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Leonardo Esteves Ramos
Thiago dos Santos Batista
Orientadora: Luciana Sugai
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
www.paulomargotto.com.br
06/10/2008
Anamnese
VPS, masculino, 2 anos e 11 meses, branco, natural e
procedente do Gama – DF
Admissão: 18/09/2008
QP: “Febre há 5 dias”
HDA:
Paciente apresenta há 5 dias febre contínua,
de 39-40 °C, diária, que cede parcialmente com
uso de anti-térmico.
Apresenta exantema, há 4 dias em genitália,
e posteriormente, surgiram em membros
inferiores e superiores há 3 e 2 dias,
respectivamente.
Apresentou 2 episódios de vômitos/dia pós-
prandiais há 3 dias, que persistem até a admissão,
Apresentou diarréia líquida pastosa há 1 dia.
Revisão de Sistemas:
Ap. Respiratório: Apresentou “forte gripe” há 1 mês
(coriza, febre e adinamia).
Ap. Gastrointestinal: Apresenta obstipação crônica
desde o nascimento, apresentando tenesmo
Antecedentes Pessoais:
Mãe GIII PIII A0. Não fez pré-natal na
gestação do paciente. Sem intercorrências na
gestação e no parto.
Criança nasceu de parto normal a termo. Peso
ao Nascer: 3000g. Chorou ao nascer.
Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês.
Desmame com 1 ano e 6 meses.
Desenvolvimento Neuropsicomotor preservado.
Antecedentes Patológicos:
Sem história de internação prévia, cirurgias,
transfusões ou trauma
Nega alergias. Cartão Vacinal completo
Antecedentes Familiares
Irmãos saudáveis (primogênito: 4 anos e caçula:
11 meses). Pais são saudáveis, não
consangüíneos e não tabagistas
Hábitos de vida
Dieta atual: 4 refeições/dia, alimentação da
casa, completa. Come verduras e legumes.Faz
uso de leite de vaca desde o 7º mês de vida
Moradia: Casa de alvenaria, 4 cômodos, com
saneamento básico completo, energia elétrica.
Moram 4 pessoas. Possui 1 cão de estimação
EXAME FÍSICO
REG, choroso , normocorado, hidratado, eupnéico,
febril (38°C), acianótico e anictérico
Pele: Lesões eritemo-maculosas, hiperemiadas em
face, genitália e membros superiores e inferiores
Linfonodos: palpáveis, com aumento discreto, em
cadeia cervical posterior bilateralmente
Olhos: hiperemia conjuntival bilateral
Oroscopia: hiperemia e fissuras labiais, língua
hiperemiada . Dentes com bom estado de conservação
AR: simétrico, sem retrações, boa expansibilidade.
MVF presentes com roncos bilaterais. FR:
28irpm
ACV: Precórdio calmo, Ictus cordis invisível e
impalpável. R.C.R em 2T, B.N.F sem sopros. FC:
100bpm
Abdome: Globoso, RHA +, normotenso, indolor a
palpação, s/ VMG e/ou massas palpáveis
Extremidades: Edema de mãos e pés (++/4+)
SNC: sem sinais de irritação meníngea
EXAMES COMPLEMENTARES19/0919/09
HmHm 4,54,5
HgHg 12,612,6
HtHt 36,336,3
VCMVCM
HCMHCM
CHCMCHCM
Leuc.Leuc. 10.200010.2000
Seg%Seg% 6666
Bast%Bast% 0101
Linf%Linf% 3131
Mono%Mono% 0101
Eos%Eos% 0101
Plaquet.Plaquet. 486.000486.000
19/0919/09
CreatininaCreatinina 0,70,7
UréiaUréia 1515
BTBT
BDBD
NaNa 136136
KK 4,14,1
ClCl 109109
TGOTGO 2020
TGPTGP 1818
VHSVHS 5252
Radiografia de
Tórax: 19/09
Normal
Resumo
2 anos de idade
Febre há 5 dias
Exantema há 4 dias
2 episódios de Vômitos
Diarréia há 1 dia
Linfonodos cervicais palpáveis
Fissuras Labiais e Língua hiperemiada
Edema em Mãos e Pés (++/4+)
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS ???
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Escarlatina
Sarampo
Enterovirose
Eritema Infeccioso
Síndrome de Steven-Johnson
Síndrome do Choque Tóxico
Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Rash cutâneo
 Língua em framboesa/ morango
 Foco estreptocóccico
 Sinal de Filatov
 ASLO positiva ??
 Responde bem a antibióticos ??
 Sarampo
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Sarampo
 Exantema febril
 Hiperemia conjuntival
 Conjuntivite exsudativa
 Sinal de Koplik
 Vacina prévia ausente
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Escarlatina
 Sarampo
 Enterovirose
 Febre e exantema
 Lesões vesiculares
 Síndrome Mão-Pé-Boca
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Sarampo
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
• Febre
• Exantema desaparece e reaparece
• Exantema em fácie
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Sarampo
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Lesões em mucosa oral
 Rash cutâneo
 Mucosa genital afetada
 Lesões bolhosas
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Sarampo
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Hipotensão ????
 Rash cutâneo
 Hiperemia conjuntival
 Foco infeccioso
 Toxemia
 Doença de Kawasaki
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
 Escarlatina
 Sarampo
 Enterovirose
 Eritema Infeccioso
 Síndrome de Steven-Johnson
 Síndrome do Choque Tóxico
 Doença de Kawasaki
 Rash cutâneo
 Edema de extremidades
 Hiperemia conjuntival bilateral
 Lesões em cavidade oral
 Febre persistente
 Linfonodomegalia cervical
 VHS alto
Doença de Kawasaki
É uma doença multissistêmica de etiologia
DESCONHECIDA, caracterizada por vasculite de
pequenos e médios vasos.
Pode associar-se ao comprometimento das artérias
CORONÁRIAS, que pode ser assintomático ou levar à
morte súbita ou IAM
Epidemiologia
•Mundialmente distribuída
•Predileção pela raça amarela
•Crianças < 5 anos, rara em <
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•Meses frios
•3 a 4% de recaídas
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Etiologia
Agente etiológico desconhecido.
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Presença de forte estimulação do sistema imune.
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Patologia
 Vasculite grave dos vasos sanguíneos, predileção pelas
artérias de médio calibre, em especial as coronárias;
Maior complicação;
 Histopatológico:
 Edema de células endoteliais e da musculatura lisa;
 Infiltrado inflamatório
 (PMN, macrófagos, linfócitos (T-CD8) e plasmócitos (IgA).
 Vasos mais afetados: destruição lâmina interna;
↓ integridade Aneurisma
 Recuperação: cicatrização fibrose estenose vaso
 Infiltrado em tecidos não vasculares na fase aguda (miocárdio,
trato respiratório superior, pâncreas, rins, vias biliares);
Fases da Doença
 Fase febril aguda: 1 a 2 semanas
 Febre e outros sinais agudos da doença;
 Fase subaguda: até a 4ª semana;
 Febre e outros sinais agudos desaparecem, permanecem
irritabilidade, anorexia, irritação conjuntival;
 Descamação, trombocitose, desenvolvimento aneurismas,
↑risco morte súbita;
 Fase de convalescença: 6 a 8 semanas;
 Sinais da doença desaparecem e VHS retorna ao normal;
Quadro Clínico
Principais sintomas:
Febre
Congestão ocular
Alteração dos lábios e cavidade oral
Exantema polimorfo
Alteração nas extremidades
Linfadenopatia
Febre
• Etiologia desconhecida
• Persiste por 5 ou mais dias
• PRINCIPAL sinal (95 a 99%)
• Abrupta, alta, remitente; oscilante (38 a 40°C) e sem
defervescência completa
• Com ou sem rinorréia
• Dura > 30 dias se não tratada a doença
• Preditor de coronariopatia (se > 14 dias, risco maior)
Congestão Ocular•BILATERAL
•Presente em 88% dos
casos
•Aparece de 2 a 4 dias após
início do quadro
•Hiperemia; raramente
exsudativa
•Ausência de prurido e dor
•Pode haver uveíte anterior
•Regride de 1 a 2 semanas
Alteração dos
Lábios e Cavidade
Oral•Presente em 90% dos
casos
•Hiperemia,
ressecamento, fissuras,
crostas sanguinolentas,
descamação e
hemorragias dos
LÁBIOS
•LÍNGUA com
hiperemia e com
proeminência de papilas
- “Língua em framboesa
ou morango”
Exantema Polimorfo•Presente em 92% dos casos
•Surge entre 1°e 2° dia de febre
•Inicialmente no tronco e
posteriormente nas
extremidades
•Maculopapilar, morbiforme,
urticariforme e
escarlatiniforme
•Presença de vesículas e
bolhas torna o diagnóstico
POUCO PROVÁVEL
Alterações nas
extremidades
•Presente em 88 a 94% dos casos
•Eritema e edema endurado
palmoplantar
•Aparece dentro de 5 dias da
doença
•Descamação periungueal APÓS
10 a 15 dias do início do quadro
•Bastante CARACTERÍSTICO da
doença
Linfadenopatia
Cervical aguda não-supurativa
Presente em 50 a 75% dos casos
Uni ou bilateral
Varia de 1,5 a 7 cm de diâmetro
Gânglio firme, doloroso e não flutua
Desde o início da doença
Acompanha torcicolo e rigidez de nuca
Outros Sistemas
• GASTROINTESTINAIS: diarréia, vômito, dor
abdominal, íleo paralítico, disfunção hepática com
icterícia, hidropsia de vesícula biliar, pancreatite
• MUSCULOESQUELÉTICO: artrite, miosite, artralgia
• RESPIRATÓRIO: rinorréia, dispnéia, tosse, faringite
necrosante, otite média, pneumonia, efusão pleural
SNC: irritabilidade (lactentes), meningite asséptica,
paralisia facial, convulsão, hemiplegia, pleocitose do
LCR (25%)
URINÁRIO: piúria estéril, nefrite, IRA
OUTROS: uveíte, iridodociclite, hipoacusia, alopécia,
reativação do BCG, gangrena de extremidades,
necrose de supra-renal, orquite, hidrocele
Diagnóstico
•Febre por cinco
dias ou mais e
quatro dos demais
itens
Achados Laboratoriais Leucometria: normal ou ;↑
 VHS, PCR e proteínas de fase aguda ;↑
 Anemia normocítica;
 Plaquetas: Normal na 1ª semana e na 2ª-3ª↑
semana;
 FAN e FR-;
 Piúria estéril, discreta elevação das enzimas
hepáticas e pleocitose do LCR podem estar
presentes;
 Ecocardiograma: ao diagnóstico e após 2-3
semanas de doença Coronárias.
Se 2 primeiros exames normais: repetir ECO após 6-8 semanas;
Se 3 exames normais: repetir após um ano;
Tratamento
 Fase Aguda:
 Imunoglobulina EV 2g/kg por 10-12h;
 AAS em altas doses (80-100mg/kg/24h)
de 6/6h VO até o 14° dia de doença;
 Fase de Convalescença (14° dia ou 3-4 dias afebril):
 AAS 3-5mg/kg/dia até 6-8 semanas após início da doença;
 Terapia longo prazo no caso de anormalidades
Coronarianas:
 AAS (3-5mg/kg/dia) + Dipiridamol 4-6mg/kg/dia
 Alguns preferem usar warfarin em pacientes com risco potencial
para trombose;
 Trombose Coronariana Aguda:
 Fibrinolíticos (supervisão de especialista);
•Resposta rápida;
•↓ Prevalência de
doença coronariana;
Complicações e Prognostico
Complicações:
 IAM (geralmente letal - 2%);
 Doença coronariana (20%);
 Artrite grave (30%);
Ausência de doença coronariana: recuperação
completa;
Doença coronariana: prognóstico variável;
 50% dos aneurismas das artérias coronarianas têm resolução
ecocardiográfica 1 a 2 anos após a doença;
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Doença de Kawasaki - Caso Clínico 2008

  • 1. Leonardo Esteves Ramos Thiago dos Santos Batista Orientadora: Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br 06/10/2008
  • 2. Anamnese VPS, masculino, 2 anos e 11 meses, branco, natural e procedente do Gama – DF Admissão: 18/09/2008 QP: “Febre há 5 dias”
  • 3. HDA: Paciente apresenta há 5 dias febre contínua, de 39-40 °C, diária, que cede parcialmente com uso de anti-térmico. Apresenta exantema, há 4 dias em genitália, e posteriormente, surgiram em membros inferiores e superiores há 3 e 2 dias, respectivamente. Apresentou 2 episódios de vômitos/dia pós- prandiais há 3 dias, que persistem até a admissão, Apresentou diarréia líquida pastosa há 1 dia.
  • 4. Revisão de Sistemas: Ap. Respiratório: Apresentou “forte gripe” há 1 mês (coriza, febre e adinamia). Ap. Gastrointestinal: Apresenta obstipação crônica desde o nascimento, apresentando tenesmo
  • 5. Antecedentes Pessoais: Mãe GIII PIII A0. Não fez pré-natal na gestação do paciente. Sem intercorrências na gestação e no parto. Criança nasceu de parto normal a termo. Peso ao Nascer: 3000g. Chorou ao nascer. Aleitamento materno exclusivo até o 6º mês. Desmame com 1 ano e 6 meses. Desenvolvimento Neuropsicomotor preservado.
  • 6. Antecedentes Patológicos: Sem história de internação prévia, cirurgias, transfusões ou trauma Nega alergias. Cartão Vacinal completo Antecedentes Familiares Irmãos saudáveis (primogênito: 4 anos e caçula: 11 meses). Pais são saudáveis, não consangüíneos e não tabagistas
  • 7. Hábitos de vida Dieta atual: 4 refeições/dia, alimentação da casa, completa. Come verduras e legumes.Faz uso de leite de vaca desde o 7º mês de vida Moradia: Casa de alvenaria, 4 cômodos, com saneamento básico completo, energia elétrica. Moram 4 pessoas. Possui 1 cão de estimação
  • 8. EXAME FÍSICO REG, choroso , normocorado, hidratado, eupnéico, febril (38°C), acianótico e anictérico Pele: Lesões eritemo-maculosas, hiperemiadas em face, genitália e membros superiores e inferiores Linfonodos: palpáveis, com aumento discreto, em cadeia cervical posterior bilateralmente Olhos: hiperemia conjuntival bilateral Oroscopia: hiperemia e fissuras labiais, língua hiperemiada . Dentes com bom estado de conservação
  • 9. AR: simétrico, sem retrações, boa expansibilidade. MVF presentes com roncos bilaterais. FR: 28irpm ACV: Precórdio calmo, Ictus cordis invisível e impalpável. R.C.R em 2T, B.N.F sem sopros. FC: 100bpm Abdome: Globoso, RHA +, normotenso, indolor a palpação, s/ VMG e/ou massas palpáveis Extremidades: Edema de mãos e pés (++/4+) SNC: sem sinais de irritação meníngea
  • 10. EXAMES COMPLEMENTARES19/0919/09 HmHm 4,54,5 HgHg 12,612,6 HtHt 36,336,3 VCMVCM HCMHCM CHCMCHCM Leuc.Leuc. 10.200010.2000 Seg%Seg% 6666 Bast%Bast% 0101 Linf%Linf% 3131 Mono%Mono% 0101 Eos%Eos% 0101 Plaquet.Plaquet. 486.000486.000 19/0919/09 CreatininaCreatinina 0,70,7 UréiaUréia 1515 BTBT BDBD NaNa 136136 KK 4,14,1 ClCl 109109 TGOTGO 2020 TGPTGP 1818 VHSVHS 5252 Radiografia de Tórax: 19/09 Normal
  • 11. Resumo 2 anos de idade Febre há 5 dias Exantema há 4 dias 2 episódios de Vômitos Diarréia há 1 dia Linfonodos cervicais palpáveis Fissuras Labiais e Língua hiperemiada Edema em Mãos e Pés (++/4+)
  • 13. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Escarlatina Sarampo Enterovirose Eritema Infeccioso Síndrome de Steven-Johnson Síndrome do Choque Tóxico Doença de Kawasaki
  • 14. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Rash cutâneo  Língua em framboesa/ morango  Foco estreptocóccico  Sinal de Filatov  ASLO positiva ??  Responde bem a antibióticos ??  Sarampo  Enterovirose  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki
  • 15. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Sarampo  Exantema febril  Hiperemia conjuntival  Conjuntivite exsudativa  Sinal de Koplik  Vacina prévia ausente  Enterovirose  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki
  • 16. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Escarlatina  Sarampo  Enterovirose  Febre e exantema  Lesões vesiculares  Síndrome Mão-Pé-Boca  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki
  • 17. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Sarampo  Enterovirose  Eritema Infeccioso • Febre • Exantema desaparece e reaparece • Exantema em fácie  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki
  • 18. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Sarampo  Enterovirose  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Lesões em mucosa oral  Rash cutâneo  Mucosa genital afetada  Lesões bolhosas  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki
  • 19. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Sarampo  Enterovirose  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Hipotensão ????  Rash cutâneo  Hiperemia conjuntival  Foco infeccioso  Toxemia  Doença de Kawasaki
  • 20. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS  Escarlatina  Sarampo  Enterovirose  Eritema Infeccioso  Síndrome de Steven-Johnson  Síndrome do Choque Tóxico  Doença de Kawasaki  Rash cutâneo  Edema de extremidades  Hiperemia conjuntival bilateral  Lesões em cavidade oral  Febre persistente  Linfonodomegalia cervical  VHS alto
  • 21. Doença de Kawasaki É uma doença multissistêmica de etiologia DESCONHECIDA, caracterizada por vasculite de pequenos e médios vasos. Pode associar-se ao comprometimento das artérias CORONÁRIAS, que pode ser assintomático ou levar à morte súbita ou IAM
  • 22. Epidemiologia •Mundialmente distribuída •Predileção pela raça amarela •Crianças < 5 anos, rara em < 3 meses •Meses frios •3 a 4% de recaídas •Masculino > Feminino (2,2/1)
  • 23. Etiologia Agente etiológico desconhecido. Forte suspeita de etiologia INFECCIOSA. Presença de forte estimulação do sistema imune. Predisposição genética Semelhança com choque tóxico -> superantígenos ?
  • 24. Patologia  Vasculite grave dos vasos sanguíneos, predileção pelas artérias de médio calibre, em especial as coronárias; Maior complicação;  Histopatológico:  Edema de células endoteliais e da musculatura lisa;  Infiltrado inflamatório  (PMN, macrófagos, linfócitos (T-CD8) e plasmócitos (IgA).  Vasos mais afetados: destruição lâmina interna; ↓ integridade Aneurisma  Recuperação: cicatrização fibrose estenose vaso  Infiltrado em tecidos não vasculares na fase aguda (miocárdio, trato respiratório superior, pâncreas, rins, vias biliares);
  • 25. Fases da Doença  Fase febril aguda: 1 a 2 semanas  Febre e outros sinais agudos da doença;  Fase subaguda: até a 4ª semana;  Febre e outros sinais agudos desaparecem, permanecem irritabilidade, anorexia, irritação conjuntival;  Descamação, trombocitose, desenvolvimento aneurismas, ↑risco morte súbita;  Fase de convalescença: 6 a 8 semanas;  Sinais da doença desaparecem e VHS retorna ao normal;
  • 26. Quadro Clínico Principais sintomas: Febre Congestão ocular Alteração dos lábios e cavidade oral Exantema polimorfo Alteração nas extremidades Linfadenopatia
  • 27. Febre • Etiologia desconhecida • Persiste por 5 ou mais dias • PRINCIPAL sinal (95 a 99%) • Abrupta, alta, remitente; oscilante (38 a 40°C) e sem defervescência completa • Com ou sem rinorréia • Dura > 30 dias se não tratada a doença • Preditor de coronariopatia (se > 14 dias, risco maior)
  • 28. Congestão Ocular•BILATERAL •Presente em 88% dos casos •Aparece de 2 a 4 dias após início do quadro •Hiperemia; raramente exsudativa •Ausência de prurido e dor •Pode haver uveíte anterior •Regride de 1 a 2 semanas
  • 29. Alteração dos Lábios e Cavidade Oral•Presente em 90% dos casos •Hiperemia, ressecamento, fissuras, crostas sanguinolentas, descamação e hemorragias dos LÁBIOS •LÍNGUA com hiperemia e com proeminência de papilas - “Língua em framboesa ou morango”
  • 30. Exantema Polimorfo•Presente em 92% dos casos •Surge entre 1°e 2° dia de febre •Inicialmente no tronco e posteriormente nas extremidades •Maculopapilar, morbiforme, urticariforme e escarlatiniforme •Presença de vesículas e bolhas torna o diagnóstico POUCO PROVÁVEL
  • 31. Alterações nas extremidades •Presente em 88 a 94% dos casos •Eritema e edema endurado palmoplantar •Aparece dentro de 5 dias da doença •Descamação periungueal APÓS 10 a 15 dias do início do quadro •Bastante CARACTERÍSTICO da doença
  • 32. Linfadenopatia Cervical aguda não-supurativa Presente em 50 a 75% dos casos Uni ou bilateral Varia de 1,5 a 7 cm de diâmetro Gânglio firme, doloroso e não flutua Desde o início da doença Acompanha torcicolo e rigidez de nuca
  • 33. Outros Sistemas • GASTROINTESTINAIS: diarréia, vômito, dor abdominal, íleo paralítico, disfunção hepática com icterícia, hidropsia de vesícula biliar, pancreatite • MUSCULOESQUELÉTICO: artrite, miosite, artralgia • RESPIRATÓRIO: rinorréia, dispnéia, tosse, faringite necrosante, otite média, pneumonia, efusão pleural
  • 34. SNC: irritabilidade (lactentes), meningite asséptica, paralisia facial, convulsão, hemiplegia, pleocitose do LCR (25%) URINÁRIO: piúria estéril, nefrite, IRA OUTROS: uveíte, iridodociclite, hipoacusia, alopécia, reativação do BCG, gangrena de extremidades, necrose de supra-renal, orquite, hidrocele
  • 35. Diagnóstico •Febre por cinco dias ou mais e quatro dos demais itens
  • 36. Achados Laboratoriais Leucometria: normal ou ;↑  VHS, PCR e proteínas de fase aguda ;↑  Anemia normocítica;  Plaquetas: Normal na 1ª semana e na 2ª-3ª↑ semana;  FAN e FR-;  Piúria estéril, discreta elevação das enzimas hepáticas e pleocitose do LCR podem estar presentes;  Ecocardiograma: ao diagnóstico e após 2-3 semanas de doença Coronárias. Se 2 primeiros exames normais: repetir ECO após 6-8 semanas; Se 3 exames normais: repetir após um ano;
  • 37. Tratamento  Fase Aguda:  Imunoglobulina EV 2g/kg por 10-12h;  AAS em altas doses (80-100mg/kg/24h) de 6/6h VO até o 14° dia de doença;  Fase de Convalescença (14° dia ou 3-4 dias afebril):  AAS 3-5mg/kg/dia até 6-8 semanas após início da doença;  Terapia longo prazo no caso de anormalidades Coronarianas:  AAS (3-5mg/kg/dia) + Dipiridamol 4-6mg/kg/dia  Alguns preferem usar warfarin em pacientes com risco potencial para trombose;  Trombose Coronariana Aguda:  Fibrinolíticos (supervisão de especialista); •Resposta rápida; •↓ Prevalência de doença coronariana;
  • 38. Complicações e Prognostico Complicações:  IAM (geralmente letal - 2%);  Doença coronariana (20%);  Artrite grave (30%); Ausência de doença coronariana: recuperação completa; Doença coronariana: prognóstico variável;  50% dos aneurismas das artérias coronarianas têm resolução ecocardiográfica 1 a 2 anos após a doença;