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Uma Nova Estratégia de Roteamento
 para Redes Tolerantes a Atrasos




       Felipe Albuquerque de Almeida
Faculdade de Informática
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
   Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre – RS – Brasil
      {cristina.nunes,fernando.dotti}@pucrs.br
O artigo propõe uma nova estratégia de roteamento para
    redes tolerantes a atrasos que utiliza, como principal
informação para decisão sobre o roteamento, o número médio
de encontros que um nodo participa em um período de tempo.
Cada encontro significa a possibilidade de rotear mensagens
    visando sua entrega ao destino. No intuito de aumentar a
probabilidade de encontrar o destinatário, a estratégia prioriza
  o roteamento a nodos que tem um número alto de encontros.
O comportamento do número de encontros e o impacto da
   técnica para os nodos com maior número de encontros são
discutidos. Os resultados de taxa de entrega, número de cópias
de mensagens na rede e atraso para entrega de mensagens são
          discutidos com relação a outros protocolos.
Redes Tolerantes a Atrasos (DTN - Delay Tolerant Network)
são redes sem fio onde desconexões são tão frequentes que na
 maioria do tempo não existe um caminho completo entre uma
   origem e um destino. As principais razões mencionadas na
literatura para as desconexões são a mobilidade dos nodos e a
         operação em ambientes hostis [Zhang 2006].
Em redes onde há movimentação dos nodos, a comunicação são entre um
par de nodos em um determinado instante somente é possível quando a
    distância entre eles é menor do que o alcance da transmissão.

 Isso significa que, mesmo que as mensagens sejam roteadas através de
nodos que fazem o papel de roteadores, não há garantia de encontrar um
               caminho de comunicação viável até o destino.

Já em ambientes hostis a desconexão acontece devido a interferência no
         sinal, impossibilitando a comunicação [Zhang 2006].
De acordo com [Spyropoulos et al. 2008], há
muitos casos de aplicação para redes DTN, tais
como redes de sensores que monitoram a vida
   selvagem, redes militares, redes ad hoc
    veiculares (VANETs - Vehicular Ad hoc
  Networks), redes para fornecer acesso a
    Internet de baixo custo a comunidades
            remotas, entre outras.
A possibilidade de desconexão devido a mobilidade ou fatores
     ambientais também é considerada em redes ad hoc.
Diferentemente em redes DTN, como já mencionado, parte-se
do pressuposto que não é possível construir um caminho fim a
   fim composto de enlaces contemporâneos válidos. Neste
contexto, surge a técnica de repasse denominada store-carry-
     forward [Zhang 2006], segundo a qual um nodo pode
 armazenar uma mensagem até encontrar outro nodo propício
        para o roteamento em direção ao destinatário.
A decisão de para qual(is) nodo(s) repassar uma mensagem, de forma
        a aumentar sua probabilidade de alcançar o destino,
    é uma das principais questões no projeto de um protocolo de
                      roteamento para DTNs.


  Esse repasse também pode ser feito para um único ou para vários
  nodos. Segundo [Abdulla and Simon 2007], a abordagem de única
    cópia tenta reduzir o uso de buffer e o número de mensagens
transferidas, mas sofre de grandes atrasos e baixa taxa de entrega.



Esquemas de múltiplas cópias, por outro lado, alcançam atrasos mais
                 baixos e maior taxa de entrega.
Este artigo propõe uma nova estratégia de roteamento de mensagens para redes
    DTN chamada de APRP (Adaptive Potential Routing Protocol) que prioriza o
roteamento a nodos que participem de um maior número de encontros no intuito de
              aumentar a probabilidade de encontrar o destinatário.
Na negociação da conexão…
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Nova estratégia de roteamento prioriza nodos com mais encontros

  • 1. Uma Nova Estratégia de Roteamento para Redes Tolerantes a Atrasos Felipe Albuquerque de Almeida
  • 2.
  • 3.
  • 4. Faculdade de Informática Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre – RS – Brasil {cristina.nunes,fernando.dotti}@pucrs.br
  • 5. O artigo propõe uma nova estratégia de roteamento para redes tolerantes a atrasos que utiliza, como principal informação para decisão sobre o roteamento, o número médio de encontros que um nodo participa em um período de tempo.
  • 6. Cada encontro significa a possibilidade de rotear mensagens visando sua entrega ao destino. No intuito de aumentar a probabilidade de encontrar o destinatário, a estratégia prioriza o roteamento a nodos que tem um número alto de encontros.
  • 7. O comportamento do número de encontros e o impacto da técnica para os nodos com maior número de encontros são discutidos. Os resultados de taxa de entrega, número de cópias de mensagens na rede e atraso para entrega de mensagens são discutidos com relação a outros protocolos.
  • 8. Redes Tolerantes a Atrasos (DTN - Delay Tolerant Network) são redes sem fio onde desconexões são tão frequentes que na maioria do tempo não existe um caminho completo entre uma origem e um destino. As principais razões mencionadas na literatura para as desconexões são a mobilidade dos nodos e a operação em ambientes hostis [Zhang 2006].
  • 9. Em redes onde há movimentação dos nodos, a comunicação são entre um par de nodos em um determinado instante somente é possível quando a distância entre eles é menor do que o alcance da transmissão. Isso significa que, mesmo que as mensagens sejam roteadas através de nodos que fazem o papel de roteadores, não há garantia de encontrar um caminho de comunicação viável até o destino. Já em ambientes hostis a desconexão acontece devido a interferência no sinal, impossibilitando a comunicação [Zhang 2006].
  • 10. De acordo com [Spyropoulos et al. 2008], há muitos casos de aplicação para redes DTN, tais como redes de sensores que monitoram a vida selvagem, redes militares, redes ad hoc veiculares (VANETs - Vehicular Ad hoc Networks), redes para fornecer acesso a Internet de baixo custo a comunidades remotas, entre outras.
  • 11. A possibilidade de desconexão devido a mobilidade ou fatores ambientais também é considerada em redes ad hoc.
  • 12. Diferentemente em redes DTN, como já mencionado, parte-se do pressuposto que não é possível construir um caminho fim a fim composto de enlaces contemporâneos válidos. Neste contexto, surge a técnica de repasse denominada store-carry- forward [Zhang 2006], segundo a qual um nodo pode armazenar uma mensagem até encontrar outro nodo propício para o roteamento em direção ao destinatário.
  • 13. A decisão de para qual(is) nodo(s) repassar uma mensagem, de forma a aumentar sua probabilidade de alcançar o destino, é uma das principais questões no projeto de um protocolo de roteamento para DTNs. Esse repasse também pode ser feito para um único ou para vários nodos. Segundo [Abdulla and Simon 2007], a abordagem de única cópia tenta reduzir o uso de buffer e o número de mensagens transferidas, mas sofre de grandes atrasos e baixa taxa de entrega. Esquemas de múltiplas cópias, por outro lado, alcançam atrasos mais baixos e maior taxa de entrega.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Este artigo propõe uma nova estratégia de roteamento de mensagens para redes DTN chamada de APRP (Adaptive Potential Routing Protocol) que prioriza o roteamento a nodos que participem de um maior número de encontros no intuito de aumentar a probabilidade de encontrar o destinatário.
  • 17.
  • 18. Na negociação da conexão…