Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Literatura Amazônica
1. ESCOLA MUL. ENGº. JOÃO ALBERTO M. BRAGA
BIBLIOTECA ESCOLAR “TENORIO TELLES”
SEMANA DA
LITERATURA
AMAZONENSE
Biblº.: Esteban C. Arenillas
2. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• HENRIQUE JOÃO WILKENS;
• Data de nascimento e morte desconhecidos;
• Obra: poema épico (Muhuraida), publicada
em Lisboa no ano de 1785;
• Assunto: cristianização dos índios muras.
3. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• BENTO DE FIGUEIREDO TENREIRO ARANHA;
• Nasceu em Barcelos, antiga capital do
Amazonas, no dia 4 de setembro de 1769,
faleceu no dia 25 de novembro de 1811;
• Livro póstumo: Obras do literato Amazonense
Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha.
4. SONETO
“Passarinho que logras docemente
Os prazeres da amável inocência,
Livre de que a culpada consciência
Te aflija, como aflige ao delinquente;
Fácil sustento, e sempre mui decente
Vestido te fornece a Providencia.
Sem futuro prever, tua existência
É feliz limitando-se ao presente.
Não assim, ai de mim! porque sofrendo
A fome, a sede, o frio, a enfermidade,
Sinto também do crime o peso horrendo . . .
Dos homens me rodeia a iniquidade,
A calúnia me oprime, e ao fim tremendo,
Me assusta uma espantosa eternidade. . . “
BentoF.T.Aranha
5. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• FRANCISCO PEREIRA DA SILVA (Pereirinha);
• Nasceu no dia 7 de setembro de 1890 no Rio
Grande do Norte. Em 1911 chegou ao
Amazonas, como deputado federal, foi o autor
da lei que criou a Zona Franca, faleceu em
Manaus o 10 de setembro de 1973.
• Obra: Poemas amazônicos.
6. SUMAUMEIRA MORTA (fragmentos)
...Lá vai boiando, na agua grande em turbilhão,
A sumaumeira morta, que tombou.
Ela era antiga e gloriosa
Como um deus que passou,
Que vai vem longe, um deus heróico, um deus pagão.
Mas, um dia o apuizeiro, fascinado
Por tanta majestade e tanta formosura,
Como um capro investiu,
Envolveu-lhe a cintura.
E a esse abraço fatídico,
Toda a sua beleza sucumbiu!
FranciscoP.daSilva
7. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• THIAGO DE MELO;
• Nasceu na cidade de Barreirinha, no dia 30 de
março de 1926. Perseguido pela ditadura
militar exilou-se no Chile até o ano de 1972. É
membro da Academia Amazonense de Letras.
• Obra: Silêncio e palavra (1951), Estatutos do
Homem (1977), Mormaço na floresta (1981)
entre outras.
8. • ESTATUTOS DO HOMEM (fragmentos)
• Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
THIAGO DE MELLO
9. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• O Clube da Madrugada, criado em 22 de novembro
de 1954, é uma associação literária e artística
brasileira e foi um capítulo importante da história da
literatura amazonense. As reuniões do Clube da
Madrugada aconteciam ao abrigo da sombra de uma
árvore imponente da Praça Heliodoro Balbi (Praça da
Polícia). Entre os prédios de linhas neoclássicas da
Polícia e do Colégio Estadual os escritores Luiz
Bacellar, Jorge Tufic, Farias de Carvalho, Antísthenes
Pinto entre outros, realizavam experiências
modernistas de vanguarda e pós-modernista na
literatura amazonense.
10. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• LUIZ BACELLAR;
• Nasceu em Manaus, no dia 4 de setembro de 1928,
morreu na mesma cidade em 9 de setembro de 2012. É
um dos fundadores do Clube da Madrugada. Em 1959
ganhou o prêmio Olavo Bilac, da Prefeitura Municipal de
Rio de Janeiro, com o livro Frauta de Barro, obra
publicada apenas no ano de 1963.
• Obra: Sol de feira (1973), Quatro movimentos (1975),
Satori (2000) entre outras.
11. Rondel XXI ou da Jaca
jaca: entre as frutas
eis a matrona,
esparramada
gorda sultana,
com frouxos bagos
flácido aroma
dá visgo aos lábios
de quem a coma;
seu jeito lembra
as contorções
moles, lascivas
dos ventres nus
das odaliscas
no harém cativas. LUIZ BACELLAR
12. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• JORGE TUFIC;
• Nasceu no município de Sena Madureira,
Acre, no dia 13 de agosto de 1930. Foi
membro do Clube da Madrugada e pertence a
Academia Amazonense de Letras .
• Obra: Varanda de pássaros (1956), Faturação
do ócio (1975), Os quatro elementos (1996),
Sonetos de Jorge Tufic (2000).
13. • Calendário
Calendário
vida,
ainda se fosse possível
compreender esses códigos
gravados na cripta
dos teus avessos.
Então
as palavras já nasceriam
feitas,
a lã
não teria seus pastores,
nem os pastores
seus montes,
nem as montanhas
suas grutas de rapina,
nem o chão da terra
os rastros da serpente.
Nem os maus seriam
chamados
para mudar o caminho
da história;
nem os bons haveria
porque a bondade
e o martírio
jamais se banham nem se
repetem
nas águas do mesmo rio.
J
O
R
G
E
T
U
F
I
C
14. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• ELSON FARIAS;
• Nasceu em Roseiral, município de Itacoatiara, no
dia 11 de junho de 1936. Participou ativamente
da movimentação que se seguiu à fundação do
Clube da Madrugada, pertence também à
Academia Amazonense de Letras.
• Obra: Barro verde (1961), Estações da várzea
(1963), Do amor e da fábula (1970), Romanceiro
(1985). Sua obra adquire suma importância,
dentro da literatura infanto-juvenil, destacando-
se entre outros títulos a coleção das Aventuras
de Zezé na Floresta Amazônica.
15.
16. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• MAX CARPENTIER;
• Nasceu em Manaus, no dia 29 de abril de 1945. Formou-se
em Direito pela Universidade Federal do Amazonas. É
membro da Academia Amazonense de Letras.
• Obra: Quarta esfera (1975), O sermão da selva (1979),
Nossa senhora de Manaus (1995) entre outras.
17. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• Márcio Souza; Nasceu em Manaus, 4 de março 1946, autor de
diversas obras inseridas no ambiente sociocultural da Amazônia.
Foi também presidente da Funarte entre 1995 e 2003, no governo
de Fernando Henrique Cardoso.
• Obras: Mad Maria (1980), Galvez, Imperador do Acre
(2001), Plácido de Castro contra o Bolivian Syndicate, Zona Franca,
meu amor, Silvino Santos: o cineasta do ciclo da borracha, A
expressão amazonense do neolítico à sociedade de consumo
(1977) entre outras.
18. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• MILTON HATOUM; Nasceu em Manaus, no dia 19 de agosto de
1952 é escritor, tradutor e professor, considerado um dos
grandes autores vivos do Brasil.
• Ensinou literatura na Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
e na Universidade da Califórnia em Berkeley. Escreveu quatro
romances: Relato de um Certo Oriente (1989), Dois Irmãos
(2000), três primeiros ganhadores do Prêmio Jabuti de melhor
romance, Cinzas do Norte (2005) vencedor do Prêmio Portugal
Telecom de Literatura e Órfãos do Eldorado (2008). Seus livros já
venderam mais de 200 mil exemplares no Brasil e foram
traduzidos em oito países, como a Itália, os Estados Unidos,
a França e a Espanha.
19. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• Celdo Braga;
• Nasceu em Benjamim Constant, no dia 22 de setembro de
1952. Formado em Letras na PUC do Rio Grande do Sul.
Líder do grupo Raízes Caboclas, conquistou
reconhecimento como músico e compositor.
• Obra: Água e farinha (1999), Cd’s: Canoa – música de popa,
poesia de proa (2001), Chamando o vento (2002).
20. Panela de Barro
Velha panela de barro,
Tisnada à lenha do tempo
-memorial de lembranças
À toa lá no quintal.
Ao refletir tua sina,
Do duro retorno ao pó,
Percebo que se aproxima
Meu tempo de ficar só.
Tempo de ninar silêncio,
de domar a luz do dia
-pra cavalgar o escuro
Da hora da travessia.
CELDO BRAGA
21. SEMANA DA LITERATURA AMAZONENSE
• Tenório Telles; Nasceu em Anorí (AM), em 2 de setembro de
1963. Professor de Literatura Brasileira, é formado em Letras e em
Direito pela Universidade Federal do Amazonas. Além da
dedicação à promoção da leitura e edição de escritores
amazonenses tem publicado resenhas, crónicas e ensaios nos
jornais de Manaus. É membro da Academia Amazonense de
Letras.
• Obra: Primeiros fragmentos (1988), A derrota do mito (2004) e em
parceria com o poeta Thiago de Mello lançou o CD Vida e Luz.
22. • ...Caminhou pela biblioteca e foi então que a
aluna Flora ficou de frente com os livros de
literatura amazonense. Folheou um livro, em
seguida outro, e percebeu por um instante,
que as figuras e os textos construíam imagens
que cheiravam a floresta, retratavam fatos do
dia a dia. Nesse momento, Flora familiarizou-
se com seus mais íntimos segredos e com as
coisas que ainda não sabia.
Esteban Carlos Arenillas
23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• AUTORES. In: Câmara Amazonense do Livro e Leitura. Disponível em:<http:
//www.call.org.br/autores/autor_elsonfarias.htm>. Acesso em:12 de abr.
2012.
• CLEMENT, Rosa. Literatura amazonense. Disponível
em:<http://www.sumauma
.net/ amazonian/literatura/literatura.html>. Acesso em:10 de abr. 2012.
• CLUBE da madrugada. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Disponível
em:<http://
pt.wikipedia.org /wiki/Clube_da_Madrugada>. Acesso em:10 de abr. 2012.
• MILTON Hatoum. In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre Disponível em:<http://
pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Hatoum>. Acesso em:10 de abr. 2012.
• SOUZA, Márcio. A expressão amazonense: do colonialismo ao
neocolonialismo. Manaus: Valer, 2003.
• TELLES, T.; KRÜGER, M. F. (Org.). Poesia e poetas do Amazonas.Manaus: Valer, 2006.