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FACULDADE DE
                                        TECNOLOGIA
                                   DE SÃO CAETANO DO SUL




          FERNANDO BARBOSA ROMANO




TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO
                  CORPORATIVO




             São Caetano do Sul / SP
                      2010
FACULDADE DE
                                                    TECNOLOGIA
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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO CORPORATIVO




                               Trabalho       de   Conclusão    de    Curso
                               apresentado à Faculdade de Tecnologia de
                               São Caetano do Sul, sob a orientação do
                               Professor     Dr.   Rodrigo   Amorim   Motta
                               Carvalho, como requisito parcial para a
                               obtenção do diploma de Graduação no
                               Curso de Tecnologia em Segurança da
                               Informação.




                    São Caetano do Sul / SP
                             2010
Nome: ROMANO, Fernando Barbosa.
Título: Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul para obtenção do diploma de Graduação. Aprovado em:


Banca Examinadora




Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________


Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________




Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________


Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________




Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________


Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________
A Deus, a minha família, Valdir, Matilde, Luciana e Mel
e a todas as pessoas que acreditaram no meu sucesso.
                       Mais um obstáculo foi superado!
AGRADECIMENTOS


Agradeço a Deus por me fazer capaz de executar mais uma tarefa.
A minha família por serem a minha base para o sucesso.
Aos meus amigos que sempre estão ao meu lado não importando a situação.
Ao meu orientador Rodrigo Amorim, pela dedicação, paciência e disposição quando
precisei.
A todos os professores que ao longo deste período sempre me ajudaram no meu
crescimento pessoal e profissional.
A todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma na elaboração deste
trabalho.
"Quando agredida, a natureza não se defende.
                           Apenas se vinga."


                              Albert Einstein
ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010.


                                       RESUMO


Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a Tecnologia da Informação Verde
(T.I. Verde) no ramo corporativo. Será abordado a parte conceitual da Tecnologia da
Informação, os problemas que atualmente enfrenta-se no mundo devido a omissão
das empresas nos processos de fabricação, utilização e descarte dos seus produtos
de uma forma correta e não prejudicial ao meio ambiente, as tecnologias que estão
reduzindo   gastos   financeiros   e   os   meios   corretos   para   o   descarte   de
eletroeletrônicos, tornando cada vez mais a T.I. uma área sustentável. Na parte
governamental, será comentada a legislação do Brasil e do exterior, ação do
Greenpeace cobrando medidas sustentáveis das maiores empresas de T.I. e sobre
a certificação para empresas da área ambiental (ISO 14001).


Palavras-chave: T.I. Verde; Sustentabilidade; Tecnologia da Informação;
ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo.
43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São
Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010.


                                   ABSTRACT


This paper introduces a case study about Green Information Technology (Green I.T.)
in the corporate trade. It will approach the concept of Information Technology, the
problems the world is facing due to the negligence of companies in the processes of
manufacturing, usage and disposal of their products in a way that does not cause
environmental harm, the technologies that are reducing financials expenditures, and
the proper means for electronic equipment disposal, making Information Technology
(I.T.) a more sustainable area. In the governmental part, there will be comments
about legislation in Brazil and abroad, the Greenpeace action by demanding
sustainable measures from the largest I.T. companies, and the certification for
companies on the environmental area (ISO 14001).


Key-words: Green I.T.; Sustainability; Information Technology.
LISTA DE TABELAS


Tabela 1. Composição física de um computador ........................................................4
Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos....................................................................5
Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter ......................................................6
Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas ...22
LISTA DE ILUSTRAÇÕES


Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I ..........................7
Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores ......................................................9
Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client.............................................14
Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de
recolhimento de baterias de celular...........................................................................20
Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas
avaliadas em janeiro de 2010....................................................................................22
LISTA DE SIGLAS


ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
RoHS – Restriction of Hazardous Substances
ERWA – Electronic Waste Recycling Act
LISTA DE ABREVIATURAS


CPD – Centro de Processamento de Dados
T.I. – Tecnologia da Informação
GPL – General Public License
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO ............................................................................................................1
1 CONCEITO .............................................................................................................2
   1.1 O QUE É T.I.?...................................................................................................2
   1.2 O QUE É T.I. VERDE? .....................................................................................3
2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I. ..............................................................3
   2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO ................................................3
   2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO ..................................................5
   2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE....................................................7
3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE .......................................9
   3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES...............................................................9
   3.2 VIRTUALIZAÇÃO ...........................................................................................10
   3.3 THIN CLIENTS ...............................................................................................13
   3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS ............................................14
   3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS ...........................................16
   3.6 DESCARTE CORRETO .................................................................................19
4 LEGISLAÇÃO........................................................................................................20
5 CERTIFICAÇÃO....................................................................................................24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................25
7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................26
1




INTRODUÇÃO


   Vive-se em uma sociedade que em primeiro instante o caráter é medido pelo o
que se possui (bens materiais, dinheiro, status) e não pelo que representam-se
como pessoas.
   Para alcançar um status de destaque perante a sociedade, as pessoas adquirem
equipamentos recém lançados no mercado apenas para serrem os primeiros a
possuir a nova tecnologia.
   Atualmente compra-se novos equipamentos hoje, mas amanhã eles já estão
ultrapassados porque nesse tempo outras empresas lançaram aparelhos celulares
com TV digital, câmeras com melhor resolução e/ou novas funções, processadores
menores e mais rápidos, discos rígidos com maiores capacidades, televisores
maiores, mais finos e de alta definição, iPods, iPads, notebooks menores, mais leves
e coloridos e isso se repete todo dia com qualquer equipamento eletrônico.
   “Um dos fatores perversos que contribui para o aumento crescente do e-lixo é a
velocidade da troca de versões dos computadores (inclui celulares) e dos
programas” (AFFONSO, 2008).
   Quando se adquire algo novo é comum querer se desfazer rapidamente do
antigo. Entretanto, com aparelhos eletroeletrônicos não é simplesmente descartá-lo
no lixo comum e achar que a partir deste ponto as pessoas que fazem a separação
do lixo nos aterros irão tomar as devidas providências para reciclagem.
   “Cerca de três quilos de lixo eletrônico são gerados a partir da fabricação de cada quilo
de computador. Além disso, o processo de fabricação desses equipamentos envolve grande
quantidade de elementos químicos e gases tóxicos.” (JORNAL DA MÍDIA, 2008).
   Segundo estudo feito pela a Organização das Nações Unidas (ONU, 2010), a
geração de lixo eletrônico cresce cerca de 40 milhões de toneladas por ano e até
2020 o lixo eletrônico proveniente de computadores crescerá cerca de 400% na
China e África do Sul comparado com a medição de 2007.
   Neste relatório divulgado pela ONU destaca-se que países como China, Brasil,
México, índia e outros poderão enfrentar danos ambientais e problemas de saúde
2




caso não tomem medidas de reciclagem eficientes e eficazes para esses
equipamentos (STEINER, 2010).
   Este trabalho tem como foco a análise da T.I. Verde para a visão corporativa,
mostrando o que a negligência das empresas ocasionou no mundo, o que pode ser
feito para corrigir esses problemas, e as medidas que os governos tomaram.
   Para a sua realização foi necessário o levantamento de estudos e pesquisas de
corporações e especialistas no assunto, trabalhos acadêmicos e livros que abordam
o tema. Ele está dividido da seguinte forma:
   1. Conceituar T.I. e T.I. Verde
   2. Descrever os problemas que os eletroeletrônicos causam junto com os
      fabricantes omissos
   3. Demonstrar algumas medidas que podem ser seguidas pelas empresas
      visando a sustentabilidade
   4. Apresentar leis adotadas pelos governos e ações de organizações
   5. Apresentar certificação da área T.I. Verde


1 CONCEITO

1.1 O QUE É T.I.?


   Atualmente não temos uma definição muito clara sobre T.I., ocorrendo que cada
pessoa que atua no ramo ou não defina a abrangência desta sigla.
De acordo com o consultor de Tecnologia de Informação da Schlumberger, Claude
Baudoin (s.d.):




                     A Tecnologia da Informação (TI) consiste em todas as “coisas”
                     baseadas em computadores e que nos permite registrar, comunicar e
                     obter resultados a partir de uma informação. A TI compreende:
                         - computadores (incluindo seus componentes, como por exemplo
                     discos e telas)
                         - softwares rodados em computadores
                         - a rede pela qual esses computadores "conversam" entre si
3




                        - a segurança que (às vezes) previne que esses computadores
                    sejam invadidos por vírus e que controla o acesso somente de
                    pessoas autorizadas à informação pertencente a eles




1.2 O QUE É T.I. VERDE?


   A cada dia ouve-se mais sobre T.I. Verde, sustentabilidade, algumas empresas
fazendo campanhas de recebimento de pilhas, celulares e baterias. A sociedade não
tem uma ampla visão desta sigla, achando que T.I. Verde é somente doar os
eletroeletrônicos para estas empresas efetuarem o descarte correto.
   T.I. Verde é um conjunto de boas práticas que deve ser adotada pela sociedade
desde a produção de um eletroeletrônico, utilização e descarte, tornando o tempo de
vida deste equipamento cada vez prejudicial ao meio ambiente.
   De acordo com Pablo Hess (2009), T.I. Verde e suas práticas significam:




                    TI verde é um conjunto de práticas para tornar mais sustentável e
                    menos prejudicial o nosso uso da computação. [...] As práticas da TI
                    verde buscam reduzir o desperdício e aumentar a eficiência de todos
                    os processos e fenômenos relacionados à operação desses
                    computadores "no meio do caminho".



“Green IT pretende estar presente em todas as etapas, da produção da tecnologia à
maneira como essa tecnologia é usada.” (LUCAS, s.d.)


2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I.

2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO


   Na tecnologia da informação gasta-se energia na fabricação de equipamentos
eletroeletrônicos, em sua utilização e no seu descarte. (FERREIRA, 2009).
4




   Segundo a Universidade das Nações Unidas: “Na fabricação de um desktop com
monitor de 17 polegadas são utilizados cerca de 1800 quilos de componentes,
sendo 240 quilos de combustíveis fósseis (petróleo, gás, etc.), 22 quilos de produtos
químicos e 1500 quilos de água potável.” (FERREIRA e FERREIRA, 2008).
   Grande parte dos materiais utilizados na produção de eletroeletrônicos são
químicos e/ou tóxicos, conforme tabela 1.


Tabela 1. Composição física de um computador


     Material       % em relação ao                     Localização
                       peso total
 Alumínio          14,172               Circuito integrado, solda, bateria
 Chumbo            6,298                Semicondutor
 Ferro             20,471               Estrutura, encaixes
 Estanho           1,007                Circuito integrado
 Cobre             6,928                Condutivo
 Bário             0,031                Válvula eletrônica
 Níquel            0,850                Estrutura, encaixes
 Zinco             2,204                Bateria
 Berílio           0,015                Condutivo térmico, conectores
 Ouro              0,016                Conexão, condutivo
 Manganês          0,031                Estrutura, encaixes
 Prata             0,018                Condutivo
 Cromo             0,006                Decoração, proteção contra corrosão
 Cádmio            0,009                Bateria, chip, semicondutor, estabilizadores
 Mercúrio          0,002                Baterias, ligamentos, termostatos, sensores
 Sílica            24,880               Vidro
Fonte: Microelectronics and Computer Technology Corporation, 2000 apud Ferreira
e Ferreira
5




   Quando as substâncias utilizadas para a fabricação de eletroeletrônicos são
descartadas de forma incorreta podem causar diversos danos a saúde, conforme a
tabela 2.


Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos


Mercúrio         Computador, monitor e TV de Danos no cérebro e fígado
                 tela plana
Cádmio           Computador, monitores de tubo Envenenamento, problemas nos
                 e baterias de laptops               ossos, rins e pulmões
Arsênio          Celulares                           Pode causar câncer no pulmão,
                                                     doenças de pelo e prejudicar o
                                                     sistema nervoso
Berílio          Computadores e celulares            Causa câncer no pulmão
Retardantes de Usado para prevenir incêndios Problemas                hormonais,      no
chamas (BRT)     em diversos eletrônicos             sistema nervoso e reprodutivo
Chumbo           Computador, celular e televisão Causa danos ao sistema nervoso
                                                     e sanguíneo
Bário            Lâmpadas        fluorescentes    e Edema        cerebral,      fraqueza
                 tubos                               muscular,   danos    ao coração,
                                                     fígado e baço
PVC              Usado      em   fios   para   isolar Se   inalado,      pode      causar
                 corrente                            problemas respiratórios
Fonte: (BAIO, 2008)



2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO


   Um dos principais consumidores de energia na área de tecnologia da informação
são os datacenters, antigamente chamados de CPD. Nesses centros de dados
encontram-se servidores de organizações que necessitam de uma disponibilidade
6




de 24 horas por dia em todos os dias do ano por possuírem informações ou serviços
vitais para a organização. Além dos equipamentos, em datacenters existem outros
grandes consumidores de energia como o ar-condicionado para a refrigeração dos
equipamentos, no-breaks e geradores de energia caso seja necessário, iluminação e
outros.
   “Segundo relatório produzido para a Agência Nacional de Energia dos Estados
Unidos, o consumo de energia elétrica por centrais de datacenters dobraram nos
últimos sete anos.” (ZMOGINSKI, 2007).
   Segundo dados da Gartner (empresa de consultoria fundada em 1979 no
Estados Unidos), um rack que há três anos consumia entre 2 mil e 3 mil watts de
energia, hoje pode chegar a 30 mil         watts, dependendo da quantidade de
equipamentos empilhados. Satudi apud Ferreira (2009).
   Atualmente    o     consumo      de   energia   dos    datacenters   aumentou
consideravelmente. Os principais consumidores de energia nos datacenters são:


Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter


                 33%     Refrigeração
                 30%     Equipamentos computacionais
                 18%     Suprimento de energia ininterrupta, bateria
                 19%     Outro, como iluminação, equipamento de rede
Fonte: APC (American Power Conversion) apud Ferreira(2009)


   Ainda segundo a Gatner, os datacenters consomem cerca de 23% de energia na
área de tecnologia da informação.
7




Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I
Fonte: Gartner Group apud Ferreira (2009)



2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE


De acordo com o site Portal Aprendiz (2006):




                     Mais duráveis e econômicas do que as tradicionais, as lâmpadas
                     fluorescentes caíram em cheio no gosto dos brasileiros, sobretudo a
                     partir da imposta redução no consumo de energia em 2001, por
                     conta da crise energética que assolou o país.
8




   “No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por
ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de
tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados.” (ROMERO, 2006).
   Quando uma única lâmpada fluorescente se quebra e o mercúrio existente nela
(aproximadamente 20mg) é liberado no solo, temos um impacto desprezível no
ambiente, porém quando multiplicamos pelo consumo do Brasil em 2004 (cerca de
50 milhões de lâmpadas) os resíduos dessas lâmpadas causam um grande impacto,
contaminando o solo e as águas, atingindo as cadeias alimentares. (NAIME;
GARCIA, 2004).
   Outro grande culpado pela contaminação do solo é o descarte incorreto de pilhas
e baterias.
   Dados da ABINEE informam que são 800 milhões de pilhas e 17 milhões de
baterias são produzidas no país, sem contar as comercializadas clandestinamente e
aproximadamente 96% dos resíduos produzidos vão para o meio ambiente sem
nenhum cuidado. (PEREIRA, 2009).
   Segundo Ana Paula Rezende Lima, quando as pilhas e baterias são
abandonadas em lixões, com isso elas enferrujam e vazam. Se essas substâncias
liberadas contaminarem o solo e a água, as pessoas que tiverem contato com a
água, seja bebendo, tomando banho ou ingerindo alimentos que foram regados por
esta   água   estarão   contaminados.   Os   animais   também     estão   sujeitos   a
contaminação. Se no caso vacas ingiram pasto contaminado elas terão sua carne e
leite afetados.
   Segundo Roberto Naime e Ana Cristina Garcia (2004):




                    A principal via de intoxicação dos seres humanos, quando a
                    contaminação atinge a cadeia alimentar, ocorre através do consumo
                    de peixes contaminados. O fenômeno ficou evidente após os estudos
                    desenvolvidos desde 1955, quando foi registrado o acidente
                    ecológico de Minamata no Japão. Neste, alguns milhares de pessoas
                    ingeriram peixes contaminados com Mercúrio e desenvolveram
                    doenças neurológicas graves, com seqüelas por várias gerações,
                    como danos irreversíveis no organismo e doenças teratogênicas. (p.
                    3)
9




3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE

3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES


   Uma medida utilizada visando economia de espaço físico, diminuição no
consumo de energia e a melhor utilização do hardware que os servidores possuem
atualmente, deixando-os cada vez menos ociosos.
   “Tipicamente, as cargas de trabalho de servidor utilizam menos de dez por cento
da capacidade total do servidor físico, desperdiçando hardware, espaço e
eletricidade.” (MICROSOFT, s.d.)




                             Na consolidação de servidores, servidores físicos (1)
                          são convertidos em arquivos de Máquina Virtual (VM),
                          que      podem    ser     armazenados   e   gerenciados
                          centralmente (2) e implantados dinamicamente com base
                          em carga e recursos disponíveis (3). Isso reduz o
                          número de máquinas físicas necessárias, ao mesmo
                          tempo que melhora sensivelmente a utilização do
                          servidor e a agilidade comercial.


                          Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores
                          Fonte: Microsoft (s.d.)
10




   Segundo o Diogo Mattos (s.d.), para saber se consolidar dois servidores ou mais
será vantajoso deve-se efetuar a seguinte expressão: n . x < 100%
n – quantidade de servidores que se pretende consolidar
x – somatória da taxa de utilização dos servidores que se pretende consolidar
   Caso a multiplicação de n . x seja menor que 100%, pode-se fazer a
consolidação dos servidores, mas se for maior, a consolidação será um fracasso
porque os servidores consolidados necessitarão de mais processamento do que a
máquina pode suportar, ocorrendo gargalo no processamento dos dados.



3.2 VIRTUALIZAÇÃO


   Técnica que surgiu na década de 60 para os mainframes da IBM, porém seu uso
foi difundido na década de 80 para e resolução de problemas a um custo
relativamente baixo. (MACAGNANI, 2009).
   Virtualização é um processo onde se emula um ou mais sistemas operacionais
independentes sobre um sistema operacional ativo, utilizando o mesmo hardware
que o sistema operacional principal utiliza o processamento e armazenamento dos
dados.
   “O uso da virtualização representa a ilusão de várias máquinas virtuais (VMs)
independentes, cada uma rodando uma instância de um sistema operacional
virtualizado.” (SMITH, 2005).
   Quanto mais servidores são virtualizados, menor será o número de servidores
reais, ocasionando em economia de energia, diminuição de espaço em datacenters,
gerenciamento centralizado, migração do servidor virtualizado para outro servidor
real caso a necessidade de processamento da máquina virtual aumente, execução
de backups, entre outros.
   “A eliminação de um servidor significa cerca de 200 a 400 watts, dependendo da
tecnologia de virtualização.” (SOUZA; KRETTLE, 2008)
   As ferramentas mais conhecidas atualmente para virtualização são o Virtual PC,
VirtualBOX, VMware e Xen.
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Abaixo algumas informações e características sobre as ferramentas.


Virtual PC




   •   Ferramenta desenvolvida pela Microsoft lançada em 2 de dezembro de 2003
   •   Funciona em sistemas operacionais Windows e MAC
   •   Licença gratuita para uso
   •   Pré-configurado para versões domésticas do Windows 98, Windows NT
       Workstation, Windows 2000, Windows XP, Windows Vista, IBM OS/2 e para
       servidores do Windows NT Server, Windows 2000 Server e Windows Server
       2003
   •   Atualmente na versão 2007


   VirtualBOX
12




•   Ferramenta desenvolvida pela Sun Microsystems
•   Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Solaris, Mac OS e
    outros
•   Licença GPL (GNU – General Public License)
•   Pré-configurado para todas as versões do Windows, versões mais populares
    do Linux como Ubuntu, Debian, Mandriva, Red Hat e outras distribuições,
    Solaris e OpenSolaris, BSD, IBM OS/2 e outras versões, DOS, Netware e
    também tem a opção que o usuário configura a máquina de acordo com o
    sistema que ira utilizar, caso o sistema não esteja na lista
•   Atualmente na versão 3.1.6


VMware




•   Ferramenta desenvolvida pela VMware Inc.
•   Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Mac OS/X (Produto
    VMware Fusion) e outros
•   Licença proprietária e algumas aplicações gratuitas
•   Possui versões para desktop, datacenter, cloud computing, aplicações e
    outros


Xen
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   •   Ferramenta desenvolvida pela XenSource, Inc. e em 2007 foi adquirida pela
       Citrix System Inc.
   •   Teve sua primeira versão lançada em 2003
   •   Funciona em sistemas operacionais com Linux, Unix, BSD, OpenSolaris e
       Windows
   •   Licença GPL v2 (GNU - General Public License) e algumas aplicações
       proprietárias
   •   Xen hypervisor encontra-se na versão 4.0.0 lançada em 7 de abril de 2010




   Analisando estas ferramentas, percebe-se que existem ferramentas para
diversas configurações de servidores ou para micros comuns, que podem ser
utilizadas no ramo corporativo ou caseiro, que necessitam de licenças ou são
gratuitos e funcionam em diversos sistemas operacionais.



3.3 THIN CLIENTS


   Também conhecidos como terminais diskless (computadores sem disco rígido) é
uma espécie de terminais burros que utilizam a arquitetura cliente/servidor, ou seja,
todo o processamento que é requisitado pelo aparelho o servidor que irá processar e
depois enviar para o aparelho novamente pela rede.
   As suas principais vantagens é o baixo consumo de energia comparado com um
desktop, baixo custo de manutenção dos aparelhos, gerenciamento centralizado e
caso seja necessário executar aplicações que exigem mais processamento, basta
aumentar a capacidade do servidor já que todo processamento ocorre nele e o thin
client apenas apresenta a interface gráfica do sistema.
   “A economia gerada por um equipamento thin client gira em torno de 95% a
menos da energia gasta por um computador comum.” (PROPUS, 2009).
14




   “Estimamos uma vida útil de pelo menos 10 anos para cada terminal. Isso reduz
drasticamente o custo de renovação das máquinas, sem falar na questão do lixo
eletrônico” (DUTRA, 2009).




                                                  1. O cliente solicita um IP via
                                                     DHCP
                                                  2. O cliente recebe um IP e
                                                     carrega o kernel enviado pelo
                                                     servidor
                                                  3. Dispositivos de hardware são
                                                     detectados e as unidades de
                                                     disco são montadas
                                                  4. A interface gráfica é carregada,
                                                     podendo carregar uma tela de
                                                     login, um terminal remoto
                                                     (Remote Desktop), ou uma
                                                     aplicação customizada.



Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client
Fonte: (GETECH, s.d.)



3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS


   Atualmente um dos principais consumidores de energia na área de T.I. são os
datacenters devido a grande quantidade de equipamentos e estes estarem sempre
em funcionamento, porém, a refrigeração e iluminação são responsáveis por grande
parte desta energia utilizada.
   “Por vezes, se gasta mais energia elétrica com a refrigeração do que com os
equipamentos tecnológicos em si.” (LUCAS, s.d.)
   Segundo Valdir Antonelli (2008), cerca de 35% a 50% da energia consumida em
um datacenter convencional é com refrigeração. Por esses motivos a Gartner
identificou as onze melhores práticas para redução do consumo de energia.
15




•   Fechar brechas e vãos em ambientes com pisos elevados para evitar a saída
    de ar frio. Só com este cuidado, as empresas economizam cerca de 10% de
    energia;
•   Utilizar painéis de isolamento para aperfeiçoar o sistema de arrefecimento de
    racks;
•   Coordenar o funcionamento dos condicionadores de ar com novos
    equipamentos nas salas de computadores para que, ao mesmo tempo,
    refrigerem e desumidifiquem o ambiente. A função de desumidificação não
    pode ser atribuída unicamente aos condicionadores de ar;
•   Melhorar o fluxo de retirada de ar quente e a entrada de ar fresco nos locais
    embaixo dos pisos elevados dos datacenters, mantendo organizado este
    espaço que, geralmente, é composto por um emaranhado de cabos que
    prejudicam o funcionamento do sistema de refrigeração;
•   Utilizar racks que dispõem de corredores independentes de ar quente e frio e
    que possuem entradas de ar em diferentes direções, para melhor controle do
    fluxo de ar
•   Instalar sensores de temperatura em áreas em que há suspeita de problemas
    com refrigeração;
•   Implantar sistemas de contenção nos corredores de ar quente e frio para
    aperfeiçoar a refrigeração dos servidores;
•   Elevar e manter a temperatura no datacenter entre 24ºC e 25ºC;
•   Instalar ventiladores com velocidades variáveis. Estes sistemas permitem o
    funcionamento de ventiladores, motores, compressores e bombas a uma
    velocidade adequada às necessidades. A simples redução de 10% da
    velocidade resulta em uma economia de 27% do consumo de energia destes
    equipamentos.
•   Usar a técnica Free Cooling, que consiste na utilização do ar fresco de
    ambientes exteriores para efetuar o arrefecimento;
•   Desenvolver novos datacenters usando refrigeração modular. Trata-se de um
    sistema de refrigeração mais eficiente.
16




   Ainda segundo Valdir Antonelli, implementando essas práticas nos datacenters, o
consumo com refrigeração pode ser reduzido para 15% de toda energia que é
utilizada em um datacenter, representando a economia de milhões de kWh
anualmente.

   Outros pontos importantes para a diminuição no consumo de energia segundo
Anselmo Lucas (s.d.) que não foram citados são:

   •   Os cabos não precisam ser refrigerados;
   •   Usar a combinação de diferentes métodos de refrigeração (sistemas de
       expansão com gás e sistemas de água gelada com fan coils e evaporadores,
       por exemplo) e refrigeração individual de equipamentos;
   •   Lay-outs planejados por especialistas;
   •   Não é necessário manter as luzes acesas o tempo todo – lights off.




3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS


   Atualmente empresas de eletroeletrônicos estão cada vez mais preocupadas
com a sustentabilidade dos seus produtos.
   A cada dia aparecem novos produtos que consomem menos energia que os
atuais, novos matérias utilizados na produção dos aparelhos ou até mesmo
aparelhos com soluções inovadoras, porém todos visam a diminuição de
substancias prejudiciais ao meio ambiente.
   Alguns eletroeletrônicos se destacaram pela sua sustentabilidade e que podem
ser utilizados no meio corporativo, são eles:
17




Dell – Studio Hybrid Desktop




                            Produzido pela empresa Dell Inc., o gabinete do Stdio
                            Hybrid é produzido com cerca de 95% de materiais
                            recicláveis e seu consumo é 70% menor comparado
                            com um desktop comum.




Samsung – E200 Eco


                               Produzido pela Samsung, E200 Eco tem uma
                               estrutura toda feita de bioplástico feito a partir de
                               plantas naturais, entre elas, o milho.
                               A Samsung irá ampliar a utilização de bioplástico na
                               produção de novos equipamentos visando a redução
                               de emissão carbono e o consumo de combustível
                               durante o processo.     A cada tonelada utilizada de
                               bioplástico no E200 Eco, 2,16 toneladas de CO2
                               serão reduzidas, comparando com o uso do
                               policarbonato (plástico comum) que é produzido a
                               partir do petróleo.
O E200 Eco não é o primeiro aparelho produzido pela Samsung utilizando
bioplástico. O pioneiro foi o modelo W510 e na sua fabricação não foi utilizado
nenhum metal pesado como mercúrio, chumbo ou cádmio.
18




ATP – EarthDrive


                       Primeiro pen drive do mundo reciclável é fabricado com a
                       quantidade máxima possível de materiais biodegráveis.
                       Tem capacidade de 1GB a 8GB, a prova d’água e um
                       tempo de utilização por 10 anos.




Asus – Ecobook


                          Notebook fabricado pela ASUSTeK Computer Inc.
                          tem o seu revestimento coberta por tiras de bambu
                          laminadas.




Lenovo – ThinkVision L193p LCD


                    Fabricado pela Lenovo Group Limited, este modelo possui o
                    símbolo da Energy Star o que garante que o produto
                    consome 30% menos que outros modelos.
19




3.6 DESCARTE CORRETO


   Nos dias de hoje, efetuar o descarte correto dos equipamentos eletroeletrônicos
é um grande problema para os consumidores. Alguns são preocupados no lugar que
irá parar os equipamentos descartados, já outros, por simples comodismo em
procurar as empresas fornecedoras ou instituições que fazem a reutilização dos
mesmos.
   Com essa imensa falta de informação de como realizar o descartes dos
equipamentos, empresas conceituadas no ramo da T.I. criaram seus próprios
programas de reciclagem, que após doação dos equipamentos, as empresas ficam
com a obrigação da reciclagem ou encaminhar para alguma instituição que fará a
atividade.
   A Itautec é uma empresa que desde 2001 está preocupada com a reciclagem de
computadores. Segundo João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade da
Itautec, em Jundiaí, São Paulo, os equipamentos são desmontados e segregados
em diversas partes e que 100% dos resíduos internos oriundos de equipamentos
eletroeletrônicos são reciclados, parte no Brasil por empresas especializadas e
outras partes em Cingapura, Alemanha e Bélgica.
   A Dell Computadores possui um programa de reciclagem para os seus próprios
equipamentos. Nesse caso, após o preenchimento do formulário e enviado para a
empresa, a máquina é retirada na casa ou escritório do consumidor e encaminhado
para a reciclagem gratuitamente. Existe também uma parceria com a FPD
(Fundação Pensamento Digital) onde a Dell promove a doação de equipamentos
ainda em funcionamento.
   Segundo o Anuário Brasileiro de serviços e infra-estrutura de T.I. cita a Lexmark,
empresa que atua no ramo de serviços de impressão e imagem também esta
fazendo a sua parte, reaproveitando 97% do material das carcaças e cartuchos de
suprimentos.
   Uma parceria da Secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o
Instituto Sérgio Motta que resultou na criação do projeto chamado de e-lixo maps.
Este site associa a plataforma do Google Maps com um banco de dados dos pontos
20




de coleta do e-lixo em São Paulo onde também podem ser inseridos novos pontos
de coleta no sistema. No sistema de busca o usuário digita o seu CEP e seleciona o
produto que será descartado, podendo ser descartado baterias de celulares,
lâmpadas, geladeiras entre outros equipamentos eletroeletrônicos e ele irá trazer no
mapa diversas empresas que efetuam o recolhimento do equipamento.




Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de
recolhimento de baterias de celular
Fonte: e-lixo maps


4 LEGISLAÇÃO


   Devido falta de preocupação por parte das empresas na redução de substâncias
tóxicas na produção e no descarte correto de eletroeletrônicos produzidos por elas
21




ser um processo oneroso, os governos tiveram a necessidade de criar-se leis que
obriguem as empresas a reverem os seus conceitos ecológicos.
   No Japão existe uma lei de Incentivo a Utilização Eficaz de Recursos (Law for the
Promotion of Effective Utilization of Resources) que prevê que os fabricantes
informem aos consumidores os componentes químicos perigosos presentes nos
equipamentos eletrônicos.
   No estado da Califórnia, no Estados Unidos, onde se concentra a maior parte de
empresas de T.I. do mundo criou-se a lei Electronic Waste Recycling Act of 2003
(EWRA). O foco principal desta lei é a obrigatoriedade dos fabricantes a respeitarem
os limites permitidos de substâncias perigosas na fabricação de monitores e
displays, incluindo LCDs. Já no estado do Texas, a preocupação com o desperdício
eletrônico levou a aprovação da lei estadual House Bill 2714. Esta lei penaliza o
fabricante pelo impacto ambiental, informando que os fabricantes são responsáveis
pela reciclagem e retorno dos seus equipamentos, e estes devem ser rotulados com
informações da empresa para o consumidor enviar quando eles estiverem obsoletos
ou forem descartados.
   Restrição de Certas Substâncias Perigosas (RoHS), é uma legislação européia
que proíbe o uso de seis substancias na fabricação de produtos por serem perigosas
a saúde. Esta lei é conhecida como “a lei do sem chumbo”, mas além do chumbo,
ela restringe a utilização de mais cinco substâncias, entre elas o mercúrio, cádmio,
cromo hexavalente e dois retardantes de chamas em plásticos, o polibromato bifenil
éter difenil polibromato. O RoHS entrou em vigor em toda união européia em julho
de 2006 e é aplicada a qualquer aparelho eletrônico comercializado nesta região.
   No Brasil, após 19 anos de tramitação no congresso, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva deverá sancionar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no
dia 05 de junho de 2010, dia do meio ambiente. Um ponto polêmico que foi bastante
contestado pelas empresas de eletroeletrônicos é sobre a logística reversa, que
prevê a coleta de lâmpadas fluorescentes, baterias e até eletroeletrônicos seja feita
pelos fabricantes. As empresas terão até o final de 2011 para estarem de acordo
com a PNRS.
22




    Junto com as leis de cada país, o Greenpeace, organização não-governamental
fundada em 15 de setembro de 1971 que luta principalmente pela preservação do
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, divulga um ranking desde agosto
de 2006 com as maiores fabricantes de celulares, televisores, computadores e
vídeo-games para mostrar para o mundo o que estas empresas estão fazendo para
que o impacto ambiental de seus produtos seja cada vez menor, na fabricação e no
descarte.




Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas
avaliadas em janeiro de 2010
Fonte: (GREENPEACE, 2010)


Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas


Posição     Nota    Empresa        Observação do Greenpeace
1           7,3     Nokia          Fica em primeiro lugar e com boa pontuação
                                   no aspecto da redução do uso de tóxicos,
                                   mas perde pontos por não adotar uma
                                   metodologia para restrições de substâncias
23




                           perigosas.
2    6,9   Sony Ericsson   Foi    considerado         fraco    no      aspecto   da
                           reciclagem, mas obteve a melhor pontuação
                           em relação à redução do uso de tóxicos.
3    5,3   Toshiba         Boa pontuação na eliminação de tóxicos, mas
                           ainda precisa cumprir as outras metas para
                           março de 2010.
4    5,3   Philips         Perde pontos por falta de lobby relacionadas
                           ao     uso    de     substâncias         perigosas    na
                           legislação.
5    5,1   Apple           Vem melhorando seu desempenho, obteve a
                           melhor pontuação na eliminação de produtos
                           químicos, tóxicos e lixos eletrônicos.
6    5,1   LG Electronics Melhora a pontuação, mas ainda é penalizada
                           por não se preocupar e adiar o aspecto de
                           tóxicos.
7    5,1   Sony            Mantém pontuação global com maior energia
                           total, mas precisa de um lobby mais eficaz
                           relacionada à legislação de substâncias
                           químicas.
8    5,1   Motorola        Pontuação ligeiramente reduzida, devido à
                           falta de um lobby mais eficaz relacionada à
                           legislação de substâncias químicas.
9    5,1   Samsung         Teve       uma      grande         queda     devido    à
                           penalização         pelo     não-cumprimento          de
                           redução de substâncias perigosas.
10   4,9   Panasonic       Pontuação inalterada, o mais eficaz em
                           energia,      mas     pobre        nos     aspectos   de
                           reciclagem e lixo eletrônico.
11   4,7   HP              Melhor posição graças ao apoio de redução
24




                                    global de emissões, mas necessita de um
                                    melhor lobby relacionada à legislação de
                                    substâncias químicas.
12          4,5     Acer            Pontuação inalterada, mas está fazendo
                                    lobby para uma maior legislação sobre
                                    substâncias químicas.
13          4,5     Sharp           Perde pontos devido a má informação sobre a
                                    eliminação de substâncias tóxicas e não tem
                                    uma eficaz legislação sobre substâncias
                                    químicas.
14          3,9     Dell            Pontuação reduzida pelos critérios de energia
                                    e penalidade pelo atraso da eliminação de
                                    tóxicos até 2011.
15          3,5     Fujitsu         Melhoria da pontuação devido ao apoio para
                                    a redução das emissões globais de carbono,
                                    reduzindo assim, as suas próprias emissões.
16          2,5     Lenovo          Pontuação     inalterada,   com    pontos    de
                                    penalização       por   atraso     de   tempo
                                    indeterminado relacionados a eliminação de
                                    tóxicos.
17          2,4     Microsoft       Pontuação reduzida, não obtém uma eficaz
                                    legislação química.
18          1,4     Nintendo        Pontuação inalterada, o mais eficaz em
                                    energia,    mas     pobre   nos   aspectos   de
                                    reciclagem e lixo eletrônico.
Fonte: (GREENPEACE, 2010)


5 CERTIFICAÇÃO


   Atualmente, obter certificações é muito importante para empresas quanto para as
pessoas, porque ela é uma prova física de que a empresa ou profissional que se
25




comprometeu a fazer determinada função está seguindo as melhores práticas que
foram estudadas por especialistas ou possuem conhecimento para executar aquela
função.
   Na área de T.I. Verde existem certificações garantindo que as empresas estão
seguindo as melhores práticas na produção e descarte de eletroeletrônicos, como as
normas da família ISO 14000 (Internacional Standardization for Organization).
   A Organização Internacional para Padronização (ISO) é uma organização não-
governamental fundada em 1947 em Genebra, na Suíça, que está presente em 161
países com o principal objetivo de criar normas internacionais.
   A norma ISO 14001 pertence à série de normas ISO 14000 criada pela
organização, que estabelece requisitos para as empresas gerenciarem os seus
produtos e processos para não agredirem o meio ambiente.
   Para obter-se uma certificação ISO 14001, a empresa deve cumprir alguns
requisitos como ter a ciência e controle dos resíduos que ela gera na produção e
utilização do produto, treinamento para funcionários para que eles estejam
conscientes da importância do cumprimento da norma, procedimentos de controle
da documentação, situações de emergências, não conformidade, ações corretivas e
preventivas, entre outras.


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS


   A preocupação com o meio ambiente não vem de agora, porém ainda algumas
empresas não estão preocupadas com a sociedade, mas somente com a sua
lucratividade.
   O mundo em que vivemos é consumista, onde troca-se de aparelhos
eletroeletrônicos rapidamente somente porque os mais atuais possuem novas
funções, design mais arrojado e outras qualidades, e os antigos aparelhos, quando
não conseguimos comercializados, os guardamos ou descartamos no lixo comum
por falta de informações sobre o descarte correto ou até por falta de projetos de
recolhimento desses aparelhos por parte dos fabricantes.
26




   O governo está tentando fazer a parte dele, criando leis que restringe o uso de
certas substâncias na fabricação, medidas que reduzem o uso de energia na
utilização e o descarte correto dos eletroeletrônicos junto com algumas organizações
como o Greenpeace que cobram e muito as empresas sobre esse descaso com o
meio ambiente.
   Novas tecnologias e projetos estão surgindo com o pensamento Verde já
incorporado, porém, a sociedade também tem que se conscientizar e realizar os
procedimentos corretos para que possamos agredir cada vez menos a saúde do
meio ambiente.


7 REFERÊNCIAS


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toneladas        do        lixo       eletrônico,      2008.   Disponível em:
http://www.telebrasil.org.br/artigos/outros_artigos.asp?m=725.    Acesso   em
21/03/2010

ANTONELLI, Valdir. Algumas dicas para economizar energia, 2008. Disponível
em:     http://www.portalcallcenter.com.br/gestao/melhores-praticas/algumas-dicas-
para-economizar-energia. Acesso em 15/05/2010

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1.ed. São Paulo, Editora Public Projetos Editoriais, 2008.

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26/04/2010

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http://www.seed.slb.com/v2/FAQView.cfm?ID=548&Language=PT. Acesso em
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Acesso em 26/04/2010

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05/05/2010

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Instituto Superior de Educação do Paraná. Maringá, 2009. Disponível em:
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Acesso em 16/03/2010

FERREIRA, Juliana Martins de Bessa; FERREIRA, Antônio Claudio. A sociedade
da informação e o desafio da sucata eletrônica – Revista de Ciências Exatas e
Tecnologia,                  2008.                    Disponível                   em:
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30




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Disponível em: http://wra.com.br/blog/?p=127. Acesso em 21/04/2010

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Tecnologia da Informação Verde Corporativa

  • 1. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO CAETANO DO SUL FERNANDO BARBOSA ROMANO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO CORPORATIVO São Caetano do Sul / SP 2010
  • 2. FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO CAETANO DO SUL FERNANDO BARBOSA ROMANO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE PARA O SEGMENTO CORPORATIVO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Caetano do Sul, sob a orientação do Professor Dr. Rodrigo Amorim Motta Carvalho, como requisito parcial para a obtenção do diploma de Graduação no Curso de Tecnologia em Segurança da Informação. São Caetano do Sul / SP 2010
  • 3. Nome: ROMANO, Fernando Barbosa. Título: Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Caetano do Sul para obtenção do diploma de Graduação. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________ Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________ Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________ Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________ Prof. Dr. ou MSc. _________________ Instituição: _______________ Julgamento: __________________ Assinatura: ___________________
  • 4. A Deus, a minha família, Valdir, Matilde, Luciana e Mel e a todas as pessoas que acreditaram no meu sucesso. Mais um obstáculo foi superado!
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me fazer capaz de executar mais uma tarefa. A minha família por serem a minha base para o sucesso. Aos meus amigos que sempre estão ao meu lado não importando a situação. Ao meu orientador Rodrigo Amorim, pela dedicação, paciência e disposição quando precisei. A todos os professores que ao longo deste período sempre me ajudaram no meu crescimento pessoal e profissional. A todas as pessoas que me ajudaram de alguma forma na elaboração deste trabalho.
  • 6. "Quando agredida, a natureza não se defende. Apenas se vinga." Albert Einstein
  • 7. ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo. 43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010. RESUMO Este trabalho apresenta um estudo de caso sobre a Tecnologia da Informação Verde (T.I. Verde) no ramo corporativo. Será abordado a parte conceitual da Tecnologia da Informação, os problemas que atualmente enfrenta-se no mundo devido a omissão das empresas nos processos de fabricação, utilização e descarte dos seus produtos de uma forma correta e não prejudicial ao meio ambiente, as tecnologias que estão reduzindo gastos financeiros e os meios corretos para o descarte de eletroeletrônicos, tornando cada vez mais a T.I. uma área sustentável. Na parte governamental, será comentada a legislação do Brasil e do exterior, ação do Greenpeace cobrando medidas sustentáveis das maiores empresas de T.I. e sobre a certificação para empresas da área ambiental (ISO 14001). Palavras-chave: T.I. Verde; Sustentabilidade; Tecnologia da Informação;
  • 8. ROMANO, F. B. Tecnologia da Informação Verde para o segmento corporativo. 43 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia de São Caetano do Sul, São Caetano do Sul, 2010. ABSTRACT This paper introduces a case study about Green Information Technology (Green I.T.) in the corporate trade. It will approach the concept of Information Technology, the problems the world is facing due to the negligence of companies in the processes of manufacturing, usage and disposal of their products in a way that does not cause environmental harm, the technologies that are reducing financials expenditures, and the proper means for electronic equipment disposal, making Information Technology (I.T.) a more sustainable area. In the governmental part, there will be comments about legislation in Brazil and abroad, the Greenpeace action by demanding sustainable measures from the largest I.T. companies, and the certification for companies on the environmental area (ISO 14001). Key-words: Green I.T.; Sustainability; Information Technology.
  • 9. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Composição física de um computador ........................................................4 Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos....................................................................5 Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter ......................................................6 Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas ...22
  • 10. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I ..........................7 Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores ......................................................9 Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client.............................................14 Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de recolhimento de baterias de celular...........................................................................20 Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas avaliadas em janeiro de 2010....................................................................................22
  • 11. LISTA DE SIGLAS ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica RoHS – Restriction of Hazardous Substances ERWA – Electronic Waste Recycling Act
  • 12. LISTA DE ABREVIATURAS CPD – Centro de Processamento de Dados T.I. – Tecnologia da Informação GPL – General Public License
  • 13. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................1 1 CONCEITO .............................................................................................................2 1.1 O QUE É T.I.?...................................................................................................2 1.2 O QUE É T.I. VERDE? .....................................................................................3 2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I. ..............................................................3 2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO ................................................3 2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO ..................................................5 2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE....................................................7 3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE .......................................9 3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES...............................................................9 3.2 VIRTUALIZAÇÃO ...........................................................................................10 3.3 THIN CLIENTS ...............................................................................................13 3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS ............................................14 3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS ...........................................16 3.6 DESCARTE CORRETO .................................................................................19 4 LEGISLAÇÃO........................................................................................................20 5 CERTIFICAÇÃO....................................................................................................24 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................25 7 REFERÊNCIAS.....................................................................................................26
  • 14. 1 INTRODUÇÃO Vive-se em uma sociedade que em primeiro instante o caráter é medido pelo o que se possui (bens materiais, dinheiro, status) e não pelo que representam-se como pessoas. Para alcançar um status de destaque perante a sociedade, as pessoas adquirem equipamentos recém lançados no mercado apenas para serrem os primeiros a possuir a nova tecnologia. Atualmente compra-se novos equipamentos hoje, mas amanhã eles já estão ultrapassados porque nesse tempo outras empresas lançaram aparelhos celulares com TV digital, câmeras com melhor resolução e/ou novas funções, processadores menores e mais rápidos, discos rígidos com maiores capacidades, televisores maiores, mais finos e de alta definição, iPods, iPads, notebooks menores, mais leves e coloridos e isso se repete todo dia com qualquer equipamento eletrônico. “Um dos fatores perversos que contribui para o aumento crescente do e-lixo é a velocidade da troca de versões dos computadores (inclui celulares) e dos programas” (AFFONSO, 2008). Quando se adquire algo novo é comum querer se desfazer rapidamente do antigo. Entretanto, com aparelhos eletroeletrônicos não é simplesmente descartá-lo no lixo comum e achar que a partir deste ponto as pessoas que fazem a separação do lixo nos aterros irão tomar as devidas providências para reciclagem. “Cerca de três quilos de lixo eletrônico são gerados a partir da fabricação de cada quilo de computador. Além disso, o processo de fabricação desses equipamentos envolve grande quantidade de elementos químicos e gases tóxicos.” (JORNAL DA MÍDIA, 2008). Segundo estudo feito pela a Organização das Nações Unidas (ONU, 2010), a geração de lixo eletrônico cresce cerca de 40 milhões de toneladas por ano e até 2020 o lixo eletrônico proveniente de computadores crescerá cerca de 400% na China e África do Sul comparado com a medição de 2007. Neste relatório divulgado pela ONU destaca-se que países como China, Brasil, México, índia e outros poderão enfrentar danos ambientais e problemas de saúde
  • 15. 2 caso não tomem medidas de reciclagem eficientes e eficazes para esses equipamentos (STEINER, 2010). Este trabalho tem como foco a análise da T.I. Verde para a visão corporativa, mostrando o que a negligência das empresas ocasionou no mundo, o que pode ser feito para corrigir esses problemas, e as medidas que os governos tomaram. Para a sua realização foi necessário o levantamento de estudos e pesquisas de corporações e especialistas no assunto, trabalhos acadêmicos e livros que abordam o tema. Ele está dividido da seguinte forma: 1. Conceituar T.I. e T.I. Verde 2. Descrever os problemas que os eletroeletrônicos causam junto com os fabricantes omissos 3. Demonstrar algumas medidas que podem ser seguidas pelas empresas visando a sustentabilidade 4. Apresentar leis adotadas pelos governos e ações de organizações 5. Apresentar certificação da área T.I. Verde 1 CONCEITO 1.1 O QUE É T.I.? Atualmente não temos uma definição muito clara sobre T.I., ocorrendo que cada pessoa que atua no ramo ou não defina a abrangência desta sigla. De acordo com o consultor de Tecnologia de Informação da Schlumberger, Claude Baudoin (s.d.): A Tecnologia da Informação (TI) consiste em todas as “coisas” baseadas em computadores e que nos permite registrar, comunicar e obter resultados a partir de uma informação. A TI compreende: - computadores (incluindo seus componentes, como por exemplo discos e telas) - softwares rodados em computadores - a rede pela qual esses computadores "conversam" entre si
  • 16. 3 - a segurança que (às vezes) previne que esses computadores sejam invadidos por vírus e que controla o acesso somente de pessoas autorizadas à informação pertencente a eles 1.2 O QUE É T.I. VERDE? A cada dia ouve-se mais sobre T.I. Verde, sustentabilidade, algumas empresas fazendo campanhas de recebimento de pilhas, celulares e baterias. A sociedade não tem uma ampla visão desta sigla, achando que T.I. Verde é somente doar os eletroeletrônicos para estas empresas efetuarem o descarte correto. T.I. Verde é um conjunto de boas práticas que deve ser adotada pela sociedade desde a produção de um eletroeletrônico, utilização e descarte, tornando o tempo de vida deste equipamento cada vez prejudicial ao meio ambiente. De acordo com Pablo Hess (2009), T.I. Verde e suas práticas significam: TI verde é um conjunto de práticas para tornar mais sustentável e menos prejudicial o nosso uso da computação. [...] As práticas da TI verde buscam reduzir o desperdício e aumentar a eficiência de todos os processos e fenômenos relacionados à operação desses computadores "no meio do caminho". “Green IT pretende estar presente em todas as etapas, da produção da tecnologia à maneira como essa tecnologia é usada.” (LUCAS, s.d.) 2 PROBLEMAS OCASIONADOS PELA T.I. 2.1 PROBLEMAS CAUSADOS NA FABRICAÇÃO Na tecnologia da informação gasta-se energia na fabricação de equipamentos eletroeletrônicos, em sua utilização e no seu descarte. (FERREIRA, 2009).
  • 17. 4 Segundo a Universidade das Nações Unidas: “Na fabricação de um desktop com monitor de 17 polegadas são utilizados cerca de 1800 quilos de componentes, sendo 240 quilos de combustíveis fósseis (petróleo, gás, etc.), 22 quilos de produtos químicos e 1500 quilos de água potável.” (FERREIRA e FERREIRA, 2008). Grande parte dos materiais utilizados na produção de eletroeletrônicos são químicos e/ou tóxicos, conforme tabela 1. Tabela 1. Composição física de um computador Material % em relação ao Localização peso total Alumínio 14,172 Circuito integrado, solda, bateria Chumbo 6,298 Semicondutor Ferro 20,471 Estrutura, encaixes Estanho 1,007 Circuito integrado Cobre 6,928 Condutivo Bário 0,031 Válvula eletrônica Níquel 0,850 Estrutura, encaixes Zinco 2,204 Bateria Berílio 0,015 Condutivo térmico, conectores Ouro 0,016 Conexão, condutivo Manganês 0,031 Estrutura, encaixes Prata 0,018 Condutivo Cromo 0,006 Decoração, proteção contra corrosão Cádmio 0,009 Bateria, chip, semicondutor, estabilizadores Mercúrio 0,002 Baterias, ligamentos, termostatos, sensores Sílica 24,880 Vidro Fonte: Microelectronics and Computer Technology Corporation, 2000 apud Ferreira e Ferreira
  • 18. 5 Quando as substâncias utilizadas para a fabricação de eletroeletrônicos são descartadas de forma incorreta podem causar diversos danos a saúde, conforme a tabela 2. Tabela 2. Os vilões dos eletroeletrônicos Mercúrio Computador, monitor e TV de Danos no cérebro e fígado tela plana Cádmio Computador, monitores de tubo Envenenamento, problemas nos e baterias de laptops ossos, rins e pulmões Arsênio Celulares Pode causar câncer no pulmão, doenças de pelo e prejudicar o sistema nervoso Berílio Computadores e celulares Causa câncer no pulmão Retardantes de Usado para prevenir incêndios Problemas hormonais, no chamas (BRT) em diversos eletrônicos sistema nervoso e reprodutivo Chumbo Computador, celular e televisão Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo Bário Lâmpadas fluorescentes e Edema cerebral, fraqueza tubos muscular, danos ao coração, fígado e baço PVC Usado em fios para isolar Se inalado, pode causar corrente problemas respiratórios Fonte: (BAIO, 2008) 2.2 PROBLEMAS CAUSADOS NA UTILIZAÇÃO Um dos principais consumidores de energia na área de tecnologia da informação são os datacenters, antigamente chamados de CPD. Nesses centros de dados encontram-se servidores de organizações que necessitam de uma disponibilidade
  • 19. 6 de 24 horas por dia em todos os dias do ano por possuírem informações ou serviços vitais para a organização. Além dos equipamentos, em datacenters existem outros grandes consumidores de energia como o ar-condicionado para a refrigeração dos equipamentos, no-breaks e geradores de energia caso seja necessário, iluminação e outros. “Segundo relatório produzido para a Agência Nacional de Energia dos Estados Unidos, o consumo de energia elétrica por centrais de datacenters dobraram nos últimos sete anos.” (ZMOGINSKI, 2007). Segundo dados da Gartner (empresa de consultoria fundada em 1979 no Estados Unidos), um rack que há três anos consumia entre 2 mil e 3 mil watts de energia, hoje pode chegar a 30 mil watts, dependendo da quantidade de equipamentos empilhados. Satudi apud Ferreira (2009). Atualmente o consumo de energia dos datacenters aumentou consideravelmente. Os principais consumidores de energia nos datacenters são: Tabela 3. Consumo de energia de um datacenter 33% Refrigeração 30% Equipamentos computacionais 18% Suprimento de energia ininterrupta, bateria 19% Outro, como iluminação, equipamento de rede Fonte: APC (American Power Conversion) apud Ferreira(2009) Ainda segundo a Gatner, os datacenters consomem cerca de 23% de energia na área de tecnologia da informação.
  • 20. 7 Figura 1. Gráfico da distribuição estimada do uso de energia na T.I Fonte: Gartner Group apud Ferreira (2009) 2.3 PROBLEMAS CAUSADOS NO DESCARTE De acordo com o site Portal Aprendiz (2006): Mais duráveis e econômicas do que as tradicionais, as lâmpadas fluorescentes caíram em cheio no gosto dos brasileiros, sobretudo a partir da imposta redução no consumo de energia em 2001, por conta da crise energética que assolou o país.
  • 21. 8 “No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com metais pesados.” (ROMERO, 2006). Quando uma única lâmpada fluorescente se quebra e o mercúrio existente nela (aproximadamente 20mg) é liberado no solo, temos um impacto desprezível no ambiente, porém quando multiplicamos pelo consumo do Brasil em 2004 (cerca de 50 milhões de lâmpadas) os resíduos dessas lâmpadas causam um grande impacto, contaminando o solo e as águas, atingindo as cadeias alimentares. (NAIME; GARCIA, 2004). Outro grande culpado pela contaminação do solo é o descarte incorreto de pilhas e baterias. Dados da ABINEE informam que são 800 milhões de pilhas e 17 milhões de baterias são produzidas no país, sem contar as comercializadas clandestinamente e aproximadamente 96% dos resíduos produzidos vão para o meio ambiente sem nenhum cuidado. (PEREIRA, 2009). Segundo Ana Paula Rezende Lima, quando as pilhas e baterias são abandonadas em lixões, com isso elas enferrujam e vazam. Se essas substâncias liberadas contaminarem o solo e a água, as pessoas que tiverem contato com a água, seja bebendo, tomando banho ou ingerindo alimentos que foram regados por esta água estarão contaminados. Os animais também estão sujeitos a contaminação. Se no caso vacas ingiram pasto contaminado elas terão sua carne e leite afetados. Segundo Roberto Naime e Ana Cristina Garcia (2004): A principal via de intoxicação dos seres humanos, quando a contaminação atinge a cadeia alimentar, ocorre através do consumo de peixes contaminados. O fenômeno ficou evidente após os estudos desenvolvidos desde 1955, quando foi registrado o acidente ecológico de Minamata no Japão. Neste, alguns milhares de pessoas ingeriram peixes contaminados com Mercúrio e desenvolveram doenças neurológicas graves, com seqüelas por várias gerações, como danos irreversíveis no organismo e doenças teratogênicas. (p. 3)
  • 22. 9 3 MUDANÇAS NA T.I. VISANDO A SUSTENTABILIDADE 3.1 CONSOLIDAÇÃO DE SERVIDORES Uma medida utilizada visando economia de espaço físico, diminuição no consumo de energia e a melhor utilização do hardware que os servidores possuem atualmente, deixando-os cada vez menos ociosos. “Tipicamente, as cargas de trabalho de servidor utilizam menos de dez por cento da capacidade total do servidor físico, desperdiçando hardware, espaço e eletricidade.” (MICROSOFT, s.d.) Na consolidação de servidores, servidores físicos (1) são convertidos em arquivos de Máquina Virtual (VM), que podem ser armazenados e gerenciados centralmente (2) e implantados dinamicamente com base em carga e recursos disponíveis (3). Isso reduz o número de máquinas físicas necessárias, ao mesmo tempo que melhora sensivelmente a utilização do servidor e a agilidade comercial. Figura 2. Exemplo de consolidação de servidores Fonte: Microsoft (s.d.)
  • 23. 10 Segundo o Diogo Mattos (s.d.), para saber se consolidar dois servidores ou mais será vantajoso deve-se efetuar a seguinte expressão: n . x < 100% n – quantidade de servidores que se pretende consolidar x – somatória da taxa de utilização dos servidores que se pretende consolidar Caso a multiplicação de n . x seja menor que 100%, pode-se fazer a consolidação dos servidores, mas se for maior, a consolidação será um fracasso porque os servidores consolidados necessitarão de mais processamento do que a máquina pode suportar, ocorrendo gargalo no processamento dos dados. 3.2 VIRTUALIZAÇÃO Técnica que surgiu na década de 60 para os mainframes da IBM, porém seu uso foi difundido na década de 80 para e resolução de problemas a um custo relativamente baixo. (MACAGNANI, 2009). Virtualização é um processo onde se emula um ou mais sistemas operacionais independentes sobre um sistema operacional ativo, utilizando o mesmo hardware que o sistema operacional principal utiliza o processamento e armazenamento dos dados. “O uso da virtualização representa a ilusão de várias máquinas virtuais (VMs) independentes, cada uma rodando uma instância de um sistema operacional virtualizado.” (SMITH, 2005). Quanto mais servidores são virtualizados, menor será o número de servidores reais, ocasionando em economia de energia, diminuição de espaço em datacenters, gerenciamento centralizado, migração do servidor virtualizado para outro servidor real caso a necessidade de processamento da máquina virtual aumente, execução de backups, entre outros. “A eliminação de um servidor significa cerca de 200 a 400 watts, dependendo da tecnologia de virtualização.” (SOUZA; KRETTLE, 2008) As ferramentas mais conhecidas atualmente para virtualização são o Virtual PC, VirtualBOX, VMware e Xen.
  • 24. 11 Abaixo algumas informações e características sobre as ferramentas. Virtual PC • Ferramenta desenvolvida pela Microsoft lançada em 2 de dezembro de 2003 • Funciona em sistemas operacionais Windows e MAC • Licença gratuita para uso • Pré-configurado para versões domésticas do Windows 98, Windows NT Workstation, Windows 2000, Windows XP, Windows Vista, IBM OS/2 e para servidores do Windows NT Server, Windows 2000 Server e Windows Server 2003 • Atualmente na versão 2007 VirtualBOX
  • 25. 12 • Ferramenta desenvolvida pela Sun Microsystems • Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Solaris, Mac OS e outros • Licença GPL (GNU – General Public License) • Pré-configurado para todas as versões do Windows, versões mais populares do Linux como Ubuntu, Debian, Mandriva, Red Hat e outras distribuições, Solaris e OpenSolaris, BSD, IBM OS/2 e outras versões, DOS, Netware e também tem a opção que o usuário configura a máquina de acordo com o sistema que ira utilizar, caso o sistema não esteja na lista • Atualmente na versão 3.1.6 VMware • Ferramenta desenvolvida pela VMware Inc. • Funciona em sistemas operacionais Windows, Linux, Mac OS/X (Produto VMware Fusion) e outros • Licença proprietária e algumas aplicações gratuitas • Possui versões para desktop, datacenter, cloud computing, aplicações e outros Xen
  • 26. 13 • Ferramenta desenvolvida pela XenSource, Inc. e em 2007 foi adquirida pela Citrix System Inc. • Teve sua primeira versão lançada em 2003 • Funciona em sistemas operacionais com Linux, Unix, BSD, OpenSolaris e Windows • Licença GPL v2 (GNU - General Public License) e algumas aplicações proprietárias • Xen hypervisor encontra-se na versão 4.0.0 lançada em 7 de abril de 2010 Analisando estas ferramentas, percebe-se que existem ferramentas para diversas configurações de servidores ou para micros comuns, que podem ser utilizadas no ramo corporativo ou caseiro, que necessitam de licenças ou são gratuitos e funcionam em diversos sistemas operacionais. 3.3 THIN CLIENTS Também conhecidos como terminais diskless (computadores sem disco rígido) é uma espécie de terminais burros que utilizam a arquitetura cliente/servidor, ou seja, todo o processamento que é requisitado pelo aparelho o servidor que irá processar e depois enviar para o aparelho novamente pela rede. As suas principais vantagens é o baixo consumo de energia comparado com um desktop, baixo custo de manutenção dos aparelhos, gerenciamento centralizado e caso seja necessário executar aplicações que exigem mais processamento, basta aumentar a capacidade do servidor já que todo processamento ocorre nele e o thin client apenas apresenta a interface gráfica do sistema. “A economia gerada por um equipamento thin client gira em torno de 95% a menos da energia gasta por um computador comum.” (PROPUS, 2009).
  • 27. 14 “Estimamos uma vida útil de pelo menos 10 anos para cada terminal. Isso reduz drasticamente o custo de renovação das máquinas, sem falar na questão do lixo eletrônico” (DUTRA, 2009). 1. O cliente solicita um IP via DHCP 2. O cliente recebe um IP e carrega o kernel enviado pelo servidor 3. Dispositivos de hardware são detectados e as unidades de disco são montadas 4. A interface gráfica é carregada, podendo carregar uma tela de login, um terminal remoto (Remote Desktop), ou uma aplicação customizada. Figura 3. Exemplo do funcionamento de um thin client Fonte: (GETECH, s.d.) 3.4 CONSUMO DE ENERGIA EM DATACENTERS Atualmente um dos principais consumidores de energia na área de T.I. são os datacenters devido a grande quantidade de equipamentos e estes estarem sempre em funcionamento, porém, a refrigeração e iluminação são responsáveis por grande parte desta energia utilizada. “Por vezes, se gasta mais energia elétrica com a refrigeração do que com os equipamentos tecnológicos em si.” (LUCAS, s.d.) Segundo Valdir Antonelli (2008), cerca de 35% a 50% da energia consumida em um datacenter convencional é com refrigeração. Por esses motivos a Gartner identificou as onze melhores práticas para redução do consumo de energia.
  • 28. 15 • Fechar brechas e vãos em ambientes com pisos elevados para evitar a saída de ar frio. Só com este cuidado, as empresas economizam cerca de 10% de energia; • Utilizar painéis de isolamento para aperfeiçoar o sistema de arrefecimento de racks; • Coordenar o funcionamento dos condicionadores de ar com novos equipamentos nas salas de computadores para que, ao mesmo tempo, refrigerem e desumidifiquem o ambiente. A função de desumidificação não pode ser atribuída unicamente aos condicionadores de ar; • Melhorar o fluxo de retirada de ar quente e a entrada de ar fresco nos locais embaixo dos pisos elevados dos datacenters, mantendo organizado este espaço que, geralmente, é composto por um emaranhado de cabos que prejudicam o funcionamento do sistema de refrigeração; • Utilizar racks que dispõem de corredores independentes de ar quente e frio e que possuem entradas de ar em diferentes direções, para melhor controle do fluxo de ar • Instalar sensores de temperatura em áreas em que há suspeita de problemas com refrigeração; • Implantar sistemas de contenção nos corredores de ar quente e frio para aperfeiçoar a refrigeração dos servidores; • Elevar e manter a temperatura no datacenter entre 24ºC e 25ºC; • Instalar ventiladores com velocidades variáveis. Estes sistemas permitem o funcionamento de ventiladores, motores, compressores e bombas a uma velocidade adequada às necessidades. A simples redução de 10% da velocidade resulta em uma economia de 27% do consumo de energia destes equipamentos. • Usar a técnica Free Cooling, que consiste na utilização do ar fresco de ambientes exteriores para efetuar o arrefecimento; • Desenvolver novos datacenters usando refrigeração modular. Trata-se de um sistema de refrigeração mais eficiente.
  • 29. 16 Ainda segundo Valdir Antonelli, implementando essas práticas nos datacenters, o consumo com refrigeração pode ser reduzido para 15% de toda energia que é utilizada em um datacenter, representando a economia de milhões de kWh anualmente. Outros pontos importantes para a diminuição no consumo de energia segundo Anselmo Lucas (s.d.) que não foram citados são: • Os cabos não precisam ser refrigerados; • Usar a combinação de diferentes métodos de refrigeração (sistemas de expansão com gás e sistemas de água gelada com fan coils e evaporadores, por exemplo) e refrigeração individual de equipamentos; • Lay-outs planejados por especialistas; • Não é necessário manter as luzes acesas o tempo todo – lights off. 3.5 PRODUTOS ECOLÓGICAMENTE CORRETOS Atualmente empresas de eletroeletrônicos estão cada vez mais preocupadas com a sustentabilidade dos seus produtos. A cada dia aparecem novos produtos que consomem menos energia que os atuais, novos matérias utilizados na produção dos aparelhos ou até mesmo aparelhos com soluções inovadoras, porém todos visam a diminuição de substancias prejudiciais ao meio ambiente. Alguns eletroeletrônicos se destacaram pela sua sustentabilidade e que podem ser utilizados no meio corporativo, são eles:
  • 30. 17 Dell – Studio Hybrid Desktop Produzido pela empresa Dell Inc., o gabinete do Stdio Hybrid é produzido com cerca de 95% de materiais recicláveis e seu consumo é 70% menor comparado com um desktop comum. Samsung – E200 Eco Produzido pela Samsung, E200 Eco tem uma estrutura toda feita de bioplástico feito a partir de plantas naturais, entre elas, o milho. A Samsung irá ampliar a utilização de bioplástico na produção de novos equipamentos visando a redução de emissão carbono e o consumo de combustível durante o processo. A cada tonelada utilizada de bioplástico no E200 Eco, 2,16 toneladas de CO2 serão reduzidas, comparando com o uso do policarbonato (plástico comum) que é produzido a partir do petróleo. O E200 Eco não é o primeiro aparelho produzido pela Samsung utilizando bioplástico. O pioneiro foi o modelo W510 e na sua fabricação não foi utilizado nenhum metal pesado como mercúrio, chumbo ou cádmio.
  • 31. 18 ATP – EarthDrive Primeiro pen drive do mundo reciclável é fabricado com a quantidade máxima possível de materiais biodegráveis. Tem capacidade de 1GB a 8GB, a prova d’água e um tempo de utilização por 10 anos. Asus – Ecobook Notebook fabricado pela ASUSTeK Computer Inc. tem o seu revestimento coberta por tiras de bambu laminadas. Lenovo – ThinkVision L193p LCD Fabricado pela Lenovo Group Limited, este modelo possui o símbolo da Energy Star o que garante que o produto consome 30% menos que outros modelos.
  • 32. 19 3.6 DESCARTE CORRETO Nos dias de hoje, efetuar o descarte correto dos equipamentos eletroeletrônicos é um grande problema para os consumidores. Alguns são preocupados no lugar que irá parar os equipamentos descartados, já outros, por simples comodismo em procurar as empresas fornecedoras ou instituições que fazem a reutilização dos mesmos. Com essa imensa falta de informação de como realizar o descartes dos equipamentos, empresas conceituadas no ramo da T.I. criaram seus próprios programas de reciclagem, que após doação dos equipamentos, as empresas ficam com a obrigação da reciclagem ou encaminhar para alguma instituição que fará a atividade. A Itautec é uma empresa que desde 2001 está preocupada com a reciclagem de computadores. Segundo João Carlos Redondo, gerente de sustentabilidade da Itautec, em Jundiaí, São Paulo, os equipamentos são desmontados e segregados em diversas partes e que 100% dos resíduos internos oriundos de equipamentos eletroeletrônicos são reciclados, parte no Brasil por empresas especializadas e outras partes em Cingapura, Alemanha e Bélgica. A Dell Computadores possui um programa de reciclagem para os seus próprios equipamentos. Nesse caso, após o preenchimento do formulário e enviado para a empresa, a máquina é retirada na casa ou escritório do consumidor e encaminhado para a reciclagem gratuitamente. Existe também uma parceria com a FPD (Fundação Pensamento Digital) onde a Dell promove a doação de equipamentos ainda em funcionamento. Segundo o Anuário Brasileiro de serviços e infra-estrutura de T.I. cita a Lexmark, empresa que atua no ramo de serviços de impressão e imagem também esta fazendo a sua parte, reaproveitando 97% do material das carcaças e cartuchos de suprimentos. Uma parceria da Secretária do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e o Instituto Sérgio Motta que resultou na criação do projeto chamado de e-lixo maps. Este site associa a plataforma do Google Maps com um banco de dados dos pontos
  • 33. 20 de coleta do e-lixo em São Paulo onde também podem ser inseridos novos pontos de coleta no sistema. No sistema de busca o usuário digita o seu CEP e seleciona o produto que será descartado, podendo ser descartado baterias de celulares, lâmpadas, geladeiras entre outros equipamentos eletroeletrônicos e ele irá trazer no mapa diversas empresas que efetuam o recolhimento do equipamento. Figura 4. Imagem do sistema e-lixo maps após uma consulta de locais de recolhimento de baterias de celular Fonte: e-lixo maps 4 LEGISLAÇÃO Devido falta de preocupação por parte das empresas na redução de substâncias tóxicas na produção e no descarte correto de eletroeletrônicos produzidos por elas
  • 34. 21 ser um processo oneroso, os governos tiveram a necessidade de criar-se leis que obriguem as empresas a reverem os seus conceitos ecológicos. No Japão existe uma lei de Incentivo a Utilização Eficaz de Recursos (Law for the Promotion of Effective Utilization of Resources) que prevê que os fabricantes informem aos consumidores os componentes químicos perigosos presentes nos equipamentos eletrônicos. No estado da Califórnia, no Estados Unidos, onde se concentra a maior parte de empresas de T.I. do mundo criou-se a lei Electronic Waste Recycling Act of 2003 (EWRA). O foco principal desta lei é a obrigatoriedade dos fabricantes a respeitarem os limites permitidos de substâncias perigosas na fabricação de monitores e displays, incluindo LCDs. Já no estado do Texas, a preocupação com o desperdício eletrônico levou a aprovação da lei estadual House Bill 2714. Esta lei penaliza o fabricante pelo impacto ambiental, informando que os fabricantes são responsáveis pela reciclagem e retorno dos seus equipamentos, e estes devem ser rotulados com informações da empresa para o consumidor enviar quando eles estiverem obsoletos ou forem descartados. Restrição de Certas Substâncias Perigosas (RoHS), é uma legislação européia que proíbe o uso de seis substancias na fabricação de produtos por serem perigosas a saúde. Esta lei é conhecida como “a lei do sem chumbo”, mas além do chumbo, ela restringe a utilização de mais cinco substâncias, entre elas o mercúrio, cádmio, cromo hexavalente e dois retardantes de chamas em plásticos, o polibromato bifenil éter difenil polibromato. O RoHS entrou em vigor em toda união européia em julho de 2006 e é aplicada a qualquer aparelho eletrônico comercializado nesta região. No Brasil, após 19 anos de tramitação no congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no dia 05 de junho de 2010, dia do meio ambiente. Um ponto polêmico que foi bastante contestado pelas empresas de eletroeletrônicos é sobre a logística reversa, que prevê a coleta de lâmpadas fluorescentes, baterias e até eletroeletrônicos seja feita pelos fabricantes. As empresas terão até o final de 2011 para estarem de acordo com a PNRS.
  • 35. 22 Junto com as leis de cada país, o Greenpeace, organização não-governamental fundada em 15 de setembro de 1971 que luta principalmente pela preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, divulga um ranking desde agosto de 2006 com as maiores fabricantes de celulares, televisores, computadores e vídeo-games para mostrar para o mundo o que estas empresas estão fazendo para que o impacto ambiental de seus produtos seja cada vez menor, na fabricação e no descarte. Figura 5. Imagem do ranking feito pelo Greenpeace com as dezoito empresas avaliadas em janeiro de 2010 Fonte: (GREENPEACE, 2010) Tabela 4. Notas e observações feitas pelo Greenpeace das empresas avaliadas Posição Nota Empresa Observação do Greenpeace 1 7,3 Nokia Fica em primeiro lugar e com boa pontuação no aspecto da redução do uso de tóxicos, mas perde pontos por não adotar uma metodologia para restrições de substâncias
  • 36. 23 perigosas. 2 6,9 Sony Ericsson Foi considerado fraco no aspecto da reciclagem, mas obteve a melhor pontuação em relação à redução do uso de tóxicos. 3 5,3 Toshiba Boa pontuação na eliminação de tóxicos, mas ainda precisa cumprir as outras metas para março de 2010. 4 5,3 Philips Perde pontos por falta de lobby relacionadas ao uso de substâncias perigosas na legislação. 5 5,1 Apple Vem melhorando seu desempenho, obteve a melhor pontuação na eliminação de produtos químicos, tóxicos e lixos eletrônicos. 6 5,1 LG Electronics Melhora a pontuação, mas ainda é penalizada por não se preocupar e adiar o aspecto de tóxicos. 7 5,1 Sony Mantém pontuação global com maior energia total, mas precisa de um lobby mais eficaz relacionada à legislação de substâncias químicas. 8 5,1 Motorola Pontuação ligeiramente reduzida, devido à falta de um lobby mais eficaz relacionada à legislação de substâncias químicas. 9 5,1 Samsung Teve uma grande queda devido à penalização pelo não-cumprimento de redução de substâncias perigosas. 10 4,9 Panasonic Pontuação inalterada, o mais eficaz em energia, mas pobre nos aspectos de reciclagem e lixo eletrônico. 11 4,7 HP Melhor posição graças ao apoio de redução
  • 37. 24 global de emissões, mas necessita de um melhor lobby relacionada à legislação de substâncias químicas. 12 4,5 Acer Pontuação inalterada, mas está fazendo lobby para uma maior legislação sobre substâncias químicas. 13 4,5 Sharp Perde pontos devido a má informação sobre a eliminação de substâncias tóxicas e não tem uma eficaz legislação sobre substâncias químicas. 14 3,9 Dell Pontuação reduzida pelos critérios de energia e penalidade pelo atraso da eliminação de tóxicos até 2011. 15 3,5 Fujitsu Melhoria da pontuação devido ao apoio para a redução das emissões globais de carbono, reduzindo assim, as suas próprias emissões. 16 2,5 Lenovo Pontuação inalterada, com pontos de penalização por atraso de tempo indeterminado relacionados a eliminação de tóxicos. 17 2,4 Microsoft Pontuação reduzida, não obtém uma eficaz legislação química. 18 1,4 Nintendo Pontuação inalterada, o mais eficaz em energia, mas pobre nos aspectos de reciclagem e lixo eletrônico. Fonte: (GREENPEACE, 2010) 5 CERTIFICAÇÃO Atualmente, obter certificações é muito importante para empresas quanto para as pessoas, porque ela é uma prova física de que a empresa ou profissional que se
  • 38. 25 comprometeu a fazer determinada função está seguindo as melhores práticas que foram estudadas por especialistas ou possuem conhecimento para executar aquela função. Na área de T.I. Verde existem certificações garantindo que as empresas estão seguindo as melhores práticas na produção e descarte de eletroeletrônicos, como as normas da família ISO 14000 (Internacional Standardization for Organization). A Organização Internacional para Padronização (ISO) é uma organização não- governamental fundada em 1947 em Genebra, na Suíça, que está presente em 161 países com o principal objetivo de criar normas internacionais. A norma ISO 14001 pertence à série de normas ISO 14000 criada pela organização, que estabelece requisitos para as empresas gerenciarem os seus produtos e processos para não agredirem o meio ambiente. Para obter-se uma certificação ISO 14001, a empresa deve cumprir alguns requisitos como ter a ciência e controle dos resíduos que ela gera na produção e utilização do produto, treinamento para funcionários para que eles estejam conscientes da importância do cumprimento da norma, procedimentos de controle da documentação, situações de emergências, não conformidade, ações corretivas e preventivas, entre outras. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A preocupação com o meio ambiente não vem de agora, porém ainda algumas empresas não estão preocupadas com a sociedade, mas somente com a sua lucratividade. O mundo em que vivemos é consumista, onde troca-se de aparelhos eletroeletrônicos rapidamente somente porque os mais atuais possuem novas funções, design mais arrojado e outras qualidades, e os antigos aparelhos, quando não conseguimos comercializados, os guardamos ou descartamos no lixo comum por falta de informações sobre o descarte correto ou até por falta de projetos de recolhimento desses aparelhos por parte dos fabricantes.
  • 39. 26 O governo está tentando fazer a parte dele, criando leis que restringe o uso de certas substâncias na fabricação, medidas que reduzem o uso de energia na utilização e o descarte correto dos eletroeletrônicos junto com algumas organizações como o Greenpeace que cobram e muito as empresas sobre esse descaso com o meio ambiente. Novas tecnologias e projetos estão surgindo com o pensamento Verde já incorporado, porém, a sociedade também tem que se conscientizar e realizar os procedimentos corretos para que possamos agredir cada vez menos a saúde do meio ambiente. 7 REFERÊNCIAS AFFONSO, Carlos. Semana da Inclusão Digital discute os 50 milhões de toneladas do lixo eletrônico, 2008. Disponível em: http://www.telebrasil.org.br/artigos/outros_artigos.asp?m=725. Acesso em 21/03/2010 ANTONELLI, Valdir. Algumas dicas para economizar energia, 2008. Disponível em: http://www.portalcallcenter.com.br/gestao/melhores-praticas/algumas-dicas- para-economizar-energia. Acesso em 15/05/2010 Anuário Brasileiro de serviços e infraestrutura de tecnologia da informação. 1.ed. São Paulo, Editora Public Projetos Editoriais, 2008. ATP. EarthDrive. Disponível em: http://earthdrive.atpinc.com/intro.html. Acesso em 26/04/2010 BAIO, Cintia. O que é Green I.T., 2008. Disponível em: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/2008/02/26/ult4213u358.jhtm. Acesso em 21/04/2010 BAUDOIN, Claude. O que é Tecnologia da Informação? Disponível em: http://www.seed.slb.com/v2/FAQView.cfm?ID=548&Language=PT. Acesso em 02/05/2010 CARNEVALE, Guilherme. Máquinas Virtuais - Microsoft Virtual PC. Disponível em: http://technet.microsoft.com/pt-br/library/cc716501.aspx. Acesso em 25/04/2010 DELL. Dell Studio Hybrid Desktop. Disponível em: http://www.dell.com/hybrid. Acesso em 26/04/2010
  • 40. 27 DUTRA, Marlon. . Thin clients implantados pela Propus geram economia e têm vida útil de 10 anos, 2009. Disponível em: http://www.propus.com.br/news/27. Acesso em 26/04/2010 E-LIXO MAPS. e-lixo. Disponível em: http://www.e-lixo.org/projeto.html. Acesso em 05/05/2010 FERREIRA, Alisson Gonçalves. Tecnologia da informação verdes – TCC – Instituto Superior de Educação do Paraná. Maringá, 2009. Disponível em: http://www.slideshare.net/alisson_gf/artigo-ti-verde-insep-alisson-ferreira-2009. Acesso em 16/03/2010 FERREIRA, Juliana Martins de Bessa; FERREIRA, Antônio Claudio. A sociedade da informação e o desafio da sucata eletrônica – Revista de Ciências Exatas e Tecnologia, 2008. Disponível em: http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rcext/article/viewPDFInterstitial/417/413. Acesso em 16/03/2010 FIEC. ISO 14000. Disponível em: www.fiec.org.br/iel/bolsaderesiduos/Artigos/ISO%2014000.pdf. Acesso em 22/05/2010 GARRIBE, Raphael. Asus: Eco Book, 2007. Disponível em: http://www.forumpcs.com.br/noticia.php?b=227122. Acesso em 26/04/2010 GETECH. Thin Client. Disponível em: http://www.getech.com.br/servicos/thin-client- diskless. Acesso em 26/04/2010 GREENPEACE. Guide to Greener Electronics, 2010. Disponível em: http://www.greenpeace.org/international/en/campaigns/toxics/electronics/Guide-to- Greener-Electronics/. Acesso em 17/05/2010 HESS, Pablo. O que é TI Verde?, 2009. Disponível em: http://br.hsmglobal.com/notas/53556-o-que-e-ti-verde. Acesso em 02/05/2010 INSTITUTO GEA. Locais para descarte dos equipamentos Dell, itautec etc.. Disponível em: http://www.institutogea.org.br/elixo.html. Acesso em 09/03/2010 Internacional Standardization for Organization (ISO). About ISO. Disponível em: http://www.iso.org/iso/about.htm. Acesso em 22/05/2010 JORNAL DA MÍDIA. Produção de lixo eletrônico cresce 5% ao ano, 2008. Disponível em: http://www.jornaldamidia.com.br/noticias/2008/04/11/Bahia_Nacional/Producao_de_li xo_eletronico_cresc.shtml. Acesso em 20/03/2010
  • 41. 28 LIMA, Ana Paula Rezende. Pilhas, baterias e óleo de cozinha, descartados incorretamente, agridem o meio ambiente, 2009. Disponível em: http://www.forumseculo21.com.br/conteudo.php?conteudo=noticias_detalhes&codigo _noticia=1009 . Acesso em 24/04/2010 LUCAS, Anselmo Elpídio. O que é Green I.T.. Disponível em: http://www.greenitbrasil.com.br/textos/greenit.pdf. Acesso em: 23/03/2010 MACAGNANI, Bruno. Ferramentas de virtualização, 2009. Disponível em: http://www.guiadohardware.net/artigos/ferramentas-virtualizacao/. Acesso em 25/04/2010 MATTOS, Diogo Menezes Ferrazani. 6.1 Consolidação de Servidores. Disponível em: http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/virtual/ConsolidaodeServidores.html#Topic15. Acesso em 24/04/2010 MICROSOFT. Consolidação de Servidor. Disponível em: http://www.microsoft.com/brasil/servidores/virtualizacao/solution-issue- consolidation.mspx. Acesso em 24/04/2010 MILAGRE, José. Política de TI Verde: Panorama Jurídico e Normativo, 2008. Disponível em: http://imasters.uol.com.br/artigo/8161/direito/politica_ti_verde_panorama_juridico_e_ normativo. Acesso em 23/05/2010 NAIME, Roberto; GARCIA, Ana Cristina. Proposta para o gerenciamento dos resíduos de lâmpadas fluorescentes – Revista Espaço para a Saúde, Londrina, 2004. Disponível em: www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v6n1/propostas.pdf. Acesso em 24/04/2010 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relatório da ONU vê explosão de lixo eletrônico em 2020, 2010. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1500209-6174,00- RELATORIO+DA+ONU+VE+EXPLOSAO+DE+LIXO+ELETRONICO+EM.html. Acesso em 09/03/2010 PEREIRA, Eliamar. Pilhas e baterias causam doenças se descartadas incorretamente, 2009. Disponível em: http://www.ucg.br/ucg/agencia/home/secao.asp?id_secao=2532. Acesso em 24/04/2010 PORTAL APRENDIZ. Campanha contra descarte de lâmpadas fluorescentes, 2006. Disponível em: http://aprendiz.uol.com.br/content/jevojelosw.mmp. Acesso em 24/04/2010
  • 42. 29 PROPUS. Thin clients implantados pela Propus geram economia e têm vida útil de 10 anos, 2009. Disponível em: http://www.propus.com.br/news/27. Acesso em 26/04/2010 REDAÇÃO ECOD. Nova política prevê responsabilidade de empresas no destino do lixo, 2010. Disponível em: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/conteudo/noticias/nova-politica-preve- responsabilidade-de-empresas/view. Acesso em 23/05/2010 RESENDE, Marcelo Vilela. RoHS - O que é isto?, 2008. Disponível em: http://comunidade-linux- brasil.info/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=76. Acesso em 17/05/2010 ROMERO, Thiago. Reciclagem de lâmpadas fluorescentes tem solução brilhante, 2006. Disponível em: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125060623. Acesso em 24/04/2010 SAMSUNG. Samsung apresenta novo celular ecológico na China, 2008. Disponível em: http://www.samsung.com/br/news/newsRead.do?news_group=productnews&news_t ype=consumerproduct&news_ctgry=cellularphone&news_seq=10267. Acesso em 26/04/2010 SMITH, Nair. Ferramentas de virtualização, 2005. Disponível em: http://www.guiadohardware.net/artigos/ferramentas-virtualizacao/. Acesso em 25/04/2010 SOUZA, Eric Augusto de; KRETTLE, Yuri Hirle. Tecnologia da informação sustentável: um estudo de caso sobre TI Verde – TCC – Faculdade Novo Milênio, Vila Velha, 2008. Disponível em: https://sites.google.com/a/ericsouza.eng.br/wiki/sustentabilidade-em- ti/TCC_TecnologiadaInforma%C3%A7%C3%A3oSustent%C3%A1vel_TIVERDE_ER ICSOUZAeYURIKRETTLE_062008.pdf?attredirects=0&d=1. Acesso em 16/03/2010 STEINER, Achim. Relatório da ONU vê explosão de lixo eletrônico em 2020, 2010. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1500209- 6174,00- RELATORIO+DA+ONU+VE+EXPLOSAO+DE+LIXO+ELETRONICO+EM.html. Acesso em 09/03/2010 VirtualBox. VirtualBox - professional, flexible, open. Disponível em: http://www.virtualbox.org/wiki/VirtualBox. Acesso em 25/04/2010
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