Projeto Suporte Tecnológico: O Atlas da Modernidade
1. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO – MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – ANO:2011/2012
Tutora: Ivonete Bitencourt Antunes Bittelbrunn
Suporte Tecnológico: o Atlas da Modernidade
Elizete Iran de Abreu Silva
2011
2. SITUAÇÃO-PROBLEMA
Resultados do IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e da
PROVINHA BRASIL - Avaliação Diagnóstica do Nível de Alfabetização das crianças
matriculadas no segundo ano de escolarização das escolas públicas brasileiras- e da Avaliação
Externa Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) comprovam que há necessidade
de desenvolver projetos pedagógicos para ajudar o professor alfabetizador a melhorar sua
prática, garantindo que as crianças aprendam mais e melhor durante o processo de
alfabetização e letramento nos anos iniciais.
“Para a REME - Rede Municipal de Ensino de Campo Grande – MS a Provinha
Brasil é mais uma das muitas metas em educação por ela realizada, pois é um
instrumento de verificação e de avaliação do nível de alfabetização de crianças
matriculadas nos três primeiros anos do Ensino Fundamental, e por entender que
esse instrumento pode oferecer aos educadores e aos gestores da educação um
diagnóstico que permite corrigir eventuais falhas no processo de ensino e servir de
parâmetro para a elaboração de projetos pedagógicos voltados à leitura e à escrita,
contribuindo, assim, para a formação integral de alunos.” (Equipe de Avaliação da
SEMED)
Diante dessa problemática, a Escola Municipal João Evangelista Vieira de Almeida
desenvolve estratégias e ações com o uso de recursos tecnológicos existentes na escola, como
uma forma de auxiliar as estratégias de ensino e aprendizagem. Desse modo, o uso das
inovações tecnológicas passa a ser uma grande aliada da leitura e escrita , promovendo às
crianças uma nova forma de aprender e aos professores uma forma inovadora de mediação.
Com essas novas estratégias, o letramento e a alfabetização passam a ser um processo
prazeroso no que se refere à construção das habilidades de leitura e escrita das crianças. O
educador passa a ser o mediador e a criança consegue decifrar o código alfabético.
Ao aprender ler e escrever a criança amplia seu mundo. Para CHAVES: “quanto mais
rico for o meio vivido pela criança (estimulações e recursos), maior será o seu
desenvolvimento, cabendo à escola, principalmente das classes populares, fornecer esses
recursos, como sendo a única oportunidade de a criança ter contato com essa tecnologia de
uma maneira sistemática”.
3. Esse projeto é de grande importância pedagógica, porque estimula professores e alunos
na utilização de mecanismos de comunicação e de ferramentas tecnológicas na busca de troca
de informações.
Para MORAN (2001 p. 33-34):
Os meios de comunicação operam imediatamente com o sensível, o concreto,
principalmente a imagem em movimento. Combinam a dimensão espacial com
sinestésica, onde o ritmo torna-se cada vez mais alucinante. Ao mesmo tempo utilizam
a linguagem conceitual, falada e escrita, mais formalizada e racional. Imagem,
palavra e música, integra-se dentro de um contexto comunicacional afetivo, de forte
impacto emocional, que facilita e predispõe a aceitar mais facilmente as mensagens.
(MORAN, 2001 p. 33-34)
Com a criação de laboratórios de informática nas escolas, ficou muito mais agradável
o ato de alfabetizar. Cabe ao professor, que é o mediador desse processo, inteirar-se das
ferramentas e mecanismos, que são as NITC (Novas Tecnologias de Informação e
Comunicação), e transformar o ambiente alfabetizador em um ambiente de interação e
conhecimento.
De acordo com VALENTE: “com o computador e a tecnologia digital o aluno interage com
os objetos de conhecimento de maneira mais rica”. Cabe ao professor, como mediador desse
processo, apropriar-se definitivamente destas ferramentas e mecanismos, que são as NTIC
(Novas Tecnologias de Informação e Comunicação), para que o aluno usufrua da diversidade
textual contida nas telas, ampliando com isso suas possibilidades de escolhas.
4. OBJETIVO GERAL
• Alfabetizar utilizando os recursos tecnológicos disponíveis na escola.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Inserir o aluno no mundo letrado, através da tecnologia.
• Reconhecer as letras do alfabeto.
• Desenvolver habilidades de leitura e escrita.
• Fazer uso da leitura para o domínio da linguagem oral e escrita.
• Construir palavras, frases e textos.
• Auxiliar na criatividade dos alunos, e na construção de seus conhecimentos.
• Facilitar o aprendizado sem precisar decorar e copiar palavras e textos.
• Usar o oral e o visual para gravar, diminuindo assim o impacto da educação repetitiva
e acumulativa.
• Adquirir conhecimentos de assuntos pesquisados.
• Desenvolver a criatividade e a imaginação do aluno.
• Desenvolver a interação através de descobertas e atividades inovadoras.
• Tornar as aulas mais descontraídas e atrativas.
• Sanar as dificuldades da leitura, escrita, compreensão de textos.
• Facilitar a interdisciplinariedade e a troca de informação.
5. HIPÓTESES
O fracasso escolar sempre foi um problema preocupante no Brasil, principalmente das
crianças menos favorecidas e em maior número nos primeiros anos. Procuram-se os culpados:
será o sistema de ensino? Os professores? Os alunos? Este é o momento de buscar novos
caminhos para que alunos sintam prazer em aprender e não saiam da escola sem desenvolver
as habilidades de leitura e escrita.
É necessário que se desenvolvam estratégias e ações com o uso de recursos
tecnológicos para que a criança construa seu conhecimento em ambiente mais atraente e
interessante. O uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC)
proporciona ao professor novas formas de motivar os alunos no processo de leitura e escrita.
Segundo Torres (2000), o computador é uma ferramenta especial, “uma vez que,
diferentemente da televisão, do quadro-verde, do livro-texto, trata-se de um objeto de cultura
cuja função não se acha preestabelecida e limitada, devendo ser visto como um aliado que (...)
propicia um ambiente onde o aprender torna-se algo divertido, e progressivo” (Torres, 2000:
p.39).
A tecnologia que é utilizada pelos professores em sala de aula passa a ser mais um
instrumento a favor da melhoria da qualidade do ensino e, por consequência, ao entrar em
contato com o aluno torna-se um método de aprendizagem interessante, de caráter interativo,
participativo e contextualizado, permitindo ao mesmo a construção de novos saberes.
A informática e uma ferramenta que ajuda no aprendizado e melhora a capacidade de
concentração, a auto estima e ajuda a facilitar o raciocino apurado, buscando que os alunos
sejam autodidatas e mais construtivos e criativos.
O uso de variados recursos tecnológicos mediados pelo professor promoverá a
alfabetização e letramento das crianças nos primeiros anos do Ensino Fundamental.
6. METAS PEDAGÓGICAS A SEREM ALCANÇADAS
Avanços significativos no processo de alfabetização das crianças envolvidas. Elas deverão
fazer leituras, com base no que perceberam e viram através das tecnologias utilizadas. Os seus
sentidos serão despertados por imagens, sons e movimento advindos de atividades
desenvolvidas. Todos esses estímulos resultarão em uma motivação mais duradoura e um
aprendizado mais sólido. A comunicação verbal e não verbal será muita mais eficiente com os
novos recursos e o letramento se ampliará quando a prática de leitura se socializar, fazendo
parte do dia a dia da criança.
7. ESTRATÉGIAS
O estudo para este projeto será desenvolvido através de Pesquisa Qualitativa,
observacional participante, com as crianças na sala de aula, no laboratório de informática e na
biblioteca quanto à leitura e escrita aliados ao uso das NTIC.
Software utilizado: Alfabetização Fônica Computadorizada, deAlessandra Gotuzo
Seabra Capovilla, Elizeu Coutinho de Macedo, Fernando César Copovilla e Cleber Diana –
Edições científicas.
O trabalho inicia-se com a apresentação do alfabeto: vogais e consoantes, encontrando
palavras e descobrindo palavras.
Após temos a apresentação da Consciência Fonológica: exercícios – palavras, rimas,
aliterações, sílabas e fonemas.
8. Cada aluno terá um computador e a professora irá mediar as atividades com
apresentação no data show, utilizando microfone e caixa de som amplificada.
Após cada aula, no laboratório de informática, que será 2 horas semanais, o trabalho
terá continuidade na biblioteca e na sala de aula, onde todos os detalhes da aula serão
registrados pelas crianças com:
• escrita convencional;
• alfabeto móvel;
• desenhos;
• recorte e colagem;
• confecção de cartazes com banco de palavras;
• construção do alfabetário (livrinho com as palavras pesquisadas em revistas);
• lista de palavras estudadas na aula de informática;
• produção de texto com ilustração.
9. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma continua, acompanhando o desenvolvimento dos
alunos, intervindo e esclarecendo a forma de escrita e leitura correta quando for necessário.
Para David et. al (1990, p.197) o sentido da avaliação é analisar o aproveitamento
escolar.
“A avaliação tem um sentido e um papel muito mais amplo: cabe-
lhe analisar o aproveitamento escolar em função de uma teoria de
ensino – aprendizagem, para que possam repensar os métodos,
procedimentos e estratégias de ensino, buscando solucionar as
dificuldades encontradas na aquisição e construção do
conhecimento”.
Portanto, a avaliação será processual/ formativa e qualitativa, estabelecendo assim o
diálogo entre professor/ alunos. Os alunos serão avaliados por meio de todas as atividades que
lhes serão propostas durante todo o processo de ensino – aprendizagem.
10. MÍDIAS QUE SERVIRÃO COMO APORTE PEDAGÓGICO PARA O
DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
• computadores;
• data show;
• microfone;
• caixa amplificadora de som;
• máquina fotográfica;
• software;
11. EQUIPE DE TRABALHO E FUNÇÕES
• Diretor: Valdomiro Paulo da Silva
• Vice-diretora: Maria Auxiliadora M. Rodrigues
• Supervisora: Dalva Maciel Regiori
• Orientadora: Sandra Regina Palhano Lacerda
• PCTE (Professora Coordenadora das Tecnologias na Escola): Elizete Iran de Abreu
Silva
• Professoras Regentes:1º ano A Matutino – Vânia Leda de Almeida Lima Anicésio
1º ano B Matutino – Mariulza Inácio da Silva
2º ano A Matutino - Maria Aparecida dos Santos
2ºano B Matutino – Tânia Elizabete Vinholi
• Bibliotecárias: Maria José de Oliveira da Silva
Camila Francisca Torres
12. CRONOGRAMA
• 2 h/a semanal durante todo o ano letivo de 2011.
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
• pcte;
• professores regentes;
• bibliotecários;
• computadores;
• data show;
• caixa amplificadora,
• microfone;
• quadro branco;
• pincel e apagador pra quadro branco;
• revistas e jornais;
• cola
• tesoura
• caderno;
• folhas de sulfite;
• lápis;
• borracha;
• lápis de cor;
• quadro negro;
• giz branco e colorido;
• apagador.
13. PLANO DE DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
Exposição dos trabalhos realizados para os pais em reunião final.
Postagem do projeto e dos registros digitais no Bolg da Escola
http://joaoevangelista09.blogspot.com/.
Apresentação do projeto no DITEC –Semed- no dia da culminância final dos
trabalhos das Escolas da Rede Municipal de Campo Grande-MS.
14. FONTES PESQUISADAS
CHAVES, Eduardo O.C. O computador na educação e informática: Projeto Educom. Rio de
Janeiro, 1985.
MORAN, Jose Manuel. et al. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica., 3ª ed, Campinas,
Papirus 2001.
VALENTE, José Armado. Diferentes usos do computador na educação. Disponível em
www.proinfo.mec.gov.br/uplad/biblioteca/187 pdf. acesso em 24Out2008
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2585260
TORRES, V.S. “Planejamento de uma aula com uso de computador como recurso
multimeio”.
Revista Tecnologia Educacional, v.29, n.º 150/151, jul/dez.2000. Rio de Janeiro.
http://www.webartigos.com/articles/35398/1/ALFABETIZACAOTECNOLOGICA/pagina1.h
tml#ixzz1NSzDPDPi
http://www.acessa.com/educacao/arquivo/noticias/2009/09/18-alfabetizacao_digital/
ArtigoForumonlineErlindaeShirleyRevistaRenoteUFRGS14248-49120-1-PB.pdf