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“ Dormia a nossa Pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações.”  CHICO BUARQUE DE HOLLANDA Professora Elaine
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A Arena (Aliança Renovadora Nacional)   era o partido do governo. Estavam ali todos os políticos de direita que apoiavam a ditadura. De onde vinham? Basicamente, da UDN. Mas também ex-membros do PSD, do PSP de Adhemar de Barros e muitos da velha guarda integralista. Apoiavam o regime militar em tudo o que ele fazia. Seus militantes mais conhecidos eram Delfim Neto, Marco Maciel, ACM, Frederico Campos, Júlio Campos, Paulo Maluf...);
O MDB (Movimento Democrático Brasileiro)   era o partido da oposição consentida. A ditadura, querendo uma imagem de democrática, permitia a existência de um partido que fizesse uma oposição leve. O MDB era formado pelos que sobraram das cassações, ex-integrantes do PTB, alguns do PSD. No começo, a oposição era muito tímida. Nos anos 70, porém o MDB conseguia votações cada vez maiores para deputados e senadores. Então seus políticos - muitos eram novos valores surgidos na década - começaram a fazer uma oposição importante ao regime, capitaneados pela figura do deputado paulista  Ulisses Guimarães  (1916-1992).  Seus militantes mais conhecidos eram Itamar Franco, FHC, Mário Covas, Íris Resende, Dante de Oliveira, Bezerra, Brizola
O governo procurava, no setor econômico, uma forma de conter a inflação que chegava aos 100% ao ano. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Prevendo a derrota nas eleições para os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o governo baixa o  AI-3,  em 5 de fevereiro de 1966: as eleições para governadores e prefeitos de cidades consideradas “de segurança nacional” passam a ser indiretas.  Em novembro de 1966, Castello Branco fechou o Congresso e iniciou uma nova onda de cassações de parlamentares.  O  AI-4,  de 7 de dezembro de 1966, atribuiu poderes constituintes ao Congresso para que aprovasse o projeto constitucional elaborado pelo ministro da Justiça, Carlos Medeiros Silva. A Constituição de 1946 sofreu reformas por meio dos Atos Institucionais 3 e 4, dando origem à  Constituição de 1967 . A sexta Constituição do país traduziu a ordem estabelecida pelo Regime Militar e institucionalizou a ditadura. Incorporou as decisões instituídas pelos atos institucionais, aumentou o poder do Executivo reduzindo os poderes do Legislativo. A nova Carta foi votada em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março.
[object Object],Em 1966, teve início o processo de sucessão presidencial que dependia da luta interna travada nos bastidores militares: de um lado estava a “linha dura” do regime; de outro, os militares mais moderados, conhecidos como “Sorbonne”. No entanto, o Congresso conseguiu inserir duas ressalvas: proibição de fechar o Congresso e criou-se a Imunidade Parlamentar.
[object Object],Na disputa, prevaleceu a candidatura do Gen. Artur Costa e Silva, um dos líderes do golpe. A indicação de Costa e Silva não significava diretamente  a vitória da linha dura, mas a mesma viria em função dos acontecimentos
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A nova política econômica trouxe resultados positivos, uma vez que o PIB alcançou índices de crescimento da ordem de 10 e 11,2% - iniciava-se o  “Milagre econômico brasileiro” .
Os primeiros tempos do governo Costa e Silva foram marcados por protestos estudantis  em oposição ao acordo  MEC-USAID  (determinava a privatização das universidades públicas e dissolução das organizações estudantis) e à  Lei Suplicy  (legaliza a perseguição, expulsão e demissão de estudantes e professores e a intervenção nas universidades). As táticas do comício relâmpago e das passeatas entusiasmavam os estudantes. Passeata realizada em 1º de janeiro de 1968. [Rio de Janeiro, Brasil] A foto de O Globo [Jornal Carioca] registra o momento em que os estudantes passavam pelo Passeio Público
O fato abalou a opinião pública. O corpo foi velado na Assembléia Legislativa, e ao enterro compareceram 50 mil pessoas. No dia 28 de março de 1968, estudantes realizaram uma passeata contra o alto preço e a comida de má qualidade que o restaurante estudantil oferecia.  A polícia Militar chegou atirando e matou o estudante Edson Luis, um jovem paraense de 16 anos que trabalhava no restaurante e não era militante.
No cemitério, os estudantes proferiram um juramento: “ Neste luto, a luta começou ”.
[object Object],A sociedade indignada promoveu a  Passeata dos Cem Mil , em 21 de  junho de 1968. Greves em Contagem e Osasco mobilizaram centenas de operários. A seqüência de manifestações reprimidas violentamente por todo o país acabou por despertar a indignação das classes médias no Rio de Janeiro.
Repletos de criatividade, esses vanguardistas driblaram e enfrentaram a censura para cantar, representar e escrever. O ano de 1968 foi “emblemático”, passou para o Brasil como o período de maior e melhor produção de conteúdo artístico, ao mesmo tempo que é lembrado pelo lado mais obscuro da política nacional.  1968: O ANO QUE NÃO TERMINOU. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré e Chico Buarque na música, Hélio Oiticica e Lygia Clark nas artes plásticas, Glauber Rocha e Rogério Sganzerla no cinema, Ferreira Gullar na poesia, Augusto Boal e José Celso Martinez Corrêa no teatro. Esses foram apenas alguns dos nomes presentes até hoje na cultura brasileira que deram “o rosto” ao movimento da contracultura no país.
Nos dias 02 e 03 de setembro de 1968, o jovem deputado Márcio Moreira Alves, do MDB da Guanabara, usou a Tribuna do Congresso para fazer um discurso inflamado contra a ditadura. O DISCURSO DE MARCIO MOREIRA
[object Object],30º CONGRESSO DA UNE Os estudantes foram definitivamente reprimidos no 30º Congresso da UNE, marcado para ocorrer em Ibiúna, São Paulo, em outubro de 1968.  Fazendo marcação serrada contra os estudantes, a polícia descobriu o local onde se realizaria o Congresso, e, como resultado, todos os delegados presentes foram presos.
[object Object],O Procurador Geral da República  encaminhou o discurso aos quartéis. Os oficiais, indignados, afirmavam que Márcio Moreira Alves havia praticado um “atentado contra a ordem democrática”. O governo solicitou ao Congresso um pedido para processar Moreira Alves. Entretanto, o Congresso rejeitou o pedido por 216 votos a 14. Temendo a reação do governo, Márcio Moreira Alves decidiu exilar-se.
[object Object],O GOLPE DENTRO DO GOLPE O AI-5 foi o principal instrumento de arbítrio da ditadura militar. Articulou-se a idéia de “golpe dentro do golpe”. O general-presidente poderia, sem dar satisfações a ninguém, fechar o Congresso Nacional, cassar mandatos de parlamentares, demitir juízes, suspender garantias do Poder Judiciário, legislar por decretos, decretar estado de sítio, enfim, ter poderes tão vastos como os dos tiranos. O governo passou a ter o direito de suspender o  habeas corpus
[object Object],A falta de crédito na ação parlamentar e o endurecimento do regime faz com que os setores de esquerda se lancem em ações armadas. O  PCB  – resistência no interior do MDB e dos sindicatos. O  PC do B  – iniciou uma campanha de guerrilhas rurais, com escasso apoio camponês.
[object Object],Em setembro de 1969, a ALN e o MR-8 seqüestram o embaixador americano Charles Elbrick. Em represália, a Junta Militar aprova o direito à expulsão do país de todos que fossem considerados “subversivos”.
[object Object],OBAN  (Operação Bandeirante) centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército do Brasil em 1969 DOPS – DEOPS  (Departamento de Ordem Pública e Social) DOI-CODI  (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna).
 
Repressão e silenciamento dos principais líderes da luta armada: Carlos Mariguella (1969) e Carlos Lamarca (1971). O único movimento sobrevivente foi a Guerrilha do Araguaia, derrotada em 1975. Muitos documentos sobre a prática da tortura só existem em função da ação da Teologia da Libertação, de orientação marxista-cristã.
Como forma de encobrir o clima de terror, o governo propaga a propaganda ufanista. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O auge da campanha publicitária foi atingido na Copa de 1970: “Pra frente Brasil”.
EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI (1969-1974):  O governo criou o INCRA (Instituto Nacional de  Colonização e Reforma Agrária); o PIS (Plano de Integração Nacional) e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). O contexto econômico se agravava e começamos a pagar o preço do “Milagre Econômico”
ERNESTO GEISEL (1974-1979):  Chefe do Gabinete Militar de Castello Branco, Presidente da Petrobrás no governo Costa e Silva, e presidente do Superior Tribunal Militar no governo  Médici, Geisel foi eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Para disputar simbolicamente o pleito, o MDB lançou Ulisses Guimarães como candidato pela oposição. A necessidade de mudanças ficou evidenciada nas eleições parlamentares de 1974, quando o MDB praticamente dobrou a sua representação: de 87 Deputados Federais pulou para 165, enquanto a ARENA reduziu de 223 para 199. No Senado, o MDB pulou de 7 para 20 Senadores, enquanto a ARENA diminuía de 59 para 46.
[object Object],Jornalista, professor da USP (Universidade de São Paulo) e teatrólogo, Vlado Herzog nasceu em 1937 na cidade de Osijsk, Iugoslávia. Filho e imigrou com os pais para o Brasil em 1942. A família saiu da Europa fugindo do nazismo.  Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista apresentou-se na sede do DOI-Codi em São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). No dia seguinte, foi morto aos 38 anos.
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Ganha força o processo de abertura política. A ANISTIA veio em 1979, mas não beneficiou os condenados por seqüestros e atentados políticos. A reforma política implementada pelo Estado permitiu a volta do pluripartidarismo. A ARENA se transformou em  PDS  (Partido Democrático Social); MDB se tornou  PMDB  (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Surgiram o  PDT , o  PT , o  PP  e o  PTB . Na classe operária, surgem manifestações sob a liderança de trabalhadores como LULA. Diversas entidades promovem debates de cunho social: OAB, CNBB, CEB’s, UNE, ABIM, etc.
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Ementa Dante de Oliveira – derrotada no Congresso. O povo toma as ruas das principais cidades do país, exigindo o direito de votar para presidente.
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Ditadura militar de 1964 a 1985

  • 1. “ Dormia a nossa Pátria mãe tão distraída Sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações.” CHICO BUARQUE DE HOLLANDA Professora Elaine
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  • 6. A Arena (Aliança Renovadora Nacional) era o partido do governo. Estavam ali todos os políticos de direita que apoiavam a ditadura. De onde vinham? Basicamente, da UDN. Mas também ex-membros do PSD, do PSP de Adhemar de Barros e muitos da velha guarda integralista. Apoiavam o regime militar em tudo o que ele fazia. Seus militantes mais conhecidos eram Delfim Neto, Marco Maciel, ACM, Frederico Campos, Júlio Campos, Paulo Maluf...);
  • 7. O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) era o partido da oposição consentida. A ditadura, querendo uma imagem de democrática, permitia a existência de um partido que fizesse uma oposição leve. O MDB era formado pelos que sobraram das cassações, ex-integrantes do PTB, alguns do PSD. No começo, a oposição era muito tímida. Nos anos 70, porém o MDB conseguia votações cada vez maiores para deputados e senadores. Então seus políticos - muitos eram novos valores surgidos na década - começaram a fazer uma oposição importante ao regime, capitaneados pela figura do deputado paulista Ulisses Guimarães (1916-1992). Seus militantes mais conhecidos eram Itamar Franco, FHC, Mário Covas, Íris Resende, Dante de Oliveira, Bezerra, Brizola
  • 8.
  • 9. Prevendo a derrota nas eleições para os governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o governo baixa o AI-3, em 5 de fevereiro de 1966: as eleições para governadores e prefeitos de cidades consideradas “de segurança nacional” passam a ser indiretas. Em novembro de 1966, Castello Branco fechou o Congresso e iniciou uma nova onda de cassações de parlamentares. O AI-4, de 7 de dezembro de 1966, atribuiu poderes constituintes ao Congresso para que aprovasse o projeto constitucional elaborado pelo ministro da Justiça, Carlos Medeiros Silva. A Constituição de 1946 sofreu reformas por meio dos Atos Institucionais 3 e 4, dando origem à Constituição de 1967 . A sexta Constituição do país traduziu a ordem estabelecida pelo Regime Militar e institucionalizou a ditadura. Incorporou as decisões instituídas pelos atos institucionais, aumentou o poder do Executivo reduzindo os poderes do Legislativo. A nova Carta foi votada em 24 de janeiro de 1967 e entrou em vigor no dia 15 de março.
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  • 13. A nova política econômica trouxe resultados positivos, uma vez que o PIB alcançou índices de crescimento da ordem de 10 e 11,2% - iniciava-se o “Milagre econômico brasileiro” .
  • 14. Os primeiros tempos do governo Costa e Silva foram marcados por protestos estudantis em oposição ao acordo MEC-USAID (determinava a privatização das universidades públicas e dissolução das organizações estudantis) e à Lei Suplicy (legaliza a perseguição, expulsão e demissão de estudantes e professores e a intervenção nas universidades). As táticas do comício relâmpago e das passeatas entusiasmavam os estudantes. Passeata realizada em 1º de janeiro de 1968. [Rio de Janeiro, Brasil] A foto de O Globo [Jornal Carioca] registra o momento em que os estudantes passavam pelo Passeio Público
  • 15. O fato abalou a opinião pública. O corpo foi velado na Assembléia Legislativa, e ao enterro compareceram 50 mil pessoas. No dia 28 de março de 1968, estudantes realizaram uma passeata contra o alto preço e a comida de má qualidade que o restaurante estudantil oferecia. A polícia Militar chegou atirando e matou o estudante Edson Luis, um jovem paraense de 16 anos que trabalhava no restaurante e não era militante.
  • 16. No cemitério, os estudantes proferiram um juramento: “ Neste luto, a luta começou ”.
  • 17.
  • 18. Repletos de criatividade, esses vanguardistas driblaram e enfrentaram a censura para cantar, representar e escrever. O ano de 1968 foi “emblemático”, passou para o Brasil como o período de maior e melhor produção de conteúdo artístico, ao mesmo tempo que é lembrado pelo lado mais obscuro da política nacional. 1968: O ANO QUE NÃO TERMINOU. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Geraldo Vandré e Chico Buarque na música, Hélio Oiticica e Lygia Clark nas artes plásticas, Glauber Rocha e Rogério Sganzerla no cinema, Ferreira Gullar na poesia, Augusto Boal e José Celso Martinez Corrêa no teatro. Esses foram apenas alguns dos nomes presentes até hoje na cultura brasileira que deram “o rosto” ao movimento da contracultura no país.
  • 19. Nos dias 02 e 03 de setembro de 1968, o jovem deputado Márcio Moreira Alves, do MDB da Guanabara, usou a Tribuna do Congresso para fazer um discurso inflamado contra a ditadura. O DISCURSO DE MARCIO MOREIRA
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  • 27. Repressão e silenciamento dos principais líderes da luta armada: Carlos Mariguella (1969) e Carlos Lamarca (1971). O único movimento sobrevivente foi a Guerrilha do Araguaia, derrotada em 1975. Muitos documentos sobre a prática da tortura só existem em função da ação da Teologia da Libertação, de orientação marxista-cristã.
  • 28.
  • 29. EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI (1969-1974): O governo criou o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária); o PIS (Plano de Integração Nacional) e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização). O contexto econômico se agravava e começamos a pagar o preço do “Milagre Econômico”
  • 30. ERNESTO GEISEL (1974-1979): Chefe do Gabinete Militar de Castello Branco, Presidente da Petrobrás no governo Costa e Silva, e presidente do Superior Tribunal Militar no governo Médici, Geisel foi eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Para disputar simbolicamente o pleito, o MDB lançou Ulisses Guimarães como candidato pela oposição. A necessidade de mudanças ficou evidenciada nas eleições parlamentares de 1974, quando o MDB praticamente dobrou a sua representação: de 87 Deputados Federais pulou para 165, enquanto a ARENA reduziu de 223 para 199. No Senado, o MDB pulou de 7 para 20 Senadores, enquanto a ARENA diminuía de 59 para 46.
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  • 33. Ganha força o processo de abertura política. A ANISTIA veio em 1979, mas não beneficiou os condenados por seqüestros e atentados políticos. A reforma política implementada pelo Estado permitiu a volta do pluripartidarismo. A ARENA se transformou em PDS (Partido Democrático Social); MDB se tornou PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro). Surgiram o PDT , o PT , o PP e o PTB . Na classe operária, surgem manifestações sob a liderança de trabalhadores como LULA. Diversas entidades promovem debates de cunho social: OAB, CNBB, CEB’s, UNE, ABIM, etc.
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  • 35. Ementa Dante de Oliveira – derrotada no Congresso. O povo toma as ruas das principais cidades do país, exigindo o direito de votar para presidente.
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