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REINO UNIDO
OPORTUNIDADES E DIFICULDADES DE MERCADO




                                  Julho 2007




                 1
AICEP Portugal Global
Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007)




Índice


1. Oportunidades                                                     03
   1.1 Comércio                                                      03
   1.2 Investimento de Portugal no Reino Unido                       04
   1.3 Investimento do Reino Unido em Portugal                       04
   1.4 Turismo                                                       04


2. Dificuldades                                                      05
   2.1 Comércio                                                      05
   2.2 Investimento de Portugal no Reino Unido                       05
   2.3 Turismo                                                       05


3. Cultura de negócios                                               05




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Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007)




1. Oportunidades


1.1 Comércio


A crescente desindustrialização da economia britânica (apenas 18% do PIB tem origem no sector
industrial) abre novas oportunidades para diversos sectores de actividade, particularmente na área
de bens de consumo como o vestuário, calçado, mobiliário, têxteis lar, utilidades domésticas e
cerâmicas.

Grande número de empresas britânicas deixaram de produzir estes produtos internamente tendo
transferido a sua produção para o estrangeiro (China, Índia, Turquia...) ou tendo passado a
importar esses produtos.


As empresas portuguesas destes sectores, pela proximidade geográfica, pela flexibilidade em
termos de resposta e quantidades de produção e, sobretudo, pela qualidade reconhecida da mão-
de-obra tem potencial que importa explorar. Estas vantagens comparativas permitem posicionar o
nosso país como produtor de qualidade. No entanto, esta vantagem é naturalmente temporária e
aberta a outros concorrentes, pelo que muito depende da iniciativa e acção promocional e de
marketing que as empresas e entidades portuguesas desenvolvam neste mercado.


Outros sectores com potencial para as empresas portuguesas são os bens alimentares e bebidas,
onde se tem registado um crescimento consistente das exportações portuguesas; os materiais de
construção, onde a realização dos jogos de Olímpicos de 2012 em Londres abre múltiplas
oportunidades; e o sector de componentes automóvel (sector tradicionalmente forte da indústria
britânica mas que dá sinais, também, de “desindustrialização”). Estes sectores, se são potenciais
de oportunidade, exigem uma acção sistemática de marketing, contacto com as empresas e
potenciais clientes, visitas ao mercado e participação em feiras e exposições.


Para além destes sectores tradicionais, o desenvolvimento das relações económicas Portugal-
Reino Unido tem assentado nas trocas intra-multinacionais dos sectores automóvel, eléctrico e de
telecomunicações, que representam mais de metade das exportações de Portugal para o Reino
Unido.


Finalmente, nas áreas mais modernas em termos de tecnologia como a informática, software e
biotecnologia, já existem algumas empresas portuguesas que têm posição no Reino Unido,
havendo um grande potencial de desenvolvimento da cooperação entre empresas dos dois
países.




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AICEP Portugal Global
Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007)




1.2 Investimento de Portugal no Reino Unido


As potencialidades de investimento para as empresas portuguesas podem ser encontradas nos
sectores de ponta, onde o Reino Unido possui o know-how e massa crítica de investimento e
presença nos mercados externos, como sejam as biotecnologias, a indústria farmacêutica e os
serviços financeiros.


Por outro lado, existirão oportunidades de investimento no sector da construção e da hotelaria, em
virtude da ocorrência dos Jogos Olímpicos de 2012.


1.3 Investimento do Reino Unido em Portugal


O Reino Unido é um dos grandes investidores a nível mundial (ocupa normalmente o 2º ou 3º
lugar no ranking dos investidores). Em Portugal, o investimento britânico é maioritariamente
dirigido para sectores de serviços/área financeira, embora, nos últimos anos, se tenha verificado
um crescimento do investimento na área do turismo residencial (resorts).


Dado que o turismo continua em forte crescimento em Portugal, especialmente o turismo
residencial, este sector afigura-se importante para a captação de investimento britânico. Por outro
lado, as grandes obras públicas previstas para o futuro próximo – TGV, aeroporto e terceira ponte
sobre o Tejo – poderão também representar oportunidades para as empresas inglesas.


1.4 Turismo


O Reino Unido continua a ser o principal mercado emissor de turistas para Portugal, em termos de
dormidas e de receitas. Em 2006, cerca de dois milhões de britânicos viajaram para Portugal, de
20 aeroportos diferentes, com destino ao Algarve (60%) à Madeira (20%) e a Lisboa (15%). Em
termos de produtos preferidos, para além do sol e mar, é de destacar o golfe, os congressos e
incentivos e os short-breaks.


Não sendo previsível um aumento assinalável de turistas nos próximos anos (os britânicos, com
uma população de cerca de 50 milhões de habitantes, fizeram 70 milhões de viagens em 2006) e
não sendo Portugal, enquanto destino turístico, “um destino barato” (outros, como por exemplo a
Bulgária, o Egipto ou a Turquia são mais baratos), as oportunidades para o nosso pais passam
pela valorização da oferta (de produtos como o golfe, congressos e incentivos e short-breaks),
pela diversificação de produtos (como o turismo de natureza, turismo residencial, enoturismo e
desportos náuticos) e pela aposta em novas regiões como os Açores, Alentejo e o Norte de
Portugal.




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AICEP Portugal Global
Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007)




2. Dificuldades


2.1. Comércio


Não obstante o interesse de que o mercado se reveste, existem duas situações que condicionam
o desenvolvimento das exportações portuguesas para o Reino Unido:


         Maior concorrência, tanto dos países asiáticos como dos países do Leste da Europa que
         aderiram à União Europeia.


         O desequilíbrio da balança comercial do Reino Unido, bem como o crescimento do
         consumo das famílias acima do crescimento do produto, fazem prever uma redução das
         importações a médio prazo.


2.2 Investimento de Portugal no Reino Unido


Em virtude do rápido e sustentado crescimento económico do Reino Unido, o mercado imobiliário
e o mercado de trabalho têm conhecido fortes aumentos na procura, situação que tem provocado
aumentos consideráveis dos preços de casas e escritórios (e das rendas), bem como dos salários.


Por outro lado, as taxas de juro também são elevadas. Ou seja, o mercado britânico é caro e
altamente competitivo, pelo que o investimento apenas está ao alcance de um número reduzido de
empresas portuguesas. Aliás, empresas como a SONAE, LOGOPLASTE, INAPA e Salvador
Caetano, presentes no mercado com infraestruturas produtivas, confirmam esta situação.


2.3 Turismo


A crescente concorrência e agressividade promocional de “novos” destinos turísticos como a
Bulgária, Turquia, Marrocos, Cuba ou Brasil e de destinos “tradicionais” como a Espanha ou
Grécia, constituem a principal dificuldade nesta área.


As entidades e as empresas portuguesas têm que ser mais pró-activas e mais agressivas em
termos promocionais, sob pena de vermos estagnar ou mesmo diminuir o fluxo de turistas
britânicos para Portugal.




3. “Cultura de Negócios” do mercado


O Reino Unido é um mercado segmentado em termos regionais. A zona da Grande Londres e do
Sul, a mais importante economicamente e a mais rica, é diferente do Norte ou do Centro do país.

                                                         5
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Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007)




A forma de abordagem em termos comerciais e promocionais tem que ter em conta esta realidade
e devem ser definidas prioridades consoante o peso económico e o potencial de cada região.
Assim, a região de Londres e Sul do país deverá constituir a primeira prioridade, embora seja,
como é natural, a região onde se enfrenta maior concorrência.


Os britânicos são temíveis negociadores, procurando sempre value for money, ou seja, pagar o
menos possível pelo melhor (ou maior quantidade) produto. São compradores obsessivamente
preocupados em obter a melhor oferta e têm um leque de escolha muito variado, uma vez que a
oferta, em todas as áreas, é múltipla e diversificada. Por outro lado, e apesar de um trato cortez e
bem educado, têm um espírito negociador frio, rigoroso e exigente.


Uma vez acordado um negócio, quase não é necessária a assinatura do contrato, porque os
britânicos são, em geral, escrupulosos cumpridores do que for acordado, mas esperam o mesmo
dos fornecedores, pelo que são implacáveis em relação ao cumprimento de prazos e em termos
de eventuais especificações técnicas.


Por outro lado, os compradores ingleses estão habituados a que venham vender-lhes “à porta”. Ou
seja, a concorrência é grande e são muitas a iniciativas de promoção que têm lugar no país, pelo
que nem sempre estão interessados em ir visitar potenciais fornecedores. São estes que, por
regra, se deslocam ao Reino Unido, participam em feiras e exposições, fazem publicidade e
promoção. É necessário, por isso, visitar o mercado com regularidade e persistência.


Os britânicos são também exigentes quanto à qualidade dos materiais promocionais - têm que ser
escritos num inglês perfeito e ser atractivos visualmente. Nesta matéria, é de referir a crescente
importância da internet, que está generalizada como instrumento de promoção e de aquisição de
produtos e serviços, e é já responsável por cerca de 20% das transacções comerciais no Reino
Unido. Trata-se de uma característica do mercado britânico, que nesta área está muito mais
avançado do que outros mercados europeus, pelo que qualquer estratégia de abordagem ao
mercado deverá ter em conta este facto.


Finalmente, trata-se de um mercado onde a “fidelidade” do consumidor ou do parceiro económico
é muito pequena. Estão disponíveis para mudar de fornecedor ou de produto sempre que
vislumbram uma oportunidade de obter o mesmo por menos dinheiro. A procura de value for
money está sempre presente.




         Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
            Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt
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Portugal Ficha País - Investimento e Exportação
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Reino Unido: Oportunidades e Dificuldades de Mercado - Exportação e Investimento

  • 1. REINO UNIDO OPORTUNIDADES E DIFICULDADES DE MERCADO Julho 2007 1
  • 2. AICEP Portugal Global Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007) Índice 1. Oportunidades 03 1.1 Comércio 03 1.2 Investimento de Portugal no Reino Unido 04 1.3 Investimento do Reino Unido em Portugal 04 1.4 Turismo 04 2. Dificuldades 05 2.1 Comércio 05 2.2 Investimento de Portugal no Reino Unido 05 2.3 Turismo 05 3. Cultura de negócios 05 2
  • 3. AICEP Portugal Global Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007) 1. Oportunidades 1.1 Comércio A crescente desindustrialização da economia britânica (apenas 18% do PIB tem origem no sector industrial) abre novas oportunidades para diversos sectores de actividade, particularmente na área de bens de consumo como o vestuário, calçado, mobiliário, têxteis lar, utilidades domésticas e cerâmicas. Grande número de empresas britânicas deixaram de produzir estes produtos internamente tendo transferido a sua produção para o estrangeiro (China, Índia, Turquia...) ou tendo passado a importar esses produtos. As empresas portuguesas destes sectores, pela proximidade geográfica, pela flexibilidade em termos de resposta e quantidades de produção e, sobretudo, pela qualidade reconhecida da mão- de-obra tem potencial que importa explorar. Estas vantagens comparativas permitem posicionar o nosso país como produtor de qualidade. No entanto, esta vantagem é naturalmente temporária e aberta a outros concorrentes, pelo que muito depende da iniciativa e acção promocional e de marketing que as empresas e entidades portuguesas desenvolvam neste mercado. Outros sectores com potencial para as empresas portuguesas são os bens alimentares e bebidas, onde se tem registado um crescimento consistente das exportações portuguesas; os materiais de construção, onde a realização dos jogos de Olímpicos de 2012 em Londres abre múltiplas oportunidades; e o sector de componentes automóvel (sector tradicionalmente forte da indústria britânica mas que dá sinais, também, de “desindustrialização”). Estes sectores, se são potenciais de oportunidade, exigem uma acção sistemática de marketing, contacto com as empresas e potenciais clientes, visitas ao mercado e participação em feiras e exposições. Para além destes sectores tradicionais, o desenvolvimento das relações económicas Portugal- Reino Unido tem assentado nas trocas intra-multinacionais dos sectores automóvel, eléctrico e de telecomunicações, que representam mais de metade das exportações de Portugal para o Reino Unido. Finalmente, nas áreas mais modernas em termos de tecnologia como a informática, software e biotecnologia, já existem algumas empresas portuguesas que têm posição no Reino Unido, havendo um grande potencial de desenvolvimento da cooperação entre empresas dos dois países. 3
  • 4. AICEP Portugal Global Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007) 1.2 Investimento de Portugal no Reino Unido As potencialidades de investimento para as empresas portuguesas podem ser encontradas nos sectores de ponta, onde o Reino Unido possui o know-how e massa crítica de investimento e presença nos mercados externos, como sejam as biotecnologias, a indústria farmacêutica e os serviços financeiros. Por outro lado, existirão oportunidades de investimento no sector da construção e da hotelaria, em virtude da ocorrência dos Jogos Olímpicos de 2012. 1.3 Investimento do Reino Unido em Portugal O Reino Unido é um dos grandes investidores a nível mundial (ocupa normalmente o 2º ou 3º lugar no ranking dos investidores). Em Portugal, o investimento britânico é maioritariamente dirigido para sectores de serviços/área financeira, embora, nos últimos anos, se tenha verificado um crescimento do investimento na área do turismo residencial (resorts). Dado que o turismo continua em forte crescimento em Portugal, especialmente o turismo residencial, este sector afigura-se importante para a captação de investimento britânico. Por outro lado, as grandes obras públicas previstas para o futuro próximo – TGV, aeroporto e terceira ponte sobre o Tejo – poderão também representar oportunidades para as empresas inglesas. 1.4 Turismo O Reino Unido continua a ser o principal mercado emissor de turistas para Portugal, em termos de dormidas e de receitas. Em 2006, cerca de dois milhões de britânicos viajaram para Portugal, de 20 aeroportos diferentes, com destino ao Algarve (60%) à Madeira (20%) e a Lisboa (15%). Em termos de produtos preferidos, para além do sol e mar, é de destacar o golfe, os congressos e incentivos e os short-breaks. Não sendo previsível um aumento assinalável de turistas nos próximos anos (os britânicos, com uma população de cerca de 50 milhões de habitantes, fizeram 70 milhões de viagens em 2006) e não sendo Portugal, enquanto destino turístico, “um destino barato” (outros, como por exemplo a Bulgária, o Egipto ou a Turquia são mais baratos), as oportunidades para o nosso pais passam pela valorização da oferta (de produtos como o golfe, congressos e incentivos e short-breaks), pela diversificação de produtos (como o turismo de natureza, turismo residencial, enoturismo e desportos náuticos) e pela aposta em novas regiões como os Açores, Alentejo e o Norte de Portugal. 4
  • 5. AICEP Portugal Global Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007) 2. Dificuldades 2.1. Comércio Não obstante o interesse de que o mercado se reveste, existem duas situações que condicionam o desenvolvimento das exportações portuguesas para o Reino Unido: Maior concorrência, tanto dos países asiáticos como dos países do Leste da Europa que aderiram à União Europeia. O desequilíbrio da balança comercial do Reino Unido, bem como o crescimento do consumo das famílias acima do crescimento do produto, fazem prever uma redução das importações a médio prazo. 2.2 Investimento de Portugal no Reino Unido Em virtude do rápido e sustentado crescimento económico do Reino Unido, o mercado imobiliário e o mercado de trabalho têm conhecido fortes aumentos na procura, situação que tem provocado aumentos consideráveis dos preços de casas e escritórios (e das rendas), bem como dos salários. Por outro lado, as taxas de juro também são elevadas. Ou seja, o mercado britânico é caro e altamente competitivo, pelo que o investimento apenas está ao alcance de um número reduzido de empresas portuguesas. Aliás, empresas como a SONAE, LOGOPLASTE, INAPA e Salvador Caetano, presentes no mercado com infraestruturas produtivas, confirmam esta situação. 2.3 Turismo A crescente concorrência e agressividade promocional de “novos” destinos turísticos como a Bulgária, Turquia, Marrocos, Cuba ou Brasil e de destinos “tradicionais” como a Espanha ou Grécia, constituem a principal dificuldade nesta área. As entidades e as empresas portuguesas têm que ser mais pró-activas e mais agressivas em termos promocionais, sob pena de vermos estagnar ou mesmo diminuir o fluxo de turistas britânicos para Portugal. 3. “Cultura de Negócios” do mercado O Reino Unido é um mercado segmentado em termos regionais. A zona da Grande Londres e do Sul, a mais importante economicamente e a mais rica, é diferente do Norte ou do Centro do país. 5
  • 6. AICEP Portugal Global Reino Unido – Oportunidades e Dificuldades de Mercado (Julho 2007) A forma de abordagem em termos comerciais e promocionais tem que ter em conta esta realidade e devem ser definidas prioridades consoante o peso económico e o potencial de cada região. Assim, a região de Londres e Sul do país deverá constituir a primeira prioridade, embora seja, como é natural, a região onde se enfrenta maior concorrência. Os britânicos são temíveis negociadores, procurando sempre value for money, ou seja, pagar o menos possível pelo melhor (ou maior quantidade) produto. São compradores obsessivamente preocupados em obter a melhor oferta e têm um leque de escolha muito variado, uma vez que a oferta, em todas as áreas, é múltipla e diversificada. Por outro lado, e apesar de um trato cortez e bem educado, têm um espírito negociador frio, rigoroso e exigente. Uma vez acordado um negócio, quase não é necessária a assinatura do contrato, porque os britânicos são, em geral, escrupulosos cumpridores do que for acordado, mas esperam o mesmo dos fornecedores, pelo que são implacáveis em relação ao cumprimento de prazos e em termos de eventuais especificações técnicas. Por outro lado, os compradores ingleses estão habituados a que venham vender-lhes “à porta”. Ou seja, a concorrência é grande e são muitas a iniciativas de promoção que têm lugar no país, pelo que nem sempre estão interessados em ir visitar potenciais fornecedores. São estes que, por regra, se deslocam ao Reino Unido, participam em feiras e exposições, fazem publicidade e promoção. É necessário, por isso, visitar o mercado com regularidade e persistência. Os britânicos são também exigentes quanto à qualidade dos materiais promocionais - têm que ser escritos num inglês perfeito e ser atractivos visualmente. Nesta matéria, é de referir a crescente importância da internet, que está generalizada como instrumento de promoção e de aquisição de produtos e serviços, e é já responsável por cerca de 20% das transacções comerciais no Reino Unido. Trata-se de uma característica do mercado britânico, que nesta área está muito mais avançado do que outros mercados europeus, pelo que qualquer estratégia de abordagem ao mercado deverá ter em conta este facto. Finalmente, trata-se de um mercado onde a “fidelidade” do consumidor ou do parceiro económico é muito pequena. Estão disponíveis para mudar de fornecedor ou de produto sempre que vislumbram uma oportunidade de obter o mesmo por menos dinheiro. A procura de value for money está sempre presente. Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120 6