O documento discute conceitos de juventude e adolescência, abordando-os sob perspectivas sociológicas e psicológicas. Também reflete sobre as características e estereótipos associados aos jovens hoje em dia, e sobre os desafios de se pensar a relação entre jovens e escola, reconhecendo os sujeitos na sua multiplicidade de experiências.
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
Formação para professores prefeitura municipal de pará de minas - mg 2010
1. FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Fernanda Vasconcelos Dias
Pedagoga, Mestranda em Educação
pela FaE/UFMG
Observatório da Juventude da UFMG
E-mail: dias.fernandav@gmail.com
www.fae.ufmg.br/objuventude
“JOVENS E ADOLESCENTES: RELAÇÕES E
SIGNIFICADOS CONSTRUÍDOS NA/COM A ESCOLA”
Prefeitura Municipal de Pará de Minas
2. Juventude e adolescência: uma breve
abordagem conceitual
• Ênfase da Sociologia
• Vínculo entre
indivíduos de uma
mesma geração
• Segmento social
específico
• Ênfase da Psicologia
• Processo mais
individual e
subjetivo
• Transformações
físicas e psíquicas
JUVENTUDE ADOLESCÊNCIA
3. Uma outra possibilidade de definição
conceitual
• Adolêscencia como uma primeira fase da
juventude
• Consideração das pecularidades das duas
etapas sem dissociá-las
4. Juventude ou Juventude(s)?
• Categoria social (socialmente construída)
• Agrupa sujeitos que compartilham a mesma
fase da vida
• Multiplicidade de experiências marcadas
pelas distintas variáveis econômicas, étnicas-
raciais, de gênero, regionais, etc.
5. Juventudes…
• Distinção entre:
JUVENTUDE (enquanto fase da vida)
OS/AS JOVENS (sujeitos que vivem esta fase)
• Além de ser marcada pela DIVERSIDADE a
juventude é uma categoria dinâmica. Não há
juventude e sim JOVENS enquanto sujeitos
6. Jovens hoje: discutindo características
e esteriótipos
• A juventude é uma transição?
• Existe um processo de construção de identidade
nesta fase de vida?
• A autonomia é uma característica dos jovens?
• O que significa falar em experimentação nesta
fase da vida?
7. A adolescência sobre o olhar da
Psicologia: duas abordagens e
algumas de suas contribuições
• Adolescência como trabalho psíquico exigido
pela transição do universo infantil ao chamado
mundo adulto.
• Busca de um novo lugar na família
• Considera o “luto da imagem da infância” e a
reação das figuras paternais
• Contribuições:
privilegia o próprio sujeito
PERSPECTIVA PSICANALÍTICA
8. A adolescência sobre o olhar da
Psicologia: duas abordagens e
algumas de suas contribuições
• Adolescência como fenômeno produzido
historico e socialmente
• Reconhece a existência da puberdade, mas as
mudanças biológicas são significadas
socialmente
• Considera que são muitas as adolescências
• Contribuições:
olhar sobre o “ser histórico e social”
PERSPECTIVA SOCIO-HISTÓRICA
10. Jovens e a Escola: quais
movimentos parecem necessários?
11. Jovem ou aluno?
• Predomínio da categoria aluno na escola,
compreensão dos sujeitos em termos dos seus papéis
institucionais
• O papel de aluno também é socialmente construído.
Ser estudante exige um importante trabalho de
socialização, é uma construção
• É importante ser estudante na escola, mas trata-se
também de RECONHECER que a IDENTIDADE DOS
ALUNOS não é construída apenas por sua inserção
na trajetória escolar
12. Dos jovens e das escolas:
o que podemos dizer sobre este
encontro?
13. Dos desafios às indagações…
Quem são os sujeitos da nossa prática?
Como vivem e o que fazem os jovens fazem fora da
escola?
Qual o contexto sócio-histórico e cultural no qual
essa prática está sendo proposta?
O que estamos entendendo por juventude?
O que significa ser jovem na sociedade brasileira
atual?
A escola dialoga com os jovens como sujeitos sócio-
culturais, ou do portão pra dentro são vistos e tratados
apenas como alunos?
14. “Bom, eu acho que não deveria ser na rédea
curta, deveria ser na conversa, e a
conversa não adiantando procurar buscar
um meio de chegar até a turma pra gente
poder saber o quê que ta acontecendo com
a turma, porque que ela ta agindo dessa
forma, desse modo, mas não agir de rédea
curta, porque se agir de rédea curta aí que
eles vão continuar fazendo as mesmas
coisas sempre.”
Fala de uma jovem estudante do 1º ano do E.M, 2008
15. Referência Bibliográfica
CORTI, A.P. e SOUZA, R. Diálogos com o mundo juvenil:
subsídios para educadores. São Paulo: Ação Educativa, 2004.
DAYRELL, J.; DIAS, F.V.; CARMO, H.; NONATO, B. Juventude e
escola. In: SPOSITO, M. O estado da arte sobre juventude na
pós-graduação brasileira: educação, ciências sociais e serviço
social (1999-2006), v.1. Belo Horizonte, MG: Argvmentvm,
2009.
DIAS, F. V e DAYRELL, J. A indisciplina na ótica dos jovens:
algumas reflexões sobre as relações sociais no cotidiano escolar.
Faculdade de Educação.Universidade Federal de Minas Gerais,
2008.