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12 de março de 2011




Clara Barros
• Foi aprovado em 2008 por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil
     e Portugal, ficando prevista a sua implementação a partir de 2009.

   • A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é
     considerada prejudicial para a sua unidade intercontinental sendo
     desejável uma unificação. Foram propostas alterações que
     afectaram ambas as normas ortográficas vigentes.




Clara Barros
Não sofreram alterações

    • BASE I: do alfabeto e dos nomes próprios
      estrangeiros e seus derivados
    • BASE II: do H incial e final.
    • BASE III: da homofonia de certos grafemas
      consonânticos




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BASE IV


  BASE IV: c das sequências interiores
   1.º o das sequências consonânticascc, cç e ct, e o p das
    sequências interiores pc, pç e pt, ora se conservam, ora
    se eliminam.




Clara Barros
BASE IV

    a) Conservam-se quando se dizem:
             compacto, convicção, ficção, friccionar, pacto,
   BASE IV: das sequências consonânticas erupção, eucalipto.
             adepto, apto, rapto,

    b) Eliminam-se quando são mudos:
           ação, acionar, ativo, afetivo, ato, coleção, coletivo,
           direção, diretor, exato, objeção;
           adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo.

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BASE IV

    c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente quando
    oscilam entre a prolação e o emudecimento:
   BASE IV: das sequências consonânticas
               aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e
               carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e
               setor, ceptro e cetro, concepção e conceção,
               corrupto e corruto, recepção e receção;


Clara Barros
BASE IV

    d) Nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar
    o p, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç
    e nt:
   BASE IV: das sequências consonânticas
             assumpcionista e assuncionista; assumpção e
             assunção; assumptível e assuntível; peremptório e
             perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e
             suntuosidade.


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BASE IV

    2.º Casos de oscilação entre a prolação e o
    emudecimento:
             - O b da sequência bd e da sequência bt em
   BASE IV: das sequências consonânticas(e seus derivados);
             súbdito e em subtil
             - O g da sequência gd, em amígdala, amigdalite;
             - O m da sequência mn, em amnistia, indemnizar,
             omnipotente, omnisciente, etc.;
             - O t da sequência tm, em aritmética e aritmético
             conserva-se ou elimina-se.
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Não sofreram alterações

    • BASE V: das vogais átonas
    • BASE VI: das vogais nasais
    • BASE VII: dos ditongos
    • BASE VIII: da acentuação gráfica das palavras oxítonas




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BASE IX: da acentuação gráfica das palavras paroxítonas.
    3.º Não se acentuam os ditongos representados por ei e oi
    da sílaba tónica das palavras graves. Oscilam entre o
    fechamento e a abertura na sua articulação:
   BASE IV: das sequências consonânticas
               assembleia, boleia, ideia, baleia, cadeia, cheia,
               meia, epopeico, onomatopeico, proteico;
               apoio (de apoiar), apoio (subst.), Azoia, boia, boina,
               comboio (subst.), dezoito, heroico, jiboia, paranoico.

               (Mudança que afeta mais palavras no Brasil)
Clara Barros
BASE IX
    4.º É facultativo assinalar com acento agudo as formas
    verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos,
    louvámos, para as distinguir das correspondentes formas
   BASEpresente do indicativo (amamos, louvamos), já que o
    do IV: das sequências consonânticas
    timbre da vogal tónica é aberto naquele caso em certas
    variantes do português.




Clara Barros
BASE IX
    6.º Assinalam-se com acento circunflexo:
    b) Facultativamente, dêmos (1.ª pessoa do plural do
    presente do conjuntivo), para se distinguir da
    correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo
   BASE IV: das sequências consonânticas
    (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma
    (substantivo; 3.ª pessoa do singular do presente do
    indicativo ou 2.ª pessoa do singular do imperativo do verbo
    formar).


Clara Barros
BASE IX
    7.º Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais
    paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato
    com a terminação -em da 3.ª pessoa do plural do presente
   BASEindicativo ou do conjuntivo, conforme os casos:
    do IV: das sequências consonânticas

               creem, deem (conj.), desdeem (conj.), leem,
               preveem, releem, reveem, tresleem, veem.



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BASE IX
    9.º Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do
    circunflexo, para distinguir palavras graves que, tendo
    respetivamente vogal tónica aberta ou fechada, são
    homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se
   BASE IV: das sequências consonânticas
    distinguir pelo acento gráfico:
               - para (á), de parar, e para, preposição;
               - pela(s) (é), de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s);
               - pelo (é), de pelar, e pelo(s) (ê), substantivo ou combinação
               de per e lo(s);
               - polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e
               popular de por e lo(s); etc.
Clara Barros
BASE XI: da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas
    3.º Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras
    esdrúxulas, cujas vogais tónicas grafadas e ou o estão em
    final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais m ou
    n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou
   BASE IV: das sequências consonânticas
    fechado:
               académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico,
               cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero,
               topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio,
               blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo,
               génio/gênio, ténue/tênue.

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Não sofreram alteração

    BASE XII: do emprego do acento grave
    BASE XIII: da supressão dos acentos em palavras derivadas
    BASE XIV: do trema (Só muda no Brasil)




Clara Barros
BASE XV: do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares
    1.º Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que
    não contêm formas de ligação e cujos elementos, constituem uma
    unidade e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o
    primeiro elemento estar reduzido:
   BASE IV: das sequências consonânticas
    ano-luz, arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel,
    tio-avô, turma-piloto; amor-perfeito, guarda-noturno, norte-americano,
    sul-africano; afro-asiático, azul-escuro, luso-brasileiro,
    primeiro-ministro, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva

               Nota: grafam-se aglutinadamente - girassol, madressilva,
               mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc.
Clara Barros
BASE XV
    6.º Nas locuções de qualquer tipo, não se emprega em geral o hífen,
    salvo algumas exceções já consagradas pelo uso:

    água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito,
    pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
   BASE IV: das sequências consonânticas
               Exemplo de emprego sem hífen:

    a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar;

    b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho


Clara Barros
BASE XVI: do hífen nas formações por prefixação,
   recomposição e sufixação.

    Só se emprega o hífen:

    a) Quando o segundo elemento
   BASE IV: das sequências consonânticas   começa por h:

               anti-higiénico, co-herdeiro, extra-humano,
               super- homem, geo-história, neo-helénico,
               pan-helenismo, semi-hospitalar.


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BASE XVI
    b) Nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal
    com que se inicia o segundo elemento:

             anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar,
   BASE IV: das sequências consonânticas
             supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação,
             eletro-ótica, micro-onda, semi-interno.

               Nota: Exceto nas formações com o prefixo co-:
               coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação,
               cooperar, etc.;
Clara Barros
BASE XVI
    c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o
    segundo elemento começa por vogal, m ou n:

             circum-escolar, circum-murado, circum-navegação;
   BASE IV: das sequências consonânticas
             pan-africano, pan-mágico, pan-negritude;




Clara Barros
BASE XVI
    d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-,
    quando combinados com elementos iniciados por r:

               hiper-requintado, inter-resistente, super-revista;
   BASE IV: das sequências consonânticas




Clara Barros
BASE XVI
    e) Nas formações com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e
    vizo- e os prefixos tónicos acentuados pós-, pré- e pró- :

             ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente,
   BASE IV: das sequências consonânticas
             ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre,
             vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei;

               pós-graduação, pós-tónico (mas pospor); pré-escolar,
               pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas
               promover)
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BASE XVI
    2.º Não se emprega o hífen:
    a) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o
        segundo elemento começa por r ou s, duplicando-se estas
        consoantes:
   BASE IV: das sequências consonânticas

               antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha,
               cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, biorritmo,
               biossatélite, microssistema, microrradiografia;



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BASE XVI
    b) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o
    segundo elemento começa por vogal diferente:

                antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial,
               BASE IV: das sequências consonânticas
                autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial,
                hidroelétrico, plurianual.




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BASE XVII: do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver

    1.º (sem alteração) Emprega-se o hífen na ênclise e na
    tmese:
            amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei,
            enviar-lhe-emos.
           BASE IV: das sequências consonânticas

    2.º Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às
    formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo
    haver:
           hei de, hás de, hão de, etc.

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Não sofreu alteração


    BASE XVIII: do apóstrofo




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BASE XIX: das minúsculas e maiúsculas.

    1.º A letra minúscula inicial é usada:
    b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano:
            segunda-feira; outubro; primavera;
               BASE IV: das sequências consonânticas
    c) Nos bibliónimos: (opcionalmente)
    O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães,
    Menino de Engenho ou Menino de engenho,
    Árvore e Tambor ou Árvore e tambor;

    d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano;
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BASE XIX

    e) Nos pontos cardeais (mas não nas abreviaturas):
            norte, sul (mas: SW sudoeste);

    f) Nos títulos e hagiónimos (opcionalmente, neste caso, também com
    maiúscula): IV: das sequências consonânticas
            BASE
             senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, santa
             Filomena (ou Santa Filomena);

    g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas
    (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português),
    matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas
    e Literaturas Modernas).
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BASE XIX

    2.º A letra maiúscula inicial é usada:
    g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados
    absolutamente:
               BASE IV: das sequências consonânticas
               Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de
               Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros
               países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por
               oriente asiático;


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BASE XX: da divisão silábica

    6.º Na translineação de uma palavra composta ou de uma
    combinação de palavras em que há um hífen ou mais, se a
    partição coincide com o final de um dos elementos ou
    membros, IV: das sequências consonânticas
           BASE deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no
    início da linha imediata:

               ex- -alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos,
               vice- -almirante.


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A consultar:

    • ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional
    (www.iltec.pt)
    • Portal da Língua Portuguesa
    • O Conversor do Acordo Ortográfico Porto Editora
           BASE IV: das sequências consonânticas
    • O corretor Lince
    • Vocabulário Ortográfico do Português (VOP)
    • Observatório da Língua Portuguesa
    (www.observatorio-lp.sapo.pt)


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12 de março de 2011




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- Supressão da escrita das consoantes não articuladas
    - Dupla acentuação
    - Supressão de acento gráfico nos ditongos ei e oi tónicos
    das palavras paroxítonas.
    -Supressão de sequênciascircunflexo (opcional)
          BASE IV: das
                       acento consonânticas

    É facultativo o acento agudo nas formas verbais de pretérito
    perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos.




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Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais
    paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato
    com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do
    indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos:
               BASE IV: das sequências consonânticas
               creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.),
               leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem,
               tresleem, veem.




Clara Barros
-Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da
    formação começa por h ou pela mesma vogal ou consoante
    com que termina o prefixo

    - Emprega-se osequências consonânticas
         BASE IV: das
                      hífen quando o prefixo termina em m e o
    segundo elemento começa por vogal, m ou n




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- Emprega-se o hífen nas formações em que o prefixo
    termina na mesma vogal com que se inicia o segundo
    elemento. Mas com o prefixo co-, este aglutina-se em geral
    com o segundo elemento.
               BASE IV: das sequências consonânticas
    -Emprega-se o hífen com os seguintes prefixos:
         ex-, sota- e soto-, vice- e vizo- pós-, pré e pró-.




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- Quando o prefixo termina em vogal e o segundo
    elemento começa por r ou s, estas consoantes dobram-se
    (microssistema)

    Quando o IV: das sequências consonânticas
           BASE
                prefixo termina em vogal e o segundo elemento
    começa por vogal diferente daquela, as duas formas
    aglutinam-se, (antiaéreo)

    Suprime-se o hífen nas formas: hei de, hás de, há de



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-Supressão de maiúsculas

    nos nomes de pontos cardeais: sul, norte;
           BASE IV: das sequências consonânticas
    nos títulos: senhor presidente;
    nos designativos dos meses e dias de semana: dezembro,
    maio;
    nos títulos bibliográficos: A ilustre casa de Ramires.




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Breve apresentação - cronologia das reformas e acordos.


    Este acordo das sequências consonânticas«Bases analíticas
          BASE IV: põe perante nós as
    simplificadas da língua portuguesa de 1945, renegociadas
    em 1975, consolidadas em 1986 e ratificadas em 1990»




Clara Barros
Gafia do Português desde finais do Séc XII - A escrita
    praticada no período medieval era de cariz fonético e
    etimológico.
               BASE IV: das sequências consonânticas
    Do Séc XVI até séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita
    praticada era de cariz etimológico.




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1885 – Bases da Ortografia Portuguesa, de Gonçalves Viana
    1904 – Ortografia Nacional, de Gonçalves Viana
    1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar
         BASE IV: das sequências consonânticas
    a escrita nas suas publicações.




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1911 – Primeira Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa:

    Uniformização e simplificação da ortografia.
               BASE IV: das sequências consonânticas
    Não foi extensiva ao Brasil.




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1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o
    Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e
    simplificar a ortografia da língua portuguesa.
               BASE IV: das sequências consonânticas




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1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na
    primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.

    1945 – Um novo Acordo Ortográfico – “Bases analíticas
    simplificadas da língua consonânticas torna-se lei em Portugal,
           BASE IV: das sequências portuguesa”
    mas não no Brasil.

    Os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do
    Vocabulário de 1943.



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1967 – Revisão do acordo de 1945.

    1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as
    divergências ortográficas com Portugal.
               BASE IV: das sequências consonânticas
    1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo
    as divergências ortográficas com o Brasil.




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1975 – Novo projeto de acordo, que não é aprovado
    oficialmente.

    1986 – Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua
    Portuguesa - Acordo Ortográfico de 1986. (Sete países de
    língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde,
           BASE IV: das sequências consonânticas
    Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe).

    1990 – Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua
    Portuguesa. Elaboração da base do Acordo Ortográfico da
    Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, no dia 1 de
    janeiro de 1994.
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1995 – O Acordo Ortográfico de 1990 é ratificado por Portugal,
    Brasil e Cabo Verde.
    1998 - Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua
    Portuguesa.
    2002 – Timor-Leste torna-se independente e passa a integrar a
    Comunidade dossequências de Língua Portuguesa (CPLP).
           BASE IV: das Países consonânticas
    2004 – Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da
    Língua Portuguesa.




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2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o
   documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo
   Ortográfico de 1990.
   2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo
   Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal.
   2009 –BASE IV: das sequências consonânticas Ortográfico de 1990 no
            Entrada em vigor do Acordo
   Brasil. Implementação em Portugal.
   São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-
   Bissau ratificaram o Acordo Ortográfico de 1990, embora não
   o tenham implementado.
   Falta a ratificação de Angola e Moçambique.

Clara Barros
O Acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica
  absoluta que rondava os 100% do vocabulário geral da língua.

  o Acordo de 1986 conseguia a unificação ortográfica em cerca
         BASE IV: das sequências consonânticas
  de 99,5% do vocabulário geral da língua.

  O novo Acordo unifica ortograficamente cerca de 98% do
  vocabulário geral da língua.




Clara Barros
O contexto permite distinguir tais homógrafas.
    para (á), flexão de parar, para, preposição pelo (é), flexão de
    pelar, pelo (ê), substantivo, pelo, contracção de per e lo, etc.

    1. Igual a IV: das sequências consonânticas e acerto (é), flexão de
           BASE acerto (ê), substantivo,
    acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de
    acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução
    de cor; sede (ê) e sede (é), fora (ô), flexão de ser e ir, e fora
    (ó), advérbio etc.;


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2. Não se assinala, em geral, na ortografia do português, o
    timbre das vogais tónicas a, e e o das palavras paroxítonas.
    O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por
    exemplo: cada sequências consonânticas (â) e tara (á); janela (é) e
          BASE IV: das (â) e fada (á), para

    janelo (ê), escrevera (ê), e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô),
    virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc.




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A nova regra ortográfica para estes casos é muito clara:
    As consoantes c e p de certos grupos consonânticos só se
    escrevem quando se pronunciam em qualquer pronúncia
    culta da língua.sequências consonânticas
          BASE IV: das Ou seja: pronunciam-se escrevem-se, não se
    pronunciam não se escrevem, com enormes vantagens
    pedagógicas.




Clara Barros
Várias consoantes etimológicas se foram perdendo: anedota,
    contrato, dicionário, tratar, prática, vitória, estrutura, ditar
               BASE IV: das sequências consonânticas




Clara Barros
Mantêm-se na língua palavras com vogal átona aberta, não
    assinaladas por „letra muda‟ nem nenhum outro sinal gráfico,
    sem que isso cause perturbação. Exemplos:

               BASE IV: das sequências consonânticas
                geração, caveira, credor, quaresmal,sarmento,
               especado, especular, aguar, aguadeiro, aguaceiro,
               esfomeado, retaguarda, sadio, agachar, retrovisor,
               eborense, corar, padeiro, oblação, pregar,



Clara Barros
Por outro lado, a conservação de „consoante muda‟ não
    impede a tendência para o ensurdecimento da vogal anterior
    em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão,
    tactear, etc.;das sequências consonânticas
          BASE IV:




Clara Barros
A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de
   que as consoantes c e p em certas sequências
   consonânticas se suprimem, quando não articuladas, conduz
   a algumas incongruências:
               BASE IV: das sequências consonânticas

         • apocalítico a par de apocalipse
         • Egito a par de egípcio
         • Noturno ao lado de noctívago, etc.




Clara Barros
Já existem nas bases de 1945 divergências ortográficas do
   mesmo tipo das que agora se propõem:

         • assunção ao lado de assumptivo
             BASE IV: das sequências consonânticas
         • cativo a par de captor e captura
         • dicionário, mas dicção, etc.




Clara Barros
De um modo geral pode dizer-se que o emudecimento da
   consoante (excepto em dicção, facto, sumptuoso e poucos
   mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países
   africanos, IV: das sequências consonânticasoscilação entre a prolação e
          BASE
               enquanto no Brasil há
   o emudecimento da mesma consoante.




Clara Barros
12 de Março de 2011




Clara Barros

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Resumo das alterações ortográficas de 2009

  • 1. 12 de março de 2011 Clara Barros
  • 2. • Foi aprovado em 2008 por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, ficando prevista a sua implementação a partir de 2009. • A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é considerada prejudicial para a sua unidade intercontinental sendo desejável uma unificação. Foram propostas alterações que afectaram ambas as normas ortográficas vigentes. Clara Barros
  • 3. Não sofreram alterações • BASE I: do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados • BASE II: do H incial e final. • BASE III: da homofonia de certos grafemas consonânticos Clara Barros
  • 4. BASE IV BASE IV: c das sequências interiores 1.º o das sequências consonânticascc, cç e ct, e o p das sequências interiores pc, pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam. Clara Barros
  • 5. BASE IV a) Conservam-se quando se dizem: compacto, convicção, ficção, friccionar, pacto, BASE IV: das sequências consonânticas erupção, eucalipto. adepto, apto, rapto, b) Eliminam-se quando são mudos: ação, acionar, ativo, afetivo, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo. Clara Barros
  • 6. BASE IV c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: BASE IV: das sequências consonânticas aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção; Clara Barros
  • 7. BASE IV d) Nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç e nt: BASE IV: das sequências consonânticas assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; peremptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade. Clara Barros
  • 8. BASE IV 2.º Casos de oscilação entre a prolação e o emudecimento: - O b da sequência bd e da sequência bt em BASE IV: das sequências consonânticas(e seus derivados); súbdito e em subtil - O g da sequência gd, em amígdala, amigdalite; - O m da sequência mn, em amnistia, indemnizar, omnipotente, omnisciente, etc.; - O t da sequência tm, em aritmética e aritmético conserva-se ou elimina-se. Clara Barros
  • 9. Não sofreram alterações • BASE V: das vogais átonas • BASE VI: das vogais nasais • BASE VII: dos ditongos • BASE VIII: da acentuação gráfica das palavras oxítonas Clara Barros
  • 10. BASE IX: da acentuação gráfica das palavras paroxítonas. 3.º Não se acentuam os ditongos representados por ei e oi da sílaba tónica das palavras graves. Oscilam entre o fechamento e a abertura na sua articulação: BASE IV: das sequências consonânticas assembleia, boleia, ideia, baleia, cadeia, cheia, meia, epopeico, onomatopeico, proteico; apoio (de apoiar), apoio (subst.), Azoia, boia, boina, comboio (subst.), dezoito, heroico, jiboia, paranoico. (Mudança que afeta mais palavras no Brasil) Clara Barros
  • 11. BASE IX 4.º É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos, para as distinguir das correspondentes formas BASEpresente do indicativo (amamos, louvamos), já que o do IV: das sequências consonânticas timbre da vogal tónica é aberto naquele caso em certas variantes do português. Clara Barros
  • 12. BASE IX 6.º Assinalam-se com acento circunflexo: b) Facultativamente, dêmos (1.ª pessoa do plural do presente do conjuntivo), para se distinguir da correspondente forma do pretérito perfeito do indicativo BASE IV: das sequências consonânticas (demos); fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo; 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2.ª pessoa do singular do imperativo do verbo formar). Clara Barros
  • 13. BASE IX 7.º Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3.ª pessoa do plural do presente BASEindicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: do IV: das sequências consonânticas creem, deem (conj.), desdeem (conj.), leem, preveem, releem, reveem, tresleem, veem. Clara Barros
  • 14. BASE IX 9.º Prescinde-se, quer do acento agudo, quer do circunflexo, para distinguir palavras graves que, tendo respetivamente vogal tónica aberta ou fechada, são homógrafas de palavras proclíticas. Assim, deixam de se BASE IV: das sequências consonânticas distinguir pelo acento gráfico: - para (á), de parar, e para, preposição; - pela(s) (é), de pelar, e pela(s), combinação de per e la(s); - pelo (é), de pelar, e pelo(s) (ê), substantivo ou combinação de per e lo(s); - polo(s) (ó), substantivo, e polo(s), combinação antiga e popular de por e lo(s); etc. Clara Barros
  • 15. BASE XI: da acentuação gráfica das palavras proparoxítonas 3.º Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras esdrúxulas, cujas vogais tónicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou BASE IV: das sequências consonânticas fechado: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue. Clara Barros
  • 16. Não sofreram alteração BASE XII: do emprego do acento grave BASE XIII: da supressão dos acentos em palavras derivadas BASE XIV: do trema (Só muda no Brasil) Clara Barros
  • 17. BASE XV: do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares 1.º Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, constituem uma unidade e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: BASE IV: das sequências consonânticas ano-luz, arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto; amor-perfeito, guarda-noturno, norte-americano, sul-africano; afro-asiático, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, segunda-feira; conta-gotas, finca-pé, guarda-chuva Nota: grafam-se aglutinadamente - girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. Clara Barros
  • 18. BASE XV 6.º Nas locuções de qualquer tipo, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso: água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. BASE IV: das sequências consonânticas Exemplo de emprego sem hífen: a) Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; b) Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho Clara Barros
  • 19. BASE XVI: do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação. Só se emprega o hífen: a) Quando o segundo elemento BASE IV: das sequências consonânticas começa por h: anti-higiénico, co-herdeiro, extra-humano, super- homem, geo-história, neo-helénico, pan-helenismo, semi-hospitalar. Clara Barros
  • 20. BASE XVI b) Nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, BASE IV: das sequências consonânticas supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno. Nota: Exceto nas formações com o prefixo co-: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc.; Clara Barros
  • 21. BASE XVI c) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; BASE IV: das sequências consonânticas pan-africano, pan-mágico, pan-negritude; Clara Barros
  • 22. BASE XVI d) Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista; BASE IV: das sequências consonânticas Clara Barros
  • 23. BASE XVI e) Nas formações com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice- e vizo- e os prefixos tónicos acentuados pós-, pré- e pró- : ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex-presidente, BASE IV: das sequências consonânticas ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei; pós-graduação, pós-tónico (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover) Clara Barros
  • 24. BASE XVI 2.º Não se emprega o hífen: a) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, duplicando-se estas consoantes: BASE IV: das sequências consonânticas antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, biorritmo, biossatélite, microssistema, microrradiografia; Clara Barros
  • 25. BASE XVI b) Nas formações em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, BASE IV: das sequências consonânticas autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. Clara Barros
  • 26. BASE XVII: do hífen na ênclise, na tmese e com o verbo haver 1.º (sem alteração) Emprega-se o hífen na ênclise e na tmese: amá-lo, dá-se, deixa-o, partir-lhe; amá-lo-ei, enviar-lhe-emos. BASE IV: das sequências consonânticas 2.º Não se emprega o hífen nas ligações da preposição de às formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de, etc. Clara Barros
  • 27. Não sofreu alteração BASE XVIII: do apóstrofo Clara Barros
  • 28. BASE XIX: das minúsculas e maiúsculas. 1.º A letra minúscula inicial é usada: b) Nos nomes dos dias, meses, estações do ano: segunda-feira; outubro; primavera; BASE IV: das sequências consonânticas c) Nos bibliónimos: (opcionalmente) O Senhor do Paço de Ninães, O senhor do paço de Ninães, Menino de Engenho ou Menino de engenho, Árvore e Tambor ou Árvore e tambor; d) Nos usos de fulano, sicrano, beltrano; Clara Barros
  • 29. BASE XIX e) Nos pontos cardeais (mas não nas abreviaturas): norte, sul (mas: SW sudoeste); f) Nos títulos e hagiónimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): IV: das sequências consonânticas BASE senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, santa Filomena (ou Santa Filomena); g) Nos nomes que designam domínios do saber, cursos e disciplinas (opcionalmente, também com maiúscula): português (ou Português), matemática (ou Matemática); línguas e literaturas modernas (ou Línguas e Literaturas Modernas). Clara Barros
  • 30. BASE XIX 2.º A letra maiúscula inicial é usada: g) Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: BASE IV: das sequências consonânticas Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal, Meio-Dia, pelo sul da França ou de outros países, Ocidente, por ocidente europeu, Oriente, por oriente asiático; Clara Barros
  • 31. BASE XX: da divisão silábica 6.º Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, IV: das sequências consonânticas BASE deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex- -alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante. Clara Barros
  • 37. A consultar: • ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional (www.iltec.pt) • Portal da Língua Portuguesa • O Conversor do Acordo Ortográfico Porto Editora BASE IV: das sequências consonânticas • O corretor Lince • Vocabulário Ortográfico do Português (VOP) • Observatório da Língua Portuguesa (www.observatorio-lp.sapo.pt) Clara Barros
  • 38. 12 de março de 2011 Clara Barros
  • 39. - Supressão da escrita das consoantes não articuladas - Dupla acentuação - Supressão de acento gráfico nos ditongos ei e oi tónicos das palavras paroxítonas. -Supressão de sequênciascircunflexo (opcional) BASE IV: das acento consonânticas É facultativo o acento agudo nas formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, do tipo amámos, louvámos. Clara Barros
  • 40. Prescinde-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas que contêm um e tónico oral fechado em hiato com a terminação -em da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo, conforme os casos: BASE IV: das sequências consonânticas creem, deem (conj.), descreem, desdeem (conj.), leem, preveem, redeem (conj.), releem, reveem, tresleem, veem. Clara Barros
  • 41. -Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal ou consoante com que termina o prefixo - Emprega-se osequências consonânticas BASE IV: das hífen quando o prefixo termina em m e o segundo elemento começa por vogal, m ou n Clara Barros
  • 42. - Emprega-se o hífen nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. Mas com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento. BASE IV: das sequências consonânticas -Emprega-se o hífen com os seguintes prefixos: ex-, sota- e soto-, vice- e vizo- pós-, pré e pró-. Clara Barros
  • 43. - Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, estas consoantes dobram-se (microssistema) Quando o IV: das sequências consonânticas BASE prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente daquela, as duas formas aglutinam-se, (antiaéreo) Suprime-se o hífen nas formas: hei de, hás de, há de Clara Barros
  • 44. -Supressão de maiúsculas nos nomes de pontos cardeais: sul, norte; BASE IV: das sequências consonânticas nos títulos: senhor presidente; nos designativos dos meses e dias de semana: dezembro, maio; nos títulos bibliográficos: A ilustre casa de Ramires. Clara Barros
  • 45. Breve apresentação - cronologia das reformas e acordos. Este acordo das sequências consonânticas«Bases analíticas BASE IV: põe perante nós as simplificadas da língua portuguesa de 1945, renegociadas em 1975, consolidadas em 1986 e ratificadas em 1990» Clara Barros
  • 46. Gafia do Português desde finais do Séc XII - A escrita praticada no período medieval era de cariz fonético e etimológico. BASE IV: das sequências consonânticas Do Séc XVI até séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de cariz etimológico. Clara Barros
  • 47. 1885 – Bases da Ortografia Portuguesa, de Gonçalves Viana 1904 – Ortografia Nacional, de Gonçalves Viana 1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar BASE IV: das sequências consonânticas a escrita nas suas publicações. Clara Barros
  • 48. 1911 – Primeira Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa: Uniformização e simplificação da ortografia. BASE IV: das sequências consonânticas Não foi extensiva ao Brasil. Clara Barros
  • 49. 1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e simplificar a ortografia da língua portuguesa. BASE IV: das sequências consonânticas Clara Barros
  • 50. 1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal. 1945 – Um novo Acordo Ortográfico – “Bases analíticas simplificadas da língua consonânticas torna-se lei em Portugal, BASE IV: das sequências portuguesa” mas não no Brasil. Os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943. Clara Barros
  • 51. 1967 – Revisão do acordo de 1945. 1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal. BASE IV: das sequências consonânticas 1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil. Clara Barros
  • 52. 1975 – Novo projeto de acordo, que não é aprovado oficialmente. 1986 – Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa - Acordo Ortográfico de 1986. (Sete países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, BASE IV: das sequências consonânticas Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe). 1990 – Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Elaboração da base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, no dia 1 de janeiro de 1994. Clara Barros
  • 53. 1995 – O Acordo Ortográfico de 1990 é ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde. 1998 - Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 2002 – Timor-Leste torna-se independente e passa a integrar a Comunidade dossequências de Língua Portuguesa (CPLP). BASE IV: das Países consonânticas 2004 – Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Clara Barros
  • 54. 2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990. 2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal. 2009 –BASE IV: das sequências consonânticas Ortográfico de 1990 no Entrada em vigor do Acordo Brasil. Implementação em Portugal. São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné- Bissau ratificaram o Acordo Ortográfico de 1990, embora não o tenham implementado. Falta a ratificação de Angola e Moçambique. Clara Barros
  • 55. O Acordo de 1945 propunha uma unificação ortográfica absoluta que rondava os 100% do vocabulário geral da língua. o Acordo de 1986 conseguia a unificação ortográfica em cerca BASE IV: das sequências consonânticas de 99,5% do vocabulário geral da língua. O novo Acordo unifica ortograficamente cerca de 98% do vocabulário geral da língua. Clara Barros
  • 56. O contexto permite distinguir tais homógrafas. para (á), flexão de parar, para, preposição pelo (é), flexão de pelar, pelo (ê), substantivo, pelo, contracção de per e lo, etc. 1. Igual a IV: das sequências consonânticas e acerto (é), flexão de BASE acerto (ê), substantivo, acertar; acordo (ô), substantivo, e acordo (ó), flexão de acordar; cor (ô), substantivo, e cor (ó), elemento da locução de cor; sede (ê) e sede (é), fora (ô), flexão de ser e ir, e fora (ó), advérbio etc.; Clara Barros
  • 57. 2. Não se assinala, em geral, na ortografia do português, o timbre das vogais tónicas a, e e o das palavras paroxítonas. O sistema ortográfico não admite, pois, a distinção entre, por exemplo: cada sequências consonânticas (â) e tara (á); janela (é) e BASE IV: das (â) e fada (á), para janelo (ê), escrevera (ê), e Primavera (é); moda (ó) e toda (ô), virtuosa (ó) e virtuoso (ô); etc. Clara Barros
  • 58. A nova regra ortográfica para estes casos é muito clara: As consoantes c e p de certos grupos consonânticos só se escrevem quando se pronunciam em qualquer pronúncia culta da língua.sequências consonânticas BASE IV: das Ou seja: pronunciam-se escrevem-se, não se pronunciam não se escrevem, com enormes vantagens pedagógicas. Clara Barros
  • 59. Várias consoantes etimológicas se foram perdendo: anedota, contrato, dicionário, tratar, prática, vitória, estrutura, ditar BASE IV: das sequências consonânticas Clara Barros
  • 60. Mantêm-se na língua palavras com vogal átona aberta, não assinaladas por „letra muda‟ nem nenhum outro sinal gráfico, sem que isso cause perturbação. Exemplos: BASE IV: das sequências consonânticas geração, caveira, credor, quaresmal,sarmento, especado, especular, aguar, aguadeiro, aguaceiro, esfomeado, retaguarda, sadio, agachar, retrovisor, eborense, corar, padeiro, oblação, pregar, Clara Barros
  • 61. Por outro lado, a conservação de „consoante muda‟ não impede a tendência para o ensurdecimento da vogal anterior em casos como accionar, actual, actualidade, exactidão, tactear, etc.;das sequências consonânticas BASE IV: Clara Barros
  • 62. A aplicação do princípio, baseado no critério da pronúncia, de que as consoantes c e p em certas sequências consonânticas se suprimem, quando não articuladas, conduz a algumas incongruências: BASE IV: das sequências consonânticas • apocalítico a par de apocalipse • Egito a par de egípcio • Noturno ao lado de noctívago, etc. Clara Barros
  • 63. Já existem nas bases de 1945 divergências ortográficas do mesmo tipo das que agora se propõem: • assunção ao lado de assumptivo BASE IV: das sequências consonânticas • cativo a par de captor e captura • dicionário, mas dicção, etc. Clara Barros
  • 64. De um modo geral pode dizer-se que o emudecimento da consoante (excepto em dicção, facto, sumptuoso e poucos mais) se verifica, sobretudo, em Portugal e nos países africanos, IV: das sequências consonânticasoscilação entre a prolação e BASE enquanto no Brasil há o emudecimento da mesma consoante. Clara Barros
  • 65. 12 de Março de 2011 Clara Barros