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Atendimento Pré-hospitalar
Instrutor: Gustavo Miranda
Sumário
• Introdução ao APH;
• Aspectos Fundamentais do Socorrista;
• Cinemática do Trauma (Avaliação da cena);
• Avaliação do Paciente.
• Exemplo de Atendimento (VÍDEO)
“É melhor conhecer Primeiros Socorros e
não precisar, do que precisar e não
conhecer.”
REGRA AO SOCORRISTA
1ª - Não ser a segunda vítima;
2ª- Solicitar ajuda:
3ª - Calma, bom senso e criatividade
ESTRELA DA VIDA
CONCEITO
Atendimento pré hospitalar (APH) é o
atendimento emergencial em ambiente extra-
hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da
cadeia de atendimento a vítimas sendo
também conhecida como segundo socorro ou
resgate.
APH
O Atendimento pré hospitalar é destinado
às vítimas de trauma (acidentes de trânsito,
acidentes industriais, acidentes aéreos etc),
violência urbana (baleado, esfaqueado etc),
mal súbito (emergências cardiológicas,
neurológicas etc) e distúrbios psiquiátricos
visando a sua estabilização clínica e remoção
para uma unidade hospitalar adequada.
POR QUEM É REALIZADO
O APH é realizado por profissionais
especialmente treinados, (socorristas, auxiliares e
técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnicos de
segurança do trabalho e médicos), no Brasil estes
serviços de APH são na maioria realizados pelos Corpos
de Bombeiros Militares dos estados, SAMU (Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência) e Bombeiros Civis,
equipes altamente treinadas prontas a darem o
suporte básico de vida aos traumatizados.
Estes são subdivididos em Equipe de
Salvamento, Equipe de Suporte Básico à Vida (SBV) e
Equipe de Suporte Avançado à Vida (SAV).
Protocolos do APH
No Mundo existem diversos protocolos e modelos
de atendimento pré hospitalar, destacando o Protocolo
Norte-Americano e o Protocolo Francês, no primeiro
aplica-se o conceito de chegar à vítima no menor
tempo possível, realizar manobras essenciais para
estabilizá-la e removê-la o mais rápido possível a um
hospital adequado (princípio conhecido como hora de
ouro).
No protocolo Francês adota-se o princípio de
ofertar o atendimento médico no local até a
estabilização da vítima (princípio conhecido como stay
and play).
PRIMEIRO SOCORROS BÁSICO
São os cuidados imediatos prestados a
uma pessoa cujo estado físico coloca em
perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de
manter as suas funções vitais e evitar o
agravamento de suas condições, até que
receba assistência médica especializada.
SOCORRISTA
Socorrista: Atividade regulamentada pelo
Ministério da Saúde, segundo a portaria n°
824 de 24 de junho de 1999. O socorrista
possui um treinamento mais amplo e
detalhado que uma pessoa prestadora de
socorro. Pessoa qualificada para tal fim.
EMERGÊNCIA x URGÊNCIA
Emergência: Estado que necessita de
encaminhamento rápido ao hospital. O tempo
gasto entre o momento em que a vítima é
encontrada e o seu encaminhamento deve ser o
mais curto possível.
Urgência: Estado grave, que necessita
atendimento médico embora não seja
necessariamente iminente.
OBS: Hora de Ouro
ACIDENTE X INCIDENTE
Acidente: Fato do qual resultam pessoas
feridas e/ou mortas que necessitam de
atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual
não resultam pessoas mortas ou feridas, mas
que pode oferecer risco futuro.
OMISSÃO DE SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a
omissão de socorro consiste em "Deixar de
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à criança abandonada ou
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em
desamparo ou em grave e iminente perigo; não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública."
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou
multa.
OMISSÃO DE SOCORRO
Parágrafo único: A pena é aumentada de
metade, se da omissão resulta lesão corporal
de natureza grave, e triplicada, se resulta em
morte.
Importante: O fato de chamar o socorro
especializado, nos casos em que a pessoa não
possui um treinamento específico ou não se
sente confiante para atuar, já descaracteriza a
ocorrência de omissão de socorro.
Aspectos Fundamentais do
Socorrista
15/07/2015 16
(Vide Doutrina)
Atribuições e Responsabilidades
• Saber lhe dar com o público: Pessoas feridas
não estão normais e podem ser agressivas;
• Honesto e Autêntico: Não dizer que a pessoa
está bem se ela não tiver; Não dizer para não
se preocupar, se a situação for séria;
• No local da ocorrência deve ser altamente
disciplinado: Não fumar; Não fazer
comentários sobre o paciente e sua condição
de saúde. Concentre-se no trabalho.
Atribuições e Responsabilidades
• Criar um vínculo de confiança com o
paciente: Está sempre adquirindo mais
conhecimento; Não mentir para o paciente;
• Cuidado com as informações repassadas para
o paciente: O paciente pode não superar a
informação que seu ente querido está morto.
Atribuições do emergencista
Os principais atributos de um emergencista
são:
• Ter conhecimento técnico e capacidade para
oferecer o atendimento necessário;
• Aprender a controlar suas emoções, ser
paciente com ações anormais ou exageradas
daqueles que estão sob situação de stress;
• Ter capacidade de liderança para dar
segurança e conforto ao paciente.
Responsabilidades dos emergencistas
As principais responsabilidades de um
emergencista são:
• Utilizar os EPI´S;
• Controlar o local do acidente de modo a
proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente e
prevenir outros acidentes;
• Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os
equipamentos necessários a situação;
Responsabilidades dos emergencistas
• Identificar os problemas utilizando-se das
informações obtidas no local e pela avaliação
do paciente;
• Fazer o melhor possível para proporcionar
uma assistência de acordo com o seu
treinamento;
Responsabilidades dos Emergencistas
• Decidir quando a situação exige a mobilização
ou mudança da posição ou local do paciente.
Sempre minimizando os riscos de lesões
adicionais;
• Solicitar, se necessário, ajuda de terceiros
presentes no local da emergência;
• Coordenar as atividades.
• “A responsabilidade é uma obrigação
atribuída a toda pessoa que exerce uma
profissão. Ou seja, vai responder perante a
justiça pelos atos prejudiciais resultantes de
suas atividades inadequadas”
Transgressões do emergencistas
IMPERÍCIA: Ignorância, inabilidade e
inexperiência;
A falta de prática ou ausência de conhecimento
necessários para o desempenho da profissão.
EXEMPLO: Utilizar o reanimador manual, sem
executar corretamente, por ausência de prática,
as técnicas de aberturas de vias aéreas na
reanimação.
Transgressões do emergencista
IMPRUDÊNCIA: Falta de atenção, imprevidência
e descuido; (Omissão Faltosa)
Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa,
em relação das consequências dos seus atos ou
ação, quando devia e podia prevê-las.
EXEMPLO: É imprudente o motorista que dirige
um veículo de emergência excedendo o limite
de velocidade da via.
Transgressões do emergencista
NEGLIGÊNCIA: Desprezar, desatender, não
cuidar;
Evidencia-se pela falta decorrente de não se
acompanhar o ato com a atenção que se
deveria. (Omissão do dever).
EXEMPLO: Deixar de utilizar EPI´S em um
atendimento onde seu uso seja necessário.
Avaliação da Cena
(Cinemática do Trauma)
15/07/2015 27
AVALIAÇÃO DA CENA
(CINEMÁTICA DO TRAUMA)
A primeira atitude a ser tomada no local do
acidente é avaliar os riscos que possam colocar
em perigo a pessoa prestadora dos primeiros
socorros.
O atendimento inicial à vítima de trauma se
divide em quatro etapas seqüenciais:
1) Controle de cena;
2) Abordagem primária;
3) Abordagem secundária;
4) Sinais vitais e escalas de coma e trauma.
AVALIAÇÃO DA CENA
(CINEMÁTICA DO TRAUMA
AVALIAÇÃO DA CENA
É muito importante salientar que para a
abordagem de uma vítima primeiro você deverá
ter idéia do contexto geral da situação, pois
apenas com uma pré-avaliação do local é que
podemos conhecer o tipo de vítima com a qual
está lidando.
Avaliação das condições gerais da
vítima
Todo procedimento de primeiros socorros deve
começar com a avaliação das condições da(s)
vítima(s).
Deve-se observar sinais (tudo o que se observa
ao examinar uma vítima: respiração, pele fria,
palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa
sobre si mesma: náusea, dor, vertigem, etc.)
SINAIS VITAIS
- pulso
- respiração
- temperatura corporal
- nível de consciência
- dilatação das pupilas
- cor da pele.
PULSOS
Freqüência Fisiológica
Homem 60 a 70
Mulher 65 a 80
Crianças 120 a 125
Lactentes 125 a 130
Tipos de Pulso
RESPIRAÇÃO
A respiração, na prática, é o conjunto de 2
movimentos normais dos pulmões e músculos do
peito:
1 - inspiração (entrada de ar pela boca/nariz); e
2 - expiração (saída de ar, pelas mesmas vias
respiratórias).
Nota-se a respiração pelo arfar (movimento de
sobe e desce do peito) ritimado do indivíduo.
TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO
Normal Adulto 12 a 20
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28
Criança (5 a 12 anos) 20 a 24
lactente (0 a 1 anos) 30 a 70
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a força com que o coração
bombeia o sangue para as artérias.
A pressão arterial é dada por 2 números: 12 por 8
é a normal (ou 120 mmHg para a alta, máxima
ou sistólica e 80 mmHg para a baixa, mínima
ou diastólica --- na linguagem dos Médicos).
TEMPERATURA CORPORAL
A temperatura corporal é medida em
termômetros (de mercúrio ou digitais)
colocados, durante alguns minutos, com a
extremidade que contem o bulbo (no primeiro
caso) nas axilas ou na boca do paciente.
DILATAÇÃO DAS PUPILAS
O Socorrista deve observar, inicialmente,
se os diâmetros ou as aberturas das pupilas são
iguais nos dois olhos. Em seguida, com uma
lanterninha, verificar se elas se contraem com
a incidência do foco.
DILATÇÂO DA PUPILA
Avaliação do Paciente
15/07/2015 47
Avaliação Primária Completa
Na abordagem primária completa segue-se
uma seqüência fixa de passos estabelecida
cientificamente. Para facilitar a memorização,
convencionou-se o “ABCDE do trauma” para
designar essa seqüência fica de passos,
utilizando-se as primeiras letras das palavras que
definem cada um dos passos:
• 1) Passo “A” – Vias aéreas com controle cervical;
Avaliação completa
• 2) Passo “B” – Respiração (existente e
qualidade);
• 3) Passo “C” – Circulação com controle de
hemorragias;
• 4) Passo “D” – Estado neurológico;
• 5) Passo “E” – Exposição da vítima (para
abordagem secundária).
PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO
Passo “A” – Vias Aéreas com Controle Cervical .
Após o controle cervical e a identificação,pergunte à
vítima o que aconteceu.
Passo “B” – Respiração
Checar se a respiração está presente e efetiva (ver,
ouvir e sentir).
Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias
O objetivo principal do passo "C" é estimar as
condições do sistema circulatório e controlar grandes
hemorragias.

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Atendimento Pré-hospitalar: Avaliação da Cena e do Paciente

  • 2. Sumário • Introdução ao APH; • Aspectos Fundamentais do Socorrista; • Cinemática do Trauma (Avaliação da cena); • Avaliação do Paciente.
  • 3. • Exemplo de Atendimento (VÍDEO)
  • 4. “É melhor conhecer Primeiros Socorros e não precisar, do que precisar e não conhecer.” REGRA AO SOCORRISTA 1ª - Não ser a segunda vítima; 2ª- Solicitar ajuda: 3ª - Calma, bom senso e criatividade
  • 6. CONCEITO Atendimento pré hospitalar (APH) é o atendimento emergencial em ambiente extra- hospitalar (fora do hospital). É um dos elos da cadeia de atendimento a vítimas sendo também conhecida como segundo socorro ou resgate.
  • 7. APH O Atendimento pré hospitalar é destinado às vítimas de trauma (acidentes de trânsito, acidentes industriais, acidentes aéreos etc), violência urbana (baleado, esfaqueado etc), mal súbito (emergências cardiológicas, neurológicas etc) e distúrbios psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção para uma unidade hospitalar adequada.
  • 8. POR QUEM É REALIZADO O APH é realizado por profissionais especialmente treinados, (socorristas, auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnicos de segurança do trabalho e médicos), no Brasil estes serviços de APH são na maioria realizados pelos Corpos de Bombeiros Militares dos estados, SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Bombeiros Civis, equipes altamente treinadas prontas a darem o suporte básico de vida aos traumatizados. Estes são subdivididos em Equipe de Salvamento, Equipe de Suporte Básico à Vida (SBV) e Equipe de Suporte Avançado à Vida (SAV).
  • 9. Protocolos do APH No Mundo existem diversos protocolos e modelos de atendimento pré hospitalar, destacando o Protocolo Norte-Americano e o Protocolo Francês, no primeiro aplica-se o conceito de chegar à vítima no menor tempo possível, realizar manobras essenciais para estabilizá-la e removê-la o mais rápido possível a um hospital adequado (princípio conhecido como hora de ouro). No protocolo Francês adota-se o princípio de ofertar o atendimento médico no local até a estabilização da vítima (princípio conhecido como stay and play).
  • 10. PRIMEIRO SOCORROS BÁSICO São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.
  • 11. SOCORRISTA Socorrista: Atividade regulamentada pelo Ministério da Saúde, segundo a portaria n° 824 de 24 de junho de 1999. O socorrista possui um treinamento mais amplo e detalhado que uma pessoa prestadora de socorro. Pessoa qualificada para tal fim.
  • 12. EMERGÊNCIA x URGÊNCIA Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora não seja necessariamente iminente. OBS: Hora de Ouro
  • 13. ACIDENTE X INCIDENTE Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento. Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro.
  • 14. OMISSÃO DE SOCORRO Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em "Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública." Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
  • 15. OMISSÃO DE SOCORRO Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte. Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro.
  • 17. Atribuições e Responsabilidades • Saber lhe dar com o público: Pessoas feridas não estão normais e podem ser agressivas; • Honesto e Autêntico: Não dizer que a pessoa está bem se ela não tiver; Não dizer para não se preocupar, se a situação for séria; • No local da ocorrência deve ser altamente disciplinado: Não fumar; Não fazer comentários sobre o paciente e sua condição de saúde. Concentre-se no trabalho.
  • 18. Atribuições e Responsabilidades • Criar um vínculo de confiança com o paciente: Está sempre adquirindo mais conhecimento; Não mentir para o paciente; • Cuidado com as informações repassadas para o paciente: O paciente pode não superar a informação que seu ente querido está morto.
  • 19. Atribuições do emergencista Os principais atributos de um emergencista são: • Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o atendimento necessário; • Aprender a controlar suas emoções, ser paciente com ações anormais ou exageradas daqueles que estão sob situação de stress; • Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao paciente.
  • 20. Responsabilidades dos emergencistas As principais responsabilidades de um emergencista são: • Utilizar os EPI´S; • Controlar o local do acidente de modo a proteger a si mesmo, sua equipe, o paciente e prevenir outros acidentes; • Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessários a situação;
  • 21. Responsabilidades dos emergencistas • Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas no local e pela avaliação do paciente; • Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com o seu treinamento;
  • 22. Responsabilidades dos Emergencistas • Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da posição ou local do paciente. Sempre minimizando os riscos de lesões adicionais; • Solicitar, se necessário, ajuda de terceiros presentes no local da emergência; • Coordenar as atividades.
  • 23. • “A responsabilidade é uma obrigação atribuída a toda pessoa que exerce uma profissão. Ou seja, vai responder perante a justiça pelos atos prejudiciais resultantes de suas atividades inadequadas”
  • 24. Transgressões do emergencistas IMPERÍCIA: Ignorância, inabilidade e inexperiência; A falta de prática ou ausência de conhecimento necessários para o desempenho da profissão. EXEMPLO: Utilizar o reanimador manual, sem executar corretamente, por ausência de prática, as técnicas de aberturas de vias aéreas na reanimação.
  • 25. Transgressões do emergencista IMPRUDÊNCIA: Falta de atenção, imprevidência e descuido; (Omissão Faltosa) Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa, em relação das consequências dos seus atos ou ação, quando devia e podia prevê-las. EXEMPLO: É imprudente o motorista que dirige um veículo de emergência excedendo o limite de velocidade da via.
  • 26. Transgressões do emergencista NEGLIGÊNCIA: Desprezar, desatender, não cuidar; Evidencia-se pela falta decorrente de não se acompanhar o ato com a atenção que se deveria. (Omissão do dever). EXEMPLO: Deixar de utilizar EPI´S em um atendimento onde seu uso seja necessário.
  • 27. Avaliação da Cena (Cinemática do Trauma) 15/07/2015 27
  • 28. AVALIAÇÃO DA CENA (CINEMÁTICA DO TRAUMA) A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. O atendimento inicial à vítima de trauma se divide em quatro etapas seqüenciais: 1) Controle de cena; 2) Abordagem primária; 3) Abordagem secundária; 4) Sinais vitais e escalas de coma e trauma.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. AVALIAÇÃO DA CENA É muito importante salientar que para a abordagem de uma vítima primeiro você deverá ter idéia do contexto geral da situação, pois apenas com uma pré-avaliação do local é que podemos conhecer o tipo de vítima com a qual está lidando.
  • 35. Avaliação das condições gerais da vítima Todo procedimento de primeiros socorros deve começar com a avaliação das condições da(s) vítima(s). Deve-se observar sinais (tudo o que se observa ao examinar uma vítima: respiração, pele fria, palidez, etc.), sintomas (é o que a vítima informa sobre si mesma: náusea, dor, vertigem, etc.)
  • 36. SINAIS VITAIS - pulso - respiração - temperatura corporal - nível de consciência - dilatação das pupilas - cor da pele.
  • 38. Freqüência Fisiológica Homem 60 a 70 Mulher 65 a 80 Crianças 120 a 125 Lactentes 125 a 130
  • 40. RESPIRAÇÃO A respiração, na prática, é o conjunto de 2 movimentos normais dos pulmões e músculos do peito: 1 - inspiração (entrada de ar pela boca/nariz); e 2 - expiração (saída de ar, pelas mesmas vias respiratórias). Nota-se a respiração pelo arfar (movimento de sobe e desce do peito) ritimado do indivíduo.
  • 41. TAXA RESPIRATÓRIA POR MINUTO Normal Adulto 12 a 20 Criança (1 a 5 anos) 25 a 28 Criança (5 a 12 anos) 20 a 24 lactente (0 a 1 anos) 30 a 70
  • 42. PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a força com que o coração bombeia o sangue para as artérias. A pressão arterial é dada por 2 números: 12 por 8 é a normal (ou 120 mmHg para a alta, máxima ou sistólica e 80 mmHg para a baixa, mínima ou diastólica --- na linguagem dos Médicos).
  • 43. TEMPERATURA CORPORAL A temperatura corporal é medida em termômetros (de mercúrio ou digitais) colocados, durante alguns minutos, com a extremidade que contem o bulbo (no primeiro caso) nas axilas ou na boca do paciente.
  • 44. DILATAÇÃO DAS PUPILAS O Socorrista deve observar, inicialmente, se os diâmetros ou as aberturas das pupilas são iguais nos dois olhos. Em seguida, com uma lanterninha, verificar se elas se contraem com a incidência do foco.
  • 45.
  • 48. Avaliação Primária Completa Na abordagem primária completa segue-se uma seqüência fixa de passos estabelecida cientificamente. Para facilitar a memorização, convencionou-se o “ABCDE do trauma” para designar essa seqüência fica de passos, utilizando-se as primeiras letras das palavras que definem cada um dos passos: • 1) Passo “A” – Vias aéreas com controle cervical;
  • 49. Avaliação completa • 2) Passo “B” – Respiração (existente e qualidade); • 3) Passo “C” – Circulação com controle de hemorragias; • 4) Passo “D” – Estado neurológico; • 5) Passo “E” – Exposição da vítima (para abordagem secundária).
  • 50. PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO Passo “A” – Vias Aéreas com Controle Cervical . Após o controle cervical e a identificação,pergunte à vítima o que aconteceu. Passo “B” – Respiração Checar se a respiração está presente e efetiva (ver, ouvir e sentir). Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias O objetivo principal do passo "C" é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes hemorragias.