1. A Sociedade Senhorial Nos
séc. IX a XII
O clero
As ordens de Cluny e Cister
A nobreza
O espírito guerreiro da nobreza e o controlo
da Igreja
As relações entre senhores e camponeses
O domínio senhorial
2. O Clero
Após as invasões Bárbaras, a Igreja De Roma passou
a ser a única força bem organizada da Europa
Ocidental. Os Clero era constituído pelo:
• Clero secular – constituído por bispos e
padres
• Clero regular – constituído por abades e
monges
A Igreja tinha muita importância e prestígio em
resultado de:
• Exercícios das práticas religiosas, numa época
de muita fé
• Posse de numerosas terras, onde retiravam
muitas riquezas
• Desempenhavam importantes cargos na
administração junto dos reis
(dioceses, paróquias)
• Dominavam a cultura, os seus membros
dirigiam as escolas, copiavam manuscritos e
escreviam livros.
Assim, o Clero tinha muita influência e beneficiava de
privilégios, como tribunais próprios e isenção de
impostos
3. As ordens de Cluny e Cister
Nos séc. X e XI, a Igreja viveu uma vida de ostentação e de
imoralidade. Os altos cargos eram comprados pelos grandes
senhores da nobreza e, em muitos mosteiros, a vida de um monge
afastava-se dos ideais de pobreza e de austeridade.
• Ordem de Cluny – criada em 910, por Guilherme o
Piedoso, duque de Aquitânia ( França). Baseia-se
sobretudo, com a oração e o culto, prestavam menos atenção
aos trabalhos agrícolas e artesanais, deixando esses
trabalhos aos seus servos ou a outros trabalhadores do
mosteiro
• Ordem de Cister – criada em 1098, por Bernardo, monge
francês. Esta ordem baseia-se de regras de vida austera para
os monges, que se deviam dedicar aos trabalhos agrícolas, á
oração e á cópia de manuscritos.
4. A Nobreza
Os Nobres, senhores de grandes propriedades e
exércitos próprios, passaram a dispor de vastos
poderes nos seus domínios, como a aplicação da
justiça, lançamento de impostos e cunhagem da
moeda.
A principal ocupação da Nobreza era a guerra.
Numa época de grande insegurança, a nobreza
teve de defender-se dos ataques invasores, com
o seu próprio exército, a região onde vivia. Em
muitos lugares estratégicos, fizeram-se
castelos que acolhiam as populações em caso de
necessidade.
A nobreza para se preparar para a
guerra, realizavam torneios, que eram
competições entre cavaleiros, justas, que eram
combates entre dois guerreiros armados com
lanças, e participavam em caçadas.
Pelas funções que desempenhavam e pelos bens
que possuíam, a nobreza era muito poderosa na
Idade Média.
5. O espírito guerreiro da nobreza e
o controlo da Igreja
A Igreja procurava controlar o espírito guerreiro da nobreza. Para
isso, estabeleceu:
• A ” paz de Deus” – proibia ataques a indefesos, como
camponeses, mulheres e homens sem armas.
• A ” trégua de Deus” – impedia os combates em certos dias da
semana e em certas épocas do ano, como a Páscoa e o Natal
Com a mesma preocupação, a Igreja criou no séc. XI, a
Cavalaria, instituição que tinha por objetivo, proteger os fracos e
servir a Igreja.
A Igreja continuou a orientar o espírito guerreiro da nobreza para
as cruzadas, isto é, para a reconquista de lugares santos ocupados
por Muçulmanos na Palestina e na Península Ibérica.
6. As relações entre os senhores e
camponeses
Os senhores deixavam os camponeses
guardar parte da
produção, garantindo-lhes a
segurança e proteção. Os camponeses
deviam aos senhores, o pagamento de
rendas , de corveiras (trabalho
gratuito, durante um período de
tempo por semana) e de banalidades
(utilização de fornos, moinhos e
lagares do senhor)
Para além destas obrigações, os
camponeses estavam sujeitos a
outros encargos e ao pagamento de
taxas, multas e castigos, pois o
direito de justiça cabia ao senhor.
7. O domínio senhorial
No séc. IX a XII, a terra era a principal fonte de riqueza. Muitas
terras, pertenciam à Igreja e à nobreza. A essas grandes
propriedades, chamavam-se senhorios ou domínios senhoriais.
O senhorio era constituído por duas partes:
• A reserva , explora diretamente pelo senhor, através de servos e
camponeses, onde se situava a casa senhorial ou o castelo e as
instalações agrícolas, como celeiros, estábulos, moinhos, etc.
• Os mansos, terras arrendadas pelo senhor aos camponeses, em
troca de uma parte da produção sob a forma de rendas e de
trabalho gratuito na reserva.
Os domínio senhorial abrangia, para além das terras de
cultivo, bosques, pastagens, baldios e fornos.