1. Sessão 4 - Reflexão
Senti maior relevância em efectuar a tarefa proposta para Fórum 1 pois considero que, para que a BE
adquira real importância no seio da comunidade escolar integrando os seus resultados na auto-
avaliação da escola, tem de se dar a conhecer a estrutura do Modelo e as metodologias de
operacionalização, o papel e mais valias da auto-avaliação da BE; o processo de implementação e o
necessário envolvimento da escola/ agrupamento.
Delirei ao ler as leituras propostas, pois vêm mesmo ao encontro das minhas preocupações.
Gostei imenso de reflectir sobre isso, embora considere agora que se calhar o meu power point ainda
tenha muitas falhas pois as limitações de tempo não me possibilitam o amadurecimento e o
aperfeiçoamento do meu trabalho.
Luto com escassez de tempo, tendo em conta que não quero falhar no meu desempenho no dia a dia e
estou a frequentar duas acções em simultâneo e isso obriga-me a ter todo o tempo ocupada, mas ando
felizzzzz…porque estou a aprender a melhorar cada vez mais. Adoro ler e estar informada e,
principalmente ajuda-me porque melhora o meu desempenho. E é gratificante ver os alunos e
professores a enriquecerem com o que eu aprendo para um melhor serviço para eles.
Querem saber o que valorizei mais nesta sessão? Não foi fazer o trabalho, foi o interiorizar conceitos e
fixei algumas ideias-base que me ajudam a orientar para melhor o meu trabalho:
• “professor coordenador, que Todd designa por learning specialist”
• “Saiba agir e ser líder, demonstrando o VALOR da BE através da recolha de evidências e da
comunicação contínua com os diferentes actores e stakeholders na escola.”
• “acção integradora de objectivos e práticas que se adaptem à mudança e ao link considerado
vital para a sobrevivência e para a qualidade da biblioteca escolar: a ligação ao currículo e ao
sucesso educativo dos alunos”
• “reforço no conceito de cooperação, baseado na planificação e no trabalho colaborativo com
os professores das diferentes disciplinas”
Então se queremos formar para uma nova sociedade em constante mutação, temos de constituir bases
sólidas de acção, como por exemplo: Tornar os utilizadores cada vez mais competentes e autónomos! –
Não se criam as raízes verdadeiras da BE para implementar uma efectiva acção formadora e cultural
sem serem elaborados instrumentos que possibilitem a autonomia pela orientação e fomentada a sua
utilização pela sua familiarização através de acções de formação do utilizador.
Na minha própria acção como professora bibliotecária, também sofro a pressão dos meus colegas do 1º
ciclo que só me querem ver como animadora porque adoram assistir às sessões que faço. Mas isso
deixa-me completamente destroçada porque os colegas têm uma imagem do professor bibliotecário
tipo “ animador” que vem dar uma hora de descanso e não valorizam o que a BE pode contribuir para o
sucesso educativo dos alunos. Tal como no texto cedido para esta sessão referia “Algumas bibliotecas
desenvolvem excelente “oferta de serviços”, sobretudo culturais, mas estas representam nalguns casos
excesso e sobrecarga para muitos professores”, tenho de fazer as restantes funções do meu trabalho
nas minhas horas livres e fins de semana.
Tento demonstrar-lhes através das sessões de animação como devem explorar a BE, como utilizá-la em
proveito do desenvolvimento de competências e não apenas da típica imagem de “ contar uma
historiazinha”. Mas as rotinas antigas estão tão instaladas que só com a acção persistente dos novos
professores bibliotecários se poderá fazer com que os docentes mudem suas praticas. A integração da
BE não está ainda assumida porque “ Muitas destas actividades passam ao lado da sua agenda de
prioridades, estando desligadas dos objectivos programáticos e curriculares – prioridade da agenda da
escola e dos docentes. Esta problemática é ilustrada por Doug Johnson (2002)”.
2. Claro que nós, como prof. Bibliotecários, temos de dar a conhecer as nossas funções, mas ao mesmo
tempo que estamos a intervir na BE, também estamos na formação dos nossos colegas para que mudem
as suas praticas educativas e rentabilizem as nossas funções em várias frentes e não nos vejam de uma
forma redutora.
Tal como referido “Este paradigma, moldado na disponibilização de serviços e menos centrado na acção
e no trabalho conjunto com a escola a que se associa um sistema de ensino expositivo e orientado para
a sala de aula, reforçam a necessidade permanente de a equipa reorientar práticas e processos.” Há que
criar o envolvimento, não em situações esporádicas, mas contínuas.
Na minha acção, estou sempre a dialogar comigo própria e a reflectir, adequando todas as semanas a
minha acção de acordo com as minhas auto-avaliações. Tal como na literatura disponibilizada, revejo-
me do seguinte modo:
“O professor coordenador mantenha uma posição de inquirição constante acerca das práticas de gestão
que desenvolve e do impacto que essas práticas têm na escola e no sucesso educativo dos alunos.”
Tento passar essas reflexões nas reuniões com os meus colegas, mas nem sempre sou compreendida
porque não há instituído a valorização da BE e entendem como mais uma tarefa, não compreendendo
que através da sua utilização se poderá desenvolver competências nos alunos de forma muito mais
eficiente.
Bibliografia consultada:
- Modelo de Auto-Avaliação
- Texto da sessão
Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An introduction to performance
measurement”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf> [14/10/2009]
McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-evaluation. Educational Review, 56
(3), 287-296. (Disponível na plataforma)
Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media Program”,
Principal. Jan/Feb 2005 <http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-
library-media-program-1.html> [14/10/2009]