1) Ellen Harmon passou por dificuldades financeiras após o Grande Desapontamento de 1844 e casou-se com Tiago White em 1846.
2) Ela começou a receber visões proféticas em 1844 para guiar os crentes, e continuou tendo revelações que ajudaram a unir o grupo.
3) Nos anos seguintes, os pioneiros estudaram diligentemente a Bíblia para descobrir verdades, como o sábado, que foram depois confirmadas por Ellen White.
2. ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
Infância e Adolescência
1827 - 1844
Por ocasião do desapontamento
de 22 de outubro de 1844, Ellen
Harmon tinha quase 17 anos.
Nasceu em 26 de novembro de
1827, perto de Gorham, Maine.
Filha gêmea de Eunice e
Roberto Harmon, uma família de
fazendeiros com oito filhos.
Quando as gêmeas tinham sete
anos, a família mudou-se para
Ellen G. Harmon - White
(1827 – 1915)
Portland, Maine, onde o pai
Elizabeth Harmon – Bangs trabalhou como chapeleiro.
(1827 – 1891)
3. Infância e Adolescência ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1827 - 1844
Aos nove anos, Ellen sofreu um acidente que iria
afetar grandemente a sua vida. Aos doze anos foi
batizada por imersão, pela sua própria
insistência, embora o pastor metodista afirmasse
que a aspersão seria igualmente aceitável a
Deus.
Em 1840 e 1842, Ellen Harmon, com a família,
assistiu a pregação de Guilherme Muller em
Portland. A aceitação dos ensinos de Guilherme
Muller pela família Harmon causou a sua
exclusão da Igreja Metodista em 1843.
Participou do desapontamento, em 22 de outubro
de 1844, porém não desanimou na fé.
4. ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
O Chamado e
Ministério Inicial
1844 - 1848
5. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Chamado e o Início
Em dezembro de 1844, foi chamada por Deus
para ser profetiza, ocasião em que teve a
primeira visão. (Leia Primeiros Escritos, págs. 13
- 20).
Em sua segunda visão, uma semana depois, ela
viu algumas das dificuldades que experimentaria
e ela foi instruída a contar aos outros o que lhe
fora mostrado.
Deus continuou a dar-lhe revelações que guiaram
os crentes desapontados em sua busca da
verdade e contribuíram para unir os sinceros e
fiéis.
6. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Em 30 de agosto de 1846,
Ellen Harmon uniu-se em
matrimônio ao pastor
Thiago White.
Um ano depois do
casamento, o casal teve o
primeiro filho de quatro.
No mês seguinte o casal
Howlands ofereceu para o
casal White alguns
quartos de sua casa em
Topsham, Maine, onde o
casal White veio morar
Ellen Harmon e Thiago White. com móveis emprestados.
7. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
A situação era precária. Tiago trabalhava como
diarista, arrastando pedras para a construção da
estrada de ferro por “cinqüenta cents” (1/2
dólar) ao dia ou cortava lenha, 128 pés cúbicos
de lenha (3,62 m3) “por vinte e cinco cents” (1/4
dólar).
8. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Falando daqueles tempos Ellen G. White disse:
“Nós preferimos sofrer a fazer dívida. Eu tinha ‘um pint’
(0,437 l) de leite por dia para mim e a criança. Uma
manhã, ao meu marido sair para o trabalho, ele deixou-
me ‘nove cents’ (mais ou menos a décima parte do dólar)
Fiquei pensando se
para comprar leite para três manhãs.
iria comprar o leite para mim e o filhinho, ou comprar
uma fralda (pedaço de pano) para ele. Desisti do leite
para poder comprar o pano a fim de cobrir os braços nus
de meu filho”. Testemonies vol. 1. pág. 83.
Muitas vezes o dinheiro foi provido para o mais
essencial e para despesas de viagens aos lugares que
precisavam ir para se encontrar com os grupos de
crentes.
9. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Descobrindo a Verdade Bíblica
Os anos de 1845-
1848 foi um
período de intenso
estudo por parte
dos que passaram
pelo
desapontamento e
ainda mantinham
a fé no segundo
advento.
10. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
A experiência pela qual passaram em 1844 e sua fé
na iminente 2ª. Vinda de Jesus, eram os dois laços
fortes que os mantinham juntos. Estavam
determinados a descobrir verdades adicionais da
Bíblia. Estas verdades não vieram por meio do
Espírito de Profecia, mas antes mediante diligente
estudo da Bíblia, individual e em grupo.
O Espírito de Profecia teve lugar vital em trazer luz
quando os pioneiros eram defrontados por
dificuldades, e as conclusões atingidas por
diligente estudo eram por vezes posteriormente
confirmadas pela revelação.
Seguem em forma de esboço o desenvolvimento de
duas doutrinas que indicam a maneira como foram
estabelecidas as verdades fundamentais:
11. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
A Introdução da
Verdade do Sábado.
1. O Sábado Aceito
pelos Primeiros
Adventistas.
A verdade do sábado foi
primeiramente
apresentada por Raquel
Oakes Preston (batista
do sétimo dia) aos
adventistas em
Washington, Nova
Hampshire.
Raquel Oakes Preston
12. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Foi aceito por alguns ali por
volta de outubro de 1844,
isto é, do desapontamento.
Em princípios de 1845, o
artigo de T. M. Preble sobre
o sábado, publicado em
The Hope of Israel, foi lido
por José Bates, que foi
levado a reconhecer a
obrigatoriedade do quarto
mandamento, aceitou o
sábado, e começou a
ensiná-lo a outros.
(Mensageira da Igreja
Remanescente, pág. 73).
13. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
2. Aceito por Tiago e Ellen White.
a) Primeira Introdução. Ellen Harmon, com sua irmã e Tiago White,
achavam-se em Nova Bedford em princípios de 1846. O pastor
Bates insistiu com eles quanto as suas idéias a respeito do
sábado, porém eles não lhe aceitaram os ensinos.
b) Não foi Sentida a Importância. “Eu não sentia sua importância, e
pensava que ele errava em dar mais atenção ao quarto
mandamento do que aos outros nove”. Idem, pág. 73.
c) Aceito por Provas Escriturísticas. Em agosto de 1846, José Bates
publicou seu folheto de quarenta e oito páginas – “The Seventh-
Day Sabbath a Perpetual Sign” ( O Sábado do Sétimo Dia um
Sinal Perpétuo) Tiago e Ellen G. White receberam um exemplar
do mesmo por volta do tempo de seu casamento. Pela
demonstração escriturística apresentada, tomaram sua decisão.
“No outono de 1846, começamos a observar o sábado bíblico, e a
ensiná-lo e defendê-lo”. Ibidem, pág. 74.
14. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
d) Aceito Antes da Visão Sobre o Sábado. “Cri na
verdade acerca da questão do sábado antes de ter
visto qualquer coisa em visão com referência a
esse assunto. Meses depois de haver começado a
observar o sábado é que me foi mostrada sua
importância e seu lugar na terceira mensagem
angélica”. Ibidem, pág. 7.
e) Visão relativa à importância do Sábado. A 1 de abril
de 1847, o Senhor lhe deu uma visão, na qual viu os
10 mandamentos no santíssimo e o quarto
mandamento era circundado por uma auréola de
glória (Leia Primeiros Escritos págs. 32 – 35).
Assim a verdade vital do sábado não foi
apresentada por revelação direta, mas foi vista
primeiro mediante o estudo da Bíblia.
15. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
O Tempo de Começar a
Observância do Sábado
Vários tempos de início do
sábado foram seguidos por
diversas pessoas:
1. Seis Horas da Tarde. Por
dez anos os adventistas
observadores do sábado
guardaram-no geralmente
das 6 da tarde de 6ª. feira
às 6 da tarde de sábado.
O pastor Bates era o
defensor desta idéia.
16. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
2. O Tempo do Nascer do Sol Defendido em Maine.
Baseavam-se em Mt. 28:1, “E no fim do sábado,
quando já despontava o 1 dia da semana.”
3. O Erro de Princípio Divinamente Corrigido.
Ameaçava então se introduzir um erro com
respeito ao início da observância do sábado que
foi combatido por meio do Espírito de Profecia. Em
visão, Ellen White ouviu o anjo citar as palavras da
Escritura: “Duma tarde à outra tarde, celebrareis o
vosso sábado”. Lev. 23:32. Isso assentou a
questão no que respeitava ao engano do tempo ao
nascer do sol, porém o corpo de crentes
continuou com a observância de seis horas, até
que esse erro foi posteriormente corrigido por
demonstração bíblica.
17. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
4. O Tempo Afinal Posto em Dúvida. Conversos
dentre os batistas do sétimo dia, e possivelmente
outros, observaram o tempo do pôr-do-sol, e
levantavam de quando em quando a questão
quanto a ser ou não direito a atitude de observá-
lo de seis às seis horas segundo era feito pelo
grupo.
5. O Estudo da Bíblia sobre o Ponto Doutrinal. No
verão de 1855, João Andrews foi solicitado pelo
pastor White a investigar o assunto. Suas
conclusões, baseadas em provas escriturísticas,
foram lidas na assembléia geral em Battle Creek
em novembro de 1855, no culto da manhã do
sábado. O Pastor Andrews demonstrou com nove
textos do Velho Testamento e dois do Novo, que
a “tarde” queria dizer o mesmo que pôr-do-sol.
18. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
6. Aceito o Testemunho Escriturístico. O tempo do
pôr-do-sol foi então aceito por quase todos os
presentes à assembléia de 1855. José Bates e Ellen
G White foram exceções, mantendo ambos a
atitude da observância das seis horas.
7. Confirmado pela Revelação, Assentando as
Opiniões em Desacordo. “Ao termo da assembléia
em Battle Creek (1855), acima mencionada, os
ministros e outros especialmente interessados na
causa, tiveram um período especial de oração, e
naquela reunião a sra. White teve uma visão, na
qual um ponto foi que o tempo do pôr-do-sol
estava correto. Isto assentou a questão quanto ao
irmão Bates e aos outros, reinando desde então
geral harmonia entre nós nesta questão”. Ibidem,
pág 77.
19. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Fica Demonstrado o
Lugar das Visões na
Igreja
Relativamente
à questão do
tempo de
começar o
sábado,
escreveu
Tiago White:
20. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Não parece ser desejo do Senhor ensinar Seu
povo pelos dons do Espírito em assuntos
bíblicos enquanto Seus servos não houverem
pesquisado diligentemente Sua palavra”.
“As Sagradas Escrituras nos são dadas como
regra de fé e dever, e é nos ordenado
pesquisá-las”.
“Tenham os dons seu próprio lugar na igreja.
Deus nunca os colocou bem na frente,
ordenando-os que olhemos para eles como
guias na senda da verdade e no caminho para o
Céu. Ele engrandeceu Sua palavra. As
Escrituras do Velho e do Novo Testamento são
a lâmpada para alumiar sua estrada para o
reino”. Ibidem, pág 78.
21. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Confirmação da Declaração de Tiago White
“Eu vi que é
exatamente assim:
‘Duma tarde a outra
tarde, celebrareis o
vosso sábado.’
Disse o anjo: ‘Tomai
a palavra do Senhor,
lede-a, entendei, e
não podeis errar.
Lede
cuidadosamente e aí
encontrareis o que é
tarde, e quando é”.
22. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Perguntei ao anjo se o desagrado de
Deus estivera sobre Seu povo por
começar o sábado como haviam feito.
Indaguei por que fora assim, que
precisássemos mudar o tempo do começo
do sábado em tempo assim tardio”.
“Disse o anjo: ‘Compreendereis, mas não
ainda, não ainda’. ‘Caso venha a luz e ela
seja posta de lado ou rejeitada, então vem
a condenação e o desagrado de Deus;
mas antes que sobrevenha a luz, não há
pecado, pois não há luz para eles
rejeitarem.” Ibidem, pág 78.
23. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
A Verdade do Santuário
É outra
ilustração de
como se
desenvolveu a
verdade e a
sua relação
com o
Espírito de
Profecia
24. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
1. Primeiramente
Percebida por
Hirão Edson.
Na manhã seguinte
à decepção, em
Nova York
ocidental, disse
Hirão Edson:
25. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Vi distinta e claramente que
em vez de nosso Sumo
Sacerdote sair do santíssimo
do santuário celeste para a
Terra no décimo dia do sétimo
mês, ao fim dos 2300 dias, Ele
entrou naquele dia no segundo
compartimento daquele
santuário, e que Ele tinha uma
obra a realizar no santíssimo
antes de vir à Terra; que Ele foi
às bodas ou, em outras
palavras, ao Ancião de dias,
para receber um reino, domínio
e glória; e que devemos esperar
Sua volta das bodas”. Ibidem
pág. 79.
26. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
2. Estudo em Conjunto da
Escritura por Hirão Edson,
Dr. Hahn, e O. R. L. Croiser.
O Grupo foi levado à
conclusão de que as duas
fases do ministério no
serviço do santuário
terrestre eram um tipo do
ministério de Cristo no
santuário celeste. Portanto,
os acontecimentos que
deviam ocorrer em 22 de
outubro de 1844, eram
acontecimentos que teriam
lugar no céu. Este estudo do
grupo estendeu-se por um
período de meses.
27. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
3. Publicação de Conclusões Colhidas do Estudo
da Bíblia.
Sentindo que tinham luz que ajudava aos
decepcionados adventistas, Edson, Crosier e Hahn
publicaram suas conclusões em Day-Down
(Canandaigua, Nova York) no inverno de 1845 – 1846.
Foram também tomadas providências para imprimir um
artigo mais compreensivo do Day-Star (Cincinnati,
Ohio), o qual apareceu como um “Extra”, datado de 7
de fevereiro de 1846, sob título: “The Law of Moses”.
Este conclusivo artigo escrito, que salientava a verdade
do santuário do ponto de vista de provas
escriturísticas, chegou às mãos de muitos adventistas.
28. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Numa carta à Eli Curtis, em 24 de abril de 1847, Ellen
G. White declarou:
“O Senhor mostrou-me em visão, há mais de um ano,
que o irmão Croiser tinha a verdadeira luz quanto à
purificação do santuário, etc., e que era Sua vontade que
o irmão C. escrevesse o ponto de vista que ele nos deu
no Day-Star Extra, a 7 de fevereiro de 1846. Sinto-me
plenamente autorizada pelo Senhor a recomendar esse
Extra a todo santo”. E. G. White, A Word to the Little
Flock, pág. 12.
Assim foi ratificada por visão a verdade do santuário,
que bem antes da visão fora apresentada por Hiram
Edson, Crossier, Hahn, como resultado unicamente do
seu estudo da Bíblia, bem antes do conhecimento da
visão de Ellen G. White.
29. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
As Conferências acerca do
Sábado em 1848
É importante lembrar
que durante o
período inicial (1844
– 1848) os pioneiros
estavam ligados por
dois fortes laços: a
experiência do
desapontamento e a
fé do iminente
segundo advento de
Cristo.
30. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Gradualmente outros traços da verdade foram sendo
desdobrados diante deles, que por sua vez, eram
proclamados a outros. O pastor José Bates liderava o ensino
da verdade sabática. Hiram Edson e seus companheiros
descobriram e estavam proclamando a verdade do santuário.
À Ellen G. White, eram feitas divinas revelações, que
estabeleciam confiança na direção de Deus no movimento
adventista. Havia também visões que enfrentavam erros e
fanatismos e outras que confirmavam e enriqueciam os
pontos doutrinais básicos
Chegava o tempo da convergência dessas verdades num
só corpo de doutrina. Isto foi efetuado por volta de 1848,
mediante uma série de conferências acerca do sábado.
Cinco delas foram de valor particular no processo
unificador. Duas foram realizados em Rocky Hill
(Connecticut) outras em Volney (New York), Port Gibson
(New York) e Topsham (Maine). É importante notar-se o que
foi feito nestas reuniões, bem como a parte que E. G. White
teve nelas.
31. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Os que haviam sido levados a
certas conclusões
doutrinárias pelo estudo da
Bíblia, apresentaram suas
descobertas ao grupo de
obreiros reunidos nestas
conferências. Estavam
unidos em alguns pontos,
mas em outros eles a
princípio tinham largas
divergências de idéias. Numa
das primeiras reuniões,
“dificilmente dois
concordavam. Cada um era
firme em seus pontos de
vista”. (Spiritual Gifts, vol. 2
pág. 97).
32. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Nestas conferências, as
doutrinas distintas foram
novamente estudadas, e os
vários pontos da verdade foram
enfeixados em uma crença
unida. Foi aí que foram lançados
os fundamentos da doutrina
adventista do 7º. Dia.
E aí novamente Deus empregou
o Espírito de Profecia para
proteger e ajudar o Seu povo,
dando uma ou duas visões em
cada uma dessas conferências.
Essas visões, todavia, não
constituíam substituto para o
estudo da Bíblia. E. White
escreveu acerca dessas
conferências:
33. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Muitos de nosso povo não compreendem quão
firmemente foi lançado o fundamento de nossa
fé. Meu esposo, o pastor José Bates, o Pai
Pierce, o pastor Edson e outros que eram
perspicazes, nobre e sinceros, achavam-se entre
os que, depois de 1844, investigaram a verdade
como a tesouros escondidos.
Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos
fervorosamente. Muitas vezes ficávamos juntos
até tarde da noite, e por vezes durante a noite
inteira, orando por luz e estudando a Palavra”.
34. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Repetidamente esses irmãos se ajuntavam para
estudar a Bíblia, de modo a saberem sua significação, e
estarem preparados a ensiná-la com poder. Ao
chegarem, em seu estudo, ao ponto em que diziam:
‘Não podemos fazer nada mais’, o Espírito do Senhor
vinha sobre mim, eu era tomada em visão, e uma
explanação clara das passagens que vínhamos
estudando me era concedida, com instruções quanto à
maneira por que devíamos trabalhar e ensinar com
eficácia. Assim nos era dada luz que nos ajudava a
compreender as Escrituras com relação a Cristo, Sua
missão e Seu sacerdócio. Uma corrente de verdade que
se estendia daquela época até ao tempo em que
havemos de entrar na cidade de Deus, foi-me tornada
clara, e dei aos outros a instrução que o Senhor me
havia dado”.
35. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
“Durante todo esse tempo eu não podia
compreender o raciocínio dos irmãos. Minha mente
estava por assim dizer trancada, e eu não podia
compreender o sentido das Escrituras que
estávamos estudando. Isto era uma das maiores
tristezas de minha vida. Eu me achei nesse estado
de espírito até que todos os principais pontos de
nossa fé nos foram aclarados à mente, em
harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam
que, quando não estava em visão, eu não podia
compreender esses assuntos, e aceitaram como luz
diretamente do Céu, as revelações dadas”. Ellen G.
White, Special Testimony, Série B, n0. 2, págs. 56 e
57.
36. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
A compreensão das doutrinas
básicas (o 2º. Advento de Cristo,
o sábado, as 3 mensagens
angélicas, o ministério de Cristo
no santuário celestial e a
mortalidade da alma), a que se
chegou durante as conferências
de 1848 é essencialmente a
mesma de hoje.
Um sólido fundamento foi
construído baseado nas
Escrituras e os estudantes da
Bíblia chegaram a
interpretações corretas da
Bíblia ajudados pelas
revelações dadas a Ellen
White.
37. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Esta jovem mulher teve
uma parte importante em
estabelecer a estrutura
das doutrinas Bíblicas
adotadas pelos pioneiros
adventistas.
O relatório deste período
seria incompleto sem a
menção das visões de
William Foy e Hazen Foss.
(Leia um resumo em E. G.
White, Mensageira da Igreja
Remanescente, págs. 65-
66).
38. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
William Foy
William Foy, membro da Igreja Batista do Livre
Arbítrio, estava se preparando para o ministério,
recebeu duas visões em Boston, uma em 18 de
janeiro e outra em 04 de fevereiro de 1842. Na
primeira revelação, Foy viu a gloriosa recompensa
dos fiéis e o castigo dos pecadores.
Não sendo instruído para contar aos outros o que
vira, ficou em silêncio Mas não teve paz de espírito.
Na 2ª. visão ele testemunhou as multidões diante do
juízo celestial. Foi-lhe dito que contasse aos outros o
que vira. Dois dias depois desta revelação o pastor
de Boston lhe pediu que relatasse as visões.
39. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Embora fosse um excelente orador, ele relutou, temendo que
o preconceito contra visões e o fato de ser mulato,
dificultassem seu trabalho. Mas animado com o resultado do
seu relatório na igreja de Boston, ele viajou três meses
relatando a sua mensagem em auditórios superlotados.
Próximo ao desapontamento de 1844 ele recebeu uma 3ª.
visão na qual foram-lhe apresentadas 3 plataformas. Não
compreendendo a visão à luz de sua fé na iminente volta de
Cristo, ele cessou sua obra pública.
Quando Ellen Harmon relatou as suas primeiras visões, Foy a
interrompeu com um grito, exclamando que foi exatamente o
que havia visto. Foy não viveu por muito tempo depois deste
incidente.
40. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Hazen Foss
Bem próximo ao
desapontamento de 1844,
Hazen Foss um jovem
adventista talentoso,
recebeu uma revelação
de Deus acerca da
experiência do povo do
advento. Após o
desapontamento foi-lhe
pedido para contar o que
vira. Mas isto ele não
estava inclinado a fazer.
41. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Deus o advertiu sobre as
conseqüências de sua
recusa e foi-lhe dito que
se recusasse, a luz, seria
dado a outro. Alegando
que havia sido enganado
com o desapontamento
decidiu não relatar as
suas visões. Então, teve
sentimentos estranhos e
uma voz lhe disse: “Você
entristeceu o Espírito
Santo”.
42. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
Horrorizado decidiu contar
as suas visões, mas
quando tentou fazê-lo a
um grupo de crentes, ele
não conseguiu lembrar-se
e em desespero exclamou:
“Foi-se, não consigo dizer
nada e o Espírito do
Senhor me abandonou”.
Testemunhas descreveram
esta reunião “como a mais
terrível que já assistiram”.
43. O Chamado e Ministério Inicial ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
1844 - 1848
No início de 1845, quando Ellen
Harmon relatou a sua 1ª. visão,
ele reconheceu ser o mesmo
que lhe fora revelado. Encorajou
a Ellen para ser fiel, dizendo:
“Eu creio que as visões são
tiradas de mim e dadas a você.
Não recuse obedecer a Deus,
pois será perigoso para a sua
alma. Sou um homem perdido.
Você é escolhida por Deus;
cumpra fielmente a sua obra, e a
coroa que poderia ser minha
será dada a você”.
Se bem que Hazen Foss
vivesse até 1893, nunca mais
manifestou interesse em
assuntos religiosos.
44. ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
Ministério Num
Movimento em
Crescimento
1849 - 1863
45. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
A Obra de
Publicações
46. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Pouco se havia feito no sentido das publicações.
Agora, que os adventistas observadores do sábado
se achavam de posse de bem definido corpo de
verdades essenciais, para eles conhecidas como a
“mensagem do terceiro anjo” ou “a verdade
presente”, era conveniente que eles dessem os
devidos passos para anunciarem essa mensagem ao
mundo.
Pouco depois das conferências acerca do sábado,
enquanto E. White estava em Dorchester,
Massachusetts, em novembro de 1848, foi-lhe dada
uma visão na qual lhe foi revelado o dever dos irmãos
de publicarem a luz que receberam.
47. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Ao sair da visão, eu disse ao meu marido: tenho uma
mensagem para você. Você deve começar a imprimir um
pequeno jornal e enviá-lo ao povo. Pequeno no começo,
mas ao povo lê-lo, enviarão recursos para imprimi-lo e
será um sucesso desde o começo. Deste pequeno
começo foi-me mostrado que se tornarão como raios de
luz ao redor do mundo”. Life Scketches, pág. 125.
Nos oito meses seguintes Tiago pensou em trabalhar no
campo de feno a fim de conseguir os meios para a
impressão. Porém, foi mostrado a Ellen White que seu
marido “devia escrever, escrever, escrever, e andar pela
fé”. Ibidem, pág. 103.
No verão de 1849, Tiago White teve a convicção de que o
tempo de seguir a instrução da visão chegara.
48. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
O primeiro número de “Present Truth” (Verdade Presente)
publicado em Middletown, Connecticut, em julho de 1949,
foi amplamente enviado aos adventistas.
Em harmonia com a predição da visão de que o jornal
receberia apoio financeiro, escreve Tiago White:
“Enquanto eu publicava os quatro primeiros números em
Connecticut, os irmãos enviaram mais meios do que era
necessário para manter o jornal”. Ibidem. pág. 104
Mais tarde, no outono, a publicação foi suspensa enquanto
os Whites assistiram à reuniões.
Quando Tiago recomeçou a publicação novamente, ele
percebeu que o jornal não teve a aceitação como no início.
Assim decidiu parar o projeto. Até José Bates o
desencorajou de continuar a publicação.
49. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
O jornal continuou e
em adição, outro
jornal, The Advent
Review, foi
publicado no verão
de 1850.
Em dezembro de
1850 o jornal foi
aumentado e
mudado o seu nome
para Second Advent
Review and Sabbath
Herald (Revista do
Segundo Advento e
Arauto do Sábado), o
qual tem continuado
a ser publicado por
156 anos.
50. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Nas visões e
instruções dadas a
Ellen White através
dos anos,
encontramos a
motivação que
resultou na rede
mundial de Casas
Publicadoras que
hoje fornecem livros,
folhetos, periódicos
em
aproximadamente
duzentas línguas.
51. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Tiago Edson
Outro evento importante que ocorreu em 1849 no lar
dos White foi o nascimento do segundo filho, Tiago
Edson, em 28 de julho de 1949.
52. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Os Whites eram pais normais em seu amor e
cuidado de seus filhos. Foi uma experiência
dolorosa para eles ter que deixar os pequenos
enquanto cumpriam numerosos compromissos com
os grupos de crentes em diversos lugares.
Numa ocasião, depois de uma extensa ausência de
casa, ela escreveu um incidente que bem reflete
seus sentimentos: “O meu pequeno está comigo;
ele me reconheceu ao chegar em casa. Eu estive
ausente por dois meses. Ele primeiro olhou-me, e
então estendeu os seus bracinhos ao redor do meu
pescoço”. E. G. White, Carta 8, 1850.
53. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Primeiros Livros
Durante estes anos iniciais as mensagens de Ellen White
eram enviadas ao grupo de crentes ainda não organizados,
na forma de cartas particulares e artigos na The Present
Truth. Nenhum livro seu tinha sido publicado. O primeiro
livro, de 64 páginas, saiu em 1851, sob o título, A Sketch of
the Christian Experience and Views of Ellen G. White.
Views significava as visões que haviam sido dadas a ela.
Este livro agora compõe a primeira parte do livro Primeiros
Escritos. Quatro anos depois, foi impresso o primeiro de
uma série de panfletos, intitulado Testimony for the Church.
Num tempo apropriado, estes foram ajuntados, republicados
eventualmente alcançaram a sua forma presente nos nove
volumes dos Testemunhos para a Igreja.
54. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Mudança
para Battle
Creek
55. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
O casal White mudava-se freqüentemente de um lugar
para outro. Durante os primeiros anos eles saíram de
Gorham, Portland, e Topshcm, em Maine. Então três
meses ficaram em Rocky Hill (Connecticut), e seis
meses em Oswego (New York). De lá foram para
Auburn (New York) e depois para Paris (Maine) e
Saratoga Springs (New York) e finalmente para
Rochester (New York), onde realizaram o projeto de
publicação por 3 anos. Em 1855 eles se mudaram para
Battle Creek (Michigan) onde o escritório de
publicações permaneceu por 48 anos. As mudanças
sempre foram causadas por interesses da obra. Ellen
White descreveu algumas de suas atividades enquanto
viviam em Rochester que bem refletem o padrão de
todo o período.
56. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“De tempos em tempo nós saíamos para assistir
Conferências em diferentes partes do campo. Meu
marido pregava, vendia livros e trabalhava para
ampliar a circulação do jornal. Nós viajávamos
com meio de transporte particular, e parávamos
nosso cavalo à beira do caminho para comer o
nosso lanche. Então com papel e caneta, sobre a
tampa da nossa caixa de lanche ou no topo do
seu chapéu, meu esposo escrevia artigos para a
Review e Instructor. O Senhor grandemente
abençoou nosso trabalho e a verdade alcançou
muitos corações”. Testimonies vol 1 pág. 91
57. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
A mudança para Battle Creek foi um marco no
desenvolvimento do movimento do advento. Pela
primeira vez estabeleceu-se uma sede permanente.
Um prédio foi construído para a Casa Publicadora e
suporte financeiro foi prometido. Os crentes da cidade
ajudaram os Whites adquirir o terreno e construir uma
casa, que se tornou o lar do casal nos próximos 17
anos.
Considerando que o centro da obra agora estava em
Michigan, tornou-se possível aos Whites dar mais
atenção ao trabalho no Centro-oeste. De maneira que
se dirigiram aos estados de Illinois, Iowa e Ohio.
58. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Visão do Grande
Conflito
Foi durante uma
viagem à Ohio
em 1858 que E.
White recebeu à
visão do grande
conflito entre
Cristo e Satanás
59. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
No dia 14 de março de 1858, Tiago White estava dirigindo um
serviço fúnebre no edifício escolar em Lovett´s Grove. A
seguir ao sermão de seu esposo, a sra Ellen G. White disse
algumas palavras de conforto aos enlutados. Enquanto ela
falava, foi tomada em visão e por duas horas, durante as
quais a congregação permaneceu no edifício, o Senhor, por
divina revelação, desenrolou diante dela muitos assuntos de
importância para a igreja. A esse respeito ela escreveu:
“Na visão de Lovett´s Grove, a maior parte da matéria que eu
vira dez anos atrás quanto ao grande conflito dos séculos
entre Cristo e Satanás, foi repetida e fui instruída a escrevê-
la. Foi-me mostrado que, ao passo que eu teria de contender
com os poderes das trevas pois Satanás faria vigorosos
esforços para me impedir, devia não obstante por minha
confiança em Deus, e os anjos não me abandonariam no
conflito”. Life Sketches of Ellen G. White, pág. 162.
60. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
No dia seguinte, Tiago e
Ellen G. White viajaram
para casa. No trem,
recapitulavam as recentes
experiências por que
haviam passado, e
combinavam os planos
quanto a escrever a visão,
e publicar a parte relativa
ao grande conflito. Isto, foi
resolvido, seria o primeiro
trabalho da sra. Ellen G.
White depois de chegar à
casa.
61. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Mal sabiam eles a ira de Satanás
por causa desta revelação de seu
caráter e ardis, ou a intensidade de
sua determinação de entravar os
planos para escrever e publicar o
livro proposto.
Chegando a Jackson, Michigan, de
caminho para Battle Creek, eles
visitaram seus velhos amigos no lar
de Daniel R. Palmer. Por esta época
a sra. Ellen G. White estava de
regular saúde, e o seguinte
incidente, segundo foi relatado em
suas próprias palavras, veio como
uma completa surpresa:
62. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Enquanto eu conversava com a
irmã Palmer, minha língua recusou-
se a emitir o que eu desejava dizer,
e parecia grande e entorpecida.
Uma estranha sensação de frio me
tomou o coração, passou-me pela
cabeça, e desceu-me pelo lado
direito. Por algum tempo, fiquei
insensível, mas fui despertada pela
voz de fervorosa oração. Procurei
usar meus membros esquerdos,
porém estavam de todo inúteis”.
Ibidem
63. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Ao lembrar-se que este era o terceiro
ataque de paralisia que
experimentava, a sra Ellen G. White
perdeu por algum tempo a
esperança de se restabelecer; mas
em resposta às contínuas e
ferventes orações dos irmãos, as
forças lhe foram parcialmente
restauradas, e ela foi habilitada a
prosseguir na viagem para casa. Se
bem que sofrendo intensamente em
conseqüência desse ataque, ela
começou a delinear as cenas do
grande conflito, segundo lhe haviam
sido reveladas. A este respeito
escreveu ela:
64. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“A princípio, eu não podia escrever senão
uma página por dia, descansando depois
por três dias; mas à medida que ia
avançando as forças aumentavam. O
adormecimento na cabeça não parecia
toldar-me a mente, e antes de eu terminar
aquele trabalho (Spiritual Gifts, vol. 1), o
efeito do ataque me havia deixado por
completo”. Idem, pág. 163.11
Quando ela estava terminando o trabalho
do manuscrito para o livro, em junho de
1858, a sra Ellen G. White recebeu
esclarecimento quanto a que se passara
com ela em casa do irmão Palmer, e diz
relativamente a isso:
65. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Foi-me mostrado em visão que no súbito
ataque em Jackson, Satanás intentava tirar-
me a vida, a fim de impedir a obra que eu
estava para escrever; porém anjos de Deus
foram enviados em meu socorro”. Ibidem.
Em setembro daquele mesmo ano de 1858,
foi anunciado que o Spiritual Gifts – The
Great Controversy Between Christ and
Satan (Dons Espirituais – O Grande Conflito
entre Cristo e Satanás), estava pronto para
disseminação. Suas 219 páginas tocavam
apenas brevemente os pontos altos da
história do conflito. Esta primeira obra,
Spiritual Gifts, vol. 1, está ao alcance de
todos, pois constitui a seção Dons
Espirituais, vol. 1 do livro Primeiros Escritos,
págs. 129 – 295.
66. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Desenvolvendo
Um Sistema de
Organização
67. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Ligado ao crescimento da obra de publicações neste
período, havia o crescente senso da necessidade de
algum tipo de organização através do qual todos os
aspectos do movimento pudessem ser dirigidos. Pelo
fato de todos estarem empenhados na propagação da
mensagem, pouca atenção se deu à necessidade por
organização.
De 1844 – 1849, praticamente era impossível alcançar
outros fora do círculo dos crentes. O desapontamento
estava na lembrança de todos. Além disso, os crentes
ainda não tinham compreendido a sua responsabilidade
de alcançar os outros com a mensagem.
68. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Depois de 1849 as portas começaram a se abrir e
surgiram grandes oportunidades de levar a
mensagem. Mas não havia organização ou plano para
a propagação da mensagem. Outro fator complicou a
situação. Muitos pregadores Mileritas criam que não
devia-se formar uma nova organização, pois temiam
que qualquer nova instituição se tornaria parte de
Babilônia e o chamado era de sair de Babilônia.
Parece que esta idéia predominava entre eles.
Por outro lado, a medida que o movimento crescia, o
número de razões para se ter uma organização se
multiplicava. Uma visão de E. White em 24 de
dezembro de 1850 focalizou essa necessidade:
69. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Vi quão grande e santo era Deus. Disse o anjo:
‘Andai cuidadosamente diante dEle, pois é alto e
sublime, e o séqüito de Sua glória enche o
tempo’. Vi que tudo no Céu estava em perfeita
ordem. Disse o anjo: ‘Olhai, Cristo é a cabeça,
procedei com ordem, procedei com ordem.
Tende uma significação para tudo’. Disse o anjo:
‘Contemplai e conhecei quão perfeita, quão bela
a ordem no Céu; segui-a.’ ”. E. G. White MS. 11,
1850. Dezembro de 1850.
70. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Um dos passos nesta
direção foi tomado na
assembléia geral realizada
em Washington (New
Hampshire) iniciada em 31
de outubro de 1851.
Surgiram problemas com
alguns que apresentavam
pontos de vista fantasioso
em torno de profecias por
cumprir-se, que causaram
discórdia entre os irmãos.
Note a instrução que
inspirou a convicção
crescente de que devia
haver um sistema de ordem
eclesiástica para enfrentar
as necessidades práticas.
Tiago White relata a
história:
71. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“A preocupação da assembléia era a ordem
eclesiástica, indicando os erros de .... e .... e a
importância da ação da igreja quanto à direção de
alguns irmãos. Ellen teve uma visão. Viu que o
desagrado de Deus estava sobre nós como um povo
porque o anátema se achava no acampamento, isto é,
havia erros entre nós, e que a igreja precisava agir; e a
única maneira de fazer bem aos irmãos... e ... era
retirar-lhes a qualidade de membros em sua atual
posição. Todos agiram segundo a luz concedida.
Todos aceitaram a visão, e mesmo individualmente,
todos ergueram a mão para retirar deles a comunhão
de membros”. Carta de Tiago White, 11 de novembro de
1851. Record Book, 1, págs. 162 e 163.
72. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Relatando sobre a
Assembléia Geral na
Review and Herald de 25
de novembro de 1851,
Tiago declara que “foi
escolhida uma comissão
de sete para atender às
necessidades dos
pobres, em harmonia
com Atos cap. 6”.
Na seguinte Assembléia
Geral, que começou a 7
de novembro de 1851, a
mesma Review dá o
seguinte relatório:
73. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Foram considerados também a ordem evangélica e a
perfeita união entre os irmãos, especialmente entre os que
pregam a Palavra, e todos pareceram sentir a importância
de seguir nosso guia perfeito, a Bíblia, tanto nesses
assuntos como em todos os outros”. Ibidem pág. 163.
Levou tempo a induzir os crentes em geral a apreciarem as
necessidades e o valor de um sistema de ordem
eclesiástica. De maneira que não foi senão uma década
depois que foram dados passos mais amadurecidos para a
organização da igreja.
Indubitavelmente um fator de primeira importância em
levar os esforços a darem resultados, foi um
compreensivo artigo intitulado: “Ordem Evangélica”,
publicado no segundo folheto de Ellen G. White, em
janeiro de 1854.
74. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“O Senhor me tem mostrado que a ordem evangélica
tem sido demasiado negligenciada e temida. Que se
deve evitar a formalidade; mas, que assim fazendo
não se deve negligenciar a ordem. Há ordem no Céu.
Havia ordem na igreja quando Cristo estava na Terra;
e após Sua partida foi estritamente observada ordem
entre Seus apóstolos. E agora, nestes últimos dias,
enquanto Deus está levando Seus filhos à unidade da
fé, há mais necessidade real de ordem do que nunca
dantes”. Supplement to Christian Experience and
Views of Ellen G. White, 1 de janeiro de 1854, pág. 15
A citação acima se encontra agora no livro Primeiros
Escritos pág. 97.
75. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Após este chamado “Ordem Evangélica”, o artigo trata
com problemas de obreiros não habilitados enviados ao
campo, a responsabilidade da igreja, o exemplo da igreja
primitiva, o tipo de homens necessitados ao ministério, e a
necessidade de penetrar em novas áreas.
Alguns anos se passaram antes que a atual organização
foi desenvolvida, mas a instrução dada através de Ellen
White já tinha focalizado a atenção para esta necessidade
e mostrado a atitude de Deus em favor de uma
organização.
Na primavera de 1863, igrejas de vários estados
responderam favoravelmente ao conselho e se uniram
para formar as Associações Estaduais. Elegeram líderes
para dirigir os trabalhos em cada Associação.
76. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Então a Associação de Michigan convidou as outras
Associações para enviar delegados para uma
Assembléia Geral em Battle Creek. A data combinada
foi 20 - 23 de maio de 1863. Nesta sessão, a
Conferência Geral dos Adventistas do Sétimo Dia foi
formada e aceitou-se a sugestão do nome Adventista
do Sétimo Dia, feita anteriormente numa reunião em
Battle Creek, em 1860. Assim a longa luta de trazer a
ordem do caos produziu o seu resultado. Deus indicou
que devia estabelecer e manter uma organização, mas
não revelou como deveria ser alcançada e nem
mostrou o tipo que devia ser. Isto foi deixado para que
homens piedosos, sob oração, recebessem a
sabedoria para estabelecê-la.
77. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Raramente Deus prescreveu detalhes de um padrão
específico que deveria ser seguido. Princípios foram
dados, que se seguidos, levariam a resultados práticos
e factíveis.
Os testemunhos de Ellen G. White não foram dedicados
inteiramente para guiar o desenvolvimento da igreja e
sua obra. Freqüentemente havia necessidade de
admoestações e reprovações a serem dadas e medidas
de sugestões sugeridas. Seu testemunho para a igreja
era de natureza de admoestação geral para a igreja e
para os ministros em particular.
78. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Os Reclamos de Ellen G. White
Como entendia E. G. White a
natureza do trabalho que lhe fora
confiado por Deus? O que ela
reclamava acerca de si mesma e
de sua obra?
Ao descrever a sua primeira
visão, Ellen White disse: “Sendo
que Deus me tem mostrado as
jornadas do povo do advento para
a cidade Santa.... pode ser de
meu dever dar-vos um breve
esboço do que Deus me tem
revelado”. Primeiros Escritos
pág. 13, 14.
79. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Repetidamente através dos seus
escritos aparecem tais
expressões como: “Eu vi”, “O
Senhor me mostrou”, e “Foi-me
mostrado”, indicando que ela
reclamava receber revelações
sobrenaturais de Deus, as quais
ela cria ter o dever de transmitir
aos indivíduos, grupos, igrejas,
ou para a igreja como um todo.
Ela relatou um grande número de
visões e sonhos que teve e deu
instruções específicas enviadas
por Deus para guiar o povo do
advento.
80. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Na introdução de um de seus livros
de maior circulação ela informa a
fonte de sua informação.
“Mediante a iluminação do Espírito
Santo, as cenas do prolongado
conflito entre o bem e o mal foram
patenteadas á autora destas páginas.
De quando em quando me foi
permitido contemplar a operação,
nas diversas épocas, do grande
conflito entre Cristo, o Príncipe da
vida, o Autor de nossa salvação, e
Satanás, o príncipe do mal, o autor
do pecado, o primeiro transgressor
da santa lei de Deus”. G. C. pág. 10.
81. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“À medida que o Espírito
de Deus me ia revelando à
mente as grandes verdades
de Sua Palavra, e as cenas
do passado e do futuro,
era-me ordenado tornar
conhecido a outros o que
assim fora revelado –
delineando a história do
conflito nas eras passadas,
e especialmente
apresentando-a de tal
maneira a lançar luz sobre
a luta do futuro, em rápida
aproximação”. G. C. pág.
11.
82. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Pelo fato de haver recebido
tantas revelações e
mensagens, que posição ela
reclamava ter?
“Não tenho nenhum
pretensão” escrevia Ellen G.
White em 1896, “somente
que fui instruída de que sou
a mensageira do Senhor; de
que Ele me chamou na
minha mocidade para ser
Sua mensageira, para
receber Sua palavra e para
dar uma mensagem clara e
determinada no nome do
Senhor Jesus”. Review and
Herald, 26 de julho de 1906.
83. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Diante dessa declaração, levantou-se posteriormente
um debate sobre se ela era ou não uma profetiza.
“Ela própria, diante de um grande ajuntamento em
Battle Creek, expôs que sua obra compreendia muito
mais que a de uma profetisa, e nessa ocasião afirmara:
‘Não pretendo ser uma profetisa’. E no debate sobre
sua obra, continua ela no artigo da Review:
“Ainda em minha mocidade, várias vezes fui inquirida
com esta pergunta: Sois uma profetisa? Sempre
respondi: Sou a mensageira do senhor. Sei que muitos
me chamam profetisa, porém jamais reclamei este
título. Meu Salvador, declarou que sou Sua
mensageira”.
84. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“’Tua obra’, instruiu-me Ele, ‘é levar a Minha palavra.
Surgirão coisas estranhas, e na tua mocidade te separei
para levar a mensagem aos que erram, levar a palavra aos
descrentes, e mediante a pena e a voz reprovar pela
Palavra os atos que não são corretos. Exorta pela
Palavra...
“Não temas o homem, porque Meu escudo te protegerá.
Não és tu quem fala; é o Senhor quem dá mensagens de
advertência e reprovação. Não te apartes da verdade, sob
nenhuma circunstâncias. Transmite a luz que te darei. As
mensagens para estes últimos dias devem ser escritas em
livros e devem ser perpetuadas para testificar contra os
que uma vez se regozijaram na luz, mas que foram
levados a abandoná-la por causa das sedutoras
influências do mal”.
85. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
“Por que não pretendi ser uma profetisa? – Porque
nestes dias, muitos que ousadamente pretendem ser
profetas são um vitupério para a causa de Cristo; e
porque minha obra inclui muito mais do que significa a
palavra “profeta”.
“Ter a pretensão de ser uma profetisa é algo que
jamais fiz. Se outros assim me chamam, não entro em
controvérsia alguma com eles. Minha obra, porém, tem
abrangido tantos aspectos que não posso denominar-
me outra coisa a não ser uma mensageira, enviada a
dar a mensagem do Senhor a Seu povo, e assumir
trabalho em qualquer setor que Ele determinar”.
86. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
A obra de um profeta, no
conceito popular, era limitada
ao significado de predizer o
futuro. Mas, no conceito bíblico
este era apenas um aspecto de
seu trabalho. A sua função era
mais ampla. Inclui qualquer
espécie de mensagem
(reprovação, admoestação ou
ensino) ou ação por parte
daquele que se apresenta como
um mensageiro de Deus ao
povo. A palavra no original
hebraico é “Nabi” que quer
dizer aquele que é a “boca de
Deus”.
87. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
No conceito popular, nos dias
de Ellen G. White, o termo não
só tinha um sentido limitado
como também estava em
descrédito devido aos falsos
profetas. Então Deus usou
uma abordagem mais
adequada para as mentes das
pessoas com quem trataria.
Por isso usou outra palavra
com o mesmo sentido que
facilmente podia ser
compreendido e não estava
desacreditado.
88. Ministério Num Movimento ELLEN G. WHITE E SUA OBRA – I
em Crescimento 1849 - 1863
Ellen G. White não se
considerava um líder da igreja.
Na realidade, ela nunca ocupou
uma posição oficial na igreja.
Sua obra era receber
mensagens de Deus e então, no
tempo apropriado e na maneira
adequada, por inspiração do
Espírito Santo, ela transmitiria
a quem devido. Esta função ela
realizou por mais de setenta
anos. E deve ser conservado
em mente ao se considerar sua
vida e obra na Igreja Adventista
do Sétimo Dia.