Diante de um erro técnico de uma velha impressora HP 810c foi desencadeada a pesquisa pictórica deste trabalho. Os diversos estudos artísticos e teóricos foram dando os caminhos. As imagens surgem no papel como quase-gravuras que utilizam básicos manejos de composição como sobreposições, tamanho e cor do papel. Como resultado, será apresentado a banca desta Universidade um livro-objeto contendo as imagens inéditas geradas a partir da técnica apresentada, além de textos reflexivos e poéticos. Os anseios de “1/1” partem desse entrelace sútil entre a altíssima reprodutibilidade dos meios digitais e a fragilidade de um equipamento low-tec com defeito, perto de ser aposentado, que de repente torna-se agente central de uma ação artística. Mesmo geradas de meros arquivos de computador essas imagens saem da impressora únicas, estando resguardada a elas o caráter de original diante do limite claro de baixa poder de serem multiplicadas. Quase-gravuras por se colocar, como no universo da gravura, antes da excessiva reprodução e por organizar de forma serial o resultado. Entretanto, não há pudores. Faz parte da investigação o reprocessamento no ambiente matriz, o computador, dessas imagens para que organizadas em livro-objeto também se apresentem ao público. Visualmente os desenhos são estilhaços monocromáticos dessas contradições, propondo ao expectador leituras outras, apresentando-lhes uma lógica inventada. Visuais. Desenhos. Códigos tipográficos desregrados. Estilhaços. Pixel. Poesia destroçada. Tirando o poema e deixando ao leitor apenas a possibilidade de escavar as entrelinhas peneirando significados. Significantes da busca insistente à segurança da linguagem.