1. O documento discute as teorias socialistas de Karl Marx e como ele se opôs ao idealismo de Hegel, defendendo em vez disso um materialismo histórico que via as condições materiais como determinantes da história e da sociedade.
2. Marx viu o trabalho como fundamental para a natureza humana e analisou como o trabalho tornou-se alienado e massacrante no capitalismo, com os trabalhadores tendo pouco controle sobre seu trabalho ou os resultados da produção.
3. Marx acreditava que a luta de classes era o motor da história e
3. Não se sabe com certeza as razões que
levaram Marx a abraçar a causa do
proletariado. O certo é que ele foi o
primeiro grande pensador a romper
com uma longa tradição de
pensadores e artistas sempre
inclinados ao lado dos senhores e a
defender a emancipação dos
trabalhadores.
4. Marx fez uma crítica radical ao idealismo
hegeliano, na qual afirma que Hegel inverte
a relação entre o que é determinante- a
realidade material- e o que é determinado-
as representações e conceitos acerca dessa
realidade. A filosofia idealista seria, assim,
uma grande mistificação que pretende
entender o mundo real, concreto, com
manifestação de uma razão absoluta.
5. Marx procurou compreender a história
real dos seres humanos em sociedade a
partir das condições materiais nas quais
eles vivem. Essa visão da história foi
chamada posteriormente por Engels de
Materialismo Histórico.
6. De acordo com o pensamento de Marx, os seres humanos
não podem ser pensados de forma abstrata, como no
pensamento de Hegel, nem de Forma isolada, mas
integrado ao meio social.
“A essência humana (...) é o conjunto das relações sociais.”
Isso significa que a forma como os indivíduos se
comportam, agem, sentem, e pensam vincula-se à forma
como se dão as relações sociais. Essas relações sociais são
determinadas pela forma de produção da vida material, ou
seja, pela maneira como os seres humanos trabalham e
produzem os meios necessários a sustentação material das
sociedades.”
7. Para Marx o Trabalho não significa apenas a produção da
vida material. Para o ele, é por meio do Trabalho que a
sociedade determina sua identidade. Assim, é possível “o
modo de produção da vida material condiciona o processo
geral de vida social, política e espiritual”.
Marx reconhece o trabalho como atividade fundamental do
ser humano e analisa os fatores que o tornam uma atividade
massacrante e alienada no capitalismo.
8. “A força de trabalho é transformada em
mercadoria com dupla face: de um lado,
é uma mercadoria como outra qualquer,
paga pelo salário; de outro, é a única
mercadoria que produz valor, ou seja,
que reproduz o capital.”
9. Observa-se nas sociedades de hoje que a produção
econômica tranformou-se no objetivo imposto às
pessoas, isto é, não são as pessoas o objetivo, mas a
produção em si. Esse processo acentou-se no século
XIX, quando o trabalho na maioria das indústrias
tornou-se cada vez mais rotineiro, automatizado e
especializado, subdividindo em múltiplas
operações. Os empresários industriais visavam, com
isso, economizar tempo e aumentar a
produtividade.
10. A forma de trabalho industrial conduz ao
trabalhador ao Trabalho Alienado- o operário se
restringe ao cumprimento de ordens relativas à
qualidade e à quantidade da produção. Tudo
transcorre sem que o trabalhador possa decidir
sobre o resultado final de seu trabalho e sem que
tenha controle algum sobre o resultado da
produção. Sempre repetindo as mesmas operações
mecânicas, ele produz bens estranhos à sua pessoa,
aos seus desejos e às suas necessidades
11. Segundo Marx, cabe à classe social que possui um caráter
revolucionário intervir por meio de ações concretas,
práticas, para que essas transformações ocorram. Foi o que
aconteceu na passagem do Feudalismo ao Capitalismo,
com as Revoluções Burguesas.
Mas sintetiza essa análise na afirmação de que a luta de
classes é o motor da história, ou seja, a luta de classes faz a
história se mover.
O capitalismo criou uma classe revolucionária que, em
virtude suas condições de existência, deve se organizar
para, no momento oportuno, fazer a revolução social rumo
ao Socialismo.
12. O socialismo é uma doutrina política e
econômica que surgiu no final do século 18 e
na primeira metade do século 19. Depois, no
século 20, houve várias tentativas de colocá-
la em prática, em diversos países. Através de
movimentos revolucionários, regimes
comunistas foram implantados em nações
tão diferentes quanto a Rússia, a China,
Cuba, o Vietnã e a Coréia do Norte.
13.
14. É muito comum a confusão existente acerca da diferença
entre socialismo e comunismo.
Será que as duas as expressões representam as mesmas
idéias? Será que um é continuação do outro? Ou se trata de
movimentos divergentes entre si?
Vamos simplificar as idéias, a fim de evitar complicações. Em
primeiro lugar, enquanto teoria, o socialismo não difere do
comunismo. Essa diferença só apareceu quando o socialismo
ou comunismo começou a ser colocado em prática.
15. Segundo KARL MARX, um dos principais filósofos doSegundo KARL MARX, um dos principais filósofos do
movimento, o socialismo é um regime político e econômicomovimento, o socialismo é um regime político e econômico
em que não existe a propriedade privada nem as classesem que não existe a propriedade privada nem as classes
sociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e nãosociais. Todos os bens seriam de todas as pessoas e não
poderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. Opoderia haver diferenças econômicas entre os indivíduos. O
próprio Marx chama esse modelo de comunismo, numapróprio Marx chama esse modelo de comunismo, numa
tentativa de se contrapor aos outros autores, que tambémtentativa de se contrapor aos outros autores, que também
defendiam o socialismo, mas propondo outros modelos dedefendiam o socialismo, mas propondo outros modelos de
sociedade. No entanto, o próprio Marx usa tanto socialismosociedade. No entanto, o próprio Marx usa tanto socialismo
quanto comunismo para se referir à mesma idéia.quanto comunismo para se referir à mesma idéia.
16.
No século 20, a ideia de socialismo proposta por Marx ganhou força política.
Contudo, em vários países do mundo onde isso ocorreu, houve divergências
sobre a melhor forma de transformar o socialismo em realidade. Lênin, um
dos líderes socialistas russos, propôs, a partir de 1917, uma revolução
radical, que estabeleceria a "ditadura do proletariado". Por outro lado,
houve socialistas que discordavam de Lênin, pois queriam mudanças menos
tumultuadas e defendiam outros modelos socialistas, como a social-
democracia e até o nacional-socialismo, isto é, o nazismo.
Assim, desde a Revolução Russa, em 1917, socialismo e comunismo
passaram a designar duas coisas bem diferentes. O socialismo constituiu-se
numa doutrina menos radical do que o comunismo, propondo uma reforma
gradual da sociedade capitalista, de modo a chegar a um modelo em que
exista equilíbrio entre o valor do capital e o do trabalho, para diminuir a
distância entre ricos e pobres. O comunismo, ao contrário, defende o fim da
ordem capitalista, através de uma revolução armada, objetivando fim da
burguesia.
17. 1. Socialismo e comunismo são a mesma
ideologia
Comunismo não é senão uma forma extrema de socialismo.
Do ponto de vista ideológico, não há diferença substancial
entre os dois. Na verdade, a União Soviética, um país
comunista, chamou-se “União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas” (1922-1991) e igualmente a China comunista,
Cuba e Vietnã se definem como nações socialistas.
18. 2. O socialismo viola a liberdade pessoal
O socialismo visa eliminar a “injustiça” pela transferência de
direitos e responsabilidades dos indivíduos e das famílias ao
Estado. No processo, o socialismo realmente cria injustiças.
Ele destrói a verdadeira liberdade: a liberdade de decidir
todas as questões que estão dentro da nossa própria
competência e de seguir o curso mostrado pela nossa razão,
nos limites das leis morais, incluindo os ditames da justiça e
da caridade.
19. 3. O socialismo viola a natureza humana
O socialismo é anti-natural. Ele destrói a
iniciativa pessoal ? fruto do nosso intelecto e
livre arbítrio ? e o substitui pelo controle do
Estado. Ele tende ao totalitarismo, com a
repressão do governo e da polícia, onde é
aplicado.
20. 4. O socialismo viola a propriedade
privada
O socialismo apela à “redistribuição da riqueza”, tirando
dos “ricos” para dar aos pobres. Impõe impostos que
punem aqueles que foram capazes de tirar o maior partido
dos seus talentos produtivos, capacidade de trabalho ou
hábitos de poupança. Ele utiliza a tributação para
promover o igualitarismo econômico e social, um objetivo
que será plenamente alcançado, de acordo com o
Manifesto Comunista, com a “abolição da propriedade
privada”.
21. Se voltarmos nossa atenção especialmente para a origem das teorias
socialistas, constataremos que elas surgiram ao mesmo tempo em que ocorria
a Revolução Industrial e o capitalismo atingia um momento de
desenvolvimento pleno. Dessa forma, não se pode achar que seja mera
coincidência o surgimento de tais ideias nesse momento. Na verdade, elas são
uma resposta que os intelectuais da época deram ao que eles consideravam
agressões do capitalismo industrial recém surgido.
Ora, se socialismo e capitalismo mantêm entre si uma relação de oposição,
para compreender aquele, é necessário, antes de mais nada, entender este
último. Foi esse o percurso trilhado por Marx. Segundo ele e outros teóricos
adeptos de suas ideias, o capitalismo é um modelo econômico que surgiu na
transição do período medieval para a Idade Moderna, pela superação do
feudalismo.
Assim, o capitalismo primeiro aparece como mercantilismo ou capitalismo
comercial no século 15. Depois, a partir do século 18, com o surgimento das
máquinas a vapor, dos teares mecânicos e das fábricas, o sistema entrou em
22. O comunismo é uma ideologia que prega a abolição da propriedade privada e o
fim da luta de classes, além da construção de um regime político e econômico
que possibilite o estabelecimento da igualdade e justiça social entre os homens.
Os filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels (1820-1895) são apontados
como os precursores das formulações teóricas e doutrinárias do comunismo.
Historicamente, porém, as concepções e ideais de uma sociedade comunista
remontam ao período da Antigüidade clássica. Nos séculos seguintes (que
abrangem os períodos da Idade Média e Moderna), a ideologia comunista sofreu
constantes reformulações.