivas decorrem do hábito ou costume. 4.  A indução é o método que permite descobrir a verdade. Deve afirmar-se que (A)  1 e 3 são corretos; 2 e 4 são incorretos. (B)  2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos. (C)  2 é correto; 1, 3 e 4 são incorretos. (D)  1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto. 8.  O conhecimento científico caracteriza-se, entre outros aspetos, por ser (A)  metódico e subjetivo.  (B) qualitativo e assistemático.  (C) metódico e explicativo.  (D) verdadeiro e definitivo.
  • 4. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 4/ 8 9.  Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da natureza das teorias científicas. 1.  As teorias científicas são refutáveis e conjeturais. 2.  A função da experiência consiste em verificar ou em confirmar as teorias científicas. 3.  As teorias científicas surgem, por indução, a partir de factos e de observações simples. 4.  O critério de cientificidade de uma teoria é a sua falsificabilidade. Deve afirmar-se que (A)  1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto. (B)  1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos. (C)  2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos. (D)  3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos. GRUPO II 1.  Leia a fala seguinte de Górgias dirigindo-se a Sócrates. GÓRGIAS – […] Se um orador e um médico se apresentarem numa cidade qualquer à tua escolha, e se se discutir na assembleia do povo ou em qualquer reunião qual dos dois deve ser eleito médico, garanto-te que o médico deixa simplesmente de existir e que aquele que domina a arte da palavra se fará eleger se quiser. Do mesmo modo, seja qual for o profissional com quem entre em competição, o orador conseguirá que o prefiram a qualquer outro, porque não há matéria sobre a qual um orador não fale, diante da multidão, de maneira mais persuasiva do que qualquer profissional. Tal é a qualidade e a força desta arte que é a retórica. Platão, Górgias, Lisboa, Ed. 70, 1997 A partir do texto, mostre por que razão a retórica sofística, para Platão, é uma forma de manipulação. Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto.
  • 5. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 5/ 8 Os itens 2. e 3. apresentam dois percursos: Percurso A – Lógica Aristotélica – e Percurso B – Lógica Proposicional. Indique claramente o percurso selecionado (A ou B). A ausência de indicação do percurso selecionado implica a classificação das respostas aos itens 2. e 3. com zero pontos. PERCURSO A 2. A.  Considere os termos seguintes. Termo maior – «convincentes». Termo médio – «oradores». Termo menor – «políticos». Construa um silogismo categórico válido da terceira figura, utilizando os termos apresentados. Indique o modo do silogismo construído. 3. A.  Considere o argumento seguinte. Todos os músicos são artistas. Alguns artistas são pintores. Logo, alguns pintores são músicos. Identifique o tipo de falácia formal presente no argumento. Justifique a sua resposta, mediante a enunciação da regra infringida e a explicitação da respetiva infração. PERCURSO B 2. B.  Considere a fórmula seguinte. (P Ʌ Q) → ¬R Traduza em linguagem natural a fórmula apresentada. Comece por criar um dicionário apropriado. 3. B.  Considere as proposições seguintes. «Se Espinosa tem razão, então tudo está determinado ou não há livre-arbítrio. Ora, Espinosa tem razão.» Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores, aplicando uma das formas de inferência válida estudadas. Indique a forma de inferência válida aplicada.
  • 6. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 6/ 8 GRUPO III Leia o texto seguinte. 1 5 Não existe sistema moral algum no qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em conflito. Estas são as verdadeiras dificuldades, os momentos intrincados na teoria ética e na orientação conscienciosa da conduta pessoal. São ultrapassados, na prática, com maior ou menor sucesso, segundo o intelecto e a virtude dos indivíduos; mas dificilmente pode alegar- -se que alguém está menos qualificado para lidar com eles por possuir um padrão último para o qual podem ser remetidos os direitos e os deveres em conflito. Se a utilidade é a fonte última das obrigações morais, pode ser invocada para decidir entre elas quando as suas exigências são incompatíveis. Embora a aplicação do padrão possa ser difícil, é melhor do que não ter padrão algum […]. S. Mill, Utilitarismo, Lisboa, Gradiva, 2005 (adaptado) 1.  Stuart Mill afirma que «a utilidade é a fonte última das obrigações morais» (linhas 6 e 7). Esclareça o conceito de «utilidade», integrando-o na ética de Stuart Mill. 2.  Atente na primeira afirmação do texto de Stuart Mill: «Não existe sistema moral algum no qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em conflito.» (linhas 1 e 2). Confronte as perspetivas de Kant e de Stuart Mill acerca da forma de resolver conflitos de obrigações. Na sua resposta, recorra a um exemplo de conflito de obrigações. GRUPO IV 1.  Leia o texto seguinte. 1 5 Dado que nascemos crianças e que formulámos vários juízos acerca das coisas sensíveis antes que tivéssemos o completo uso da nossa razão, somos desviados do conhecimento da verdade por muitos preconceitos, dos quais parece não podermos libertar-nos a não ser que, uma vez na vida, nos esforcemos por duvidar de todos aqueles em que encontremos a mínima suspeita de incerteza. Será mesmo útil considerar também como falsas aquelas coisas de que duvidamos, para que assim encontremos mais claramente o que é certíssimo e facílimo de conhecer. Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença, 1995 A partir do texto, esclareça o papel da dúvida cartesiana no «conhecimento da verdade» (linhas 2 e 3). Na sua resposta, integre, de forma pertinente, informação do texto. 2.  Redija um texto argumentativo em que discuta a perspetiva de Thomas Kuhn acerca do desenvolvimento da ciência. Na sua resposta, deve: •  integrar os conceitos de «ciência normal» e de «ciência extraordinária»; •  apresentar uma posição crítica fundamentada. FIM
  • 7. COTAÇÕES GRUPO I 1. ............................................................................................................ 5 pontos 2. ............................................................................................................ 5 pontos 3. ............................................................................................................ 5 pontos 4. ............................................................................................................ 5 pontos 5. ............................................................................................................ 5 pontos 6. ............................................................................................................ 5 pontos 7. ............................................................................................................ 5 pontos 8. ............................................................................................................ 5 pontos 9. ............................................................................................................ 5 pontos 45 pontos GRUPO II 1. ............................................................................................................ 15 pontos 2.  (A ou B) ............................................................................................ 15 pontos 3.  (A ou B) ............................................................................................ 15 pontos 45 pontos GRUPO III 1. ............................................................................................................ 25 pontos 2. ............................................................................................................ 30 pontos 55 pontos GRUPO IV 1. ............................................................................................................ 25 pontos 2. ............................................................................................................ 30 pontos 55 pontos TOTAL..........................................  200 pontos Prova 714.V1/2.ª F. • Página 7/ 8
  • 8. Prova 714.V1/2.ª F. • Página 8/ 8 Anexo TABELA DE SÍMBOLOS LÓGICOS NOME SÍMBOLO ADOTADO EXEMPLO ALTERNATIVAS Letras proposicionais P, Q, R, . . . P A, B, C, . . .; p, q, r, . . . Negação ¬ ¬P ͠ P -P P -- Conjunção Ʌ P Ʌ Q P & Q P . Q Disjunção V P V Q PQ P + Q Condicional → P → Q P ⊃ Q P ⇒ Q Bicondicional ↔ P ↔ Q P  Q P ⇔ Q Sinal de conclusão  P Ʌ Q  P P Ʌ Q ––––– P P Ʌ Q  P P Ʌ Q  P P Ʌ Q } P Parêntesis (...) (P Ʌ Q) V P [...] {...}