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ESTÉTICA
Problemas da Estética


   A disciplina filosófica da Estética lida com
problemas conceituais que emergem do exame
          crítico da arte e do estético.
Monroe Beardsley(1958)...

      Sugere que a estética é sobre conceitos
  filosóficos que são usados – muitas vezes sem
  pensar – por críticos de arte, quando dizem que
  uma obra de arte, como uma pintura, é bela ou
 tem valor estético, que representa algo, tem uma
            estético
forma bem organizada, pertence a um dado estilo
            e exprime uma dada emoção.
O ESTÉTICO
    O termo Estética deriva da palavra grega
    “aesthesis”, que significa percepção.

      O filósofo racionalista alemão Alexandre
  Baumgarten introduziu o termo em 1735 para
 referir a ciência da “percepção sensorial”, tendo
  sido concebido para contrastar com a lógica, a
    ciência do “intelecto”e desde então, o termo
“estética” tem mantido esta conotação de ter uma
   conexão essencial com oque é discriminável
                  perceptivelmente.
Contexto histórico do termo

•   Racionalismo       •   Os empiristas
    alemão deu ao          britânicos
    campo estética o       estabeleceram a
    seu nome e a razão     estética como uma
    de ser.                disciplina filosófica e
                           estabeleceram as
                           coordenadas de seu
                           desenvolvimento
                           subsequente.
A questão da estética no séc.
               XVIII
•   Qual a natureza do •   Para que a Estética
    prazer estético e do   fosse considerada
    juízo estético, o      uma disciplina
    juízo de gosto.        filosófica séria era
                           necessário que
                           houvessem
                           princípios que
                           justificassem os
                           juízos estéticos.
Para Hutcheson (1973), Hume e
seus sucessores....
•   O juízo estético era primariamente um
    juízo de que algo é belo.
•   Assim, o desafio era descobrir se havia um
    tipo especial de prazer que fosse a resposta
    apropriada à beleza ou um tipo especial de
    juízo que se fizesse quando se ajuíza que um
    objeto é belo.
Conceito de Beleza


   •   Para Platão: Só a idéia de Beleza é
                realmente Bela.
   As pessoas e as coisas belas só podem
       aproximar-se da Forma de Beleza.
Os medievais...
•   Entendiam que a beleza, o bem e as outras perfeições
    eram verdadeiras no mais estrito dos sentidos, apenas no
    nível mais elevado de realidade.
•   O Cristianismo fez eco desta idéia na doutrina de que a
    beleza é uma das perfeições de Deus.
•   A beleza do mundo é derivada relativamente “de uma
    imagem e reflexo da Beleza Ideal.”
•   Agostinho diz que uma pessoa possui beleza de corpo e alma
    apenas na medida em que se aproxima da beleza perfeita de
    Deus.
•   Tal concepção de beleza está muito longe do que se passou
    a pensar na estética moderna.
No iluminismo


•   Deixou de se pensar que a beleza tem valor
                ético ou religioso.
A beleza para os empiristas do
Séc XVIII
•   A capacidade de um •    O juízo de que algo
    objeto para produzir    é belo era o
    um tipo particular de   paradigma do que
    experiência             denominavam o
    agradável.              juízo estético ou
                            juízo de gosto.
•   Para que o juízo de que algo é belo não seja
    uma mera afirmação de agrado ou preferência,
    tem que haver um padrão de gosto, um  gosto
    princípio de justificação para as afirmações de
    que algo é belo que, no entanto, preserve a
    intuição de que os juízos de beleza se baseiam
    em sentimentos subjetivos de prazer.


•   É esta formulação do problema da beleza e do
    estético que nos chegou e que continua a
    ocupar os teorizadores.
O JUÍZO ESTÉTICO

•   Os empiristas        •   A grande
    rejeitavam a idéia       diversidade de
    de que há padrões        coisas belas sugere
    universais de            que não existem os
    beleza:                  cânones ou regras
                             gerais de beleza
                             que alguns
                             clássicos aceitavam
                             na renascença.
Para Hume                 •   No entanto, não
                              temos todos a
•                             mesma experiência
    Somos todos
                              de fundo,
    constituídos de um
                              delicadeza de
    modo que sentimos
                              gosto, bom senso,
    deleite com os
                              capacidade para
    mesmos gêneros de
                              fazer comparações
    objetos da natureza
                              e ausência de
    e das obras de
                              preconceito que
    arte...
                              idealmente
                              poderíamos e
                              deveríamos ter.
Críticos ideais

•   Aqueles que tem as •   Todos nós devemos
    capacidades que        nos submeter ao
    Hume sugere.           juízo do que é belo
                           destes.
                       •   Teoricamente todos
                           esses críticos ideais
                           todos concordam
                           entre si.
Para Kant                  Porque o prazer em
                           questão não é nem o
Os juízos de gosto, apesar deleite sensual nem o
de se basearem em          prazer do útil, mas antes,
sentimentos subjectivos de um prazer desinteressado
prazer, podem reivindicar que emerge do jogo livre
universalidade ...         harmonioso da
                           imaginação e do
                           entendimento, que são
                           faculdades cognitivas
                           comuns a todos os seres
                           humanos racionais.
Kant pensava que o juízo    O objeto do juízo estético é o
estético é desinteressado    “propósito sem propósito”,
porque não se dirige a coisa a aparência de algo ter sido
alguma na qual tenhamos      harmoniosamente feito com
interesse ou algo de pessoal vista a um fim apesar de não
a ganhar, sendo antes um     ter qualquer fim específico.
juízo sobre a forma de um
objeto.
Os exemplos de Kant de juízos
              estéticos
Baseiam-se sobretudo nas      Mas as idéias de Kant
belezas da natureza, como influenciaram a fixação da
a forma e doçura da rosa.     atenção nos aspectos
                            formais também das obras
                                    de arte.
O FORMALISMO EM KANT
•       Alguns críticos encontraram nessa reflexão de
        Kant uma justificação da perspectiva de que,
        com respeito tanto à natureza quanto à arte, o
        juízo estético ou o juízo de gosto se dirige
        exclusivamente às qualidades formais.
    •     Esta idéia deriva sem dúvida em última
        análise da noção clássica de que a medida
           e a simetria são importantes ou até
                   definitivas na beleza.
Para os críticos da pintura do séc. XX, como Clive
Bell e Clement Greenberg...

•   De acordo com Kant significava que só as
    cores, linhas e formas, e as suas inter-
    relações, têm importância estética, e que o
    conteúdo é esteticamente irrelevante.
>Na música, trata-se da doutrina de que só a
   estrutura é importante.
>Na literatura, os formalistas sublinharam as
   estruturas dos enredos nas narrativas e o uso
   de imagens e outros dispositivos retóricos na
   poesia.
> O formalismo é atraente — chama a atenção para o
que é verdadeiramente artístico numa obra de arte, a
“arte” com que se fez a obra — mas pressupõe uma
distinção entre forma e conteúdo que é muito difícil de
levar a cabo — talvez impossível.
Século XX
 Bell pertencia ao movimento da Arte pela Arte que
  varreu a Inglaterra em finais do séc. XIX e no início
  do séc. XX. A ênfase na forma é natural nos críticos
  das artes abstratas, como a arquitetura e a música
  instrumental, mas é muito menos plausível em artes
  como a literatura e a fotografia.
 Além disso, como muitas vezes se fez notar, Bell
  parece estar a definir a boa arte e não a arte
  simpliciter, e ao definir a boa arte está a atribuir-lhe
  o seu próprio critério preferido de valor.
Qualidades estéticas, experiência
   estética, atitude estética
No início do séc. XVIII



> O juízo estético foi tomado como o juízo de que
algo é belo; e a beleza era explicada em termos
de prazer.
No final do século XVIII


   > A noção de juízo estético foi expandida,
  passando a incluir juízos do pitoresco e do
   sublime, mas o juízo do sublime não é já
            inteiramente agradável.
Para Burke


> A fonte do sentimento do sublime como “o que for
adequado para excitar ideias de dor e perigo”, como a
vastidão, o poder e a obscuridade.
 Assim que os juízos estéticos deixaram
  de ter como objeto apenas a beleza.


  Abriu-se a possibilidade de conceber o
   estético não como um tipo particular de
    prazer ou como um tipo particular de
   juízo, mas antes como um certo tipo de
          qualidade de um objecto.
Qualidades estéticas

>A beleza e o
                      ...como “gracioso,”
sublime poderiam
então ser apenas duas     “aparatoso,”
das qualidades             “delicado,”
estéticas de uma
classe muito mais        “insípido,” etc.
vasta delas...
> Uma questão que surge com a expansão do domínio de
qualidades estéticas é saber se todas são corretamente
susceptíveis de serem descritas como qualidades
formais.


  Frank Sibley, que começou a discussão moderna das
qualidades estéticas, inclui na sua lista de exemplos não
apenas exemplos de qualidades formais que não deixam
 margem para dúvidas, como “gracioso” e “aparatoso,”
 mas também qualidades como a “melancolia,” que são
     habitualmente entendidas como propriedades
  expressivas, um subconjunto especial de qualidades
                        estéticas.
Com relação as qualidades
estéticas...
 Serão qualidades intrínsecas, ou dependerão da
  mente?

 E se dependem da mente, comportam-se como as
  cores, que são percepcionadas de modo semelhante
  por toda a gente que tiver olhos em boas condições,
  ou são antes como o sabor de caril ou coentros, que
  é percepcionado como delicioso e apimentado por
  algumas pessoas e repugnante por outras?
 Haverá um conjunto de críticos ideais, como Hume
  propôs, cujas faculdades sejam mais penetrantes do
     que as das outras pessoas e que devam ser os
      verdadeiros juízes das qualidades estéticas?



 Estas são questões que ainda são objeto de intenso
                        debate.
Experiência estética


> É a noção de um prazer estético especial ou
de uma percepção estética .




> Conceito que alargou-se desde o séc. XVIII.
Atitude estética
> A marca do estético é um tipo especial de
atitude, que devemos ter perante obras de arte
mas que teoricamente podemos ter perante
qualquer coisa.
>A atitude estética tem muitas da características
do juízo estético: é um tipo especial de
         estético
contemplação desinteressada, tendo muitas
vezes a forma de um objecto ou obra de arte
como centro da atenção.
A teoria das artes:

Imitação e Representação
Para Platão

> A poesia e a pintura são     > Ele comparava as
artes da imitação.            imitações a sombras e
                               reflexos que, nessa
                                medida, pensava,
                             afastavam da verdade em
                              vez de aproximarem.
Aristóteles


 > Pensava que as artes da poesia e da pintura eram
 imitações da realidade mas, ao contrário de Platão,
pensava que aprendemos com as imitações e que isso
                   nos dá prazer.
 Platão e Aristóteles foram os primeiros a teorizar sobre a
   poesia e a pintura como formas de imitação, mas não as
   concebiam como uma categoria especial de “belas artes”
   ou Arte com maiúscula.



    Os gregos da antiguidade não tinham concepção “do
   estético”. As artes da pintura e da escultura eram gêneros de
                        technê ou ofício.
 A palavra “arte” deriva da forma latinizada do grego
  technê, que significa um “corpo de conhecimentos e
  aptidões organizados para a produção de mudanças
  de um tipo específico em matéria de um tipo
  específico,” como as artes do sapateiro ou do couro .

    A arte da poesia tinha um papel educativo mais
      importante como fonte da educação moral, mas

            também era uma arte da imitação.
Teoria da forma
Na Renascença e no
            Esclarecimento

    > Sob a influência de Aristóteles e dos seus
descendentes do período clássico, tornou-se um lugar
   comum que os poemas e pinturas imitavam ou
              representavam o mundo.
Na síntese do séc. XVIII das belas artes como artes
da imitação da natureza bela...
                         >Vemos aqui o começo de um

> As belas artes são        conflito que ainda hoje
                            persiste, grosso modo, o
 artes de imitação.
                           conflito entre conceber as
                          artes como algo que aspira à
                          forma bela ou como algo que
                          nos mostra o modo como as
                             coisas são no mundo.
A idéia de que todas as artes são artes de imitação tem
    parecido cada vez mais implausível no mundo
contemporâneo, onde uma tendência para a abstração é
  a regra nas artes visuais, e onde até a literatura tem
 chamado a atenção para os seus aspectos formais, ao
            invés da narrativa apresentada.
                               apresentada
Expressão
No período Romântico
> Os artistas e escritores começaram a descrever a sua
  atividade não apenas como uma imitação de uma
  realidade inerte mas como a expressão das suas
 próprias perspectivas emocionais sobre o mundo.


  >Depois da teoria da imitação, a grande tentativa
 seguinte de definir a Arte foi a teoria da arte como
                     expressão.
Kant...



> Destaca o papel da imaginação na arte, e o papel do
  gênio que “dá à arte a regra”. i.e., que faz as suas
    próprias regras em vez de obedecer a cânones
                    convencionais.
> A noção platônica do artífice que sabia fazer
esculturas ou poemas e que só era criativo na medida
em que fosse inspirado pelos deuses, deu lugar à idéia
 do artista que usava a sua imaginação criativa para
inventar novas expressões de novas idéias e emoções.
> ...foi retomada por Hegel, que

> A noção de Kant de que   argumentou que a arte é um dos
                           modos da consciência pela qual
   a marca do gênio é
                                 o homem chega ao
    inventar “idéias
                              conhecimento do Espírito
      estéticas”....       Absoluto; especificamente, é o
                           modo de consciência no qual as
                             idéias ganham corpo numa
                                   forma sensual.
Teorias mais recentes de
Expressão...     >Neste sentido, uma obra
                         de arquitetura pode
  > Goodman diz: que a   exprimir algumas das suas
                         propriedades estéticas, a
      expressão é        sua graça, o seu ar
     exemplificação      ameaçador, a sua
                         sagacidade, e pode
      metafórica.
                         literalmente exemplificar a
                         sua massa, a sua solidez e
                         talvez o seu estilo.
Com o passar do tempo...


  > Tanto a teoria da imitação, como a teoria da arte
como forma e a teoria da expressão parecem incapazes
de fornecer uma definição de arte que abranja todas as
   coisas que as pessoas das sociedades ocidentais
        querem geralmente contar como arte.
Teoria institucional da arte
A jogada mais popular, contudo, tem sido
    procurar uma definição que não apele a
propriedades exibidas, tais como a forma de uma
obra, o seu conteúdo representacional ou as suas
    qualidades expressivas, mas antes para
  características históricas ou contextuais da
                     obra.
Para George Dickie              > Mas se entendermos o
> O conceito de mundo da arte mundo da arte deste modo,
não refere um corpo de teoria
mas um grupo particular de      então uma vez mais a teoria
pessoas — artistas, curadores,
críticos de arte, o público dos  não será de fácil aplicação
museus — e argumentou que,       em culturas onde não há
grosso modo, algo é arte se for
o género de coisa que é            curadores, críticos ou
concebida para ser apresentada
aos membros do mundo da
                                   museus, e nada que se
arte.                             pareça a um “mundo da
                                          arte.”
> Talvez possamos definir a arte em termos dos
       tipos de intenção que presidiram
tradicionalmente à sua criação ou dos tipos de
 resposta que tradicionalmente promoveram.
Significado e interpretação

> Não podemos limitar- >   Precisamos de apreender as

  nos a contemplar a    idéias que estão por detrás
                        delas, idéias que podem nem
beleza de uma obra de
                        se manifestar na superfície
        arte.           estética, pelo menos até o
                        artista ou o seu substituto as
                        fazer notar.
O que é interpretar uma obra de
             Arte?
No final do século XX

> Os filósofos analíticos     > Os Pensadores
da literatura: que tendem a
   literatura                   continentais.
sublinhar a importância de
compreender as intenções
prováveis do autor ao
construir uma obra.
Os pensadores continentais

* A teoria alemã da recepção considera que a interpretação é
primariamente determinada pelas respostas dos leitores e não
pelas intenções do artista.
* Os pensadores da tradição estruturalista e pós-estruturalista
sublinham a importância do modo como os leitores ou
espectadores decifram ou desconstroem as obras de arte, pondo
a nu uma abundância de significados possíveis permitidas pelas
estruturas entrelaçadas de um texto, assim como pelas suas
interações com outros textos
* Os teorizadores marxistas, freudianos e feministas
reinterpretaram obras do passado partindo da
perspectiva dos pressupostos do leitor contemporâneo,
que pode muito bem não ter sido a do autor da obra.


> Tanto nas tradições analítica como continental,
contudo, tem sido sublinhada a importância de levar
em linha de conta o contexto cultural do artista e do
leitor.
A vontade de interpretar chegou
até à estética da natureza.
Em vez de contemplar apenas a
beleza de uma queda de água, de
uma flor ou de uma montanha,
há quem argumente que
devemos      basear  a   nossa
apreciação no conhecimento
científico que temos acerca do
que estamos a ver (Carlson
2000) e que quanto mais
sabemos sobre isso mais deleite
estético teremos.
Ontologia




O que estamos interpretanto quando
 interpretamos uma obra de Arte?
> As pinturas e as
esculturas e obras de
   arquitetura são
   objetos físicos
    individuais.
> Os romances,
 sinfonias, gravuras e
obras de arte digital são
tipos objetos abstratos
  de um certo gênero.
A interpretação está
necessariamente ligada a Ontologia
  As obras de arte são objetos culturais, objetos com
   significado cultural, de modo que não podem ser
tratadas simplesmente como indivíduos, à semelhança
   de mesas e cadeiras, por um lado, ou como tipos
  abstratos, à semelhança do metro padrão, por outro.

Seja uma obra de arte um indivíduo ou um tipo, tem de
ser identificada em parte por meio do contexto cultural
que lhe deu origem; daí a importância das intenções do
artista e do contexto histórico, geográfico e intelectual
               em que o artista operava.
Qual a relação da arte com o
          conhecimento?


   Se as obras de arte são símbolos que precisam de
estudo atento para libertar os seus significados, então é
razoável esperar que façam avançar as nossas aptidões
 cognitivas e que revelem verdades sobre o mundo.
Platão



  > Rejeitou as pretensões da poesia ao
   conhecimento, argumentando que as
  sombras e os reflexos nos afastam da
  verdade, em vez de nos aproximarem.
Aristóteles



    > Argumentou que a poesia é mais
filosófica do que a história, porque é sobre
universais e não sobre particulares, sobre o
      provável e não sobre o efetivo.
Período Clássico

>As artes foram concebidas como artes da imitação, as
     obras de arte poderiam ser um meio para o
   conhecimento de um modo muito direto: se uma
 pintura da coroação de Napoleão é uma imitação ou
representação da coroação, então pode dizer ao mundo
em geral que Napoleão foi coroado imperador, como
     foi o acontecimento, e quão importante foi.
No Romantismo

   >As artes eram concebidas como expressões das
atitudes e emoções do artista, o conhecimento que se
poderia esperar que as obras de arte fornecessem era o
conhecimento das emoções, tanto do artista quanto das
nossas. O artista trabalhava as suas emoções para nós
de um modo que as podemos recrear na imaginação e
        assim chegar ao auto-conhecimento.
Teorias Atuais



 >A tendência é menos ambiciosa e sublinha que as
   obras de arte não são as melhores condutas do
 conhecimento científico proposicional, mas que nos
          podem ensinar de outros modos.
Hoje pensa-se que ...

> As pinturas, esculturas, filmes e outras artes visuais
 podem ensinar-nos a fazer melhores discriminações
             perceptivas de vários tipos.

  > Considera-se que os romances, filmes, peças de
  teatro e contos visam educar as nossas emoções e
             ensinar-nos valores morais.
Como a Arte se relaciona com a
          emoção?
Alguns acreditam que a compreensão de qualquer
tipo de obra de arte pode ser alcançada em parte ao
             fazer despertar emoções.
>Por exemplo, ao             >Despertar as nossas
sentirmo-nos                 emoções pelo
surpreendidos, perplexos e   desenvolvimento gradual
finalmente aliviados pelo    do enredo de uma novela
modo como os temas e         pode chamar-nos a
harmonias se comportam       atenção para importantes
numa peça musical pode       pontos estruturais centrais.
alertar-nos para a sua
forma ou estrutura.
> No caso literário, as nossas emoções também podem
ajudar-nos a compreender não apenas as obras de arte em si,
             mas também algo da própria vida.

   > Ao responder com compaixão ao modo como as
    personagens se sentem e respondem e ao que é a
importância das suas várias situações, aprendemos o que é
           estar em várias situações estranhas.

> Responder com compaixão a personagens de um romance
pode dar-nos experiência na compreensão de outras pessoas
                      na vida real.
Arte e Valor




Onde está o valor da Arte?
Para os formalistas



      > O valor da arte é com toda a
probabilidade puramente estético: consiste
  em fornecer prazer estético ou emoção
                 estética.
Os da Teoria da expressão



 >Valorizam as artes porque estas podem
    articular as emoções do artista ou
 comunicam emoções de uma pessoa para
                  outra.
Os teóricos cognitivos


 > Sublinham o significado e interpretação
  das obras de arte sublinham os valores
 cognitivos da arte, a sua capacidade para
  melhorar a nossa cognição perceptiva e
          emocional do mundo.
>Um problema que tem sido muito discutido conduz-
    nos de volta ao séc. XVIII e às origens da teoria
estética. A questão é saber se o valor estético das artes
             inclui outros gêneros de valor.
> Na sua maior parte, os pensadores da área rejeitaram
a idéia de que o valor monetário tem qualquer relação
  com o valor estético, distinguindo também a maior
                estético
parte deles o valor estético de uma obra de arte do seu
  valor como documento histórico ou arqueológico.
 > Mas não há um consenso claro sobre se o valor da
 arte inclui o valor moral, ou se devemos manter uma
    divisão nítida entre os domínios do moral e do
                         estético.
>Quem pensa que as obras de arte são primariamente
concebidas para fornecer experiências estéticas, tem
maior probabilidade de pensar que o valor moral é
        irrelevante para o valor estético.

 > Mas para quem pensa que as artes são repositórios
ricos de valores de todos os gêneros, incluindo valores
  cognitivos e emocionais, o valor moral será apenas
    uma fonte mais de valor artístico numa obra.

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Estética

  • 2. Problemas da Estética A disciplina filosófica da Estética lida com problemas conceituais que emergem do exame crítico da arte e do estético.
  • 3. Monroe Beardsley(1958)... Sugere que a estética é sobre conceitos filosóficos que são usados – muitas vezes sem pensar – por críticos de arte, quando dizem que uma obra de arte, como uma pintura, é bela ou tem valor estético, que representa algo, tem uma estético forma bem organizada, pertence a um dado estilo e exprime uma dada emoção.
  • 4. O ESTÉTICO O termo Estética deriva da palavra grega “aesthesis”, que significa percepção. O filósofo racionalista alemão Alexandre Baumgarten introduziu o termo em 1735 para referir a ciência da “percepção sensorial”, tendo sido concebido para contrastar com a lógica, a ciência do “intelecto”e desde então, o termo “estética” tem mantido esta conotação de ter uma conexão essencial com oque é discriminável perceptivelmente.
  • 5. Contexto histórico do termo • Racionalismo • Os empiristas alemão deu ao britânicos campo estética o estabeleceram a seu nome e a razão estética como uma de ser. disciplina filosófica e estabeleceram as coordenadas de seu desenvolvimento subsequente.
  • 6. A questão da estética no séc. XVIII • Qual a natureza do • Para que a Estética prazer estético e do fosse considerada juízo estético, o uma disciplina juízo de gosto. filosófica séria era necessário que houvessem princípios que justificassem os juízos estéticos.
  • 7. Para Hutcheson (1973), Hume e seus sucessores.... • O juízo estético era primariamente um juízo de que algo é belo. • Assim, o desafio era descobrir se havia um tipo especial de prazer que fosse a resposta apropriada à beleza ou um tipo especial de juízo que se fizesse quando se ajuíza que um objeto é belo.
  • 8. Conceito de Beleza • Para Platão: Só a idéia de Beleza é realmente Bela. As pessoas e as coisas belas só podem aproximar-se da Forma de Beleza.
  • 9. Os medievais... • Entendiam que a beleza, o bem e as outras perfeições eram verdadeiras no mais estrito dos sentidos, apenas no nível mais elevado de realidade. • O Cristianismo fez eco desta idéia na doutrina de que a beleza é uma das perfeições de Deus. • A beleza do mundo é derivada relativamente “de uma imagem e reflexo da Beleza Ideal.” • Agostinho diz que uma pessoa possui beleza de corpo e alma apenas na medida em que se aproxima da beleza perfeita de Deus. • Tal concepção de beleza está muito longe do que se passou a pensar na estética moderna.
  • 10. No iluminismo • Deixou de se pensar que a beleza tem valor ético ou religioso.
  • 11. A beleza para os empiristas do Séc XVIII • A capacidade de um • O juízo de que algo objeto para produzir é belo era o um tipo particular de paradigma do que experiência denominavam o agradável. juízo estético ou juízo de gosto.
  • 12. Para que o juízo de que algo é belo não seja uma mera afirmação de agrado ou preferência, tem que haver um padrão de gosto, um gosto princípio de justificação para as afirmações de que algo é belo que, no entanto, preserve a intuição de que os juízos de beleza se baseiam em sentimentos subjetivos de prazer. • É esta formulação do problema da beleza e do estético que nos chegou e que continua a ocupar os teorizadores.
  • 13. O JUÍZO ESTÉTICO • Os empiristas • A grande rejeitavam a idéia diversidade de de que há padrões coisas belas sugere universais de que não existem os beleza: cânones ou regras gerais de beleza que alguns clássicos aceitavam na renascença.
  • 14. Para Hume • No entanto, não temos todos a • mesma experiência Somos todos de fundo, constituídos de um delicadeza de modo que sentimos gosto, bom senso, deleite com os capacidade para mesmos gêneros de fazer comparações objetos da natureza e ausência de e das obras de preconceito que arte... idealmente poderíamos e deveríamos ter.
  • 15. Críticos ideais • Aqueles que tem as • Todos nós devemos capacidades que nos submeter ao Hume sugere. juízo do que é belo destes. • Teoricamente todos esses críticos ideais todos concordam entre si.
  • 16. Para Kant Porque o prazer em questão não é nem o Os juízos de gosto, apesar deleite sensual nem o de se basearem em prazer do útil, mas antes, sentimentos subjectivos de um prazer desinteressado prazer, podem reivindicar que emerge do jogo livre universalidade ... harmonioso da imaginação e do entendimento, que são faculdades cognitivas comuns a todos os seres humanos racionais.
  • 17. Kant pensava que o juízo O objeto do juízo estético é o estético é desinteressado “propósito sem propósito”, porque não se dirige a coisa a aparência de algo ter sido alguma na qual tenhamos harmoniosamente feito com interesse ou algo de pessoal vista a um fim apesar de não a ganhar, sendo antes um ter qualquer fim específico. juízo sobre a forma de um objeto.
  • 18. Os exemplos de Kant de juízos estéticos Baseiam-se sobretudo nas Mas as idéias de Kant belezas da natureza, como influenciaram a fixação da a forma e doçura da rosa. atenção nos aspectos formais também das obras de arte.
  • 19.
  • 20. O FORMALISMO EM KANT • Alguns críticos encontraram nessa reflexão de Kant uma justificação da perspectiva de que, com respeito tanto à natureza quanto à arte, o juízo estético ou o juízo de gosto se dirige exclusivamente às qualidades formais. • Esta idéia deriva sem dúvida em última análise da noção clássica de que a medida e a simetria são importantes ou até definitivas na beleza.
  • 21.
  • 22.
  • 23. Para os críticos da pintura do séc. XX, como Clive Bell e Clement Greenberg... • De acordo com Kant significava que só as cores, linhas e formas, e as suas inter- relações, têm importância estética, e que o conteúdo é esteticamente irrelevante. >Na música, trata-se da doutrina de que só a estrutura é importante. >Na literatura, os formalistas sublinharam as estruturas dos enredos nas narrativas e o uso de imagens e outros dispositivos retóricos na poesia.
  • 24. > O formalismo é atraente — chama a atenção para o que é verdadeiramente artístico numa obra de arte, a “arte” com que se fez a obra — mas pressupõe uma distinção entre forma e conteúdo que é muito difícil de levar a cabo — talvez impossível.
  • 25. Século XX  Bell pertencia ao movimento da Arte pela Arte que varreu a Inglaterra em finais do séc. XIX e no início do séc. XX. A ênfase na forma é natural nos críticos das artes abstratas, como a arquitetura e a música instrumental, mas é muito menos plausível em artes como a literatura e a fotografia.  Além disso, como muitas vezes se fez notar, Bell parece estar a definir a boa arte e não a arte simpliciter, e ao definir a boa arte está a atribuir-lhe o seu próprio critério preferido de valor.
  • 26. Qualidades estéticas, experiência estética, atitude estética
  • 27. No início do séc. XVIII > O juízo estético foi tomado como o juízo de que algo é belo; e a beleza era explicada em termos de prazer.
  • 28. No final do século XVIII > A noção de juízo estético foi expandida, passando a incluir juízos do pitoresco e do sublime, mas o juízo do sublime não é já inteiramente agradável.
  • 29. Para Burke > A fonte do sentimento do sublime como “o que for adequado para excitar ideias de dor e perigo”, como a vastidão, o poder e a obscuridade.
  • 30.  Assim que os juízos estéticos deixaram de ter como objeto apenas a beleza. Abriu-se a possibilidade de conceber o estético não como um tipo particular de prazer ou como um tipo particular de juízo, mas antes como um certo tipo de qualidade de um objecto.
  • 31. Qualidades estéticas >A beleza e o ...como “gracioso,” sublime poderiam então ser apenas duas “aparatoso,” das qualidades “delicado,” estéticas de uma classe muito mais “insípido,” etc. vasta delas...
  • 32. > Uma questão que surge com a expansão do domínio de qualidades estéticas é saber se todas são corretamente susceptíveis de serem descritas como qualidades formais. Frank Sibley, que começou a discussão moderna das qualidades estéticas, inclui na sua lista de exemplos não apenas exemplos de qualidades formais que não deixam margem para dúvidas, como “gracioso” e “aparatoso,” mas também qualidades como a “melancolia,” que são habitualmente entendidas como propriedades expressivas, um subconjunto especial de qualidades estéticas.
  • 33. Com relação as qualidades estéticas...  Serão qualidades intrínsecas, ou dependerão da mente?  E se dependem da mente, comportam-se como as cores, que são percepcionadas de modo semelhante por toda a gente que tiver olhos em boas condições, ou são antes como o sabor de caril ou coentros, que é percepcionado como delicioso e apimentado por algumas pessoas e repugnante por outras?
  • 34.  Haverá um conjunto de críticos ideais, como Hume propôs, cujas faculdades sejam mais penetrantes do que as das outras pessoas e que devam ser os verdadeiros juízes das qualidades estéticas?  Estas são questões que ainda são objeto de intenso debate.
  • 35. Experiência estética > É a noção de um prazer estético especial ou de uma percepção estética . > Conceito que alargou-se desde o séc. XVIII.
  • 36. Atitude estética > A marca do estético é um tipo especial de atitude, que devemos ter perante obras de arte mas que teoricamente podemos ter perante qualquer coisa. >A atitude estética tem muitas da características do juízo estético: é um tipo especial de estético contemplação desinteressada, tendo muitas vezes a forma de um objecto ou obra de arte como centro da atenção.
  • 37. A teoria das artes: Imitação e Representação
  • 38. Para Platão > A poesia e a pintura são > Ele comparava as artes da imitação. imitações a sombras e reflexos que, nessa medida, pensava, afastavam da verdade em vez de aproximarem.
  • 39. Aristóteles > Pensava que as artes da poesia e da pintura eram imitações da realidade mas, ao contrário de Platão, pensava que aprendemos com as imitações e que isso nos dá prazer.
  • 40.  Platão e Aristóteles foram os primeiros a teorizar sobre a poesia e a pintura como formas de imitação, mas não as concebiam como uma categoria especial de “belas artes” ou Arte com maiúscula.  Os gregos da antiguidade não tinham concepção “do estético”. As artes da pintura e da escultura eram gêneros de technê ou ofício.
  • 41.  A palavra “arte” deriva da forma latinizada do grego technê, que significa um “corpo de conhecimentos e aptidões organizados para a produção de mudanças de um tipo específico em matéria de um tipo específico,” como as artes do sapateiro ou do couro .  A arte da poesia tinha um papel educativo mais importante como fonte da educação moral, mas também era uma arte da imitação.
  • 43. Na Renascença e no Esclarecimento > Sob a influência de Aristóteles e dos seus descendentes do período clássico, tornou-se um lugar comum que os poemas e pinturas imitavam ou representavam o mundo.
  • 44. Na síntese do séc. XVIII das belas artes como artes da imitação da natureza bela... >Vemos aqui o começo de um > As belas artes são conflito que ainda hoje persiste, grosso modo, o artes de imitação. conflito entre conceber as artes como algo que aspira à forma bela ou como algo que nos mostra o modo como as coisas são no mundo.
  • 45. A idéia de que todas as artes são artes de imitação tem parecido cada vez mais implausível no mundo contemporâneo, onde uma tendência para a abstração é a regra nas artes visuais, e onde até a literatura tem chamado a atenção para os seus aspectos formais, ao invés da narrativa apresentada. apresentada
  • 47. No período Romântico > Os artistas e escritores começaram a descrever a sua atividade não apenas como uma imitação de uma realidade inerte mas como a expressão das suas próprias perspectivas emocionais sobre o mundo. >Depois da teoria da imitação, a grande tentativa seguinte de definir a Arte foi a teoria da arte como expressão.
  • 48. Kant... > Destaca o papel da imaginação na arte, e o papel do gênio que “dá à arte a regra”. i.e., que faz as suas próprias regras em vez de obedecer a cânones convencionais.
  • 49. > A noção platônica do artífice que sabia fazer esculturas ou poemas e que só era criativo na medida em que fosse inspirado pelos deuses, deu lugar à idéia do artista que usava a sua imaginação criativa para inventar novas expressões de novas idéias e emoções.
  • 50. > ...foi retomada por Hegel, que > A noção de Kant de que argumentou que a arte é um dos modos da consciência pela qual a marca do gênio é o homem chega ao inventar “idéias conhecimento do Espírito estéticas”.... Absoluto; especificamente, é o modo de consciência no qual as idéias ganham corpo numa forma sensual.
  • 51. Teorias mais recentes de Expressão... >Neste sentido, uma obra de arquitetura pode > Goodman diz: que a exprimir algumas das suas propriedades estéticas, a expressão é sua graça, o seu ar exemplificação ameaçador, a sua sagacidade, e pode metafórica. literalmente exemplificar a sua massa, a sua solidez e talvez o seu estilo.
  • 52. Com o passar do tempo... > Tanto a teoria da imitação, como a teoria da arte como forma e a teoria da expressão parecem incapazes de fornecer uma definição de arte que abranja todas as coisas que as pessoas das sociedades ocidentais querem geralmente contar como arte.
  • 54. A jogada mais popular, contudo, tem sido procurar uma definição que não apele a propriedades exibidas, tais como a forma de uma obra, o seu conteúdo representacional ou as suas qualidades expressivas, mas antes para características históricas ou contextuais da obra.
  • 55. Para George Dickie > Mas se entendermos o > O conceito de mundo da arte mundo da arte deste modo, não refere um corpo de teoria mas um grupo particular de então uma vez mais a teoria pessoas — artistas, curadores, críticos de arte, o público dos não será de fácil aplicação museus — e argumentou que, em culturas onde não há grosso modo, algo é arte se for o género de coisa que é curadores, críticos ou concebida para ser apresentada aos membros do mundo da museus, e nada que se arte. pareça a um “mundo da arte.”
  • 56. > Talvez possamos definir a arte em termos dos tipos de intenção que presidiram tradicionalmente à sua criação ou dos tipos de resposta que tradicionalmente promoveram.
  • 57. Significado e interpretação > Não podemos limitar- > Precisamos de apreender as nos a contemplar a idéias que estão por detrás delas, idéias que podem nem beleza de uma obra de se manifestar na superfície arte. estética, pelo menos até o artista ou o seu substituto as fazer notar.
  • 58. O que é interpretar uma obra de Arte?
  • 59. No final do século XX > Os filósofos analíticos > Os Pensadores da literatura: que tendem a literatura continentais. sublinhar a importância de compreender as intenções prováveis do autor ao construir uma obra.
  • 60. Os pensadores continentais * A teoria alemã da recepção considera que a interpretação é primariamente determinada pelas respostas dos leitores e não pelas intenções do artista. * Os pensadores da tradição estruturalista e pós-estruturalista sublinham a importância do modo como os leitores ou espectadores decifram ou desconstroem as obras de arte, pondo a nu uma abundância de significados possíveis permitidas pelas estruturas entrelaçadas de um texto, assim como pelas suas interações com outros textos
  • 61. * Os teorizadores marxistas, freudianos e feministas reinterpretaram obras do passado partindo da perspectiva dos pressupostos do leitor contemporâneo, que pode muito bem não ter sido a do autor da obra. > Tanto nas tradições analítica como continental, contudo, tem sido sublinhada a importância de levar em linha de conta o contexto cultural do artista e do leitor.
  • 62. A vontade de interpretar chegou até à estética da natureza. Em vez de contemplar apenas a beleza de uma queda de água, de uma flor ou de uma montanha, há quem argumente que devemos basear a nossa apreciação no conhecimento científico que temos acerca do que estamos a ver (Carlson 2000) e que quanto mais sabemos sobre isso mais deleite estético teremos.
  • 63. Ontologia O que estamos interpretanto quando interpretamos uma obra de Arte?
  • 64. > As pinturas e as esculturas e obras de arquitetura são objetos físicos individuais.
  • 65. > Os romances, sinfonias, gravuras e obras de arte digital são tipos objetos abstratos de um certo gênero.
  • 66. A interpretação está necessariamente ligada a Ontologia As obras de arte são objetos culturais, objetos com significado cultural, de modo que não podem ser tratadas simplesmente como indivíduos, à semelhança de mesas e cadeiras, por um lado, ou como tipos abstratos, à semelhança do metro padrão, por outro. Seja uma obra de arte um indivíduo ou um tipo, tem de ser identificada em parte por meio do contexto cultural que lhe deu origem; daí a importância das intenções do artista e do contexto histórico, geográfico e intelectual em que o artista operava.
  • 67. Qual a relação da arte com o conhecimento? Se as obras de arte são símbolos que precisam de estudo atento para libertar os seus significados, então é razoável esperar que façam avançar as nossas aptidões cognitivas e que revelem verdades sobre o mundo.
  • 68. Platão > Rejeitou as pretensões da poesia ao conhecimento, argumentando que as sombras e os reflexos nos afastam da verdade, em vez de nos aproximarem.
  • 69. Aristóteles > Argumentou que a poesia é mais filosófica do que a história, porque é sobre universais e não sobre particulares, sobre o provável e não sobre o efetivo.
  • 70. Período Clássico >As artes foram concebidas como artes da imitação, as obras de arte poderiam ser um meio para o conhecimento de um modo muito direto: se uma pintura da coroação de Napoleão é uma imitação ou representação da coroação, então pode dizer ao mundo em geral que Napoleão foi coroado imperador, como foi o acontecimento, e quão importante foi.
  • 71. No Romantismo >As artes eram concebidas como expressões das atitudes e emoções do artista, o conhecimento que se poderia esperar que as obras de arte fornecessem era o conhecimento das emoções, tanto do artista quanto das nossas. O artista trabalhava as suas emoções para nós de um modo que as podemos recrear na imaginação e assim chegar ao auto-conhecimento.
  • 72. Teorias Atuais >A tendência é menos ambiciosa e sublinha que as obras de arte não são as melhores condutas do conhecimento científico proposicional, mas que nos podem ensinar de outros modos.
  • 73. Hoje pensa-se que ... > As pinturas, esculturas, filmes e outras artes visuais podem ensinar-nos a fazer melhores discriminações perceptivas de vários tipos. > Considera-se que os romances, filmes, peças de teatro e contos visam educar as nossas emoções e ensinar-nos valores morais.
  • 74. Como a Arte se relaciona com a emoção?
  • 75. Alguns acreditam que a compreensão de qualquer tipo de obra de arte pode ser alcançada em parte ao fazer despertar emoções. >Por exemplo, ao >Despertar as nossas sentirmo-nos emoções pelo surpreendidos, perplexos e desenvolvimento gradual finalmente aliviados pelo do enredo de uma novela modo como os temas e pode chamar-nos a harmonias se comportam atenção para importantes numa peça musical pode pontos estruturais centrais. alertar-nos para a sua forma ou estrutura.
  • 76. > No caso literário, as nossas emoções também podem ajudar-nos a compreender não apenas as obras de arte em si, mas também algo da própria vida. > Ao responder com compaixão ao modo como as personagens se sentem e respondem e ao que é a importância das suas várias situações, aprendemos o que é estar em várias situações estranhas. > Responder com compaixão a personagens de um romance pode dar-nos experiência na compreensão de outras pessoas na vida real.
  • 77. Arte e Valor Onde está o valor da Arte?
  • 78. Para os formalistas > O valor da arte é com toda a probabilidade puramente estético: consiste em fornecer prazer estético ou emoção estética.
  • 79. Os da Teoria da expressão >Valorizam as artes porque estas podem articular as emoções do artista ou comunicam emoções de uma pessoa para outra.
  • 80. Os teóricos cognitivos > Sublinham o significado e interpretação das obras de arte sublinham os valores cognitivos da arte, a sua capacidade para melhorar a nossa cognição perceptiva e emocional do mundo.
  • 81. >Um problema que tem sido muito discutido conduz- nos de volta ao séc. XVIII e às origens da teoria estética. A questão é saber se o valor estético das artes inclui outros gêneros de valor. > Na sua maior parte, os pensadores da área rejeitaram a idéia de que o valor monetário tem qualquer relação com o valor estético, distinguindo também a maior estético parte deles o valor estético de uma obra de arte do seu valor como documento histórico ou arqueológico. > Mas não há um consenso claro sobre se o valor da arte inclui o valor moral, ou se devemos manter uma divisão nítida entre os domínios do moral e do estético.
  • 82. >Quem pensa que as obras de arte são primariamente concebidas para fornecer experiências estéticas, tem maior probabilidade de pensar que o valor moral é irrelevante para o valor estético. > Mas para quem pensa que as artes são repositórios ricos de valores de todos os gêneros, incluindo valores cognitivos e emocionais, o valor moral será apenas uma fonte mais de valor artístico numa obra.