5. Introdução Ano de 2008, olimpíadas da China. Aproveitando o clima misterioso e encantador que esse país nos remete, introduziremos o ensino de alguns conteúdos matemáticos através de uma invenção dos chineses, a pipa, brinquedo simples encantador que muitas crianças e adolescentes utilizam para se divertir e que assim como a China pode nos levar a vários conhecimentos. Esse projeto tem por finalidade mostrar aos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental a presença da Matemática nas situações do cotidiano, visando potencializar o processo ensino aprendizagem de conceitos geométricos. Escolhemos como tema do projeto a construção de pipas, por ser um assunto que interessa aos alunos na faixa etária de 14 anos. Utilizaremos nesse projeto recursos da web 2.0 para que o aluno registre o seu conhecimento e proporcione maior interatividade entre docentes e alunos no processo Ensino-Aprendizagem fazendo uso do blogs e comunidade que serão criados pelos mesmos.
6. Justificativa A história das pipas é recheada de mistérios, de lendas, símbolos e mitos, mas principalmente de muita magia, beleza e encantamento. Tudo começou quando o homem primitivo se deu conta de sua limitação diante da capacidade de voar dos pássaros. Essa frustração foi o mote para que ele desse asas a sua imaginação. O primeiro vôo do homem está registrado na mitologia grega e conta que Ícaro e seu pai, Dédalo, aprisionados no labirinto de Creta pelo rei Minos, tentaram alcançar a liberdade voando. Construíram asas com cera e penas e conseguiram escapar. Apesar das recomendações do pai embevecido pela possibilidade de dominar os ventos, Ícaro negligenciou a prudência e chegou muito perto do Sol, que derreteu a cera das asas e precipitou-o ao mar matando-o.
7. De qualquer forma o homem não parou por aí. Mesmo levando em conta o estranho acidente da lenda de Ícaro, ele continuou a ousar, desafiando a natureza com sua imaginação. As pipas nascem desta tentativa frustrada de voar, quando o homem transferiu para um artefato de varetas, papel, cola e linha sua vontade intrínseca de planar, de alçar vôo de terra firme. Teorias, lendas e suposições tendem a demonstrar que o primeiro vôo de uma pipa ocorreu em tempos e em várias civilizações diferentes, mas, com toda certeza, a data aproximada gira em torno de 200 anos antes de Cristo. O local: China. No Egito hieróglifos antigos já contavam de objetos que voavam controlados por fios. Os fenícios também conheciam seus segredos, assim como os africanos, hindus e polinésios. Todo esse encantamento demonstrado pelas pipas nos fez perceber que, esse projeto iria integrar a curiosidade e o senso comum dos alunos e o conhecimento formal de matemática proposto pela escola.
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14. Projeto gráfico: Estimular a criação do blog e colocar nele links, fotos, comentários Meios para a execução: Será dada aos grupos premiação de acordo com a classificação obtida, obedecendo à ordem decrescente do terceiro ao primeiro lugar. A classificação será feita de acordo com votação de jurados que serão convidados, de outras unidades escolares para participar do evento. Todo evento será fotografado para ser postado no blog e filmado para ser visto por todos os interessados no youtube. O projeto constituirá como um dos meios de avaliação das disciplinas envolvidas.
15. Cronograma: 1ª aula: 01/07/2008 Discutir com os alunos a importância do projeto, sua elaboração, seus objetivos e suas etapas. Com as varetas os alunos farão a armação da pipa para o reconhecimento das retas paralelas e perpendiculares. Em seguida, quando amarrarem a armação da pipa com a linha, identificarão os ângulos (utilizando o esquadro), suas medidas, o polígono formado e suas propriedades. 2ª aula: 03/07/2008 Reforçar os conceitos geométricos na construção das pipas Propor a construção do blog e da comunidade Pedir aos alunos, como tarefa, para pesquisar a história da pipa
16. 3ª aula: 08/07/2008 Discussão sobre o que foi pesquisado 4ª aula:10/07/2008 Estabelecer com os alunos os critérios que serão adotados para o concurso. 5ª aula:15/07/2008 Construção das pipas de acordo com os critérios estabelecidos 6ª aula: 17/07/2008 Os alunos soltarão suas pipas na área externa do prédio. Antes disso, serão relembrados aos alunos, todos os assuntos estudados, além de cálculos mentais propostos pelos professores sobre Medidas, Perímetro e Simetria.
17. Avaliação: A Avaliação será através da participação e o desempenho dos alunos durante todas as etapas do projeto e através de uma produção de texto individual e das atividades escritas.
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19. Um episódio muito conhecido na ciência ocorreu em 1752, quando Benjamin Franklin descobriu aspectos da eletricidade (o pára-raio), através de uma experiência com a pipa. Não menos importante foi a inspiração de Santos Dumont ao adaptar um motor a um modelo de pipa, nascendo então, o “14 Bis”. No Brasil, as pipas foram trazidas pelos portugueses, que a conheceram em suas viagens ao Oriente, por volta do século XVI. Vale a pena ressaltar um episódio bastante curioso da história brasileira no qual a pipa era utilizada para sinalizar algum perigo, isto ocorreu no Quilombo dos Palmares. É curioso perceber que em favelas do Rio de Janeiro,esta mesma técnica é usada para anunciar a presença da Polícia Militar.
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21. Um aspecto muito importante que deve ser levado em consideração na construção das pipas é a decoração. Este é um momento de criatividade, sem dúvida alguma, mas para isso é fundamental obedecer ao critério de distribuição do peso, ou seja, a simetria. Você observou quantas noções matemáticas foram utilizadas para construir a pipa? Um pouco de Geografia (ao mostrar os diversos nomes em diversas localidades), um pouco de História (o uso das pipas nos Quilombos), nas Ciências (a experiência de Benjamin Franklin), nas Artes (decorando as pipas) e na Língua Portuguesa (Produções de Texto).
22. Sites e bibliografia de apoio http://www.sbmac.org.br/eventos/cnmac/cd_xxviii_cnmac/resumos%20estendidos/ricardo_silva_SE3.pdf http://ccet.ucs.br/eventos/outros/egem/posteres/po11.pdf DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática . 4º vol. São Paulo: Ática. Roberto Bonjorno, José & Azenha Bonjorno, Regina & Olivares, Ayrton, Fazendo a diferença, 4º vol. São Paulo: FTD